Embraer divulga perspectivas de mercado para a aviação comercial nos próximos 20 Anos
- Previsão de 11.000 novos jatos e turboélices avaliados em US$ 650 bilhões
- Volume global de passageiros crescerá 3,2% ao ano
- A necessidade de flexibilidade, complementando as aeronaves narrowbody, está aumentando a demanda no segmento de até 150 assentos
Le Bourget, França, 20 de junho de 2023 – A Embraer divulgou hoje, durante coletiva de imprensa no Paris Air Show, suas perspectivas de mercados (Market Outlook) dos próximos 20 anos para entregas de aeronaves comerciais até 2042. O Market Outlook identifica a demanda por novas aeronaves a jato e turboélice com até 150 assentos nas próximas duas décadas. Também apresenta análises das influências e tendências globais em seis regiões do mundo.
Espera-se que o tráfego mundial de passageiros, medido em receita de passageiro/quilômetro (RPK, na sigla em inglês), retorne aos níveis de 2019 até 2024, como resultado de uma recuperação prolongada da pandemia, da geopolítica e de mudanças na dinâmica do setor. Os RPKs globais crescerão 3,2% ao ano até 2042.
Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, destaca a importância das aeronaves na categoria de até 150 assentos para manter a conectividade da malha aérea, em sua introdução ao Market Outlook. Ele também observa como o trabalho remoto e uma indústria mais sustentável afetarão a maneira como viajaremos e a demanda por novas aeronaves.
O relatório elenca as principais tendências que estão moldando a demanda futura por viagens e aeronaves:
- (i) Fragmentação da economia global – a regionalização das empresas e das cadeias de suprimento alterarão a forma como os bens e as pessoas circulam;
- (ii) Revolução social – uma força de trabalho remota impulsionará o serviço aéreo em novas comunidades;
- (iii) Os impactos da sustentabilidade no mercado – a busca pela sustentabilidade afetará a demanda, assim como o custo de novos combustíveis e novas tecnologias. E isso provavelmente aumentará o custo de voar ao longo do tempo.
Outras tendências incluem a necessidade de flexibilidade da frota para lidar com uma demanda incerta e em transformação, principalmente por meio da complementação de aeronave narrowbody, e a crescente popularidade dos jatos de carga crossover narrowbody.
Destaques em números das perspectivas de 20 anos para o mercado comercial
Demanda global por novas aeronaves de até 150 assentos
- 11.000 unidades
- 8.790 jatos
- 2.210 turboélices
- Valor de mercado de todas as novas aeronaves: US$ 650 bilhões
Taxa de crescimento regional anual da RPK – classificada em
- 4,4% Ásia-Pacífico (inclui China)
- 4,1% América Latina
- 3,7% África
- 3,2% Oriente Médio
- 2,2% América do Norte
- 2% Europa/CIS
Participação da RPK até o final de 2042
- 42% Ásia-Pacífico
- 38% Europa + América do Norte
Entregas de jatos – 8.790 (% de participação) – por região
- 2.690 América do Norte (30,6%)
- 2.270 Ásia-Pacífico (25,8%)
- 2.390 Europa/CIS (27,2%)
- 780 América Latina (8,9%)
- 340 Oriente Médio (3,9%)
- 320 África (3,6%)
Entregas de turboélices – 2.210 (% de participação) – por região
- 910 – Ásia-Pacífico (41,0%)
- 450 – Europa/CIS (20,2%)
- 410 -América do Norte (18,5%)
- 210 – África (9,5%)
- 180 – América Latina (8,1%)
- 50 – Oriente Médio (2,7%)
Para obter a versão completa do Market Outlook 2023, incluindo análises e sinopses regionais para cada uma das seis regiões do mundo, clique aqui.
Siga Embraer no Twitter: @Embraer
Sobre a Embraer
A Embraer é uma empresa aeroespacial global com sede no Brasil. Fabrica aeronaves para clientes da aviação comercial e executiva, defesa e segurança e agrícola. A empresa também fornece serviços pós-venda e suporte por meio de uma rede mundial de entidades de propriedade integral e agentes autorizados.
Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8.000 aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola em algum lugar do mundo, transportando mais de 145 milhões de passageiros por ano.
A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais,
escritórios, centros de distribuição de serviços e peças nas Américas, África, Ásia e Europa. A sede da APAC da Embraer está localizada em Singapura e a sede na China está em Pequim.
