FAB atua por 14 dias na Operação Ágata, deflagrada na região oeste do Amazonas (AM)

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A operação, que aconteceu de 14 a 27 de outubro, contou com a presença de militares da Força Aérea Brasileira na área da reserva indígena Vale do Javari

O Ministério da Defesa (MD) solicitou que a Força Aérea Brasileira (FAB) atuasse na área da reserva indígena Vale do Javari – localizada nos municípios de Atalaia do Norte e Guajará, no oeste do estado do Amazonas (AM). A ação fez parte da Operação Ágata e foi deflagrada entre os dias 14 e 27 de outubro.

Contemplou, como objetivo da operação, manter a integridade do espaço aéreo brasileiro, atuar junto com as forças e agências no combate a ilícitos, controlar a informação e intensificar a presença do estado nas regiões fronteiriças.

A operação foi dividida em quatro fases, sendo a primeira para o desdobramento das forças de interesse da FAB para Eirunepé (AM); a fase dois, tratou do levantamento de informações sobre a logística das Organizações Criminosas (ORCRIM) conduzida pelo modal aéreo; a fase três, de Controle Aeroespacial, atuou de forma coercitiva contra os tráfegos aéreos ilícitos na região; e, por fim, a fase quatro, da retração dos participantes.

Força Aérea Brasileira

Pela FAB, durante os 14 dias de operação, foram cumpridas quase 160 horas de voo e, contou com o envolvimento de 46 militares de sete Unidades Aéreas e de Infantaria. A participação da FAB teve como finalidade atuar na realização de ações em proveito das tarefas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) e Controle Aeroespacial (C Aepc).

As aeronaves E-99 e A-29 realizaram o monitoramento do espaço aéreo da região com vistas a detectar tráfegos desconhecidos. Somente a presença dos vetores da FAB já inibe a ação das organizações criminosas. Ademais, as aeronaves de Patrulha P-95 realizaram o imageamento dos rios. No contexto das ações IVR, imagens satelitais foram geradas e analisadas, de forma inédita, com o uso de Inteligência Artificial. As informações obtidas serão utilizadas em operações interagências futuras.

O Quinto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (5º/1º GCC) – Esquadrão Zagal, propiciou enlaces de comunicação em Eirunepé, ampliando a capacidade de Comando e Controle da FAB na operação, permitindo o trâmite de dados de forma rápida e segura. Já o Grupo de Segurança e Defesa de Porto Velho (GSD-PV) proveu a segurança do pessoal, das instalações e das aeronaves que operaram deslocadas na região.

As aeronaves C-105 fizeram a mobilização e desmobilização da Operação, transportando pessoal e material para Eirunepé e, ao término, de volta para sede. A mobilidade, que significa habilidade do pessoal, das aeronaves, dos armamentos, dos equipamentos e dos sistemas de Força Aérea para, de imediato, desdobrarem-se de um aeródromo para outro, operando com igual ou maior efetividade, é uma característica marcante e expressiva da FAB. Uma aeronave H-60L Black Hawk cumpriu alerta SAR na região, em apoio à Operação.

Fizeram parte da Operação Ágata, militares da FAB que atuam no Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1º/9º GAV) – Esquadrão Arara; Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (2º/3º GAV) – Esquadrão Grifo; Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV) – Esquadrão Guardião; Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º GAV) – Esquadrão Phoenix; Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAV) – Esquadrão Flecha; Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV) – Esquadrão Hárpia; Quinto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (5º/1º GCC) – Esquadrão Zagal; Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE); Grupo de Segurança e Defesa de Porto Velho (GSD-PV); Instituto de Estudos Avançados (IEAv); e Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Militares da FAB na Operação

Para o Esquadrão Phoenix, a operação é uma oportunidade de aprendizado, pois operar na região Amazônica é bem diferente do habitual, uma vez que a maioria das missões realizadas pelo Esquadrão são em meio marítimo. Durante o deslocamento para chegar ao local da operação, foram necessárias aproximadamente 13 horas de voo, sobrevoando um total de 2.230 milhas náuticas (4.130 quilômetros).

O Tenente Aviador Lucas dos Santos Ramalho, um dos pilotos da missão, comentou sobre a operação. “Para nós do Esquadrão Phoenix é uma oportunidade única participar de uma operação como essa, pois atravessamos o Brasil inteiro para chegarmos no oeste do Amazonas para cumprirmos a nossa missão, protegendo a nossa Amazônia e mantendo a soberania nacional. Cheguei ao Esquadrão há pouco tempo e é muito interessante participar de uma operação real como essa, tenho certeza de que me lembrarei dessa experiência e do sentimento de dever cumprido!”, disse.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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