A Força Aérea dos EUA divulgou um vídeo que mostra um jato russo interceptando um drone americano e despejando combustível sobre ele sobre o Mar Negro. A USAF informou que dois jatos russos Su-27 voaram perto do MQ-9 Reaper antes de um atingir sua hélice e forçar os operadores remotos a derrubá-lo no oceano.

O incidente de terça-feira mostrou o risco crescente de confronto direto entre as superpotências, à medida que os combates continuam na vizinha Ucrânia. A manobra do jato foi provavelmente uma tentativa de “liberar o combustível no motor do drone e, portanto, derrubá-lo”, disse Sean Bell, vice-marechal do ar reformado.

“Quando ele puxa a aeronave para cima, ele não tem a aerodinâmica porque não está voando muito rápido… [o avião] chega muito perto do corpo do drone e quase certamente acertou a hélice”, disse ele ao Sky News. Bell chamou o piloto de “incompetente”, mas disse que a colisão provavelmente foi um acidente porque também colocou o avião russo em perigo.

O MQ-9 Reaper – que tem uma envergadura de 20 metros e custa cerca de US$ 32 milhões – é frequentemente usado para vigilância, mas também pode ser armado. Autoridades americanas acusaram os pilotos russos de voar de “maneira imprudente, ambientalmente insalubre e pouco profissional”.

Moscou negou que os jatos tenham se comportado perigosamente e disse que não entraram em contato com o drone, alegando que ele caiu devido a “manobras bruscas”. Ele disse que o Reaper estava voando em direção à fronteira russa com seus transponders desligados.

O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, acusou os EUA de ignorar as restrições de voos impostas pela Rússia devido à guerra na Ucrânia. Os EUA insistiram que o drone estava no espaço aéreo internacional e bem longe da zona de conflito. A gravidade do incidente motivou as primeiras ligações desde outubro entre os secretários de defesa e os principais comandantes dos países.

A Rússia disse que tentará recuperar os restos do drone, mas nenhuma parte parece ter sido recuperada até agora, disse uma autoridade dos EUA, falando anonimamente, à Reuters.

Washington disse que a aeronave caiu na água a cerca de 1.200 a 1.500 metros de profundidade e que medidas foram tomadas para garantir que nenhuma informação confidencial pudesse ser coletada.

Não há navios americanos na região, então suas próprias tentativas de recuperação são improváveis, de acordo com autoridades americanas. Um dia após o incidente, caças britânicos e alemães foram escalados para interceptar uma aeronave russa que não conseguiu se comunicar com o controle de tráfego aéreo da Estônia.

O Ministério da Defesa a descreveu como uma missão “rotineira” da OTAN.

FONTE: Sky News

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