No Chile, FAB participa do Exercício Multinacional Salitre IV
Com a presença de Forças Aéreas de vários países, um dos maiores exercícios aéreos da América do Sul ocorre de 10 a 21 de outubro, em Antofagasta, no norte chileno
A Força Aérea Brasileira (FAB) participa, de 10 a 21 de outubro, do Exercício Aéreo Combinado Multinacional SALITRE IV. O treinamento de combate aéreo, promovido pela Força Aérea Chilena (FACh), conta com a participação de recursos aéreos e humanos das Forças Aéreas da Argentina, Brasil e Chile, de uma célula da Força Espacial dos Estados Unidos, além de observadores do Canadá, Peru, México e Uruguai, para a atuação conjunta no padrão OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Ao todo, participam do Exercício seis caças F-5M e um KC-390 Millennium da FAB. Além disso, a atividade contará com a participação de aviões de combate chileno F-16, F5 Tigre III, A-29 Super Tucano, A-36 Toqui; da Argentina IA-63 Pampa III e A-4R Fightinghawk; além de aeronaves de apoio ao combate FACh C-130 Hercules, KC-135E Stratotanker e helicópteros MH-60M Black Hawk e Bell 412.
O objetivo do Exercício Salitre é expandir a cooperação e as relações entre as Forças Aéreas envolvidas, aumentando sua interoperabilidade por meio de um planejamento comum em formato OTAN. O evento é, ainda, uma oportunidade para treinamento de tripulações, sistemas de comando e controle, bem como sistemas de logística e pessoal na área de Defesa.
Segundo o Chefe da delegação brasileira, Comandante do Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAV – Esquadrão Pampa), Tenente-Coronel Aviador Davi de Abreu, o Exercício Multinacional Salitre IV é de grande importância doutrinária para a FAB, uma vez que possibilita a oportunidade de intercambiar ideias e entendimentos voltados para a principal função do Poder Aéreo, quais sejam as Ações que contribuem para a conquista de superioridade aérea num contexto de guerra regular.
“A doutrina militar conjuga princípios estratégicos, juntamente com táticas e técnicas que precisam sempre se adequar ao contexto temporal e territorial em que vão ser aplicados, por isso que um exercício de grande vulto e envolvimento de diferentes participantes, especialmente num contexto internacional, é muito construtivo”, completou o Tenente-Coronel Davi.
O Diretor do Exercício, General da Aviação Leonardo Romanini da FACh, informou que, em 2004, a Força Aérea do Chile assumiu a responsabilidade de organizar, planejar e executar o Exercício. Ele destacou, ainda, que o treinamento combinado pode levar à prática o conhecimento adquirido, caso haja uma necessidade. “O Exercício Salitre é uma atividade de suma importância. Por meio dele, em primeiro lugar, incrementam-se as relações internacionais entre os países participantes. Em segundo lugar, propiciam-se conhecimentos mútuos entre as Forças Aéreas da região”, completou.
Esquadrões da FAB envolvidos
Esta é a quarta vez que a FAB atua no Exercício, cuja última versão foi realizada há oito anos, em 2014. Nesta edição, a delegação brasileira é formada por 75 militares e conta com a participação de sete aeronaves da FAB, pertencentes ao Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1°GAVCA) – Esquadrões Jambock e Pif-Paf; ao Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAV) – Esquadrão Pampa; ao Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus; e ao Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo.
O Sargento Davy Dayan Martins Bagetti de Lima, loadmaster do KC-390 do 1º GTT, está participando pela terceira vez de um exercício internacional. Na Salitre, ele veio para ser Observador de Reabastecimento em Voo. “Minha participação está sendo de muita valia. É um exercício que soma bastante para todas as Unidades Aéreas envolvidas, tanto para aumentar a nossa consciência situacional como também a interoperabilidade entre os Esquadrões”, declarou.
FONTE: Força Aérea Brasileira
Parabéns a FAB que ela consiga mostrar o grande grau de profissionalismo
Dúvida. Somente a FAB e a FACH possuem capacidades BVR nesse exercício?
E aqui pelas bandas da AL quem mais tem essa capacidade ?
Caso positivo para a primeira pergunta isso não causaria uma discrepância entre os participantes? Ou seria BVR contra BVR e convencional contra convencional ?
Peru, Colômbia, Venezuela e Equador.
Cada um usa o armamento que tem. Faz parte do cenário do exercício. Somente na Fase FAM/FIT (Familiarization/Integration Training) é que há missões dissimilares (1 vs 1 e 2 vs 1) onde as manobras estão definidas previamente.
