Hoje (05/04), comemora-se 50 anos de criação da Base Aérea de Anápolis.

A Organização Militar é oriunda da 1ª Ala de Defesa Aérea (ALADA), que deu origem também ao 1º Grupo de Defesa Aérea.

A Base Aérea de Anápolis foi a primeira base aérea brasileira planejada e construída especialmente para receber um tipo específico de avião, os caças de fabricação francesa, Mirage IIIE/D designados na Força Aérea Brasileira como F-103. A operação desses aviões exigia a construção de um base inteiramente nova e plenamente capacitada a operar aviões supersônicos.

Por questões estratégicas, foi decidido que a nova base seria construída nas proximidades de Brasília, e os F-103 destinados primordialmente à defesa da capital do país. Assim, após vários estudos (incluindo questões de tráfego aéreo e interferências de rádio) a escolha acabou recaindo sobre a cidade de Anápolis, situada a 160Km de Brasília.

Mirage IIIEBR – F-103E

A construção das instalações começou em 9 de fevereiro de 1970 e a base tornou-se operacional em 23 de agosto de 1972, com a conclusão da pista de pouso. Um nova unidade aérea, especialmente criada para operar os F-103, foi então ativada: a 1ª Ala de Defesa Aérea, ou 1ª ALADA.

Essa unidade foi desativada em 19 de abril de 1979 transferindo sua missão para o 1º Grupo de Defesa Aérea, 1º GDA, unidade responsável pela operação dos F-103 até 2005.

Em 2006 passou a operar os Dassault Mirage 2000 comprados usados da França em um lote de 12 aeronaves até 2013, quando passou a operar com caças F-5M modernizados.

A Base Aérea de Anápolis agora se prepara para o recebimento dos primeiros caças Saab F-39E Gripen.

A partir do ano 2000, a Base Aérea de Anápolis passou a abrigar também o 2º/6º GAv – Esquadrão Guardião, que opera com os avançados E-99 de alerta aéreo antecipado e R-99 de sensoriamento remoto.

Dijon Boys – grupo de oito pilotos que, nos anos 1970, foram encarregados de fazer o curso de pilotagem do caça francês Mirage III, na Base Aérea de Dijon, e implementação da aeronave na FAB

DIVULGAÇÃO: Força Aérea Brasileira

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Luiz Guilherme Calaç

Minha mãe fez parte dessa história. Por um breve período comandou o esquadrão de saúde da base. Parabéns BAAN.

Camargoer.

Olá Luiz. Que legal. Parabéns.

Silvano

Costumo negativar todo mundo, a rodo e de forma indiscriminada, sou uma espécie de B-52 da negativação.

Receba meu positivo nesta postagem.

Maurício.

Então você é um dos que negativa todo mundo? 😂

Camargoer.

Olá Silvano. Pelo menos lê as postagens?

Teixeira

Algum dos Dijon Boys está vivo? Lembro quando o Brig. Frota foi candidato a Presidente pelo PMN…

Dumont

A RFA fez uma matéria muito legal sobre os Dijon Boys, a estória que me fez mais rir foi quando o instrutor usou a gíria “donne de la gomme” na aproximação e o piloto brasileiro entendeu o contrário…

Solskhaer

Parabéns!

Camargoer.

Olá a todos. Imagino que com a entrada em operação dos F39, o esquadrão Jaguar perde a sua característica exclusiva de defesa aérea. Talvez seja o caso de mudar a sua designação, devendo adotar o padrão esquadrão/grupo das demais unidades aéreas da FAB. Aliás, que designação mais confusa, porque os grupos de aviação se misturam com as Alas, sem falar nos grupos específicos como o GTT, ETA, etc…

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é, Camargoer. Tradições são legais mas a as atuais designações (oriundas de divisões geográficas de comandos aéreos) perderam todo o sentido há muito tempo, com esquadrões que se mudaram para outras bases / alas, desativações etc. Fora que a mobilidade tira todo o sentido de designações geográficas – e as tradições dos nomes e números antigos podem ser sempre absorvidas por novos. Até ex-comandante Saito chegou a escrever artigo defendendo que era hora de mudar tudo isso. Quando da reestruturação em alas, anos atrás, achei que iam aproveitar mas não. O reequipamento atual dos principais esquadrões de transporte e… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Camargoer.

Olá Galante. Além de tudo isso que você falou, ainda é preciso unificar as códigos de aeronaves e equipamentos nas três forças.

Matheus

Camargo, qual código você está falando?

Last edited 2 anos atrás by Matheus
Leandro Costa

A ridícula diferença entre H-36, HM-4, UH-15…. todos eles são o mesmo helicóptero.

E detalhe, tive que dar uma pesquisada rápida para lembrar de todas essas designações para o EC725.

Camargoer.

