Thales reforça capacidades de vigilância aérea para a Suécia com radares de longo alcance SMART-L multimissão
- A Administração Sueca de Material de Defesa (FMV) e a Thales assinaram hoje um acordo para a entrega e instalação de radares de longo alcance SMART-L Multi Mission Fixed (MM/F).
- Um radar baseado em terra de multimissão Active Electronically Scanned Array (AESA), o SMART-L MM/F fornece vigilância aérea e de superfície de longo alcance e designação de alvo. Contribuirá para um aumento significativo na vigilância aérea sueca e ampliará as capacidades de detecção de mísseis balísticos e domínios espaciais.
- Já em uso em versões terrestres e navais em todo o mundo, o SMART-L MM/F oferece alto desempenho incomparável, detecção de longo alcance com um alcance instrumentado de até 2.000 km e desempenha um papel crítico na detecção precoce e vigilância aérea.
Estocolmo/Paris 5 de julho de 2023 – A Administração Sueca de Material de Defesa (FMV) assinou um acordo com a Thales para a entrega e instalação de radares de longo alcance terrestres SMART-L Multi Mission. O SMART L MM/F contribuirá para manter a soberania do espaço aéreo sueco e fornecerá uma consciência situacional superior em todos os momentos.
Longe das linhas de frente, os radares de longo alcance são ativos críticos para obter e manter a soberania do espaço aéreo. Projetados para detectar e rastrear ativamente vários alvos em longas distâncias, esses radares monitoram continuamente a localização de sistemas aéreos amigos e inimigos. Dada a multiplicidade de ameaças e conflitos em constante evolução, construir um Recognized Air Picture (RAP) confiável, preciso e atualizado está se tornando um desafio.
Hoje, as versões naval e terrestre do radar SMART-L MM estão operacionais na Marinha Real Holandesa e na Força Aérea Real Holandesa.
“Estamos orgulhosos de sermos selecionados pela FMV para aprimorar a capacidade de vigilância aérea sueca em um ambiente cada vez mais desafiador. A FMV escolheu o radar SMART-L MM/F de longo alcance como um componente importante do programa de cadeia de sensores e, com este contrato, a Thales desempenhará um papel importante na contribuição para a soberania do espaço aéreo nacional da Suécia”, disse Christophe Salomon, vice-presidente executivo Sistemas terrestres e aéreos da Thales.
SMART-L Multi Mission (MM/F), é um radar multimissão de longo alcance de próxima geração para vigilância aérea e espacial e detecção de mísseis balísticos, com técnicas de ponta aplicadas, resultando em um radar com um desempenho de longo alcance incomparável de até 2000 km. Graças à sua arquitetura digital e à antena AESA, o radar é facilmente atualizável e preparado para o futuro e para toda a sua vida útil.
DIVULGAÇÃO: Thales
Caramba 2000 km de alcance é muita coisa. Por conta disso pode ficar mais recuado para dentro do território a ser defendido, claro sendo obedecida a curvatura da Terra que impediria a detecção de alvos voando a baixa altitude. Um radar desses e mais um radar OTH poderiam vigiar boa parte do Brasil cobrindo tanto altitudes mais elevadas como também baixas altitudes.
O STREV da Thales/Omnisys que o EB adquiriu tem alcance instrumental de 4096 km.
Descrição do STREV
Equipamentos de alta precisão que rastreiam foguetes, mísseis e aeronaves a grande distância, indicando com precisão a localização de cada um deles. São utilizados para rastreio de lançamento de foguetes, mísseis e outros engenhos em sua fase de desenvolvimento, qualificação e homologação.
Se pode rastrear indo, pode rastrear vindo.
pelo que eu sei, um não equivale ao outro, não temos no Brasil nada igual ao Smart L
Como não? O STREV opera em banda C
Marcos,
O STREV é um radar de rastreio de foguetes. Tem função científica.
