FAB auxilia na interceptação de embarcação que transportava drogas
Durante ação realizada nessa sexta-feira (29/04), aeronave P-3 AM Orion, da FAB, ajudou a interceptar embarcação suspeita
Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) ajudou a interceptar uma embarcação que navegava na costa, com suspeita de tráfico de drogas. A ação foi realizada na sexta-feira (29/04), pelo Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV), por meio da aeronave P-3 AM Orion, que decolou da Base Aérea de Santa Cruz (RJ), às 13h29, após a Marinha do Brasil (MB) ter solicitado o acionamento ao Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE).
A operação, que foi uma parceria conjunta entre o Ministério da Defesa – por meio da MB e da FAB – e a Polícia Federal, teve início na quinta-feira (28/04), quando o Navio-Patrulha Oceânico “Apa”, subordinado ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sudeste, desatracou da Base Naval do Rio de Janeiro e demandou um ponto de interceptação do rebocador de bandeira brasileira, a 220 milhas náuticas (aproximadamente 407 km) da costa.
Com a ajuda do P-3, da FAB, o rebocador foi interceptado na tarde da sexta-feira (29/04) e, após a abordagem, foi constatado que transportava uma carga de drogas. As sete pessoas que estavam a bordo foram presas em flagrante por tráfico de entorpecentes: cinco brasileiros, um espanhol e um francês.
Já neste domingo (01/05), após a atracação no Rio de Janeiro, tanto os presos quanto o rebocador e sua carga foram entregues à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, que está conduzindo as investigações.
FONTE: Força Aérea Brasileira
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O P-3 também tem atuado em missões ISR na fronteira sul. Acho que o substituto dele deveria ser o E195-E2.
Fazer um E2 com recheio no padrão do Poseidon… ficará interessante.
E bem caro….
De qualquer forma Rinaldo deixamos aqui nossos parabens aos amigos na FAB que atuaram na referida operação.
Mais que um P-3? Um P-8 ,então…Acho que a resposta é o custo-benefício.
Merece ao menos um estudo pelas FFAA,penso eu…Mas só acho.
Pois é Rinaldo, não existe arma barata. Está na hora da FAB e Embraer sentar e ver os requisitos de um novo avião de patrulha marítima e até mesmo ver o substituto dos E-99M. Que ganharam uma sobrevida de uns 10 anos.
A FAB é profissional e pragmática. Ela conhece suas necessidades e o que o mercado pode oferecer pra suprir. Uma parte do motivo do sucesso de algumas aeronaves Embraer foi a capacidade da FAB de elaborar requisitos e prover insights fundamentais para o desenvolvimento de aeronaves que entregam valor. Eles visualizam a aposentadoria E99, R99 e P3 no horizonte e sabem o tempo que leva um desenvolvimento então já devem estar estudando as soluções.
A FAB pensa em um sucessor?
Pensa que a MB deveria assumir essa missão… E, como já foi falado, um Hermes 900, armado, cumpre bem a missão.
É mesmo? Um país com uma costa enorme como a nossa você acha mesmo que Hermes 900 vá fazer um bom trabalho? Eu não sei de onde surge essas ideias malucas. A Austrália por exemplo, usa P-8 e RQ-4.
O uso do RQ-4 é idéia maluca?
De forma alguma. Mas lá continua tendo avião pra patrulha. Não sou contra a inovação, mas acho que ainda não está na hora da tarefa ser somente feita por drones. Abraço.
Comparar o RQ-4 com o Hermes é um ultraje.
Que seja. Confesso que não conheço as características do RQ-4.
Northrop Grumman RQ-4 Global Hawk é tão caro que nem os alemães seguiram em frente na compra,que dirá nós mantermos tais aeronaves…
Acho que é por isso mesmo que o Rinaldo mencionou que Hermes 900 seria adequado para cumprir a missão no Brasil. Quem falou inicialmente de RQ-4 foi outro comentarista, mencionando a Austrália. Aí um terceiro diz que estão comparando Hermes 900 com RQ-4, sendo que foi um comentarista quem falou de um, e outro que falou do outro… Gente, mais debate e menos treta, que o assunto é interessante. Lembrando que temos na Aviação de Patrulha um patrulheiro antissubmarino de qualidade comprovada, o P-3 (aqui na versão P-3AM) em um esquadrão, com maior custo de operação, e um esclarecedor de… Read more »
Perfeito Nunão.