Olá Matheus. Falo dos códigos das aeronaves… qual o sentido do AMX da FAB e do A4 da MB serem ambos A1? Qual o sentido da MB, da FAB e do EB terem códigos diferentes para o M225 ou para o Esquilo? Tem que simplificar e unificar

Carlos Crispim

Camargoer, é feito para criar dificuldade para vender facilidade, confundir o inimigo (hehehehe), pra que facilitar se vc pode dificultar? Vc já usou o Sisgcorp, sistema militar do EB para o cidadão comprar, registrar e obter o CR de arma de fogo no Brasil? É inacreditável o monte de asneiras sem sentido que inventaram, tudo pra justificar os milhõe$$$$$ despendidos num sistema canhestro, enrolado e imcompreensível. É uma aberração! Da primeira vez q usei levei 5 horas para conseguir o meu CR de CAC, pois tinha um marcador de tempo, igual a competição com cronógrafo, que depois de 15 minutos… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Carlos Crispim
Henrique

Pra mim o mais fácil é usar o nome dado pelo fabricante ou fazer como a RAF e usar um nome próprio, ex. Caracal, Grifo, etc.

Last edited 2 anos atrás by Henrique
Flanker

O AMX é A-1, e o A-4, na MB, é AF-1 .

Matheus

Concordo com você Nunão. A designação de esquadrões da FAB é muito estranha. Tá mais do que na hora de atualizar.

Camargoer.

OIá Nunão. Desculpa… por razões que são desconhecidas do meu consciente, achei que era uma mensagem do Galante… E vocẽ? Como está?

Nunão

Sem problemas, Poggio!

Tudo bem por aqui, e vc?

Last edited 2 anos atrás by Nunão
Camargoer.

Olá Nunão. Estamos bem… torcendo para o PN me convidar para acompanhar a cerimônia de entrega do S40.

Rodrigo v freire

Futura casa dos gripens. Alguém sabe quando os gripens que chegaram nesse final de semana irão para Gavião Peixoto?? Na última vez foi uns dois dias depois. Estou na expectativa de ver os dois decolarem juntos rsrs

Henrique

Tão falando que é nessa quinta, mas sem horário confirmado

Renz

Parabéns a BAAN também faço parte dessa história (visito a Base todos os anos nos portões abertos a uns 30 anos ahaha.) Pena os últimos anos não abrir por conta da pandemia..

Ficou muito bacana essa bolacha comemorativa, Mirage III (A lenda) e agora os E-99, KC-390 e Gripen, espetacular!

Henrique

Na compra de um segundo lote de gripens qual outra base pode vir a ser uma segunda “Anápolis”?

Rodrigo

Base Aérea de Santa Cruz (RJ).
Fonte: Chute.

Camargoer.

Olá Henrique. Posso estar enganado, mas creio que o Pampa será o segundo esquadrão a receber o F39 (depois do Jaguar). Santa Cruz ficaria com os F5M remanescentes até receber os F39 do segundo lote.

BK117

Também acho que é Canoas. Se você parar pra pensar, não tem muito na área de Santa Cruz que demande o caça mais moderno da Força Aérea e da América Latina (se comprasse RBS-15, aí sim). F5 dá conta por enquanto.

Rodrigo M

“não tem muito na área de Santa Cruz que demande o caça mais moderno da Força Aérea”

Se a área mais populosa e principal eixo da economia do país (SP-RJ) não é muito, o que seria então??

737-800RJ

Nos arredores de Santa Cruz há muita coisa pra se defender: a megalópole Rio-São Paulo, quase 70 milhões de habitantes, Angra 1 e 2, nossa base de submarinos que fica ao lado, várias fábricas da base industrial de defesa, os portos do Rio e de Santos, Galeão, Guarulhos, Congonhas e Santos Dumont…
O Jambock mais do que merece um punhado de Gripens!

Last edited 2 anos atrás by 737-800RJ
Adriano Luchiari

Você está certo, além do que na região estão os principais meios da esquadra a serem defendidos (em Mocanguê, Ilha das Cobras e Itaguaí)

BK117

Com certeza tem o que se defender nessa importante região, não foi isso que eu disse. Quando digo “não tem muito”, leia-se “não há muitas ameaças”. Onde precisaria mais de um caça como o Gripen neste momento, com poucas unidades? Em Canoas, próximo da fronteira com vários países, ou no Rio, cercado por terras nacionais e oceano? Para sofrer um ataque aéreo com caças modernos na cidade, ou viria do Sul, do Oeste ou do Norte, área compreendida entre Anápolis e Canoas, ou do mar, o que, a não ser que haja um porta-aviões, é muito improvável. As principais ameaças… Read more »

Nunão

Camargoer, No planejamento divulgado há alguns anos, os primeiros 36 serão concentrados em Anápolis (Ala 2), mobiliando o Jaguar e o Adelphi, este último a ser reativado na Ala 2 (foi desativado na década passada). Se após o recebimento dos 36 aviões uma parte será realocada para um terceiro esquadrão ou se novas unidades só receberão quando vier outro lote, não sei ainda. Mas se levar em conta que um segundo lote será de 30 aeronaves e que há outros três esquadrões de jatos de combate pra reequipar (Jambock, Pampa com F-5M e ao menos um dos equipados com A-1M),… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Nunão
Tallguiese

Essa foto ficou irada. Não sabia que a FAB fazia elephant whalk. Podia fazer mais fotos assim. Show….