Olá Bosco, o SPY6 é de Banda S, como que ele pode ser detectar aeronaves tão longe, vi que ele seria capaz de ver um F35 a uns 135Km, ou seja um J20 na mesma distância, ele não teria que ser na banda L ou C
Carlos, No caso do SPY-6 ele usa mesmo a força bruta pra detectar alvos stealths porque adota TRMs de GaN. Se fosse da banda L sem dúvida ele seria ainda mais capaz de detectar steaths mas aí perde em resolução que é importante para guiar os mísseis. O E-2D tem um radar na banda UHF que vai ser o principal radar anti-stealth da USN , junto com os pods IRST dos F-18 e do IRST do F-35C. Só lembrando que as bandas utilizadas em radares são a K, X, C , S, L, UHF, VHF (baixa frequência) e HF (OTH).… Read more »
É dito que o radar AESA AN/APY-9 , banda UHF do E-2D, tem alta resolução e é capaz de vetorar mísseis como o SM-6.
VLW Bosco quem o que eu pensei mesmo, o SPY6 é um bruto
Bosco, não tem como colocar radares de bandas diferentes paralelos uns aos outros e integrar as imagens por software, dessa forma conseguindo detectar os furtivos sem perder resolução?
Sim. Tem jeito . São os chamados “Dual Band Radar”. Geralmente tem a banda X associado a um de banda de maior comprimento de onda como a S ou a L. O sistema anti-stealth Nebo-M dos russos faz isso. Ele adota 3 radares , um na banda VHF, outra na banda L e outro na X. E tem radares que adotam as duas bandas numa mesma “antena”, otimizado tanto para a busca de volume com uma onda mais longa e o rastreio e controle de tiro com uma onda mais curta (maior frequência). Vou ver se acho alguns radares que… Read more »
Legal e interessante.
Exatamente, são completamente diferentes, em função e engenharia.
como o Bosco falou, o STREV é focodo em rastreio de mísseis e foguetes, é bom, mas ele não cumpre a função de vigilância do espaço aéreo do SMART L
CRSOV,
Um radar na superfície só detecta algo a 2000 km de distância se o alvo estive voando alto, fora da atmosfera. Não detecta por exemplo, aviões a essa distância. Só foguetes , mísseis balísticos ou satélites.
No caso, dá aviso antecipado de um ataque de mísseis balísticos, e como é rotatório, muito provavelmente precisaria de outro radar fixo para rastrear o alvo caso se intencione interceptá-lo por um míssil antimíssil.
*Muito provavelmente ele para de girar para fazer o rastreio caso a ameaça seja engajada por um sistema ABM.
Se bem que operando na banda L (UHF) ele não tem condições de fazer o rastreio para um sistema antimíssil. No máximo dá o alerta.
Desconheço radar de rastreio e engajamento que opere além da banda S (por exemplo, o Aegis).
A banda L permite uma excelente propagação na atmosfera (longo alcance) , reduzida interferência radioelétrica , mas tem péssima resolução.
“Desconheço radar de rastreio e engajamento que opere além da banda S. “
Em tempo, me lembrei do AN/APY-9 , que opera na banda UHF e que é dito ter essa capacidade. Falei dele acima.
Também tem o radar RLM-D do sistema Nebo-M , russo, que opera na banda L e tem capacidade de rastreio.
rsss
Tem o ELM-2106 ATAR do sistema Spyder SR, que opera na banda L também.
Realmente, Bjj.
O que podemos concluir é que radares de banda L 3D/varredura eletrônica podem operar no modo engajamento / rastreamento , vetorando mísseis com seeker autônomo.
E como tem o radar UHF do E-2D, que também o faz, esse seria o limite.
Ficando só o radar de baixa frequência banda VHF sem essa capacidade. E lógico, o HF (OTH).
*Vale salientar que no modo “de iluminação” para mísseis guiados por “radar semi-ativo” são utilizados apenas os de banda X e C.
O radar SAR do R-99 opera na banda L (além da X), e tem boa resolução para imagens.
Sem dúvida. Mas aí é porque é do tipo SAR que utiliza o deslocamento rápido do avião como se fosse uma antena imensa e aí a banda pode ser de onda longa. Aí combina o grande alcance da banda L com o deslocamento do avião para formar uma imagem de boa resolução mesmo a grandes distâncias. Já radares em navios e em terra não podem utilizar esse artifício. E já que o senhor lembrou disso , eu não duvido que o radar do E-2D que adota a banda UHF utilize o movimento da aeronave para melhorar a resolução e poder… Read more »
Melhor que a L seria a P, com capacidade de penetração em folhagens.