Obrigado pelos esclarecimentos Cel. Nery.
Eita !! Los hermanos argies tem que correr atrás o qto antes para superar esse hiato. Corrija-me se estiver errado; mas diante da lista apresentada seria correto dizer que eles estão com 20 anos de atraso em relação aos que dominam o combate nessa modalidade ?
Desde já agradeço.
Acredito que sim. Mas o mundo está globalizado, e eles podem aprender rápido assim que adquirirem esse tipo de armamento.
Blz !
Con la cuestión del veto británico, es difícil que Argentina pueda llegar a adquirir capacidad BVR con misiles AIM-120. Hoy la opción más potable sería el JF-17 con misiles PL-12 de manufactura China
Nesse exercício sim, apenas a FACh e a FAB.
Na região são aqueles que o Cel Nery nomeou.
Obrigado Glasquis7 pela interação e reforço na resposta.
Última vez que o “bicudo” participa desse exercício. Em breve, ele terá sua aposentadoria, mais do que merecida.
E entra em cena o Gripen. Mal posso esperar esses anos pra ver ele em ação nos próximos exercícios.
Acredito que essa aposentadoria será um pouco mais demorada.
O F5 é uma aeronave formidável no seu segmento e muito vigente na região.
Existe toda uma estrutura, uma logística e principalmente, uma doutrina de operação destes caças que o fazem ainda muito capaz.
Em exercícios no Atacama contra aeronaves superiores como os F15 e os F18 dos EEUU, se mostraram muito efetivos tendo várias vitórias. Contra a Força Aérea Francesa não foi diferente.
Acredito que estejam operacionais até 2030.
Tem fonte?
Arial 12
Tenho, mas já foi mencionado por outros coristas aqui no PA
Com a entrada dos F-39 na FAB, quem sabe que no próximo exercício os F-5M não estejam com o cocar da FAU?
Os bicudos deverão permanecer na FAB até pelos idos de 2035… Com alguns dando baixa conforme os Gripen forem entrando em operação.
A modernização deles tinha essa intenção.
Juntando com os 14 AMX modernizados, e os 49 F5-M temos 63 caças a serviço da FAB e é justamente o número aproximado de caças que a FAB quer ter com o segundo lote de Gripen NG (36+4+26). Já eu acredito que o ideal mínimo seriam 84, o bom seriam 108 e o mto bom seriam 120.
O Chile tem experiência em combate aéreo, teve uma importante participação como observador na guerra das Malvinas.
Verdade, com aquele radar que segundo vc estava em Punta Arenas e conseguia vigiar as Falklands, fazendo a curvatura da terra e tudo.
Tem cada um que aparece e o pior… Teima em manter as suas histórias.
Avisa às vozes da tua cabeça que as ondas de rádio não conseguem atingir as Falklands desde Punta Arenas.
Ahahahahaha, boa!… Curvatura foi demais!
Alguém sabe informar se as células de F5M que foram para este exercício são as Jordanianas?
As que estão participando são as células de F-5M “mais novas” no acervo da FAB ?
Obrigado!
Não necessariamente.
A próxima CRUZEX será em 2024.
No final dela deveria haver um evento do tipo Portões Abertos na BANT.
Sempre houve, no MEIO do Exercício.
Me refiro a algo mais amplo. Não daquele jeito que praticamente tem que pedir por favor como foi da última vez.
Não entendi. Explique.
Me corrija se eu estiver enganado. Que eu lembre na última cruzex foi necessário acessar um site, dar dados pessoais para se cadastrar para poder receber uma autorização para uma visita. Muita burocracia na minha opinião.
Na AFA foi assim. Quando há gente demais TEM que ser assim.
Obrigado por essa informação Sr. Nery.
Dentro de 2 anos, será que teremos pilotos operacionais de Gripen e o próprio Gripen operacional?
Provavelmente será realizada em Natal novamente, compreendo que seja pelo tráfego aéreo, tamanho da base e inúmeras outras circunstâncias, mas seria bacana se fosse realizada em outras regiões, como Canoas novamente.
Acredito que em dois anos já tenhamos aviões e pilotos operacionais. Não deverá ser em Canoas, até pela meteorologia.
Sempre bom conhecer mos quem voa e voará do nosso lado!!!
Bases aéreas no deserto são bonitas demais, a organização da base chilena que é muito boa ou o fotógrafo que é muito bom?