Leonardo assina contrato para suporte da frota polonesa de aeronaves M-346 ‘Bielik’
Varsóvia, 17/02/2023 — Leonardo e Wojskowe Zakłady Lotnicze Nr 1 S.A. (WZL1), empresa que faz parte do PGZ Group, assinaram um contrato de longo prazo para a manutenção da frota da Força Aérea Polonesa de aeronaves M-346 “Bielik”, aprimorando a cooperação existente.
Aproveitando o conhecimento e experiência relevantes de Leonardo no suporte de uma base de clientes global e a longa experiência de WZL1 no apoio à operação de aeronaves e sistemas pertencentes às Forças Armadas Polonesas — além das extensas instalações técnicas, logísticas e de infraestrutura da WZL1 próximas à base de operações para o sistema AJT – o contrato de suporte de serviço permitirá um aumento adicional na disponibilidade da frota para atender às crescentes necessidades da Força Aérea Polonesa de treinamento de pilotos de combate.
A Leonardo, enquanto fabricante de equipamento original (OEM), será responsável pelos serviços de suporte de engenharia resultantes de seu papel no sistema de operação e gerenciamento da cadeia de suprimentos. A WZL1 atuará como contratante principal, coordenando todo o processo, complementando e apoiando áreas nas quais Leonardo não esteja diretamente envolvido, sendo responsável também pela cooperação direta com o usuário final.
A Leonardo também atua em parceria com a WZL1, com base em acordos separados, no processo de treinamento e estabelecimento de competências de manutenção e reparo na Wojskowe Zakłady Lotnicze No. 1 S.A. para apoiar a operação da aeronave M-346 com o sistema AJT.
A experiência derivada do sistema de apoio à operação da frota global de aeronaves M-346 visa garantir a todo o Sistema de Apoio Logístico da “Bielik” alta eficiência de processo, além de apoio técnico e logístico no sistema de treinamento. Tudo isso graças à abordagem de manutenção preditiva da Leonardo e à cooperação técnica e comercial com a WZL1 como prestadora de serviços experiente e que atua em acordo com os padrões globais de aviação.
Dario Marfè, vice-presidente comercial e de atendimento ao cliente da Leonardo Aircraft Division, disse: “Com mais de 100 mil horas de voo, o moderno M-346 consolidou sua posição como o melhor treinador de jato avançado do mundo para pilotos de caça atualmente e no futuro. Na vanguarda da tecnologia de treinamento a jato, o M-346 continuará a representar a melhor maneira de desenvolver as habilidades de um piloto de caça nas próximas décadas. Este acordo reforça a parceria da Leonardo com a WZL1, criando novas oportunidades de transferência de tecnologia na Polônia, de acordo com um modelo de apoio logístico comprovado e flexível que a Leonardo estabeleceu em vários países, e que prevê a transferência de capacidades para as indústrias de defesa locais.”
Em fevereiro de 2014, a Força Aérea Polonesa escolheu o M-346 como o sucessor do lendário avião de treinamento TS-11 Iskra. Em novembro de 2018, em uma cerimônia na 4ª Ala de Treinamento Aéreo da Força Aérea Polonesa em Dęblin, o M-346 recebeu o nome oficial “Bielik” do serviço polonês. Desde a sua introdução na frota, o M-346 foi designado para a 41ª Base Aérea de Treinamento em Dęblin. A frota atual de 16 aeronaves é o resultado de dois lotes adicionais, que foram acordados após a escolha inicial da Polônia.
O sistema M-346 “Bielik” da Polônia também foi certificado pela Força Aérea dos EUA para o treinamento de pilotos de caça de quarta e quinta geração, um marco importante que permitiu à Polônia treinar muitos de seus alunos em casa e não no exterior.
Mais de 100 aeronaves M-346 foram encomendadas pelas principais forças aéreas internacionais, incluindo Itália, Israel, Polônia, Cingapura, Catar e Grécia. A aeronave é a espinha dorsal da Escola Internacional de Treinamento de Voo (IFTS), uma colaboração entre Leonardo e a Força Aérea Italiana, que já foi selecionada como centro de treinamento por países como Japão, Alemanha, Catar e Cingapura.
