Israel dizima frota de drones iranianos em ataque aéreo em fevereiro dentro do Irã

Foi dito que o ataque destruiu centenas de drones perto de Kermanshah, provocando o disparo de mísseis de vingança desta semana na base do Iraque que supostamente lançou a missão de destruição de UAV

Um ataque de UAV em meados de fevereiro supostamente causou grandes danos à frota de drones do Irã, levando o Irã a disparar mísseis esta semana em um local no Iraque que afirma ser uma base de inteligência israelense.

Centenas de drones foram destruídos no ataque a uma base aérea perto de Kermanshah, no oeste do Irã, informou o Haaretz na terça-feira (15/3), sem citar fontes para a extensão dos danos.

Embora Israel tenha reconhecido que tem como alvo as bases das forças iranianas e grupos terroristas aliados na Síria, bem como carregamentos de armas que se acredita serem destinados a grupos apoiados pelo Irã na região – e acredita-se que tenha realizado ações secretas dentro do Irã – um ataque aéreo em território iraniano seria muito incomum.

Autoridades de Teerã culparam Israel pelo ataque, embora nenhum país tenha feito qualquer menção ao incidente até esta semana. Israel não comentou nada sobre o suposto ataque.

Na noite de domingo, a estação de televisão libanesa Al Mayadeen, ligada ao grupo terrorista Hezbollah, apoiado pelo Irã, noticiou pela primeira vez o ataque de Kermanshah.

Citando “fontes confiáveis”, disse que seis drones participaram do ataque e alegou que foram lançados do Curdistão iraquiano.

A estação disse que foi por causa do ataque de drones que o Irã disparou mísseis em um local perto do consulado dos EUA em Erbil durante a noite de sábado (12/3). O Irã disse que o alvo dos mísseis era um local usado pela inteligência israelense e, segundo Al Mayadeen, foi de lá que o ataque de drone de fevereiro foi lançado.

A reportagem libanesa também afirmou que como resultado do ataque com mísseis em Erbil, quatro oficiais israelenses foram mortos e mais sete ficaram feridos, quatro dos quais estavam em estado crítico.

O Departamento de Estado dos EUA condenou o ataque, que atingiu perto de um grande consulado americano, e as autoridades curdas negaram que a área estivesse sendo usada por Israel.

Israel alertou repetidamente que os drones iranianos são uma ameaça significativa para a região – especialmente por causa dos proxies armados de Teerã estacionados ao longo das fronteiras de Israel. Oficiais militares disseram na semana passada que o “terror de UAV” do Irã é uma questão nova e global, acusando Teerã de atacar diretamente alvos militares e civis no Oriente Médio.

A IDF também publicou imagens do que disse serem interceptações de drones iranianos.

Acredita-se que o momento da publicação do IDF esteja relacionado às negociações nucleares em andamento e supostamente quase concluídas em Viena.

Negociadores de todos os lados sinalizaram nos últimos dias que um possível acordo para reviver o acordo, conhecido formalmente como Joint Comprehensive Plan of Action, está próximo. Israel destacou o fato de que o acordo nuclear emergente não aborda a questão dos drones.

A IDF acredita que o Irã está tentando armar todos os seus proxies na região – na Síria, Líbano, Iraque e Iêmen – com centenas e até milhares de UAVs, além de fornecer treinamento militar.

Oficiais militares dizem que a IDF está sempre em alerta total para proteger os céus de Israel dos drones. No entanto, no mês passado, as defesas aéreas israelenses não conseguiram derrubar um pequeno drone que entrou no país do Líbano, que o Hezbollah reivindicou a responsabilidade pelo lançamento.

Uma série de incidentes nos últimos meses indicam uma escalada no conflito sombrio entre Israel e Irã.

Um ataque cibernético na segunda-feira derrubou sites do governo israelense por mais de uma hora na noite de segunda-feira. Autoridades israelenses não disseram imediatamente quem estava por trás do ataque, mas alguns relatos da mídia foram rápidos em apontar o dedo para o Irã.

Isso ocorreu quando a televisão estatal iraniana informou que a Guarda Revolucionária paramilitar prendeu membros de uma “rede” trabalhando para Israel que planejava sabotar a principal instalação nuclear subterrânea do Irã em Fordo.