• Financiamento de R$ 2,2 bilhões viabilizará a produção e a exportação de jatos comerciais
  • Este ano, Embraer e BNDES celebraram 25 anos da parceria que resultou na exportação de 1.275 aeronaves para companhias aéreas ao redor do mundo, com financiamento no valor total de cerca de US$ 25 bilhões

São José dos Campos – SP, 14 de novembro de 2022 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento à Embraer S.A. para a produção e exportação de aeronaves comerciais fabricados pela empresa. A operação, da ordem de R$ 2,2 bilhões, se dará por meio do BNDES Exim Pré-embarque, linha de crédito direto do Banco para produção de bens nacionais destinados à exportação.

A operação do BNDES reforça a captação de crédito rotativo anunciado recentemente pela Embraer de US$ 650 milhões com um conjunto de instituições financeiras estrangeiras. A consumação do financiamento está sujeita, dentre outros, ao cumprimento de condições prévias fixadas pelo BNDES e à assinatura do respectivo contrato.

“As operações de crédito são importantes para retomada da produção de aeronaves pela Embraer nos patamares pré-pandemia de Covid-19 e também reforçam a parceria estratégica entre o BNDES e a Embraer iniciada em 1997, consolidando o apoio do BNDES à indústria aeronáutica e à exportação de aeronaves brasileiras”, destacou Bruno Aranha, diretor do BNDES”.

“A longevidade da parceria entre Embraer e BNDES ilustra a solidez dessa relação que estimula as exportações do Brasil e beneficia a sociedade como um todo. Em conjunto com outras ações que estamos realizando junto às instituições financeiras brasileiras e internacionais esta operação reforça nossa credibilidade para acesso a recursos financeiros que vão contribuir para a execução do nosso plano de crescimento”, disse Antonio Carlos Garcia, CFO da Embraer.

O setor da aviação é considerado estratégico devido à alta tecnologia envolvida, ao emprego de mão de obra qualificada e à capacidade de gerar inovações com impactos positivos na economia do país, além de ser uma indústria relevante para garantia da soberania nacional por meio dos produtos de defesa. O Brasil é um país que possui capacidade para projetar, fabricar e exportar mundialmente aeronaves comerciais, executivas, de defesa e agrícola.

Desde 1997, ano do primeiro apoio do BNDES à Embraer, o Banco financiou cerca de US$ 25 bilhões em exportações de suas aeronaves, viabilizando a exportação de mais de 1.275 unidades para companhias aéreas ao redor do mundo. No período, as operações contratadas possibilitaram à fabricante brasileira concorrer no mercado externo em igualdade de condições com suas concorrentes.

Sobre o BNDES

Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.

Sobre a Embraer

Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer tem negócios nas áreas de Aviação Comercial e Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. A empresa projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, fornecendo Serviços e Suporte aos clientes no pós-venda.

Desde que foi fundada em 1969, a Embraer já entregou mais de 8.000 aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola em algum lugar do mundo, transportando mais de 145 milhões de passageiros por ano.

A Embraer é a principal fabricante de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviços e distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

DIVULGAÇÃO: Embraer

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Camargoer.

Olá Colegas. Durante as discussões sobre a venda da Embraer para a Boeing, alguns colegas diziam que a Embraer tinha pouco impacto na balança comercial brasileira porque além de exportadora, ela seria também uma importadora. Na época, mostrei que para cada US$ 2 importados, ela exportava US$ 3. Além disso, a Embraer é a maior exportadora de bens industrializados e a principal grife brasileira de alta tecnologia. O BNDES cumpre um importante papel financiando exportações. É bastante interessante como isso acontece. O banco paga a empresa em reais para ela fabricar o produto em parcelas durante a fabricação. Este dinheiro… Read more »

RenanZ

Para este tipo de uso, o BNDES é bom!

O problema é o uso para financiar obras de infraestrutura em outros países que pouco ou absolutamente nada contribuem para a vida do cidadão aqui

(Sem citar nomes ou partidos, desabafo feito, obrigado)

Camargoer.