Sobre a Leonardo
A Leonardo, uma empresa global de alta tecnologia, está entre os principais players mundiais em Aeroespacial, Defesa e Segurança e a principal empresa industrial da Itália. Organizado em cinco divisões de negócios, a Leonardo tem uma presença industrial significativa na Itália, Reino Unido, Polônia e EUA, onde também atua por meio de subsidiárias que incluem Leonardo DRS (eletrônica de defesa), e joint ventures e parcerias: ATR, MBDA, Telespazio, Thales Alenia Space e Avio. A Leonardo compete nos mais importantes mercados internacionais aproveitando suas áreas de liderança tecnológica e de produtos (Helicópteros, Aeronaves, Aeroestruturas, Eletrônica, Segurança Cibernética e Espaço). Listado na Bolsa de Valores de Milão (LDO), em 2020, a Leonardo registrou receitas consolidadas de € 13,4 bilhões e investiu € 1,6 bilhão em Pesquisa e Desenvolvimento. A empresa faz parte do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI) desde 2010 e está confirmada entre os líderes globais de sustentabilidade em 2021. Leonardo também está incluído no índice MIB ESG.
DIVULGAÇÃO: Leonardo do Brasil / Approach Comunicação
Aparentemente parece ser um bom avião para países com baixo orçamento de defesa ou com necessidades minimas de policiamento aéreo, tais como Uruguai, Paraguai etc..
A Polônia deve sim colocar as barbas de molho. Por isso há grande movimentação dos polacos em incrementar a operacionalidade de suas forças armadas. Este contrato com a Leonardo faz parte deste incremento. Pra se ter uma ideia da preocupação dos polacos no dia 7 passado o Departamento de Estado norte-americano aprovou a potencial venda de mísseis e foguetes de longo alcance para a Polônia em um negócio avaliado em até US$ 10 bilhões (R$ 52 bilhões), informou o Pentágono. É muita coisa, o pacote incluirá 18 lançadores Himars, 45 mísseis do Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS) com alcance de 297 km e mais de… Read more »
Enquanto muitos se preocupam com o uso de armas nucleares por parte da Rússia, a real ameaça está nas melhores divisões do exército russo que estranhamente não são utilizadas nessa guerra e estão muito bem posicionadas para realizar um rápido “exercício militar” na Bierlorussia que nós sabemos que não passa de um trampolim para Kiev ou Varsóvia. Uma reação político-militar russa ao envolvimento da OTAN na guerra seria, não o uso de armas nucleares, mas esticar rapidamente suas fronteiras até a Alemanha. Isso é do interesse russo, retomar a Polônia. Mas para isso eles precisam: que fique muito bem caracterizado… Read more »
O melhor do melhor do Exército russo foi dizimado na ataque em Kiev.
Conforme muitos aqui, as FFAA ucranianas não existem mais, referendado por muitos especialistas e ex militares brasileiros, e hoje a Rússia estaria lutando contra a OTAN. Não sei o que is russos estão esperando?!
A China não precisa entrar na guerra, a Rússia, segundo muitos, dá conta sozinha, com uma mão atrás.
Será que eu estava certo: https://www.forte.jor.br/2023/02/24/polonia-instala-barreiras-antitanques-nas-fronteiras-com-a-russia-e-a-bielo-russia/
Interessante…
Em 1990 o PIB per capita da Polônia era a metade do Brasil, hoje é o dobro.
Vamos aos números. O PIB da Polônia em 2022 foi de US$ 679 bilhões com uma população de 31 milhões. Isso dá um PIB per capita de US$ 22 mil. O Brasil tem um PIB de US$ 1,9 trilhão e uma população de 207 milhões, resultando em um PIB percapita de cerca de US$ 9,1 mil. A China tem um PIB é de US$ 17,8 trilhões e uma populaçao de 1,41 bilhão, então um PIB per capita de US$ 12,7 mil. Em 1990, o PIB da Polônia era de US$ 65 bilhões e o brasileiro era de US$ 390 bilhões,… Read more »
Mostra que um pouco de liberdade econômica em um país fechado como era e ainda é o Brasil trouxe um pouco de prosperidade, como um pouquinho mais de liberdade econômica em um país que tinha a economia planejada pelo Estado trouxe um enorme crescimento na China e como a Polônia tem trilhado um bom caminho depois de se libertar do nefasto sistema de controle econômico e social socialista.
