Capacidades do KC-390 são apresentadas durante o Exercício Cooperación IX
Apresentação técnica da aeronave foi realizada pelo Comandante do Esquadrão Zeus, da FAB, no dia 16/05, no Peru
Durante o Exercício Cooperación IX, sob organização da Embaixada do Brasil no Peru, através de sua Adidância Aeronáutica e com o apoio do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), autoridades do Ministério da Defesa peruano tiveram a oportunidade de serem apresentadas às potencialidades e capacidades da aeronave KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB), avião operado pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus.
O evento ocorreu no dia 16/05, e contou com uma breve apresentação técnica da aeronave, realizada pelo Comandante do 1º GTT, Tenente-Coronel Aviador Bruno Américo Pereira. O encontro contou com a participação de militares da Marinha, Exército, Força Aérea do Peru (FAP), Polícia Nacional do Peru e algumas autoridades estrangeiras sediadas em Lima ou participantes do Exercício.
Após a apresentação, todos embarcaram para um voo local a bordo do KC-390, fabricado pela Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A, a Embraer.
O Embaixador do Brasil em Lima, Sérgio França Danese, explicou que o acontecimento se deu, em demonstração de transparência e desejo de crescente cooperação bilateral em matéria de defesa e segurança. “A indústria de defesa do Brasil pode suprir, com vantagens, as necessidades estratégicas peruanas, inclusive quanto à diversificação de provedores de tecnologia militar e equipamentos competitivos e de alta qualidade, como o KC-390”, comentou o Diplomata.
O Chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Peru, General de Exército Manuel Jesús Martín Gómez de La Torre Araníbar, um dos participantes no voo, agradeceu à Embaixada do Brasil no Peru e à Força Aérea Brasileira pela oportunidade disponibilizada a todos, enaltecendo a aeronave KC-390.
As Forças Aéreas de Brasil e do Peru encontram-se em Lima até o dia 20/05, juntamente com Forças Aéreas de outras dez nações (Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos da América, Honduras, Panamá, República Dominicana e Uruguai), com o propósito de treinarem a integração das operações aéreas e o comando e controle (C2) multinacionais face aos desastres naturais.
O exercício multinacional COOPERACÓN IX faz parte do rol de eventos do Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA), em favor do esforço coletivo das Forças Aéreas no continente americano.
FONTE: Força Aérea Brasileira
OFF TOPIC
Parece que um F18 caiu na Espanha,
A tendência é que a Embraer consiga agora fechar acordos com países alinhados com o Brasil, por exemplo a Argentina, pegando financiamento com o BNDES. O que será bom para a Embraer, já para o contribuinte…
Caro. Voce parece não ter compreendido o papel do BNDES como banco de financiamento de importação e exportação. O BNDES foi fundado exatamente neste contexto de ser, entre outras coisas, um EximBank. Uma das pessoas envolvidas foi Roberto Campos, uma pessoa brilhante. Todo financiamento de exportação do BNDES cobra juros equalizados com as taxas internacionais. Basta ler na própria página do BNDES. Oi se preferir, existem bons livros na Amazon… Se preferir, busque umas três no diretório da CAPES.
Bom dia Camargoer !!!
Concordo contigo, mas , acho que o Realista quis dizer é sobre calote. A função é a que você muito bem colocou, mas o BRASIL precisa ter garantias e não levar calote, já que quem arca, é o povo.
Abraços
Pois é. O BNDES passou por uma auditoria quando Bolsonaro assumiu, a qual concluiu que todos os projetos foram avaliados dentro dos critérios do Banco. Não foram encontrados favorecimentos, fraudes ou desvios. Chegou-se a decretar a prisão de alguns servidores do Banco durante uma investigação, mas nada foi encontrado e os servidores foram liberados. Lembra? Há algum tempo, escrevi para o BNDES e fiz várias perguntas sobre os empréstimos para Cuba e Venezuela, chegando a publicar as respostas aqui no trilogia. De modo resumido, todos os empréstimos possuem um seguro. Quando o importador atrasa os pagamentos, o fundo segurador faz… Read more »
Boa tarde!!!
