MFS-EW – O poderoso sistema de guerra eletrônica do Saab JAS 39E/F Gripen
Sérgio Santana*
Recentemente foi anunciado aqui no Poder Aéreo que a Força Aérea da Alemanha, a Luftwaffe, selecionou a suíte modular de guerra eletrônica Saab Arexis para equipar 15 exemplares dos seus caças Eurofighter.
Para o JAS-39 Gripen E/F existe uma variante específica do Arexis, chamada “Multi-Function System-Electronic Warfare” ou MFS-EW, Sistema Multifuncional – Guerra Eletrônica.
As origens do MFS-EW
O MFS-EW é uma evolução exponencial do EWS-39, o conjunto de guerra eletrônica instalado nas versões anteriores do Gripen.
O MFS-EW foi desenvolvido para deixar o Gripen mais preparado para enfrentar as mais poderosas ameaças atuais e também aquelas que podem surgir nas próximas décadas, levando em consideração não apenas a possibilidade da aeronave fazer parte de coalizões internacionais (como demonstrado em 2011 quando a Real Força Aérea Sueca deslocou cinco de seus JAS-39C Gripens para a Base Aérea de Sigonella na Sicília, como parte das operações lideradas pela OTAN Odyssey Dawn/Unified Protector organizadas para proteger o povo líbio das forças leais ao então ditador daquele país Coronel Muammar Gaddafi).
Também influiu o aperfeiçoamento das forças de defesa aérea russas baseadas no enclave russo de Kaliningrado, situado a pouco mais de 500 km de Estocolmo. Tal reforço, na forma de uma bateria de mísseis terra-ar de alta altitude/longo alcance Almaz-Antey S-400, foi anunciado pelo Ministério da Defesa da Federação Russa em março de 2019. Também conhecido como SA-21 “Growler”, seu radar de vigilância aérea terrestre 92N6E tem um alcance instrumentado de 400 km, tornando-o capaz de cobrir a maior parte daquela distância. Outra razão para acelerar os esforços de operacionalidade do MFS-EW foi a introdução do Sukhoi Su-57 “Felon” no inventário da Força Aeroespacial da Federação Russa, o que ocorreria pouco tempo depois.
O fator final que levou ao desenvolvimento do MFS-EW foi que ficou claro que o primeiro desenvolvimento do EWS-39 planejado para equipar o Gripen E/F não foi suficiente para convencer os clientes estrangeiros a selecionar a aeronave em comparação com outras.
O MFS-EW em detalhes e suas vantagens operacionais
O MFS-EW é composto de vários sistemas, espalhados pelas fuselagens superior e inferior do Gripen. Instalados na superfície superior estão três MAWSUs (Missile Approach Warning Sensor Unit, Unidades do Sensor de Alerta de Aproximação de Míssil, do modelo Elisra PAWS-2); uma EWCU (Electronic Warfare Central Unit, Unidade Central de Guerra Eletrônica); duas PPU (Primary Power Units, Unidades de Potência Primária); um NGIR (New Generation Infrared Missile Approach Warning Processor, Processador de Nova Geração de Alerta de Aproximação de Míssil Infravermelho); um TFA (Transmitter Forward/Aft, Transmissor Dianteiro/Traseiro, instalado nas seções dianteira e traseira do estabilizador vertical, atuando em banda baixa, para realizar interferência contra sensores adversários localizados nos hemisférios frontal e traseiro, respectivamente); três dispensadores Chaff/Flare BOP-G, instalados na fuselagem traseira; e, por fim, duas RPSs (Receiver and Power Supply units, Unidades de Receptor e Fonte de Alimentação) e quatro QRTs (Quadrant Receiver and Transmitter units, Unidades Receptoras e Transmissoras do Quadrante), em bandas médias, instalados nos trilhos das pontas das asas do Gripen, para executar a interferência contra sensores adversários localizados em ambos os lados. Os Dispensadores de Chaff/Flare BOP-G podem ejetar várias contramedidas, desde os chamarizes ativos BriteCloud até os chaffs BOL Mk 2 Tipo 1, bem como os flares BOL-IR MJU-52/B e L5A2.
Destes, os MAWSUs, como o próprio nome indica, detectam mísseis direcionados por radar próprio ou da aeronave/plataforma lançadora que se aproximam, enquanto os NGIRs fazem o mesmo com mísseis de busca de calor. Por sua vez, a fuselagem inferior da aeronave abriga outras três MAWSUs; duas Unidades de Interface; uma VLBA (Very Low Band Antenna, Antena de Banda Muito Baixa); dois dispensadores BOL 739/3 Chaff/Flare, instalados na seção traseira dos pilones de armas internos sob as asas e dois dispensadores BOL 739/2 Chaff/Flare, montados na seção traseira dos pilones externos de armas sob as asas. Todos os sistemas acima são gerenciados pela EWCU e alimentados pelas Unidades de Energia Primárias.
