• Com a recuperação total dos mercados domésticos, demanda por viagens aéreas supera o crescimento econômico; tráfego internacional deve atingir níveis pré-pandemia em 2024.
  • Cerca de metade das entregas vão substituir aeronaves antigas por modelos mais econômicos, reduzindo as emissões.
  • A demanda por aeronaves está avaliada em US$ 8 trilhões e a demanda por serviços comerciais, US$ 3,8 trilhões.

LE BOURGET, França, 18 de junho de 2023 – Com a retomada do tráfego aéreo internacional e viagens aéreas domésticas voltando aos níveis pré-pandemia, a Boeing estima uma demanda global por 42.595 novos jatos comerciais até 2042, o que corresponde a US$ 8 trilhões. A Boeing divulgou sua Previsão do Mercado Comercial 2023 (CMO – Commercial Market Outlook) com as estimativas da empresa sobre a demanda por aeronaves comerciais e serviços nos próximos 20 anos, antes do Paris Air Show.

O novo CMO foi lançado três anos após a pandemia ter imobilizado a maior parte da frota global e, dentre os seus principais dados, estão:

  • O tráfego de passageiros continua superando o crescimento econômico global de 2,6%.
  • A frota global quase duplicando para 48.600 jatos, com crescimento de 3,5% ao ano.
  • As companhias aéreas substituirão cerca de metade da frota global por modelos novos e mais econômicos.

“O setor da aviação demonstrou resiliência e adaptabilidade após uma interrupção sem precedentes, com as companhias aéreas respondendo aos desafios, simplificando suas frotas, melhorando a eficiência e capitalizando com a volta da demanda”, disse Brad McMullen, vice-presidente sênior de vendas comerciais e marketing da Boeing. “Olhando para o futuro das viagens aéreas, nosso CMO de 2023 reflete o aumento do tráfego de passageiros vinculado ao crescimento global da classe média, investimentos em sustentabilidade, crescimento contínuo das companhias aéreas de baixo custo e demanda de transporte de carga para atender ao crescimento das cadeias de suprimentos e ao mercado de entrega expressa de carga.”

As projeções da Boeing para a demanda regional e as principais tendências até 2042 incluem:

  • Os mercados da Ásia-Pacífico representam mais de 40% da demanda global, com metade desse total na China.
  • A frota do Sul da Ásia crescerá mais de 7% ao ano, a maior taxa do mundo, com a Índia respondendo por mais de 90% do tráfego de passageiros da região.
  • A América do Norte e a Europa serão responsáveis, cada uma, por cerca de 20% da demanda global.
  • As companhias aéreas de baixo custo vão operar mais de 40% da frota de corredor único em 2042, bem acima dos 10% estimados há 20 anos.
  • Depois de omitir a demanda na Rússia e Ásia Central no CMO do ano passado devido às incertezas na região, a previsão deste ano traz dados sobre a Rússia e Ásia Central na região da Eurásia, que corresponde a cerca de 3% da frota global até 2042.
  • A área de Serviços Comerciais deve gerar US$ 3,8 trilhões, incluindo soluções digitais que aumentam a eficiência e reduzem custos, uma demanda robusta por peças e soluções de cadeia de suprimentos, opções crescentes de manutenção e modificação e treinamento eficaz para aumentar a segurança e apoiar o pipeline de pilotos e técnicos.

Em sua previsão para os próximos 20 anos, a Boeing estima as seguintes demandas:

  • As novas aeronaves de corredor único representarão mais de 75% de todas as novas entregas – um pouco acima do apresentado na perspectiva de 2022 –, totalizando mais de 32 mil aeronaves.
  • Os novos jatos de fuselagem larga devem representar quase 20% das entregas, com mais de 7.400 aeronaves, permitindo que as companhias aéreas atuem em novos mercados e atendam às rotas atuais com mais eficiência.
  • O transporte aéreo de carga continuará superando o crescimento do comércio global. Com isso, as empresas usarão 2.800 aviões exclusivos para transporte de carga. Isso inclui mais de 900 novas aeronaves de fuselagem larga, além de modelos convertidos de fuselagem estreita e fuselagem larga.

 

NOVAS ENTREGAS (2023-2042)
Jatos regionais 1.810
Aeronaves de corredor único 32.420
Aeronaves de fuselagem larga 7.440
Cargueiros 925
Total 42.595

 

Boeing publica o CMO anualmente desde 1961. Esta é a previsão mais antiga sobre aeronaves e a análise mais abrangente do setor de aviação comercial. Veja mais sobre o CMO aqui. A Boeing lançará sua Previsão para Pilotos e Técnicos (Pilot and Technician Outlook) completa na semana de 24 de julho.

Sobre a Boeing

Boeing é uma empresa aeroespacial líder global que desenvolve, fabrica e realiza serviços em aeronaves comerciais, produtos de defesa e sistemas espaciais para clientes em mais de 150 países. Como uma das principais exportadoras dos Estados Unidos, a empresa usa os talentos da sua base de fornecedores globais para promover oportunidades econômicas, sustentabilidade e impacto nas comunidades. Sua equipe diversificada está comprometida com inovações para o futuro, liderando com sustentabilidade e cultivando uma cultura baseada em seus valores centrais de segurança, qualidade e integridade. Veja mais aqui.

DIVULGAÇÃO: LLYC

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Underground

Especificamente esse evento do F15, o pessoal vem criando alarde mais do que a coisa é. Há dois problemas encontrados pela própria Boeing: dois aviões que tiveram perfurações indevidas devido a falha de ferramental, que foi corrigido, e outro referente componente não especificado de um fornecedor, que está em processo de substituição.

Willber Rodrigues

Não é só nisso. Na área espacial, o Starliner, a cápsula de lancamento espacial da Boeing, acumula vários meses de atraso, pois toda vez que vão realizar inspeção, encontram problemas novos.

Underground

Isso dá duas mil aeronaves ao ano, que é mais ou menos o que já o Mundo já vinha produzindo pré pandemia.

Wellington Góes

Já algum tempo eu tenho dito que a Embraer errou o “time to market” com a 2a geração dos E-Jets, lançaram muito cedo, e nessa mesma crítica disse que deveriam ter gastado recursos numa nova aeronave para até 200 pax, pois os projetos B373 e A320 estavam pra lá de esticados, ou com muito mercado para ser disputado (é a maior fatia do bolo da aviação comercial). Com a decadência da qualidade de engenharia da Boeing, seus crescentes problemas que já vinham sendo evidenciados (daí porque quis comprar a empresa de SJC), poderia estar abocanhando uma boa fatia desse mercado… Read more »

EduardoSP

Creio que a Embraer não teria cacife para desafiar Boeing e Airbus. Bombardier tentou pegar a parte logo abaixo do mercado deles (120 a 150 lugares, com possibilidade de alcançar até 170 em uma versão esticada do CSeries) e acabou engolida.