Olá Renan. O BNDES não financia governos estrangeiros. Ele financia exportação de serviços. No caso de grandes obras públicas no exterior, a empreiteira brasileira que vencer a licitação pode solicitar um financiamento do BNDES para adquirir equipamentos (como máquinas e caminhões), materiais (como aço de construção, cimento, cabos) e serviços (como escritórios de engenharia, de arquitetura, paisagismo) de empresas brasileiras para serem usados na obra no exterior. Os pagamentos são realizados diretamente pelo BNDES para as empresas brasileiras contratadas pela empreiteira para a execução da obra, cabendo ao governo estrangeiro licitante pagar (em dólares ou outra moeda estrangeira) ao BNDES… Read more »

Moisés

Ótima explicação, Camargoer. Uma hora as pessoas vão perceber que todos os países fazem isso. Inclusive, após a guerra da Ucrânia diversas empresas americanas estarão lá para reconstruir o país.

Camargoer.

Olá Moisés. Verdade. Provavelmente, os EUA liberação parta dos recursos da Russia que estão congelados em bancos dos EUA e europeus para custear estas obras. Talvez eles restrinjam o acesso apenas para empresas dos EUA e Europeias, como fizeram no Iraque.

AZOR DE TOLEDO BARROS FILHO

Muito bom Camargoer. Sempre me pergunto por que é tão difícil esclarecer fatos a pessoas que não querem entender ?

Nonato

Alguns países deram calote.
E não havia garantia…
Como se faz empréstimos sem garantia?
Como o BNDES tinha dinheiro para obras no exterior mas não para a transposição do Rio São Francisco,

Camargoer.

Olá Nonato. Pelo que encontrei na internet, as obras da transposição do São Francisco (sigla PISF) estão sendo custeadas diretamente pelo Tesouro Nacional via orçamento do Ministério de Desenvolvimento Regional. A participação do BNDES tem sido no gerenciamento dos editais de licitação. Então uma coisa nada tem a ver com outra. Existe uma linha de crédito do BNDES para financiar obras de infraestrutura e saneamento bancadas pelos Estados ou Municípios. Para obter estes recursos, é preciso submeter um projeto ao BNDES. Contudo, os Estados e Municípios tem um limite de endividamento estabelecido em Lei. O BNDES tem muitas outras linhas… Read more »

André Luiz Domingues

Leia a explicação correta de Camargoer. Está correta. Abandone essa ideia de que obras com financiamento são presentes dados por afinidade ideológica. É besteira.

OCIMAR

CARA ANDRE……..OS GOVERNOS ESTRANGEIROS SÓ “ESQUECERAM” DE PAGAR O BRASIL. RSRSRSRSRSR

Camargoer.

Caro Ocimar. No caso dos financiamentos do BNDES para as obras na Venezuela e Cuba, é preciso lembrar que os pagamentos seriam feitos com moeda estrangeira (dólares). Como os dois países estão sofrendo sanções dos EUA, inclusive com bloqueio internacional para transações em dólares, a situação é bem curiosa porque exige-se que os países honrem contratos de pagamento sem proporcionar meios para que os façam.

Underground

Dá na mesma, não pagaram.

Camargoer.

Olá Under. Para o banco dá na mesma. O seguro está pagando.

Carlos Gonzaga

Acho que você está enganado. No caso do porto de Cuba não houve seguro algum. Quem foi o fiador da operação foi o Tesouro Nacional. Dessa forma, o calote existiu e a operação foi tirar dinheiro de um bolso para votar no outro. Mais um calote internacional para botar na conta do nove dedos. Vide Uganda e Costa do Marfim.

Camargoer.

Olá Carlos. A informação sobre o seguro está na página do BNDES.

Camargoer.

Olá Carlos. Obrigado pelo alerta. Escreverei ao BNDES perguntando sobre está questão. Tendo a resposta do banco, pedirei ao Galante para publicar. Assim a gente esclarece isso definitivamente. Combinado?

Camargoer.

Olá Carlos. Encaminhei as seguintes perguntas ao BNDES. Agora vamos aguardar. 1. No casos dos três contratos de financiamento de exportação de serviços para a Venezuela, Moçambique e Cuba, cujas parcelas estão em atraso, elas tem sido cobertas por um Seguro ou pelo Tesouro Nacional? 2. No caso de existir um seguro, ele cobre 100% das parcelas inadimplentes ou apenas uma fração? 3. No caso de não existir um seguro, o BNDES tem recebido pagamentos do Tesouro Nacional ou de outra fonte de recursos públicos? 4. Existe o risco do BNDES arcar com algum prejuízo? 5. O BNDES havia desembolsado… Read more »