Olá Carlos. È uma excelente discussão. O colapso da ex-URSS mostrou que a estabilidade social e política depende do bem-estar econômico, mas também mostrou que a liberdade política tem pouca relação com o bem-estar material. Por outro lado, isso mostra que o crescimento econômico pode ser impulsionado por meio de políticas sociais de redistribuição de renda, enquanto que a financeirização da economia, nos moldes do neoliberalismo proposto pelos EUA é um meio pouco eficiente de sustentar o crescimento econômico, mas vai na contra-mão da redistribuição de riqueza. Por fim, estes números parecem sugerir que a opção democrática ainda que politicamente… Read more »
O resultado social pelo simples resultado social tem dado errado. Vide Venezuela.
Não confundir liberdade econômica com o que se faz por aqui, privilegiar alguns em detrimento de muitos.
A Venezuela teve um retrocesso social enorme nos últimos anos. Nestes termos, a Venezuela também fracassou na questão social.
Aliás, em matéria de liberdade econômica o Brasil segue lá no final da fila.
Caro. A liberdade de circulação de capitais no Brasil é muito maior que na China, por exemplo, sem falar que o papel do Estado na economia chinesa é muito maior que no Brasil. Em termos de redistribuição de renda, a China teve mais sucesso que no Brasil e nos EUA, contudo o país tem um regime politico extremante centralizado em torno de um partido único.
A diferença não é tão grande em liberdade econômica, o Brasil tem pontuação 53 e posição 133 já a China pontuação 48 e posição 158, porém mais do que olhar a posição atual temos que ver a evolução ou involução neste índice, claramente a evolução trás um aumento de PIB já que a China subiu posições, já os EUA tirando poucos soluços tem caído. Um caso fácil de acompanhar aqui do lado é o Paraguay, implementou medidas de liberdade econômica no início dos anos 2000 e se olharmos de 2002 até hoje o PIB do país aumentou 5,5 x posição… Read more »
Pois é. Eu tenho a impressão (mas preciso estudar mais isso, mas é um assunto muito complexo) que a China tem mantido um rigoroso controle sobre o setor financeiro, deixando o setor produtivo e industrial com maior liberdade. As sucessivas crises econômicas, como a de 2008, tiveram todas origem no setor financeiro. Além disso, a China parece efetivamente preocupada em garantir um processo de redistribuição de renda, o que vem garantido a estabilidade política do regime. È uma excelente discussão.
Mostra que todos cresceram e que o Brasil continua na lanterna.
Mostrei que os EUA cresceram menos que o Brasil no período. A Argentina cresceu 3,4 vezes. O Japão cresceu apenas 1,5 vezes. A Russia cresceu apenas 3,4%. A índia cresceu 9,9%. Estes números mostram que a conta é mais complicada. Então é preciso avaliar o que se está comparando. A China tem o maior crescimento de todos, mas também foi o país que recebeu os maiores investimentos estrangeiros no período, ainda que tenha mantido um regime de partido único e enorme controle estatal sobre a economia e sobre a sociedade. Outro ponto é que os dados mostram que nos EUA… Read more »
É falso que a China manteve o mesmo controle do estado na economia, era uma economia planificada con às mudanças eles passaram a permitir investimentos e garantir o direito a prioridade para quem investiu lá, permitir riqueza e acumulo de capital , deixaram a inovação para o setor privado etc
Olá Carlos. Após o massacre da Praça da Paz Celestial e do colapso da ex-URSS, a China abriu sua economia para investimentos no setor produtivo, mas manteve um rigoroso controle sobre o fluxo de capitais, o que preservou a sua economia das sucessivas crises financeiras, como a de 2008. Recentemente, a China ensaiou uma crise financeiro envolvendo o setor imobiliário (ainda me pergunto como o governo chinês resolveu aquele problema, Ninguém mais falou). O ponto é que uma grande parte da economia chinesa, principalmente em setores estratégicos, é dominada por empresas estatais, inclusive o setor bancário. A China realmente é… Read more »
A China adotou a liberdade econômica e deu no que deu.