Além destes detalhes, o novo sistema possui Módulos Transmissores/Receptores baseados em Nitreto de Gálio, já implementados no radar Erieye-ER AEW&C, o que melhora o desempenho geral (incluindo o relacionado à consciência situacional) se o Gripen E/F for ser operado junto com aeronaves equipadas com Erieye-ER, já que o nível de fusão de sensores do primeiro será maior do que é hoje, graças à sinergia entre o MFS-EW e o radar Raven ES-05 AESA.
O MFS-EW foi projetado com uma arquitetura AESA, o que significa que pode enfrentar várias ameaças ao mesmo tempo, como vigilância terrestre ou radares de controle de disparo, com um nível de precisão sem precedentes em relação à geolocalização, que pode ser tão baixo quanto 0,1º num raio de 360º. Não é confirmado pelo fabricante mas espera-se que o conjunto de guerra eletrônica do Gripen E/F cubra uma faixa de onda entre 0,5 GHz e 40 GHz, o que o torna capaz de detectar a orientação de armas e radares terrestres projetados para encontrar aeronaves furtivas.
Finalmente, pela primeira vez em uma aeronave, o MFS-EW combina também as funcionalidades do RWR (Radar Warning Receiver, Receptor de Alerta Radar) e das ESM (Electronic Support Measures, Medidas Eletrônicas de Apoio), de forma que possa identificar e geolocalizar uma determinada ameaça, acionar a medida adequada para combatê-la e realizar tarefas de inteligência eletrônica, ao mesmo tempo que armazena o sinal a ser analisado posteriormente. Tudo simultaneamente e em segundos.
O EAJP
Tanto o Arexis quanto o MFS-EW podem ter seu poder aumentado com o EAJP (Electronic Attack Jamming Pod, Casulo de Interferência de Ataque Eletrônico), revelado pela primeira vez no DSEI 2017, como sendo a parte mais visível dos sistemas.
Em 4 de novembro de 2019 o Saab JAS-39D Gripen “39822” voado pela ala F 21 “Norrbottens Flygflottilj” da Real Força Aérea sueca, decolou de Luleå. O objetivo do voo, posteriormente chamado de “bem-sucedido” e o primeiro com o EAJP, foi avaliar a integração e o comportamento do equipamento com os sistemas embarcados no caça.
Contudo, tanto o potencial ofensivo do MFS-EW quanto do EAJP só poderão ser usufruídos totalmente pelos Gripen E/F a partir de 2026, quando se espera que todos os exemplares fabricados a partir de 2021 já tenham seu radar qualificado para emprego pleno, assim envoluindo, através da instalação de kits de atualização, da configuração MS21/M1, que caracteriza tais exemplares, para a configuração MS22/N1, que possibilita ações ofensivas com o MFS-EW/EAJP, e só virá instalada nos exemplares fabricados a partir de 2022. Com a MS21/M1, o MFS-EW só pode atuar em modo passivo, usando as capacidades de RWR e ESM.
O Arexis/MFS-EW e um novo míssil radiação?
É comum (e até esperado) que aeronaves de guerra eletrônica portem armamento especializado para a sua missão.
Assim, em agosto de 2020 durante o Kauhava Air Show, na Finlândia, a Saab anunciou o LADM (Lightweight Air-lanced Decoy Missile, Míssil Isca Aerolançado Leve), uma arma ainda em desenvolvimento com a Finlândia, e oferecida para a competição HX do país, que pretendia selecionar até 64 exemplares de um caça de última geração para equipar a Força Aérea Finlandesa e acabou sendo vencida pelo Lockheed Martin F-35 Lightning II.
Trabalhando em conjunto com o sistema EAJP/Arexis, o LADM foi projetado para fornecer interferência e gerar alvos falsos para radares de defesa inimigos (como aqueles dedicados a adquirir/rastrear alvos e direcionar armas contra eles) enquanto os Gripens podem atingir seus objetivos designados.
Entretanto, com a recente entrada da Finlândia na OTAN e do provável movimento da Suécia no mesmo sentido em breve, com as consequentes maiores ofertas a vários sistemas de armas o futuro do LADM parece incerto, embora estas adesões à Aliança Ocidental também possam impulsioná-lo.
