FAB realiza primeiro Exercício Técnico de Reabastecimento em Voo com helicópteros
Participaram do Exercício os Esquadrões Gordo, Falcão e Puma. Os voos aconteceram no litoral sul do Rio de Janeiro
A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, em junho, o Exercício Técnico REVO AR, primeiro Exercício de Reabastecimento em Voo (REVO) com helicópteros, sob a coordenação do Comando de Preparo (COMPREP).
O Exercício tem por objetivo a formação de pilotos de Asas Rotativas na capacidade de REVO. A atividade foi realizada no Rio de Janeiro (RJ), com o emprego conjunto de aeronaves das Bases Aéreas de Natal, Santa Cruz e do Galeão.
Participam do Exercício o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo, com a aeronave de reabastecimento KC-130 Hércules, o Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV) – Esquadrão Falcão e o Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAV) – Esquadrão Puma, que operam os helicópteros H-36 Caracal. Os voos foram realizados no litoral sul do Rio de Janeiro, sob controle militar.
Com este exercício a FAB otimizará sua capacidade de operação permitindo a atuação dos helicópteros de maneira mais rápida e eficiente em todo o território nacional, incluindo a área oceânica de sua responsabilidade. O que, além de possibilitar um resgate mais distante da costa brasileira, também permite o emprego em missão operacional de Resgate em Combate (CSAR).
A aeronave H-36 da FAB já realizou um resgate a 270 quilômetros de Fernando de Noronha. Na ocasião, foi necessário o pouso na ilha para o abastecimento. Com a capacidade de Reabastecimento em Voo, as aeronaves poderão atender as ocorrências mais distantes sem necessitar de pousos intermediários, aumentando a pronta-resposta às missões de resgate.
Segundo o Gerente Operacional do Projeto H-36, Capitão Aviador Israel Azevedo Luz, o voo de REVO com helicópteros envolve estudo e preparo, tendo em vista a diferença de performance entre as aeronaves KC-130 e H-36. “Com este treinamento o Brasil entra no seleto grupo de países que possuem a capacidade de REVO com aeronaves de Asa Rotativas”, disse o Oficial.
FONTE: Força Aérea Brasileira
Com a saída do Hércules, do serviço ativo, no Brasil, o KC390 pode realizar esse tipo de abastecimento (helicópteros)?
Sim.
sim, que não vai fazer isso é os MRTT
E por que não?
Posso estar errado, mas acredito que margem de segurança entre a stall speed do A330-200, a velocidade ideal para o REVO com o helicóptero e a velocidade máxima do helicóptero.
Acredito que haja uma faixa ideal de velocidade e altitude para o REVO com helicópteros. Também acho que essa operação não seja feita na velocidade máxima do helicóptero. Então a margem de segurança deve ser mínima.
Entre tudo isso deve entrar a questão do design aerodinâmico do Tanker, visto que o KC-390 e o A330-200 são bem diferentes, inclusive o tamanho.
Talvez até possa mas a velocidade de aproximação do MRTT é de 150 nós e a máxima do EC725 de 175 nós. Talvez dê pra fazer reabastecimento em tobogã mas não achei nada no site da Airbus que mencionasse essa capacidade. Pode apenas não ser certificada ou mesmo não ser viável.
Tem também a questão dos vórtices, muito maiores em um MRTT.
Gilson,
Poderá quando forem feitos os voos de prova e realizarem a certificação.
Antes de se realizarem os testes para a qualificação da missão REVO no KC390, precisamos qualificar as tripulações de helicópteros da FAB nessa missão.
Há um erro nesse tipo de raciocínio: o que determina qual será a velocidade mínima de voo não é a sua propulsão e sim sua configuração aerodinâmica. O melhor exemplo p/ isso seria o bijato Boeing YC-14 que conseguia voar a 110km/h, o Antonov An-72 seria baseado em seu projeto.
Meu “sonho” é que o C-390 fizesse uso do efeito Coanda para otimizar pousos e decolagens, como o YC-14 que você citou. E, ainda, os motores ficariam mais altos em relação ao solo.
Toda vez que vemos algo que em tese é muito bom, mas não se populariza deve ser por algum ponto negativo considerável. Deixando claro que sou velho apaixonado pela Aviação, mas leigo, na minha humilde opinião pelo menos um dos problemas dessa configuração é ter um fluxo de ar bem aquecido no extradorso da asa, aumentando a temperatura do combustível ( ou até mesmo ter que eliminar o tanque dessa região, diminuindo a autonomia ) e exigindo uma escolha bem feita de materiais na construção desse trecho da asa, provavelmente encarecendo e aumentando peso. Assim vc tem que pesar todos… Read more »
Aos colegas que entende desses procedimentos: é muito mais arriscado o reabastacimento em voo em helicópteros do que em aviões de asas fixas??
Já via alguns vídeos do rotor cortando a mangueira.
Com certeza é mais arriscado. Primeiro e principalmente, a proximidade do rotor principal com a mangueira e cesta. Segundo, a pequena margem entre a menor velocidade possível do reabastecedor e a máxima do helicóptero.
Mas isso é perigo calculado. Reabastecimento de helicópteros é feito regularmente desde a Guerra do Vietnã.
Segunda Embraer sim.
Parabéns Fab! acabamos de entrar nos anos 70! uhulll
Parabens a todos os envolvidos neste projeto. São poucas Forças Aéreas no mundo condicionadas a este perigoso procedimento mas tão necessário diante de nosso grande TO.
Quando está prevista a certificação do KC390 para executar REVO com os H-36?
Pelo que me lembre a MB não possui H225 com essa capacidade instalada. Assim operações de resgate/salvamento em alto mar basicamente acaba ficando sob responsabilidade da FAB, certo? Não seria o caso de rever esta configuração?
Sempre tive uma curiosidade mas não tinha coragem de perguntar.
Pergunto aos especialistas:
O combustível repassado às aeronaves é só o dos tanques auxiliares ou estes auxiliares podem ser reabastecidos pelos tanques orgânicos do avião reabastecedor?
Antecipadamente agradeço a quem responder.
Olá João. Excelente pergunta. Não sei.
Acho que de ambos, não tenho certeza.
O MRTT de todos os tanques. No 390 não sei, mas como foi projetado desde o início como reabastecedor é provável que possa utilizar todos os tanques.
Ele pode também receber tanques adicionais no compartimento de carga quando opera somente em reabastecimento, aumentando o alcance ou a quantidade de combustível que será transferido.
Tem alguma imagem desse tanque no compartimento?
Depois de uma longa e exaustiva campanha de ensaios, é um bálsamo ver o sistema, finalmente, inserido nos exercícios regulares da aviação de asas rotativas da FAB!
Nossa parabéns a força aérea brasileira e também a todos profissionais envolvidos 🇧🇷🇧🇷🇧🇷