A liberdade econômica na China é relativa. Os capitais são controlados e o banco central chinês tem um enorme poder sobre a volatilidade dos capitais, sem falar que uma grande parcela da economia chinesa é controlada por empresas estatais, completamente diferente do que aconteceu no Brasil no mesmo período.
Sim, ainda é relativa e está em uma tendência de involução recentemente, mas ao permitir liberdade de investimentos, acúmulo de capital etc e parar de controlar tudo conseguiu crescimento, não se pode negar a abertura da economia chinesa e o abandono do controle total que existia.
Olá Carlos. Exato. A ex-URSS fracassou proporcionar um bem estar material para a população e sem garantir um Estado Democrático, o regime perdeu qualquer condição de sustentação. Após o massacre da Praça da Paz Celestial, o regime chinês buscou um meio de oferecer uma condição de bem-estar material e garantir a sustentação de um regime de baixa liberdade política. Ainda assim, o regime chinês manteve rígido controle sobre a entrada e saída de capitais e manteve uma grande presença na economia. Tenho a impressão que a China obteve este enorme sucesso econômico por evitar a financeirização da economia, como ocorreu… Read more »
O PIB da china era muito pequeno em comparação ao dos EUA, que já era enorme há 20 anos. A mudança macroeconômica e de abertura da china é que permitiu esse crescimento. Não tem como comparar EUA e china nesse período, pois são situações e históricos completamente diferentes.
Boa opção para treinamentos e ataques leves para pequenos países com orçamentos limitados que não podem dispor de caças “full”.
Seguindo a linha de aviões italianos, surgiu uma notícia que a Itália está disposta a ceder 5 aeronaves de ataque AMX, em breve veremos como alguns equipamentos operados pelo Brasil se sairão em um conflito de alta intensidade.
Ou o Tornado. Com o Tornado, a proposta britânica de ceder o Storm Shadow ganha um novo significado, já que não vai depender de nenhuma “feitiçaria” como a dos HARM.
Sobre o AMX, a Ucrânia vai perguntar: fã ou hater?
Essa belezura e o L-59 são os 2 treinadores avançados mais lindos de todos os tempos.
Quem nunca sonhou em ter essas belezuras aqui?
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A Aermacchi acertou em colocar duas turbinas nesse avião. Piloto de caça tem que estar preparado para lidar com as nuances de um multi turbina por diversas razões. Independentemente de haver ou não caça pesado na Força.
M-346, logo, logo nas cores da FAB…👀
Olá. Acho improvável. A FAB já declarou que não tem intenção de adquirir um jato leve de treinamento. Ela continuará usando os “terceiros” e pretende usar intensamente os simuladores. Talvez fosse mais apropriado pensar em uma upgrade dos A29 para terem uma interface gráfica mais amigável e parecida com o F39 do que adquirir um jato leve de treinaento.
Pra ter treinadores avançados a jato, ela seria obrigado a
matar´´ algum outro programa no lugar, já que o $$ não é infinito.Ela prejudicaria o programa Gripen pra dar lugar ao um treinador a jato avançado?
Acho pouquíssimo provável que ela faria isso.
A FAB parece estar se virando muito bem com ST + simulador.
Olá Wilber. Acho que a opção (ou não) por um jato de treinamento é mais uma questão estrutura e doutrinária que de orçamento. Caso a FAB demandasse este tipo de aeronave, haveria uma reprogramação dos gastos a curto e médio prazo. A FAB não o fez e parece que não o fará porque irá manter o plano dos aviadores passarem pelos “terceiros” pilotando o A29 após o curso em Natal e dai seguirem para a aviação de caça, que hoje é composta pelos A1M, F5M e começando com os F39E. Seguindo a tendência, se a FAB buscasse um jato de… Read more »
Colegas do blog, por favor me esclareçam, esse caça M-346 se parece muito com o YAK-130 russo? Parecem ter a mesma silhueta.