” Como seria possível que estes países possam fazer os pagamentos em dólares se estão proibidos de usar esta moeda?…”
Se não podem arcar em honrar o pagamento, não se pode emprestar, como qualquer outro banco faria…
Em relação a seguradora e fundo garantidor, não opino porque não sei quem são…Pelo visto, estes 2 países, ainda são devedores, só espero que a seguradora ” privada ” assuma e não o povo ou o FAT.
ABRAÇOS
Caro Saldanha, Perceba que os contratos foram assinados ANTES das sanções. Sobre os empréstimos do BNDES, você pode encontrar todas as informações na página do banco. O FAT é usado para financiar outras linhas do BNDES, como por exemplo obras de infraestrutura contratadas pelas prefeituras ou estados, além daquelas linhas para a compra de bens de capital, além de a ampliação ou implementação de empresas privadas. A página do BNDES é bem amigável.
Cuba não gosta do capitalismo, mas quer que as sanções econõmicas acabem para, justamente, negociar com capitalistas,ora, se eles resolveram todos os problemas internos com o regime socialista, então não precisam dos capitalistas, se precisam, então o sistema deles não funciona. O Saldanha está certíssimo, o BNDES não poderia emprestar se havia sanções e todo mundo sabia do risco de não honrarem o empréstimo. Cuba está sob embargo e sanções, que eu saiba, desde os anos 50. O BNDES não pode emprestar para obras fora do Brasil, está no estatuto do banco, o que fizeram foi um contorcionismo das regras,… Read more »
Caro. O fato de um país ser socialista, capitalista ou comunista nada tem a ver com a efetiva relação comercial. Perceba que pelo seu argumento, o Brasil não poderia comercializar com a China… aliás, nem os EUA poderiam fazê-lo. Aliás, é importante lembrar que a ex-URSS financiou a represas de Assuâ no Egito e o governo militar brasileiro chegou a negociar com a ex-URSS o financiamento de Itaipu. Sobre os contratos do BNDES, é preciso lembrar que o banco financia a empresa brasileira contratada para realizar o serviço, não o país. A empresa brasileira recebe o financiamento para comprar materiais… Read more »
boa desculpa hein? se estão sob sanção de países como EUA, porquê o BNDES “emprestou” dinheiro para obras etc? vamos receber em charutos não? ou seja, a coisa é bem mais embaixo e já foi bastante discutida, onde sabe-se, exatamente como o banco em questão foi usado politicamente ..
https://g1.globo.com/globonews/jornal-globonews-edicao-das-10/video/valdo-cruz-bndes-foi-usado-nos-governos-lula-e-dilma-e-gerou-rombo-nas-contas-do-tesouro-5864146.ghtml
pode ser>>. vai depender do tamanho da $$ do alinhamento entre as partes
Algum desses países acima tem interesse, no curto/médio prazo, de adquirirem algum avião cargueiro do porte do 390?
No mais, é sempre bom ver o 390 mostrando a que veio.
peru certamente irá de KC-390,depois da novela com o antonov stealth…
O Peru, que desistiu de um Antonov na mesma categoria:
https://www.aereo.jor.br/2019/08/12/peru-vai-comprar-o-cargueiro-antonov-an-178/
https://www.airway.com.br/peru-cancela-compra-do-antonov-an-178-concorrente-do-embraer-c-390/
https://www.airway.com.br/peru-e-ucrania-se-desentendem-sobre-entrega-de-rival-do-embraer-kc-390/
https://forcaaerea.com.br/peru-cancelou-compra-do-antonov-178-para-policia-nacional/
Só uma observação, sem prejuízo dos seus argumentos: tanto o porte quanto as capacidades gerais do jato An-178 são um pouco inferiores em comparação ao KC-390.