* Sérgio Santana é Bacharel em Ciências Aeronáuticas (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL), pós-graduado em Engenharia de Manutenção Aeronáutica (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG). Colaborador de Conteúdo da Shephard Media. Colaborador das publicações Air Forces Monthly, Combat Aircraft e Aviation News. Autor e co-autor de livros sobre aeronaves de Vigilância/Reconhecimento/Inteligência, navios militares, helicópteros de combate e operações aéreas.
Informações sobre mais caças Gripen nada?
Ok. Legal!
Mas as aeronaves da FAB tem esta mesma capacidade?
Nao, a FAB comprou a versao barateada com a desculpa que nao possui as mesmas ameacas que outros paises…
Bahhhhhhhhhhh Tcheeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Se tem as mesmas capacidades do Gripen E sueco, eu não sei, até acho que não. Mas, as aeronaves brasileiras tem os sensores colocados nas mesmas posições que as da versão sueca. O hardware só difere entre as versões daqui e de lá nos pods colocados nas extremidades dos trilhos de pontas de asas. O nosso é menor que os da versão deles. O restante é igual. Já o software, não sei.
este “pod” é composto por receptores e transferidores do sistema concebido para justamente “combater” as ameaças mais avançadas, que partem de sistemas como S300, S400, Patriot… ou seja, o “nosso” Gripen E/F veio com um downgrade bem sacana! pois hoje o S300 Venezuelano seria uma ameaça… e amanhã? agora fica a pergunta, o que mais “nosso” Gripen, que fora prometido ser o melhor avião, teve capado? e pq um avião de 150milhões de USD precisou ser capado desta forma! deveria ter vindo é com 2 motores, 2 radares…
Certamente todo o sistema eh diferente, meio obvio ! Esses sensores, a gente so percebeu por serem claramente visiveis !
Enfim… Retiraram o + dos cacas de geracao 4+ que receberiamos !
O que nos resta é torcer para que NUNCA, repito: NUNCA, o Brasil enfrente um conflito, pq se isso ocorrer, eu garanto que teremos lições amargas para aprender (e serão inúmeras viu), tudo isso pq somos completamente despreparados para o conflito moderno. OK não sabemos o pq nosso Gripen é um pouco diferente do Sueco n quesito de guerra eletrônica, talvez a versão Sueca nem tinha sido oferecida à nós, talvez tenha sido uma escolha da FAB, se foi é de doer os ouvidos. Essa desculpa de que não enfrentamos as mesmas ameaças é totalmente descabida, o Gripen é um… Read more »
Foi escolha da FAB sim ela preferiu abrir mão da guerra eletrônica para investir em mais missies meteor!
Perceba a incoerência, a FAB decide equipar, com mais mísseis… ou seja ela já teria os mísseis, mas quer mais… e abre mão justamente o sistema que manteria o Gripen vivo frente a ameaça mais mortal que ele poderia enfrentar na AL, o S300? se a FAB declarou isso, gostaria de ver, não duvido mesmo… isso é como vc ir para uma guerra com o melhor fuzil e abrir mão da comunicação criptografada.
Eu enxergo isso como ir pro combate com o melhor fuzil, todo equipado e talz, mas vestir um colete mixuruca e atirar sem cobertura…
Onde você leu isso?
Aqui mesmo
O sistema é modular. Não integra nenhuma versão.
É adquirido à parte.
Único comentário sensato, precedido de uma enxurrada de bobagens!
pior ainda, Bosco, rsrsrs, já foi caro e vem menos equipado! como vai vc, mestre!? espero que muito bem! já tem seu canal? tá esperando o que? 🙂 grande abraço!
Mas na pratica, so significa que poderiamos troca-lo no futuro !
tem sim …. claro vai virar um teco teco igual as outras …. e vai cai …. brasil é brasil …. kkkkkkkkk
Por enquanto.
Tudo muda, o tempo todo!
É só adquirir, a ”qualquer momento”. São módulos, a aeronave é feita já para acomodá-los em qualquer ocasião, e mesmo as que já os têm podem tê-los retirados conforme a necessidade, não são itens fixos e nem se precisa de adaptações, pense em algo como ”plun’n’play’‘. Portanto, não há nada perdido, o único problema é nunca adquirir ou deixar para adquirir somente em um conflito iminente, mas, quanto a ser uma oportunidade definitivamente perdida não é.