Bosco
Qual tipo de radar é empregado para gerenciamento de tráfego aéreo civil.
O radar russo Don-2N (Pill Box) trabalha na freqüência SHF .
Super alta frequência é a designação da ITU para frequências de rádio na faixa entre 3 e 30 gigahertz. Esta banda de frequências também é conhecida como banda centimétrica ou onda centimétrica, pois os comprimentos de onda variam de um a dez centímetros.
o sistema de defesa A-135 é operado por uma divisão de defesa antimísseis, responsável por neutralizar ogivas nucleares apontadas para Moscou, a capital da Rússia com mísseis interceptores endoatmosféricos de curto alcance do tipo 53T6 (“ABM-3 Gazelle”.
Faltou você colocar o principal !!
O Don-2N é executado por um supercomputador Elbrus-2 e foi projetado para ser o centro de controle do sistema pode operar de forma autônoma se a conexão com o seu centro de comando e controle for perdida. Possui alcance de 3.700 km para alvos do tamanho de uma ogiva ICBM típica, variando entre 1.500km a 2.000km para detectar um alvo de 5cm x 5cm.
Esse radar Don-2N opera no limite entre a banda C e a S.
Esse radar consegue ter excelente propagação (longo alcance) mas perde em resolução, mas no caso do míssil ABM Gazelle não faz diferença tendo em vista que ele tem ogiva nuclear.
Mesmo que ele “erre” o alvo por uns 2 km ainda assim ele neutraliza o mecanismo nuclear da ogiva nuclear alvo.
Perfeita a sua observação com relação aos empecilhos de detecção ocasionados pela curvatura da Terra e da necessidade de estar trabalhando em conjunto com outro tipo de radar que detecte com maior qualidade os aparelhos que estejam se aproximando e mirar neles mísseis SAM.
2000Km é muita coisa mesmo. Alguém sabe qual seria a faixa de preço unitário e quantos desse radar seria necessário para cobrir todo o país?
A Holanda comprou 4 radar por 250 milhoes de euros ,link com o preço .
Acho que com 5 radar seria suficiente para cobrir todo território do brasil tirando por base a quantidade de cindacta que sao 4 !!!
https://www.nato.int/cps/en/natohq/news_85153.htm?selectedLocale=en
Temos ao similar no Brasil?
não. temos radares de longo alcance nos CINDACTAS e outras áreas, mas nada tão moderno e de longo alcance igual ao Smart L, que serve para ver ataques com ICBM, Caças voando alto, e outros aviões, devido a potência deles, é capaz de ver mesmo um caça furtivo a dezenas de quilômetros
Valeu. Imaginei que não havia algo assim.
Os radares de controle de área (ACC) dos CINDACTA são os TRS 2230.
Foram desativado !!!
https://www.decea.mil.br/?i=midia-e-informacao&p=pg_noticia&materia=ultimo-radar-da-serie-trs2230-e-desligado-e-ciscea-da-inicio-a-substituicao-pelo-moderno-lp23sst-ng
Obrigado pela informação.
A FAB desativou esses radares antigos da década de 80 e hoje opera radares modernos !!!
O LP23SST-NG é um radar primário de longo alcance, dotado de medidas de proteção eletrônica e altimetria. O RSM970S-NG é um radar secundário monopulso Modo S que integra um sistema ADS-B totalmente redundante.
Obrigado pela informação.
Este equipamento foi projetado originalmente como radar naval de longo alcance. Uma das novas funções de navios de superfície neste século é atuarem com capacidade secundaria em cenários antimísseis balísticos e também antissatélite. Os Europeus desenvolveram algumas capacidades ABM para o sistema ASTER, dai os requisitos de longo alcance dos radares série SMART-L. Quando operados contra aeronaves, os radares terão seu alcance fixados pelo horizonte de radar, então vai estar na faixa de 450km como os demais radares terrestres de defesa aérea. O interesse sueco e de outras nações que operam este tipo de radar baseado em terra é principalmente… Read more »