Sim,exatamente, mas, por aproximação, o KC-390 é a aeronave mais semelhante ao An-178, tudo levando a crer que no contexto atual, se tem um país com probabilidades reais (dinheiro e interesse) de adquirir o cargueiro a jato da Embraer é o Peru, principalmente depois da Guerra da Ucrânia, esse negócio praticamente caiu no colo da Embraer.
Entendo.
Precisa só costurar isso muito bem.
Na concorrência em que foi selecionado, o An-178 pontuou melhor que seus concorrentes pois oferecia mais capacidade por preço semelhante, mas é bom lembrar que seus concorrentes na disputa foram aviões de categoria inferior, como o C-27 e o C-295. O An-178 já era mais do que eles queriam, e o KC-390 será mais ainda.
É tem isso, não me lembrava que não era exatamente para a FAP.
Olá Nunão. Você tem razão. É preciso lembrar que este avião cargueiro seria adquirido para a Polícia Nacional. Se fosse para a a Força Aérea seria mais apropriado. Temo que o Peru acabe escolhendo o Casa 295, que custa praticamente a metade de um KC390. Por outro lado, este avião poderia ser compartilhado com a força aéra peruana, o que reduziria o risco de horas ociosas. Para viabilizar esta venda, é preciso uma oferta ampla de offset, inclusive, a força aéra do Peru possui dois C130 antigos, da versão L100. que em algum momento terão que ser substituídos. Eu não… Read more »
Como o KC-390 guarda muitas semelhanças, inclusive de design, com o Antonov que o Peru cancelou a compra, talvez, observando in loco, o país se incline para o Embraer…
O Antonov 178 tem um valor unitário parecido ao do KC390, algo entre US$ 50~80 milhões dependendo da configuração e capacidade de carga de 18 ton, contra uma capacidade 26 ton do KC390. O Peru teria comprado um exemplar do An178, mas a compra foi cancelada, abrindo uma oportunidade para a venda de um KC390. Tecnicamente, o KC390 pode até ser um pouco superior ao An178 a um custo de aquisição similar. A Embraer também tem uma linha de crédito aprovada junto ao BNDES para a exportação da aeronave. Seria preciso empreender um bom contrato de OffSet, cuja implementação depende… Read more »
O Brasil exporta cerca de US$ 3 bilhões ao ano para o Peru, importando apenas US$ 1 bilhão. O problema é que o Peru é essencialmente um exportador de matérias-primas, enquanto importa bens duráveis como caminhões, tratores e maquinário. O comércio com o Brasil representa menos de 2% do comércio exterior do Peru. Uma das possibilidades seria um investimento da produção de fertilizantes no Peru, que passaria a exportar o produto final para o Brasil. O Peru é um grande exportador de minério de cobre. Seria interessante elevar isso para uma exportação de cobre metálico, mas isso demanda uma enorme… Read more »
Acho que essa a Embraer vai levar sem muita dificuldade.
Olá. Espero que sim. Também espero que o governo brasileiro se esforce para viabilizar a venda. O comércio entre os dois países é relativamente pequeno, representando menos de 2% da balança entre os dois países, resultando em um superavit para o Brasil da ordem de US$ 2 bilhões. Há muito espaço para ampliar as importações brasileiras e os investimentos brasileiros no Peru.
Caso a venda se concretize, pode ser um começo.
Parando pra pensar, Peru sempre foi grande importador de armas russas.
Considerando-se que a situação russa não está das melhores, e depois desse imbróglio da Antonov, não seria absurdo ou de outro mundo pensar que o Peru poderia começar de 390, e depois, indo de Guarani ou ST….
É só levar a diplomacia BR pra jogar duro com eles.
Sim, cabe ao próprio Brasil saber articular-se.
Esnobaram tanto o Millenium e no final das contas é uma das poucas opções viavéis e uma entre duas se a FAP quiser algum transporte acima das 20 ton de capacidade.