No AMX era só instalar o radar… e o bixo morre sem ganhar este brinquedo… morre pq os poucos que receberam… 4? são irrelevantes perante uma vida de mais de 50 aparelhos sem este importante sensor. Ah, o AMX recebeu o apelido de F-32 pq mesmo sendo um avião subsônico, capado de tudo, custou-nos mais de 2x o preço de um F-16 novo à epoca.
Mais mesmo assim o mais barato coloca a fab em outro patamar de evolução tecnológica ja que nos F-5M a aviônica era obsoleta e nem se compara com a tecnologia atual !!!!
Por isso a FAB nao reclamou de receber uma versao mais barato de guerra eletrônica, mais com certeza futuramente a FAB vai modernizar o gripen e vai atualizar a suite de guerra eletrônica.
a FAB não reclamou? rsrsrsrs a FAB aprovou! pagou “mais caro” e ainda agradeceu!
Acho que a versão que compramos é a mesma dos Gripens C/D que é boa, mas essa é uma evolução da que compramos. A desculpa foi que para as ameaças que temos na região a versão anterior bastava! Mas se houver necessidade podemos fazer o upgrade.
“Acho que a versão que compramos é a mesma dos Gripens C/D”.
Não é.
A maioria está focando apenas nas diferenças do tamanho reservado às antenas que ficam junto aos trilhos das pontas das asas, mas o sistema completo vai muito além disso, como mostram as ilustrações da matéria.
E parte dos itens que aparecem nas ilustrações não fazem parte da suíte dos caças Gripen C/D, e sim dos caças E/F, incluindo os da FAB.
Essa discussão focada apenas numa parte de um sistema que é bem maior está ficando parecida com a do IRST, interminável.
Somo dois outros adjetivos: equivocada e improdutiva, infelizmente. Um bom artigo, feito por quem entende do assunto, sucedido por um festival de comentários recheados de achismos.
Sim… Mas o que faz sentido… É que trocaram todo o sistema, nao eh ?
Esse sensor ai… So foi visivel e levantou o debate junto a FAB !
Palhaçada ! Depois querem que levem a nossa defesa a sério…
Só que a brigadeirada caviar esquece que apesar de nós não irmos de encontro até as ameaças, nada impede que algum dia elas possam vir até nós.
piada mesmo !
Compramos o Saab Gripen “M Sport”, mas ele veio como versão de entrada, sem alguns itens especiais.
Certamente só irão adquirir quando a porta da frente for arrombada e tomarmos um belo prejuízo, afinal é tradição nesse bananal só se preparar depois que a corrente da porteira é quebrada…
Como foi publicado no site chinês: “militares brasileiros parecem brincar de casinha”, se não foi bem isto foi algo similar.
Pior que acertaram, sem querer…
Se preocupam mais com as pensoes e aposentadorias generosas, que oneram ate 90% do orcamento, segundo alguns ja comentaram !
Era a pergunta que vim seco nos comentarios pra fazer… heheh
Se era exatamente este sistema que foi capado nos nossos gripens !
FAKE NEWS. É cada um senhor…
Não esqueça das muié e das brejas. Não é só carnaval.
Serão 8 F-39F, não 6.
Cautela é pouco essa versão não tem experiência em combate.
Agora somos dois Vitor… vamos precisar de nos diferenciar de alguma forma 🙂
01 e 02.
E qual seria a versão com experiência em combate?
Gripen C/D. Foram usados na Líbia, em conjunto com a OTAN.
Se se refere à operação Karacal, realizou apenas surtidas e operações de vigilância. Não tenho registro de ter entrado em combate.
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COMENTÁRIO APAGADO.
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Vcs estão de parabéns! Ótimo trabalho sobre o tema!
Leitura muito interessante. Parabéns a Trilogia e especialmente ao Sérgio por este artigo, bem feito e informativo como sempre.
Fiquei pensando se um F39F, equipado com o LADM, EAJP e, quem sabe no futuro, um MAR, não seria uma boa plataforma SEAD dentro de nossas possibilidades?
Prezado,
Sim, SERIA…
Mas o problema nosso é sempre esse tempo verbal: o diacho do Futuro do Pretérito.
MAR-1 não existe mais. Em compensação, o MICLA BR o susbtitui com muitas vantagens em alcance (mais de 300km), sistema de guiagem (GPS ou outro) e letalidade (ogiva explosiva), podendo destruir não apenas os radares (como o MAR-1) como toda a bateria. Basta saber a localização da bateria, o que é fácil, pelo sistema EW do caça, se seu radar começar a emitir.
Então, o foco da FAB deve ser o MICLA BR.
Sim. Vi a entrevista com um dos desenvolvedores do MAR1. Me expressei mal. Me referia a armas de categoria similar como o HARM.