Rinaldo Nery

Foi um vôo de 16 aeronaves em 1999. O cmt era o Perez 72.

Clésio Luiz

O piloto de uniforme escuro, o mais a direita na foto, é um piloto francês, cujo nome me foge da memória agora. Ele participou do treinamento dos brasileiros na França e foi o piloto que fez o voo de verificação, no Brasil, de todos os Mirage recebidos no primeiro lote, pois vieram desmontados.

Me parece que essa foto foi feita já em Anápolis.

Maurício.

O segundo piloto brasileiro da esquerda para a direita, se não estou enganado ficou com a coluna meio detonada depois de um dos vôos de Mirage na França, eu tenho a reportagem em uma RFA antiga mas não lembro muito bem do ocorrido.

Clésio Luiz

Eu tenho essa RFA também. Uma das melhores matérias que eles já publicaram.

Marco

Mauricio Sim o então Maj. Ronald Jaeckel. Ele atravessou a esteira de turbulência durante um combate aéreo simulado e chegou correr risco de ser desligado do curso. Posteriormente, se não me engano, comandou a ALADA aqui no Brasil.

Marco

Clésio é o Capitão Chateau.Sim esta foto foi feita em Anapolis em 1973.

Antonio Moura

Tive a oportunidade de servir 30 anos nesta unidade.
Trabalhei nos saudosos mirage III, até sua desativação.

Fabiano Souza

Um desses Mirages III está “espetado” aqui em Salvador, BA. rsrsrs

Filipe Prestes

A literalmente apodrecendo devido á umidade, salitre e falta de cuidado. E tem outro tb a alguns metros daqui de casa em Ondina.

Thiago

Seu texto foi muito bacana!! Gostei!! O velho Mirage ainda desperta muita admiração. Para quem não conhece, no trevo da base aérea há uma Mirage “espetado” e todos os dias há alguém parado lá tirando fotos, seja um selfie ou fotos em família, de motoqueiros a caminhoneiros de passagem, sempre há alguém admirando a bela aeronave de asas delta. Para nós que somos de Anápolis, o Mirage faz parte da nossa Cultura e de nosso dia a dia. Não há como escapar são 3 espetados. Sendo um no centro da cidade, outro na vila dos Sargentos e outro no trevo… Read more »

Tutor

Belas imagens. Parabéns a 1ª Ala e seus membros!
E meu repúdio aos nossos líderes que nunca deram mínima à defesa nacional. Se tivemos lideranças sérias, com projeto de estado ao invés de projetos de governos, poderíamos ter umas 10 alas com no mínimo caças de 4,5ª geração. Isso só falando dos ares, mar e terra também poderiam estar muito, mas, muito a frente do que estão.
Desculpem, saí do foco da matéria. Parabéns a 1ª Ala novamente!

Camargoer.

Caro Tutor. Os problemas mais graves das forças armadas brasileiras são estruturais e são de responsabilidade das próprias forças armadas. Sem tirar a parcela de culpa dos governantes e políticos, quando dizemos que os problemas das forças armadas brasileiras são apenas por causa do descaso das autoridades civis, passamos a impressão que os militares brasileiros são vítimas de um sistema. Ao contrário. Eles são os principais responsáveis pela existência de forças anacrônicas, perdulárias, mal preparadas e mal equipadas.

Nemo

Gostei do seu texto texto, parabéns. Quanto à localização da base achei estrategicamente correta a escolha por Anápolis graças a sua posição geográfica no centro do país, o que facilita o deslocamento para áreas que necessitem desse apoio. Quando tivermos aviões suficientes eu gostaria de ver uma base no nordeste.
Sds

Nunão

Nemo,
Bases no Nordeste já existem e são usadas há muito tempo, e uma delas se destaca, Natal. A meu ver seria uma ótima candidata para realocar um dos esquadrões de jatos de combate atuais, eventualmente reequipado com o Gripen.

Fabio

Saudade dos Mirrages III fazendo rasante sobre a base.

Rodrigo

E como.. Eu sou de Anápolis e tenho saudade dos anos 80 quando era corriqueiro os Mirage III voarem supersônicos sobre a cidade.
Depois do boom sônico eu corria para ver aquele pontinho bem alto com um rastro de condensação característico.
Bons tempos..

Fabio

Verdade

Luiz Trindade

Quando será que veremos Anápolis cheio de caças de novo com o Gripen?!?

Soares

Minha turma foi a pioneira em tudo pois foi escolhida na EEAer em dez 71 e fomos os primeiros da turma escolhida especialmente para esta finalidade.

Nildo Naves

Em 1º de agosto de 1988, estava eu lá incorporado ao efetivo da BAAN. Muitas alegrias que foi incentivo para eu ficar 30 anos na FAB.

gerson vaz

bom dia rapazeada alguem saberia me dizer se tem como eu comseguir uma carona em uma aeronave da base aeria de anapolis.go para Aracaju..
tenho q buscar uma camionete la fundiu o motor no caminho…..

Jose Silva

Senhores,
No mês de setembro vai ter portões aberto Base aérea de Anápolis?