Acho interessante este artigo: http://sistemasdearmas.com.br/ca/p29.html
O que pode dizer sobre a viabilidade e a eficácia deste projeto Sr. Nery?
Particularmente, acho uma bobagem. Um Hermes armado faz o mesmo (ou outro da categoria), com custo menor e autonomia infinitamentes maior. Lembrando que podemos controlá-los via satélite. O SGDC é nosso, controlado pelo Centro de Operações Espaciais (COPE), do COMAE, em Brasília.
Perfeito, obrigado Sr. Nery.
Mas será que as capacidades do Hermes são suficientes para uma guerra anti submarina?
Falei ESCLARECIMENTO MARÍTIMO, que é BEM diferente de guerra antisubmarina.
É por aí….
Apenas uma retratação pessoal: eu mencionei RQ-4, mas na verdade é o MQ-4C Utilizado pela RAAF em missões de vigilância e patrulha marítima.
Eu sou um dos que acredita que as missões de patrulha marítima e ASW deveriam passar pra marinha. A FAB deveria ficar com ELINT / SIGINT (aí nesse caso as 2 plataformas fariam) e IMINT, mas essa parte de fiscalizar embarcação deveria passar pra quem tem o poder da caneta para tal. Permaneceriam a demanda de aviões de imageamento, sinais e de busca visual (sensores são excelentes mas tudo se complementa, e podem estar indisponíveis) mas essa parte naval todas MB deveria assumir. No entanto, de onde virão os recursos? A MB não tem dinheiro nem pra tocar o subnuc… Read more »
Isso também me cheira a vendas para os não ricos.
Muito mais barato usar um drone para isso.
E195-E2 que gosto bastante não passaria de 5, ou seja, sairia muito caro.
Quantos países usam drone pra isso? Aviões continuam coexistindo.
Creio que coexistência seja a palavra chave nesse caso. Drones oferecem persistência e capilaridade a custos mais baixos mas não tem como oferecer ainda as mesmas capacidades. Penso que o futuro sejam drones compondo uma malha de vigilância com uma aeronave tripulada agindo como comando e controle deles.
P3 Sendo P3.
Sou um admirador desta aeronave. Pode falar o que quiser mas, tanto o P3 quanto o Hercules, tem sido aeronaves formidáveis e inacabáveis nas suas funções. Some-se a isso a alta confiabilidade da célula…
Um P3 armado com Harpoon é um argumento bem convincente…
Alguém entregou o barco, não mobilizariam tantos meios sem uma denuncia consistente de tráfico…
DEA
Se é que entendi a dinâmica da operação, foi inicialmente da PF, que solicitou apoio da MB, que por sua vez solicitou apoio da FAB.
Isso sim é Imposto bem utilizado
O tal rebocador vinha de onde ou ia para onde? Que história mal contada!
Não tem nada mal contado. Faltou ler mais a respeito em outras fontes. Saiu de São Francisco do Sul, SC, com proa da África.
Um radar OHT seria eficaz para esse tipo de atividade?
Provavelmente. Complementado por outros sensores, como satélites imageadores, por exemplo.
Brasil tem muito em que investir : novos vetores de Patrulha marítima em um futuro próximo,radar OTH e satélites espiões…
Em 2011 saiu uma matéria expondo que o sistema Jindalee australiano, provavelmente o mais avançado do mundo na categoria, foi incapaz de detectar qualquer um dos mais de 200 barcos de refugiados que chegaram à costa autraliana no período.
O sistema tem sido atualizado mas as informaçoes sobre a confiabilidade são escassas.
Do que se trata esse sistema?
OTHR australiano, considerado capaz de monitorar 37000 km2 e até 3000km de alcance, dependendo das condições atmosféricas.
https://www.dst.defence.gov.au/innovation/jindalee-operational-radar-network
Que interessante. Obrigado pelo link. Os EUA possuem antenas OTH em Puerto Rico, que enxergam bem nosso tráfego aéreo aqui no Brasil.