E o que de fato importa: Os Gripen da FAB dispoem da mesmo sistema?
Essa mesma pergunta foi feita no segundo comentário desse tópico.
Pode ser que sim, pode ser que não. Como o Bosco falou, é um sistema modular. Pode ser adquirido dentro de sua totalidade ou em partes, conforme escolha e necessidade do cliente.
acho que facilmente esses equipamentos podem ser integrados de forma modular. O FOC do Gripen estava previsto para 2025, acredito que poderemos fazer este upgrade no futuro.
A questao eh essa, o que deveria ser “Standard” desde o comeco vai ser encarado como um upgrade para o futuro, estamos falando de um programa que nos custa US$ 5.4 bilhoes e nao de uma compra de viatura para prefeitura do interior. Talvez ate 2050 os Suecos tenham usado os deles ate o osso e nos vendam, ai botamos nos nossos.
Novamente, perdao pela falta de acentos, etc. Nao estou digitando em teclado ABNT
O Gripen poderá ser fabricado na Colômbia.
https://forcaaerea.com.br/saab-pretende-fabricar-o-gripen-e-drone-militar-na-colombia/
Colômbia está negociando F 16 MLU com a Dinamarca. Acho difícil, muito difícil a Colômbia ir de Gripen E/F e mais difícil ainda a sua montagem e ainda mais difícil a produção local.
Mas se isso chegar a acontecer… Não, a Colômbia não tem condições de compras com TOT nesse segmento.
Parabéns pela matéria. Muitas informações interessantes.
Uma pena mesmo foi a FAB aceitar que o nosso Gripen viesse com capacidade reduzida em EW em relação ao Gripen da força aérea sueca.
Tudo bem que o caça é excelente do mesmo jeito, mas já que o Brasil não quis comprar um caça de 5a geração e ainda escolheu um fornecedor novo, deixando de lado os caças americanos e francês, acho muito “brochante” essa informação que os nossos Gripen terão EW mais simples.
Pois é… E não vi ninguém demonstrando EXATAMENTE onde e porque é mais simples. Gostaria de saber, como muitos aqui.
Pelo que eu já li a respeito, as antenas RWR das pontas das asas do Gripen da FAB são diferentes/inferiores comparando com as antenas do Gripen sueco porque aqui na AL ainda não temos ameaças como o Su-57 e S-400. Essas são as principais diferenças, mas, pelo que eu lembro olhando as imagens, os sensores de guerra eletrônica do topo da deriva também são um pouco diferentes. Outro sistema diferente é o sistema de alerta de aproximação de mísseis, onde o da FAB é o PAWS-2 da Elbit, já o do sueco é de uma empresa alemã chamada Hensoldt.
Se a desculpa é que nao enfrentamos as mesmas ameacas russas (S-400, SU-57, etc).
Certamente é inferior… E provavelmente para baixar os custos !
Inferior em que? Explique: frequências, ameaças, capacidades etc.
Bom dia, Rinaldo
Esta aqui explicado https://www.aereo.jor.br/2021/11/26/mudancas-nos-cacas-gripen-e-de-serie-e-diferencas-entre-as-versoes-da-fab-e-da-forca-aerea-sueca/
Sim, o sistema eh modular, mas sabemos que o Estado no geral sempre foi a mae que vai ao shopping e diz pra crianca que na “volta a gente compra”.
Perdao pela falta de acentos, etc. Nao estou digitando em teclado ABNT
A matéria não exolica em detalhes.
O Caça é o mesmo. Apenas os periféricos que vem implementados que, no caso do Brasil, alguns foram considerados desnecessários na atual conjuntura mas, que por serem modulares, podem ser integrados em qualquer momento.
Isso eu sei, amigo. Quero que me expliquem qual sensor e qual faixa de frequência. Aqui ninguém sabe.
Mas, aí o amigo está pedindo muito.
KKK
Quem deveria fazer isso é a FAB… Mas se limitou a admitir que nosso sistema eh mais simples, por nao termos as mesmas ameacas dos europeus…
O Gripen é um sistema moderno e modular. Aparentemente não vejo problema de adquirir esses equipamentos posteriormente e integrar ao software. O Gripen deve receber FOC na FAB em 2025 e portanto pode ter sido uma estratégia da FAB de implementar esse upgrade posteriormente. Se o Brasil adquiriu o POD, estaremos muito bem.
O triste é que as antenas do Gripen brasileiras são iguais do Gripen antigo.
