O evento é o principal fórum global para a Aviação de Caça

Com a participação de representantes de Forças Aéreas de vários países, de gerentes de programas estratégicos e líderes de empresas internacionais, aconteceu em Berlim, na Alemanha, a International Fighter Conference (IFC), um evento de relevância para a comunidade da Aviação de Caça. Esta é a 22ª Edição da Conferência, que ocorreu entre os dias 16 e 18 de novembro e contou com a presença da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Conferência foi presidida pelo General reformado da Força Aérea dos Estados Unidos, Frank Gorenc, e contou com a participação de aproximadamente 250 pessoas. Os líderes empresariais mostraram seus projetos e compartilharam sua visão estratégica do futuro da Aviação de Caça, bem como avaliaram os desafios de fornecer poder de combate aéreo no campo de batalha contemporâneo e futuro.

Aplicação da Inteligência Artificial (IA) e fusão de dados, treinamento virtual, perspectivas da Aviação de combate nacional de pequenas e grandes Forças Aéreas e o futuro papel do piloto de Caça, foram os principais temas debatidos, entre outros compartilhados. Estima-se que o público do encontro contou com 60% de militares e 40% da área empresarial, entre representantes de mais de 30 países.

Na ocasião, o Comandante do Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR) e Presidente da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), Major-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto, palestrou sobre o impacto do início da operação do F-39 Gripen para a FAB e os seus desafios operacionais. O Oficial-General, que estava representando o Comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, explicou que o evento foi uma oportunidade de aprendizado bastante útil.

“Hoje nós não temos dúvidas de que para manter, mesmo que temporariamente, a superioridade aérea, dependemos de um ambiente operacional composto por sofisticados sistemas integrados de defesa aérea. Foi esse o caminho que a FAB seguiu ao adquirir aeronaves modernas e capacitadas” disse o Major-Brigadeiro Nogueira.

Em uma entrevista aos organizadores do evento, o Comandante do I COMAR ainda afirmou. “Foi muito importante a participação da FAB em uma conferência como essa. Percebemos a importância de continuar aperfeiçoando as maneiras pelas quais as nossas aeronaves de combate coletam, processam e exploram os dados. Os investimentos em plataformas mais sofisticadas podem ser equilibrados com aeronaves remotamente pilotadas, que podem operar de forma decisiva, em um ambiente operacional, contra uma ameaça assimétrica”, disse.

A 22° edição do evento foi organizada pela Defense iQ, que é uma divisão do Centro Internacional de Qualidade e Produtividade (IQPC), uma organização especializada na criação de conferências com líderes mundiais.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Tutor

Será que os outros participantes, muitos de potências bélicas globais, levam a sério a participação/contribuição de uma força aérea que tem menos de 50 caças supersônicos ? (a maioria aviões dos anos 70 e 80)
Não me levem a mal, não estou criticando o trabalho da FAB que, alías, faz milagres com o que tem. É só para trazer a baila essa questão. Será que nos levam a sério???

Leandro Costa

Tutor, sim nos levam à sério. Um dos motivos é justamente os milagres que faz com o que tem. Para eles, é sempre interessante ter uma perspectiva operacional de quem tem orçamento baixo e ainda encontra formas de cumprir a missão e de ter uma vistão de operações integradas como o próprio Brig. Nogueira disse, de acordo com o texto. Como fazer mais por menos é sempre de interesse de qualquer força profissional. Isso aliado à curiosidade de todos em relação ao Gripen, bastante renovada devido ao que anda ocorrendo na Ucrânia, certamente faz com que nos levem à sério.

Jorge P

Acho que vc está superestimando o número de caças supersônicos…

Rinaldo Nery

Em 2007 quando apresentei o SISDABRA num Simpósio de Defesa Aérea Internacional, em Pretória, levaram. Principalmente pelo tamanho do nosso País. Força Aérea não é só avião. É também a forma como está organizada e conduzida em combate.

Esteves

Bacana. “1)Defina um plano de ataque leve que possa apoiar a entrega de capacidade ar-terra decisiva no ambiente operacional permissivo 2)Integre o cibernético, o EW e o espectro eletromagnético para sustentar a borda operacional em um espaço de batalha contestado 3)Otimize o gerenciamento e a fusão de dados para apoiar a obtenção de domínio da informação para operações aéreas e a força conjunta 4)Melhore o modelo de treinamento misturando abordagens ao vivo e sintéticas e apoie a tomada de decisão rápida e eficaz para o piloto da era dos dados” Parece muito avançado. É ignorância minha ou a participação rotineira… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Esteves
Carlos Crispim

O Brasil não tem nem caça, como pode participar desse evento? Os caras foram lá só pra passear às nossas custas.

Adriano Madureira

Deixa de falar asneira filho, passa menos vergonha… Queira ou não temos caças, nunca foram os top de linha mas no continente nunca fizeram feio. É uma força aérea não é feita somente de caças, é como um grande tabuleiro de xadrez com peças especificamente posicionadas em cada lugar. Ter uma força aerea somente com caças avançados não é garantia de vitória, tem que haver é um conjunto que se complemente. Caças, mísseis avançados, aeronaves AWACS, aeronaves de reabastecimento, sistemas de radares e satélites, tudo se complementa. Temos sistemas como o SIVAN e o cindacta, deveríamos ter mais?! Claro mas… Read more »

Rinaldo Nery

Nogueira, da turma de baixo da minha, foi cmt do 3°/10° GAV e Chefe do Estado-Maior do COMPREP. Cursamos a ECEMAR na mesma turma em 2005.

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Gosto do jeito do Comandante Baptista, ele é bem operacional, quer a força bem treinada e atualizada…, gostava do japonês também…, comandantes teóricos que só ficam no gabinete a força perde muito…

OPERACIONALIDADE !!!

Last edited 2 anos atrás by Alexandre Galante
Frederick

“Comandantes teóricos que só ficam no gabinete”. Não entendi. Poderia desenvolver?