Boeing e Atlas Air celebram a entrega da última aeronave 747, que transformou a aviação e as viagens aéreas ao redor do mundo

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A Boeing e a Atlas Air Worldwide se juntaram a milhares de pessoas – incluindo funcionários atuais e antigos, bem como clientes e fornecedores – para celebrar a entrega do último 747 à Atlas, encerrando mais de meio século de produção

Everett, Washington, 01 de fevereiro de 2023 — A Boeing e a Atlas Air Worldwide reuniram milhares de pessoas — incluindo funcionários atuais e antigos, clientes e fornecedores — para celebrar a entrega do último 747 à Atlas, encerrando mais de meio século de produção.

Os funcionários da Boeing que projetaram e construíram o primeiro 747, conhecidos como “Os Incríveis”, receberam uma homenagem na fábrica em Everett, onde a jornada do 747 começou em 1967. Desde então, a fábrica produziu 1.574 aeronaves.

“Este dia monumental é um reconhecimento das gerações de funcionários da Boeing que deram vida à primeira aeronave de fuselagem larga que “encolheu o mundo” e revolucionou o transporte aéreo de passageiros e carga”, disse Stan Deal, presidente e diretor executivo da Boeing Commercial Airplanes. “Entregamos com satisfação este último cargueiro 747-8 para a Atlas Air, a maior operadora de aeronaves 747, onde a ‘Rainha dos Céus’ continuará inspirando inovações no transporte aéreo de carga.”

“É uma honra continuar nossa longa história de operações com esta aeronave icônica para os nossos clientes em todo o mundo”, disse John Dietrich, presidente e diretor executivo da Atlas Air Worldwide. “A Atlas Air foi fundada há mais de 30 anos com apenas um cargueiro 747-200 convertido e, desde então, percorremos o mundo operando quase todos os tipos da frota do 747, incluindo o Dreamlifter, o cargueiro 747 Large Cargo Freighter da Boeing, para o transporte de peças do 787 Dreamliner. Agradecemos à Boeing pelo seu compromisso com a segurança, qualidade, inovação e meio ambiente, e pela parceria para garantir o sucesso contínuo do programa 747 enquanto operamos a aeronave nas próximas décadas.”

Com a “Rainha dos Céus”, a primeira aeronave de corredor duplo e o primeiro “jato jumbo”, as companhias aéreas puderam conectar as pessoas separadas por grandes distâncias e oferecer voos transoceânicos sem escalas. Seu desenvolvimento consolidou a Boeing como líder do setor de aviação comercial. O design do avião, com sua distinta saliência superior e assentos no andar superior, encantou gerações de passageiros e operadoras. A Boeing aprimorou o design original nos modelos como o 747-400 em 1988 e o modelo final 747-8 lançado em 2005. Todos os modelos oferecem economia operacional e eficiência inigualáveis para os mercados de transporte aéreo de passageiros e carga.

A Boeing é uma empresa aeroespacial líder global responsável pelo desenvolvimento e fabricação de aeronaves comerciais, produtos de defesa e sistemas espaciais para clientes de mais de 150 países. Também é prestadora de serviços de manutenção e considerada uma das principais exportadoras dos Estados Unidos. A Boeing usa sua base de fornecedores globais para promover oportunidades econômicas, sustentabilidade e impacto nas comunidades. Sua equipe diversificada está comprometida com inovações no futuro e seus valores base de segurança, qualidade e integridade. Veja mais aqui.

O primeiro voo do Boeing 747, em 9 de fevereiro de 1969

DIVULGAÇÃO: Boeing

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TJLopes

Não entra na minha cabeça que aeronaves como o 747 não são mais necessárias em um mundo globalizado.

gordo

Usa quatro motores e as empresas preferem dois e soma-se a isso a questão ambiental e as emissões de gases do efeito estufa. O 747 por mais fantástico que seja já é passado.

