VCUB1, satélite desenvolvido pela Visiona, joint-venture entre a Embraer e a Telebras, é lançado nos EUA
- VCUB1 é o primeiro satélite de Observação da Terra e Coleta de Dados projetado pela indústria nacional
- Nanossatélite será usado para desenvolvimento e validação de tecnologias espaciais da Visiona e na agricultura e controle de desmatamento, entre outras aplicações.
São José dos Campos – SP, 14 de abril de 2023 – O nanossatélite VCUB1, desenvolvido pela Visiona Tecnologia Espacial, joint-venture entre a Embraer e a Telebras, foi lançado na madrugada deste sábado da Base de Lançamento de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos, às 3h48, horário de Brasília. O VCUB1 é o primeiro satélite de Observação da Terra e Coleta de Dados projetado pela indústria nacional e deverá demonstrar a capacidade da indústria brasileira de realizar missões espaciais avançadas.
“O lançamento do VCUB1 é histórico para a indústria aeroespacial brasileira porque coloca o país em um seleto grupo de nações que dominam todo o processo de desenvolvimento de satélites e nos capacita para voos ainda maiores”, afirma João Paulo Campos, Presidente da Visiona Tecnologia Espacial. “O VCUB1 materializa um esforço de anos para a criação de uma empresa integradora de sistemas espaciais brasileira iniciado com o programa SGDC.”, completa.
O principal objetivo da missão é validar a arquitetura do satélite e o seu software embarcado, de forma a poder usá-los em satélites de maior porte. A Visiona implementou, e irá testar no VCUB1, todo software que integra o computador de bordo, o cérebro do satélite, incluindo o sistema de controle de órbita e atitude, inédito no país, e o sistema de gestão de dados de bordo, que permite o controle de todos os componentes do satélite. A empresa também validará o software de comunicação do satélite, importante para implementação dos serviços finais e para garantir a segurança das comunicações e do controle do satélite, elemento importantíssimo para a nossa soberania no espaço. A missão também permitirá a qualificação no espaço da câmera OPTO 3UCAM, a primeira câmera reflexiva projetada e produzida no Brasil.
O Projeto VCUB1 conta com uma rede de parceiros formada por instituições como o Instituto Senai de Inovação, o Governo de Santa Catarina, o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), o IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura), a AEB (Agência Espacial Brasileira), o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o Naturatins (Instituto Natureza do Tocantins), a Transpetro (Petrobras Transporte) e a Prefeitura de São José dos Campos, além de várias empresas da base industrial brasileira como a OPTO, a AMS Kepler, a Metalcard e a Orbital Engenharia, entre outras.
O projeto contou com o apoio financeiro da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e do Instituto Senai de Inovação.
Para saber mais sobre o VCUB1, acesse: https://visionaespacial.com/plataforma-vcub/
Sobre a missão de lançamento
O lançamento do VCUB1 foi contratado junto a empresa de logística e transporte espacial D-Orbit e foi lançado pelo foguete Falcon 9, dentro da missão Transporter 7, que colocará em órbita diversos pequenos microssatélites e nanossatélites para clientes comerciais e governamentais.
Após o lançamento, o VCUB1 deverá ser levado à sua órbita final de forma precisa pelo veículo de transferência orbital ION da D-Orbit e passará por um período de estabilização e testes preliminares. Em seguida, serão realizados os testes de validação das tecnologias embarcadas no satélite, sua missão principal, para que entre em operação definitiva na prestação de serviços de sensoriamento remoto e coleta de dados pela Visiona.
Sobre a Visiona
A Visiona tem sede no Parque Tecnológico de São José dos Campos e é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras, voltada para a integração de sistemas espaciais. Foi criada em 2012 para atender os objetivos do Programa Espacial Brasileiro.
A empresa foi a responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC, lançado em 2017. Em 2018, a Visiona anunciou o programa do primeiro satélite projetado integralmente pela indústria nacional, o VCUB1, e concluiu com êxito o primeiro Sistema de Controle de Órbita e Atitude de satélites desenvolvido no Brasil. A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P, sendo uma das referências desse mercado no Brasil, com um histórico de mais de 100 projetos executados.