Se olhar as fotos já publicadas neste site em diversas matérias, vai ver que não são iguais.
bom, tô com preguiça, se não são iguais, não importa muito, pois o gripen brasiliero veio downgraded por escolha da FAB
Downgraded exatamente como? No que é menos capaz? Explique.
Segundo a FAB, o sistema de EW do Gripen E brasileiro tem uma pequena diferença apenas no Sistema de Alerta Radar (RWR), que cobre bandas de frequência ligeiramente diferentes, por requisitos de ameaças diferentes.
Por exemplo, o sistema sueco foi projetado para enfrentar o sistema de defesa aérea russo S-400 e o novo caça Su-57, ameaças ainda inexistentes na América Latina….. matéria do AEREO, ou seja segundo a FAB só houve diferença ao RWR, pra mim é mentira, tem mais coisa aí.
“ pra mim é mentira, tem mais coisa aí.”
Você resumiu razoavelmente a justificativa da FAB para as diferenças.
Agora você pode resumir também a sua justificativa para dizer que é mentira e que tem mais coisa aí?
bom, vc disse que não havia diferença, provei que existe, segundo a FAB é só no RWR, pois aqui não existe um S400 ou Patriot, ora sendo um RWR um sistema que alerta ondas de radares estão direcionas ao avião, e que este sendo travado, é tão complexa assim essa antena de RWR, acho que o que realmente não veio é a capacidade completa de jamming, bom mas isso é minha especulação
“bom, vc disse que não havia diferença”
Onde eu escrevi isso?
“Se olhar as fotos já publicadas neste site em diversas matérias, vai ver que não são iguais.”
Você está tendo algum engano com a leitura ou interpretação de texto.
Desde quando “não são iguais” tem o mesmo sentido que “não havia diferença”?
O sentido é exatamente o contrário.
Ou seja, eu informei que são diferentes!
Você havia escrito que as “antenas do Gripen brasileiras são iguais do Gripen antigo”. E eu respondi que “não são iguais”, ou seja, que são diferentes…
NOSSA pra você é mentira com base em achismo aff
Serve pra quê? Escoltar os caças do maduro??? Pra eles jogarem bombas na cabeça dos nossos idosos de camiseta verde e amarelo? Crianças??? Só pra isso né…
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COMENTÁRIO APAGADO. LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Eu estou mais interessado no IRST e nas armas que adquirimos que ainda não vi nenhuma nem instalada nos pontos duros e nem mesmo no “chon”.
Só para lembrar: Meteor, Spike 1000, Iris-t, mini Spike.
Provavelmente só veremos isso em 2030 e olhe lá, quando a FAB comprou os mirage adquiriu a impressionante quantidade de 10 mísseis bvr, fiquei surpreso quando vi adquirirem os 100 meteor, mas fez ter certeza que com essa quantidade dificilmente um segundo lote será adquirido, o único comandante da fab que realmente se preocupou foi o Batista Jr que comprou esses mísseis e introduziu a discussão de um segundo lote de gripen na fab, provavelmente ele sabia que um segundo lote de mísseis dificilmente seriam adquiridos…
“ o único comandante da fab que realmente se preocupou foi o Batista Jr que comprou esses mísseis ”
Sem querer diminuir o trabalho do brigadeiro Baptista Jr, nem sobrevalorizar o de seus antecessores ou de qualquer um, mas a compra não foi fruto da gestão dele no comando da Aeronáutica.
A compra dos mísseis decorre de uma encomenda contratada à MBDA e um contrato de financiamento em euros assinado cerca de 8 anos atrás.
Encomendas do tipo em geral levam anos entre assinatura e entrega.
Olá Nunao. Comentando. Encomendas deste tipo levam anos entre a assinatura e a entrega, a qual é feita em lotes. A empresa vai produzindo e entregando.
Amigo Bosco, não sei se vc já assistiu a entrevista feita pelo João Pulo Moralez (Canal Hunter Press) c/ o Tenente-Coronel Aviador Gustavo de Oliveira Pascotto, que é o comandante do 1º GDA, ele aborda muitas coisas interessantes sobre a implantação do Gripen e como isso exigiu e ainda vai exigir muito investimento da FAB, não só de verbas, mas de pessoal e de mudança de formas de trabalhar desde coisas mais simples até os armamentos, mais p/ o final (1h) ele aborda a parte de segurança de tudo que envolve essas tecnologias avançadas, o Meteor, por exemplo, é foco… Read more »
https://www.youtube.com/watch?v=siHNF4LfMRE
Resumo da ópera: o Gripen não tem nenhum míssil hoje e se brincar não tem munição de 27 mm para o canhão.