Jefferson Henrique

Falando de uma forma bem leiga, pois não sou engenheiro aeronáutico, mas e se mantivessem o avião em si, exatamente como ele é visualmente, porém com os dois motores internos sendo de fato motores e os das pontas das asas sendo apenas um pilone morto, apenas com a carenagem externa do motor?
Eu sei que iria gerar arrasto, mas os motores hoje do triplo 7 por exemplo são extremamente eficientes e econômicos.
Manteria a imagem da aeronave, (4 motores visualmente, sendo os 2 internos apenas, de fato, motores.

RenanZ

Jefferson, o maior problema de se projetar essa remotorização seria ter algum motor suficientemente forte que aguente uma pane monomotor, pois embora o 777 seja o mais próximo dele, o 47 ainda é maior e mais pesado.

Além disso, outras e questões como vibração, controlabilidade, distância do motor para o chão, certificações e principalmente viabilidade e interesse econômicos matariam qualquer empreitada do tipo.

O lado saudosista pede pra continuar, mas a praticidade da engenharia pede um fim para ele.

gordo

Exatamente isso, teriam que fazer outro avião. É um projeto que simplesmente é uma referência, mas o peso da idade chegou pra ele assim como para as boas bandas de rock.

TJLopes

Entendo a questão do consumo de combustível e emissão de gases, mas não tem como uma aeronave do porte do 777 tem a mesma capacidade de carga de um 747.

Até entendo a questão do transporte de passageiros, mas pra carga não vejo como um 77F7 pode ser competitivo frente a um 747F.

gordo

Faz sentido isso que você fala, alguém com bom entendimento na área poderia dar uma luz nisso. Eu não vou além de dizer que quatro motores são mais caros e ineficientes que dois, sou físico e não engenheiro da área da aviação.

Henrique

“e soma-se a isso a questão ambiental e as emissões de gases do efeito estufa.”

isso aqui é papo furado total.

È só os custo de operar 4 motores mesmo. Fato de existir motores mais eficientes no consumo de combustível, manutenção barata e que um ou dois aviões de 2 motores do porte próximo ou igual ao 777 entregar melhores resultados que um (01) 747 mato os 747

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Santamariense

Um ícone da aviação civil, sinônimo de aviação comercial de longo alcance.

Um Simples Brasileiro

Me chamem de romântico, antiquado ou ultrapassado. Mas, eu sinto falta dos quadrijatos e por mim, esses monstros gigantes não acabariam…

koppa

Surreal pensar que o primeiro voo de um gigante desses foi em 1969, aliás alguns meses antes do homem pousar na Lua. Talvez o avião que de fato constrói a mística da Boeing e a eleva a sua posição atual no mercado aeronáutico. Curiosamente, muito do desenvolvimento do 747 teve como base a versão do C-5 Galaxy que a Boeing tinha oferecido a USAF. A aviação comercial moderna tem mostrado uma convergência evolutiva para o mesmo projeto bimotor widebody visto no 787 e A350 e aeronaves quadrimotoras não são mais economicamente competitivas fora do mercado cargueiro. Mas em meio a… Read more »

Weetabix

Mas qual seriam as pressões russas e chinesas par atingirmos tal grau de subserviência?

Filipe Prestes

Tomara que sejam 10, pois era esse o número de C-130 J ex-RAF que a Força Aérea Helênica estaria de olho

Filipe Prestes

Curioso notar como o 747, A-380 3 o Mriya encontraram seu fim em tempos relativamente próximos. A aviação civil, não comportará mais gigantes desse porte.

RPiletti

Os dois primeiros foram aposentados de forma pensada, o Mriya ainda teria espaço e não fossem os russos fazendo russices ainda estaria disponivel.

A C

Me parece que hoje a Atlas eh o maior operador de B747 Cargo. Estive na fabrica de Everett ha 3 semanas mas nao pude ve-lo.
Hoje nao sao muitos os operadores comerciais e nunca tive a oportunidade de voar nele. No Brasil, a antiga VARIG o tinha. De fato, esse encerramento marca o fim de uma era.