DIVULGAÇÃO: Embraer
Acho que fazia uns 20 anos que eu não lia nenhuma notícia sobre atividades contemporâneas da Telebras (o que exclui matérias sobre a privatização).
Olá Pan. O detalhe que pode ter passado desapercebido é a participação da Embrapii. Por ser relativamente nova, pouca gente ainda entendeu a importância desta instituição e como ela já está afetando positivamente o cenário tecnológico das empresas brasileiras.
Exatamente. E a contribuição para viabilizar o desenvolvimento e lançamento desse satélite, envolvendo uma rede de empresas diversa e grande como esta, é uma realização digna de nota para a Embrapii. Ao menos é pra isso que ela nasceu, e lembro de conversar com vários pesquisadores na época que não entendiam muito bem o papel dela neste tipo de trabalho – eu mesmo demorei um pouco a entender o que exatamente ela faria, o qual o diferencial dela frente a outras organizações de fomento, como a Finep. E seria bem isso que o satélite representa: promover inovação viabilizando novas redes… Read more »
Ola Nunão. Pois é. Além do aporte da Embrapii, a empresa pode pedir abatimento do imposto de renda do que for gasto em P&D por meio da Lei do Bem. O maior gargalo hoje é pessoal técnico nas empresas para tocar os projetos.
Trabalho em uma empresa que presta serviço pra Telebras. Atualmente ela fornece internet via fibra óptica e satélite (onde a fibra não chega) para empresas e alguns orgãos do governo.
Em 2019 o Governo Federal fez um aumento de capital na Telebrás para que ela fosse responsável pelo programa de banda larga em regiões remotas e/ou pobres, fornecer infraestrutura para órgãos federais e por esse satélite.
É o SGDC, operado pela FAB, por meio do COPE.
O primeiro Satélite de Coleta de Dados – SCD-l. brasileiro foi totalmente projetado, construído, testado e operado no Brasil há décadas e lançado em orbita na manhã de 9 de fevereiro de 1993. 10 horas e 15 minutos, hora de Brasília. (continua funcionado).
A longevidade do satélite SCD1 é resultado da:
A resolução de 3,5m é muito boa. Parabéns a Visiona.
ótima, e a Akaer está com trabalho de uma câmera de 1m de resolução
Essa já pode ter aplicação militar.
Interessante como a tecnologia evolui, identificação de pessoas e rostos do espaço em qualquer lugar do mundo! Se o estado encomendou só pode estar atrás do André do Rap kkkkkkkkk
É excelente! Lembrando que o Amazonia-1, lançado a 2 anos, tem uma resolução de 60m.
Claro, devem ser para aplicações diferentes e cobrindo diferentes áreas a cada passagem, mesmo assim a diferença resolução impressiona.
Dinheiro bem investido, espero que os órgãos do governo usem a ferramenta!
Lamentável que o Brasil, em pleno 2023, ainda não consiga lançar um mísero nanosatélite. O que fizeram com o programa espacial brasileiro foi um crime de lesa-pátria.
Ser capaz de fabricar satélites não significa absolutamente nada se você depende da boa vontade dos países estrangeiros para lançá-los. Mais um vez o Brasil sabota a si mesmo.
Sério que ser capaz de fabricar satélites não significa nada?
Olá Nunão. Se for pensar no benefício final, tanto faz ser um satélite nacional ou importado. CONTUDO, um satélite médio chega a custar US$ 200 milhões para construir e ser lançado. È muito dinheiro. Um nanossatélite como o VCUB1 deve custar entre R$ 10 e R$ 15 milhões, dos quais pelo menos metade são pagamentos de pessoal especializado. A miniaturização eletrônica permite construir pequenos satélites que cumprem a mesma função daqueles enormes satélites de 30 anos atrás a um custo muito baixo. Outra vantagem é que o custo de lançamento de um nanossatélite é incrivelmente mais baixo exatamente por serem… Read more »
Tem boa vontade sim, os EUA permitiram o lançamento porque somos um país amigo(não por muito tempo se depender do presidente). O que acontece no dia em que formos inimigos? Vamos atrás de outro país para que decidam se é interessante permitir que o Brasil tenha um satélite lá em cima ou não?