Ou seja, se for interceptar algo hoje é por abalroamento, com posterior ejeção do piloto.
*Em termos de interceptador o Super Tucano com metralhadoras ponto 50 e mísseis Piranha é melhor.
Bosco, O Gripen está em introdução na FAB. Já publicamos matérias sobre isso, e esta abaixo se refere às fases de sua introdução e conversão de pilotos: https://www.aereo.jor.br/2023/04/23/laad-2023-palestra-do-comandante-do-1o-grupo-de-defesa-aerea-1o-gda-sobre-a-implantacao-dos-novos-cacas-gripen/ Até onde sei, o caça de primeira linha que cumpre alerta e realiza interceptações enquanto isso é o F-5M. Conforme a quantidade de pilotos aumente e eles passem das fases 1 e 2 (familiarização, voo etc) pelas próximas duas fases de conversão à aeronave, transformando-se de pilotos de Gripen em pilotos de combate de Gripen, o novo caça passará a cumprir os alertas de defesa aérea, paralelamente à entrega de mais aeronaves.… Read more »
Tem sim, Bosco. Você está enganado, agora.
Tem um lote de Meteor em estoque
https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/38377/PODER%20A%C3%89REO%20-%20FAB%20recebe%20lote%20do%20m%C3%ADssil%20Meteor%20e%20refor%C3%A7a%20capacidade%20de%20combate%20do%20Brasil#:~:text=A%20For%C3%A7a%20A%C3%A9rea%20Brasileira%20(FAB,para%20o%20desenvolvimento%20da%20aeronave.
Blz, Glasquis.
NÃO, já foi noticiada a entrega de dois lotes de mísseis METEOR para a FAB!
Quando estiverem na iminencia do vencimento das armas pode ser que vejamos.
Eu queria uns RBS-15 aí nessa lista, embora alguns dizem que a FAB já adquiriu o míssil.
. Foram comprados o Meteor e o Iris-T, inclusive alguns já foram entregues.
Seria muito interessante as nossas forças armadas terem programas de desenvolvimento de equipamentos de guerra eletrônica nacionais. Pois em situação de conflito teríamos alguma capacidade autóctone nesta área.
Essa suíte de guerra eletrônica seria mais avançada do que a do F-35?
O ultimo infografico é atrevido e indecente kkk Boa sorte ao tentarem penetrar uma cobertura de S-400 com esse smartwatch aí rs
Em tese os Gripen E da Suécia se darão melhor nesse quesito, se realmente for o S-400 na imagem, já que uma das desculpas que deram para a diferença entre os sensores de EW entre os Gripen é que aqui na AL não temos ameaças como o S-400 e Su-57, o que na minha opinião, só quem é chapa branca comprou a história, já que não faz sentido não comprar o que já se tem de melhor, mas brasileiro é assim mesmo, primeiro espera a ameaça chegar, para depois ver o que faz.
Meu comentário vai ser genérico, mesmo porque não tenho conhecimento técnico suficiente para aprofundar,,, Se os Alemães escolheram este sistema para os seus caças é porque de fato deve ser muito capaz. Os nossos devem possuir sim algum destes módulos porque isso era requisito. Mais não tão completo,. Como alguém já disse to querendo ver mesmo é entrega de mais exemplares e também nossos Gripen armados com misseis modernos e em quantidade razoável., Voávamos antes o F-2000 , qual era a capacidade de guerra eletrônica destes ??? nem mesmo radar eletrônico tinham,,, O Gripen é uma revolução na FAB e… Read more »
O M2000 tinha o Espirale.
Sim no contrato seria o mesmo sistema de guerra eletrônica, porem o presidente Bolsonaro queria comprar mais misseis meteor e pegar um kit guerra eletrônica made in Paraguay!
Bolsonaro não queria nada. Se alguém queria alguma coisa foi a FAB. Não poste bobagem.
Certezas e suposições. Como algumas certezas viram suposições que se solidificam com o tempo e se transformam em verdades, exclusivamente por força da nossa inclinação em querer que aquilo seja verdade. O que temos de certeza hoje é que as antenas do sistema instalado no Gripen “BR” são diferentes em tamanho das antenas do sistema instalado nas aeronaves suecas. A partir dai podemos conjecturar algumas suposições, mas, mesmo elas, tem certos limites, como por exemplo a física. Antenas de tamanhos diferentes significam que foram criadas para frequências diferentes. Isso é o básico do estudo do espectro eletromagnético e radiofrequência. Não… Read more »
Agora sim um comentário coerente!
Pois é.
