CNN: Rússia quer comprar drones da China. Embaixada nega

A Rússia pediu à China assistência militar, incluindo drones, enquanto continua sua invasão à Ucrânia, disse um alto funcionário dos EUA à CNN.

A assistência potencial dos chineses seria um desenvolvimento significativo na invasão da Rússia e poderia derrubar o domínio que as forças ucranianas ainda têm no país.

Quando perguntado pela CNN sobre a reportagem do pedido de ajuda militar da Rússia, Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa nos EUA, disse em comunicado: “Nunca ouvi falar disso”.

Liu expressou preocupação com “a situação da Ucrânia” – chamando-a de “realmente desconcertante” – e disse que a China tem e continuará a fornecer assistência humanitária à Ucrânia.

Liu disse: “A alta prioridade agora é evitar que a situação tensa se agrave ou até fique fora de controle. … A China pede o máximo de contenção e prevenção de uma crise humanitária massiva”.

A embaixada russa nos EUA não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CNN.

A notícia do pedido da Rússia chega antes que o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca Jake Sullivan se encontre com seu colega chinês, Yang Jiechi, em Roma na segunda-feira, como parte de uma conversa de acompanhamento com o presidente Joe Biden e a reunião virtual do presidente chinês Xi Jinping em novembro passado , segundo à porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Emily Horne.

Sullivan disse a Dana Bash no “Estado da União” da CNN no domingo que a China fornecer apoio à Rússia é uma “preocupação”.

“Também estamos observando atentamente para ver até que ponto a China realmente fornece qualquer forma de apoio, apoio material ou econômico, à Rússia. É uma preocupação nossa. E comunicamos a Pequim que não ficaremos parados e permitir que qualquer país compense a Rússia por suas perdas com as sanções econômicas”, disse Sullivan.

Autoridades dos EUA, incluindo a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, têm criticado cada vez mais a resposta de Pequim à guerra da Rússia na Ucrânia. Embora Pequim tenha aparentemente tentado adotar um tom neutro no cenário internacional, a cobertura da mídia doméstica chinesa promoveu campanhas de desinformação russas e descreveu a guerra como uma “operação militar especial”. Psaki também twittou na quarta-feira que Pequim ” aparentemente endossou ” as falsas alegações russas de que os EUA estão desenvolvendo armas químicas na Ucrânia.

“Nossa avaliação agora é que (a China está) cumprindo os requisitos que foram estabelecidos, mas continuaríamos a encorajar qualquer país a pensar muito sobre o lugar que eles querem – que papel eles querem desempenhar – na história quando todos olhamos para trás”, disse Psaki durante uma entrevista coletiva na quarta-feira.

Sullivan disse a Bash no domingo que os EUA deixaram claro a Pequim que haverá “absolutamente consequências” para os esforços de “grande escala” para dar ao Kremlin uma solução alternativa para as sanções dos EUA.

“Não permitiremos que isso avance e que haja uma tábua de salvação para a Rússia dessas sanções econômicas de qualquer país em qualquer lugar do mundo”, disse ele.

Ainda assim, Sullivan disse que, embora os EUA acreditem que “a China, de fato, estava ciente antes da invasão que Vladimir Putin estava planejando algo, eles podem não ter entendido toda a extensão disso”.

“Porque é muito possível que Putin tenha mentido para eles da mesma forma que mentiu para europeus e outros”, disse Sullivan a Bash.

Ameaça de escalada nuclear

Enquanto isso, Sullivan disse à CNN no domingo que, embora o governo Biden esteja “preocupado com a possibilidade de escalada”, com relação à postura nuclear de Putin, “não vimos nada que exija que mudemos nossa postura nuclear neste momento”.
“Estamos observando isso de perto e, obviamente, o risco de escalada com uma energia nuclear é grave, e é um tipo de conflito diferente de outros conflitos que o povo americano viu ao longo dos anos”, disse ele no “Estado da União”. .”

FONTE: CNN