Carlos Gonzaga

Ok. Vamos aguardar. À época, prestes serviços de engenharia à Odebrecht e alguns colega estavam envolvidos nas obras em Mariel. Até onde sei, lá, a construção foi completada e entregue. É preciso fazer um reparo nessa história. À Odebrecht não era só a projetista e empreiteira. Era também sócia e coinvestidora não só no porto, que é um grande terminal de containers como no condomínio anexo a ele. A ideia era aproveitar o porto de águas profundas para receber matéria prima e semi acabados que seriam beneficiados no condomínio e re exportados. Uma Manaus próxima da Flórida por assim dizer.… Read more »

Heinz

Caro Camargoer, não é novidade nenhuma que Cuba e Venezuela não nos pagaram, é um fato. Bando de caloteiro, me entristece que o próximo presidente ainda pense em emprestar NOSSO dinheiro para países dessa estirpe.
Você emprestaria dinheiro a uma pessoa, que você já emprestou anteriormente e não te pagou?
Sem essa de “seguro cobre”.
Saudações.

Camargoer.

Olá Heinz. Segundo o BNDES, são quatro financiamentos inadimplentes: Venezuela (US$ 374 milhões), Moçambique (US$ 118 milhões) e Cuba (US$ 62 milhões). Aliás, todas as operações de crédito têm um risco associado, por isso bancos incluem garantias e seguros. Lembro que o governo brasileiro já decretou uma moratória em 1987 e durante a crise da dívida externa renegociou os empréstimos com o FMI diversas vezes. Lembro que recentemente, a MB atrasou o pagamento do financiamento do ProSub (como foi exposto pelo comandante da MB em uma audiência pública). Algumas empresas passam por crises (e até falências). Segundo o Serasa, existem… Read more »

André Luiz Domingues

Leia o texto explicativo do nobre colega. Existe o seguro. Tanto faz quem pague.

William Duarte

Para resumir – 15 países participaram. 3 – Moçambique, Venezuela e Cuba não pagaram tudo Dos mais de 2,5 bilhões emprestados deram calote de 1,6 bi –

O BNDES e as exportações de serviços

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-Exportacao-de-Servicos-Princ

Por que o BNDES investiu em obras no exterior?
Quando a gente ouve falar em dinheiro que foi enviado para fora, na verdade, estamos falando dos financiamentos à exportação dos bens e serviços de engenharia brasileiros.
Nessas operações, assim como em todas as outras que o Banco realiza, o BNDES desembolsa os recursos exclusivamente no Brasil, em reais, para a empresa brasileira, à medida que as exportações vão sendo realizadas. Portanto, quem recebe o dinheiro é a empresa brasileira que vende para fora e não o país. Mas quem fica com a dívida é o país estrangeiro, porque ele é o responsável por fazer o pagamento, que deve ser feito com juros, em dólar ou euro.
O financiamento do BNDES não cobre, por exemplo, bens adquiridos no exterior ou gastos com mão de obra de trabalhadores locais. Ele cobre exclusivamente os bens e serviços de origem brasileira utilizados na obra.
Mas como esses financiamentos funcionam?No Brasil, esses financiamentos são determinados pela administração direta do Governo Federal, que estabelece as operações, os países de destino das exportações, as principais condições contratuais do financiamento (como valor, prazo, equalização da taxa de juros e seguros) e os mitigadores de risco soberano do país que sedia a obra de engenharia.

Já com essas aprovações, o processo chega ao BNDES em sua parte final, onde é enquadrado e analisado.

Ao todo, 148 operações foram realizadas, com prazo médio de 11 anos e dois meses para pagamento dos financiamentos.
Quanto foi que o BNDES liberou em financiamentos para exportação de serviços a outros países?Foram desembolsados cerca de US$ 10,5 bilhões, no período entre 1998 e 2017, para empreendimentos em 15 países, sendo que US$ 12,6 bilhões retornaram em pagamentos do valor principal da dívida e juros, até dezembro de 2021.
Deste total desembolsado, 89% ocorreram em favor de apenas seis países. São eles, em ordem decrescente a saber: Angola (US$ 3,2 bilhões), Argentina (US$ 2 bilhões), Venezuela (US$ 1,5 bilhão), República Dominicana (US$ 1,2 bilhão), Equador (US$ 0,7 bilhão) e Cuba (US$ 0,65 bilhão).
Em 2003, um Conselho de Ministros do Governo Federal reduziu as taxas de juros da Argentina, Equador, Venezuela e República Dominicana.
O programa de financiamento à exportação de serviços de engenharia foi criado em 1998. 88% do total de US$ 10,5 bilhões em desembolsos ocorreram no período entre 2007 e 2015.
Houve inadimplementos nos pagamentos dos países?Sim. Surgiram inadimplementos nos pagamentos de Venezuela (US$ 657 milhões), Moçambique (US$ 122 milhões) e Cuba (US$ 214 milhões), em um valor total de US$ 993 milhões acumulados até junho de 2022. Outros US$ 607 milhões estão por vencer desses países.