Ainda há esperança de debates em alto nível.
Pois é concordo, como tentei colocar no meu comentário nosso Gripen tem sistema ECM de guerra eletrônica deve ter alguma capacidade de causar confusão, desorientação ou impedir que radares inimigos marquem o caça como um alvo, que é este MFS-EW que pode criar uma imagem falsa do Gripen para o radar inimigo, orientando o seu sistema de defesa antiaérea para atacar um caça que não existe, Isso é fantástico um grande salto eu acredito que esta capacidade esta presente nos nossos … mais é igual ao Sueco, provavelmente não é pior ? depende é igual a esse que os alemães… Read more »
esse ¨passarinho¨ já veio depenado de fabrica. é o famoso ¨pé de boi . ¨ basicão ¨, meia boca ¨, como queira.
Explica em detalhes pra nós. Não tem air bag? Desembaçador de párabrisas?
ironias….. hehe. Demoram quase 20 anos pra resolver, e quando decidem por esse modelo, deixam pra trás itens importantes de superioridade aérea ? tenha paciência. isso é brasil, havia me esquecido.
e outra se tiver sem o IRST , ai é ¨cachorro com rabo entre as pernas¨, mesmo aff
IRST, a saga, parte 23.
“Se eu posso meter o pau, por que vou elogiar? Não entendo nada de guerra eletrônica, mas vou marretar!”
Leia o comentário do Mazzeo. “Itens de superioridade aérea”. Você entende algo de guerra eletrônica? Sabe que os sistemas são programáveis, e dependem de informações sobre os radares/armamentos inimigos? Já ouviu falar sobre Ordem de Batalha Eletrônica (OBE)? Sabe, EXATAMENTE, quais sensores são “pé de boi”, e porque são? Todos aqui gostariam de saber.
A grande maioria dos comentários aqui esquece que se trata de um assunto de segurança nacional, que por isso mesmo não pode e não deve ser descrito publicamente em detalhes. É assim em todos os países. E segue o jogo…
Então não afirmem o que não sabem. São só, e somente, suposições. Qual é o problema de a FAB ter solicitado um sistema compatível com o cenário sul americano? Não vamos combater na Ucrânia.
Mentalidade Super Trunfo explica…
Deve ser isso.
“Qual é o problema de a FAB ter solicitado um sistema compatível com o cenário sul americano?”
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Será que possíveis ameaças futuras ao Brasil se restringirão a países sul americanos?
Quando, e se ocorrer, faremos upgrade. O sistema não é modular?
Quando, e se ocorrer, só espero que esses sistemas modulares estejam disponíveis para upgrade rapidamente e tão facilmente assim…
Eu me lembro daquele ditado “Quanto mais você sua na paz menos sangra na guerra”
Por isso optamos por fabricar aqui, o avião. Se fosse F-18 ou Rafale, aí sim teríamos que pedir pelo amor de Deus.
Ou seja, você acabou de assumir que o avião veio com down grade. Avião que ainda precisa de upgrade. Que grande b.
Não assumiu nada. Apenas disse que veio configurado para as ameaças de nosso entorno estratégico e que ele é modular e escalável.
Pior: sem os moveis da Ikea, criação sueca que se espalhou pelo mundo.
Já que tocou no tema automobilístico, quando a Saab passou a também fabricar carros, logo no pós 2ªGM, todos eram verde escuro, pois existia um grande estoque dessa tinta que era usada nos aviões que ela fabricava p/ a Força Aérea Sueca. Seria a versão sueca do “o Ford modelo T vinha em qualquer cor, desde que fosse preta”.
Enquanto não verem o Gripen E brasileiro armado com IRIS-T, Meteor, e sistemas modulares de guerra eletrônica este povo não vai sossegar. Dias atrás a saga era a “falta” do IRST.
Cada um desses é um capítulo diferente.
Povinho chato!
VIUVAS do Rafale, F-18 e até dos caças russos.
O sistema MFS-EW vem em todos os Gripen E/F. O pod EAJP é que pode ser instalado em alguns Gripen (no caso da FAB, idealmente os F-39F) e, aí sim, permitindo que atuem como os E/A-18G Growler.
como parte das operações lideradas pela OTAN Odyssey Dawn/Unified Protector organizadas para proteger o povo líbio das forças leais ao então ditador daquele país Coronel Muammar Gaddafi).
A parte técnica está ótima, mas a frase acima está sofrível. A “proteção” da OTAN para o povo líbio gerou um país destroçado, dividido em duas partes e uma guerra civil que dura 12 anos. OTAN, não me proteja.