DIVULGAÇÃO: Embraer
Embraer é uma empresa fenomenal, torço para que acertem na estratégia de suas próximas aeronaves comerciais. No momento o mercado prefere o A220-300 ao E195e2 (692 vs 245 ordens) devido ao seu alcance maior (6297 km vs 4815 km) que o coloca em competição dentro da própria Airbus com o A319neo (6850 km) com um custo de operação menor.
Não é só o alcance, o A220-300 também transporta mais passageiros que o E195-E2, podendo chegar a 160 contra o máximo de 144 do Embraer.
O curioso é que com esse numero de passageiros o A220-300 rivaliza com o A319neo também, não sei se rivaliza com o 737MAX7 também.
Além da possibilidade de descontos significativos pra quem compra outras aeronaves maiores da Airbus no mesmo pedido.
Pelas especificações da boeing, rivaliza com o Max7 (numero de passageiros similar) e o Max 8 (alcance quase o mesmo, 18 passageiros a menos).
A Bombardier deve se arrepender de ter passado o C Series pra Airbus praticamente de graça.
Embraer ou cresce estratégicamente e entra na Briga de cachorro grande ou se apequena a cada dia mais no negócio principal.
Deveria ir crescendo aos poucos nos projetos de aeronaves maiores.
Eu penso que a Embraer deve ter considerado se vale a pena desenvolver uma versão extended range do E190/5 e2 pra enfrentar o A220… provável que o custo em redesenhar a asa e reservatório de combustível e obter certificação não valha a pena se o mercado já ta dominado pelo a220, e vão se concentrar em operadoras que não precisam de flexibilidade em termos de alcance. Talvez seja realmente hora de partir pra um projeto do zero como foi o C Series-A220. Quanto ao e170/5 e2, o problema do peso do avião e da regulamentação nos EUA para aeronaves menores… Read more »
O E195 ja esta quase o mesmo tamanho ou maior que o A320 em comprimento, ou seja em seu limite estrutural, a embraer tem é mesmo que fazer uma nova aeronave de fuselagem “mais larga”
Bem, vê-se que desconhecem as premissas e requisitos que levaram ao desenvolvimento dos E2.
O problema dos E2 não é o alcance, mas uma coisa que se chama fator Airbus. A Airbus ofereceu enormes descontos nos primeiros clientes importantes do A220 para alavancar as vendas. Ela pode suportar contratos não rentáveis…
Além de muitas vantagens na compra casada de aeronaves da família A320…
E entrar nesta briga marcou o fim da Bombardier. A Embraer não vai tão cedo entrar na briga pelo mercado de aeronaves maiores.
Sim, concordo com o fator Airbus, mas o e195e2 de tabela custa 30% a menos… então se a jetblue tem a opção de comprar dois aviões que usam o mesmo motor (e custo de operação similar) a preços similares (chutando que esse seria o desconto da Airbus), seria lógico a escolha do A220 que tem maior alcance e maior flexibilidade pra substituir sua frota de E195e1… justamente como foi feito.
Infelizmente, o jato da Embraer não tem o fator Boeing.
Bla Bla bla, Blz Embraer ate quando vc vai ficar divulgando “estatística” e vai começar a vender, foram entregues somente 75 E2 em 5 anos…. isso 5 anos!!! em contra partida todo mês a Embraer divulga estatística novas de mercado, chega de dados cadê os numero reais, assim vao falir . O 320neo vendeu 1.218 so em 3 dias de feira da Paris Air Show e os E2 2 forma oq? 20 e ole la. PS: Estao apostando tudo na EVE e o eVtol mas quem garante que esse mercado vai existir mesmo daqui 5 anos? ta na hora da… Read more »
Ela já teria quebrado se seguisse seus conselhos.
Eu imagino que o melhor é seguir diversificando, a Embraer está bem no setor de jatos executivos e o Phenom é líder de mercado. Gostaria de ver o setor de defesa crescer mais, mas sem aporte do governo federal (para o programa ucav por exemplo) sem muita chance.
A Embraer também vem perdendo engenheiros pra Boeing que por ironia possivelmente irão trabalhar na plataforma sucessora do 737.
O equívoco cometido com o E-175-2 está custando muito caro para a Embraer.
Eu avisei.