F-39 Gripen

Se os EUA e a China pensassem como você, não teriam toda essa influência no mundo. É só investir certo.

Gilian

Financiar qualquer coisa em qualquer lugar é válido, contanto que dê retorno.
O que não pode é entregar fortunas para empresários ou ruralistas brasileiros para depois a bancada da bala ou ruralista aprovar uma anistia.

Camargoer.

Olá Gilmar. O BNDES tem um corpo técnico que analisa os projetos. Uma vez analisado o mérito técnico a proposta é aprovada. Os pagamentos são feitos diretamente ao provedor de serviço ou do bem. Quem obteve o financiamento não recebe o dinheiro. Por exemplo, um agricultor precisa de um veículo. Ele apresenta a proposta ao banco que analisa e aprova. O agricultor busca a concessionarua e escolhe o veículo. O Banco para diretamente a concessionária. O agricultor leva o veículo e faz os pagamentos geralmente em parcelas anuais. Se for um grande equipamento, como um forno industrial, o banco libera… Read more »

Saldanha da Gama

Bom dia, caro Camargoer…
Me lembro, que muitos afirmavam que sem a boeing boeing, a mesma iria falir…Uma das maiores empresas aéreas do mundo, aliás, do 1o.mundo….A cada vitória da mesma, eu gargalho muito.
Abraços

Camargoer.

Olá Saldanha. Verdade. Acho importante lembrarmos sempre daquele período para evitar que novas “ondas” deslumbradas no futuro. Concordo com você que devemos, sempre que tivermos a oportunidade, lembrar do que aconteceu. O risco é o pessoal esquecer e achar que foi tudo normal… não foi.

Alex Faulhaber

Muito bom

Last edited 1 ano atrás by Alex Faulhaber
Camargoer.

De fato. Uma excelente noticia.

OCIMAR

AGORA SIM O BNDES ESTÁ “ACERTANDO O ALVO.”

Camargoer.

Olá Ocimar. O BNDES tem acertado o alvo desde a sua fundação há 70 anos. Recomendo assistir o depoimento do Roberto Campos, quando banco ainda era apenas BNDE.
https://www.youtube.com/watch?v=qyUbhyQmdC8&t=14s

BVR

Olá Ocimar !!
Sempre acertou, e os esclarecimentos do Camargoer só reforçam isso.

João Vicente

Camargoer,sou professor e sempre falo isso nas aulas. É muito bom ver que não estou sozinho e tem gente que estuda. Sua explicação foi perfeita. Que haja luz e paciência para vc continuar a explicar essas coisas para um pessoal tão…

Camargoer.

Olá João. Colegas de profissão. Ensino química. E voce?

Tutor

Uma pena que, a partir de 2023, o BNDES vai ter menos recurso para esse tipo de investimentos em favor de empresas nacionais, que geram empregos aqui, afinal, a prioridade voltará ser financiar metro em Caracas, porto em Cuba, hidroelétricas na Nicaragua, no Equador e no Peru, ponte na Venezuela, barragem, BRT e aeroporto em Moçambique, rodovia em Angola e etc.
Tudo isso para o brasileiro “voltar a ser feliz!”

Camargoer.

Olá Tutor. O BNDES possui várias linhas de financiamento que incluem exoorta ao de produtos e serviços, importação de equipamentos, aquisição de maquinário , obras de infraestrutura …. Qualquer empresa, pessoa e até governos municipais ou estaduais interessados podem submeter projetos na linha de financiamento apropriada que será analisado pelo corpo técnico e aprovado se tiver mérito. Por outro lado, você está equivocado … na verdade mal informado sobre os financiamentos do BNDES. O banco não financia governos estrangeiros. Nunca financiou. Ele financia apenas empresas braseiras que exportam serviços. Recomendo consultar a página do BNDES. Ela é bem didática.

cerberosph

E não cansa de passar vergonha montando a sua ignorância e acreditando em fake news