O que acontece quando o Brasil quiser lançar uma carga secreta?
A China lança satélites. França, Índia….
Kkkkkkkkkkkkk
Alguns países se sentiriam honrados lançá-lo para o Brasil.
A hegemonia norte-americana deixou de existir já ha algum tempo.
Aliás, espero que o atual governo brasileiro retome o programa espacial.
Excelente notícia, parabéns aos envolvidos, fantástico !
Uma dúvida, não temos algum foguete que poderia ter lançado ele a partir de Alcântara?
Não, não temos.
Parabéns à Empresa, espero que venham mais
Eu acho estranho em pleno 2023 a embraer não ser um player na fabricação de satélites !!!
É exatamente Isso que os norte americanos querem. Que continuemos pagando a eles para lançarem nossos satélites.
Que comentario baixo nivel. Qlqr nação pode lançar se tiver capacidade. Falcon 9 é barato e confiável quando tivermos tecnologia nesse nível de confiabilidade talvez as empresas br animam lançar aqui
Que eu saiba, o primeiro satélite de observação inteiramente nacional é o Amazônia 1 do INPE, Estou errado?
Está, porque aquele não era inteiramente nacional. Tinha peça feita até na Argentina. Aliás, 100%, 100% nada é
“VCUB1 é o primeiro satélite de Observação da Terra e Coleta de Dados projetado pela indústria nacional.”
Aí já há uma meia verdade.
Ele é o primeiro projetado e fabricado exclusivamente pela indústria nacional, mas não o primeiro do Brasil.
Não podemos esquecer do Amazônia-1 , CEBERS etc.
Mas uma pergunta: cadê o “foguete de são João ” para Alemão ver, denominado VLM ?
Torraram a grana e vão desistir deste projeto também ? ( Apesar que duvido muito, pois como tem europeu no meio, dificilmente quebrarão o contrato).
E desde quando o Amazônia 1 foi 100% nacional? Até peça Argentina tinha… quanto ao CBERS, é um projeto binacional. Não tem nada de 100% brasileiro
E onde escrevi que ele é 100% nacional ?
Lá está dizendo que é o primeiro projetado e desenvolvido no Brasil, não fala nada de suas peças e sistemas.
Putz cada um !
VLM previsto só 2027.
O projeto de satélite de reentrada atmosférica brasileiro SARA foi descontinuado. Uma pena. Qlqr lançador que se preze terá que ser reaproveitado para diminuir custos
Nossa 2027 ?
Bom para os padrões do Brasil isso é muito rápido .
Desistiram do SARA Orbital e sub, e todos os programas do extinto PEB, que realmente colocaria o Brasil em outro patamar.
Imagina sob a direção de quem e em que des-governo isso aconteceu.
Uma dica, ele foi o primeiro “turista espacial ” do país ! (E olha que não era milhonário, ou se era, não declarou para o “leão”).
Vai funcionar ou dar ocupado…
Um Off: A Austria está na LAAD negociando KC 390 com a EMBRAER
Olá Glasquis. A Austia e a Colômbia, segundo o Ministro da Defesas
A Colômbia já me parece mais difícil mas a Austria…
Sim. Pelo que entendi, as negociações com a Austria estão avançadas, ainda que o Ministro tenha declarado para Reuters que a Colômbia também está interessada. Há algum tempo venho defendendo a criação de um esquadrão internacianal de trasporte tático equiapado com KC390 para servir aos países da América Latina.
Certamente os estrelados estão satisfeitos com os resultados de seu alinhamento com o establishment contra o próprio povo, agora o governo da vez se alinha com inimigo do principal parceiro da força aérea com fornecimento e ToT de caças que constituem também a espinha de defesa sueca
Ótimo, parabéns pelas escolhas.