COMBATES AÉREOS: Caças F-14 dos EUA versus Su-22 da Líbia sobre o Golfo de Sidra, em 1981
Em 19 de agosto de 1981, dois jatos Sukhoi Su-22 Fitter da Força Aérea Líbia são abatidos por F-14 Tomcats da Marinha dos EUA no Golfo de Sidra
Em 1973, em resposta à Líbia ter reivindicado o Golfo de Sidra abaixo de 32° 30′ N como suas águas territoriais, a Marinha dos Estados Unidos começou a conduzir patrulhas de Liberdade de Navegação na região, pois as reivindicações da Líbia não eram reconhecidas pelo Direito Internacional. Essas patrulhas FON foram intensificadas após a eleição de Ronald Reagan e, em agosto de 1981, dois porta-aviões foram despachados para o Golfo.
Os líbios responderam desdobrando um grande número de caças MiG-23, MiG-25, Su-22 e Mirage F1s para bases na costa da Líbia e, em seguida, voando missões sobre suas águas reivindicadas. Aviões da Marinha dos EUA realizaram missões de interceptação conforme a situação começou a piorar, incluindo o lançamento de um míssil ar-ar por um jato da Líbia no dia 18 de agosto.
No dia 19, uma aeronave embarcada S-3 Viking voava deliberadamente em uma rota sobre o território disputado, tentando provocar uma reação dos líbios. Dois jatos Su-22 Fitter foram despachados para interceptar o S-3.
Dois F-14 Tomcats foram acionados para interceptar os Su-22s e, quando eles passaram um pelo outro, os jatos líbios dispararam um míssil contra os americanos, mas erraram.
Quando os jatos da Líbia tentavam desengajar, os F-14s viraram e avançaram atrás dos Su-22s, cada um disparando um único AIM-9 Sidewinder, ambos atingindo seus respectivos alvos. Os pilotos líbios foram vistos ejetando.
Apesar disso, o governo líbio não desistiu de sua reivindicação sobre o Golfo e outros incidentes aconteceriam em 1986 e 1989.
O combate
Em 19 de agosto, dois caças Grumman F-14 Tomcat do esquadrão de caça VF-41 Black Aces, baseados no navio-aeródromo USS Nimitz, voavam numa PAC (Patrulha Aérea de Combate) em formação de combate, afastados 3.000m um do outro, com o ala voando 2.000m mais alto.
Num dado momento, detectaram dois sinais não identificados no radar. O líder da formação avistou os estranhos a 12km de distância e virou-se imediatamente para interceptá-los.
Pouco depois, a distância entre os aviões americanos e líbios tinha diminuído para perto de 5km, quando os intrusos foram identificados visualmente com segurança como caças-bombardeiros de fabricação soviética Sukhoi Su-22 “Fitter”, da Força Aérea Líbia.
Nos segundos seguintes, os pilotos americanos viram o líder líbio disparar um míssil AA-2 “Atoll” guiado por infravermelho contra eles. Pelas regras de engajamento, os Sukhoi passaram a ser considerados como hostis e os Tomcat ficaram livres para combater, sem pedir permissão ao comando.
Depois que o líder líbio disparou o míssil, os dois Su-22 partiram em direções diferentes para tentar evitar os F-14. Kleeman, o comandante do elemento, perseguiu o avião da esquerda e seu ala, Muczynski, atacava o da direita.
Enquanto o ala líbio subia e se inclinava para começar a girar, seu líder girava brutalmente para completar 180 graus. Kleeman tinha previsto essa manobra e colocou-se na cauda do Sukhoi, a uma distância de 1.400m, enquanto Muczynski perseguia o líder.
Kleeman travou no alvo e lançou contra ele um míssil AIM-9L Sidewinder, destruindo o Sukhoi. O piloto líbio se ejetou. Muczynski fez o mesmo poucos segundos depois, mas o paraquedas do piloto do avião que ele derrubou não abriu.
O fato de deixar um grande afastamento entre os dois F-14 Tomcat, impediu o inimigo de avistar ambos ao mesmo tempo, contrastando bastante com a formação fechada e taticamente ineficaz dos líbios.
Embora o F-14 não tenha sido projetado para “dogfight”, o treinamento recebido pelos pilotos da Marinha na escola Top Gun os capacitou a superar o inimigo em aeronaves menores e potencialmente mais manobráveis que eles.
Quem é fã do F-14 Tomcat, pode comprar a caneca e a camiseta do avião na nossa lojinha online defesastore.com.br.
F14 nunca perdeu um único combate contra equipamento de origem russa.
Seria porque nunca enfrentou equipamento russo de primeira linha com pilotos bem treinados?
Será que derrotaria um Su-27?
Contra um Su-35 teria poucas chances.
Caro Antonio Kings, na época a realidade do F-14 era contra os MIG-21, MIG-23 e MIG-27 Quando surgiu o SU-27 o F-14 já estava de saída. E o Su-27, mais manobrável, mas na época não sei se a manobrabilidade maior daria cabo dos AIM-54C Phoenix.
Prezado Nick.
Concordo em todos os sentidos.
SDS
Também acho que a qualidade dos pilotos tem muito a ver. Mesmo que os Su-22 fossem hipoiéticamente inferiores, não se justifica derrotas tão acachapantes tendo tido eles as iniciativas de ataque. Supõem-se pois que a qualidade de treinamento dos líbios nã fosse doo mesmo nível da dos borte-americanos.
É exatamente o meu ponto de vista.
Ao contrário do que se poderia esperar, em agosto de 1980 a LAAF estava sob o comando de um oficial treinado pelos Estados Unidos. O Coronel Salleh Abdullah Salleh pilotou helicópteros CH-47 Chinook que a Líbia adquiriu da Itália. Da mesma forma, a maioria de seus principais oficiais foi treinada nos Estados Unidos e na França. Eles costumavam voar F-5s que a LAAF adquiriu dos Estados Unidos em 1966 ou Mirage 5s que comprou da França em 1969. Embora a Líbia tenha feito grandes encomendas de MiG-23s, MiG-25s e Su-22s na década de 1970, a maioria dos pilotos desses tipos treinou na… Read more »
Pô Matheus, podia pelo menos avisar que o seu post foi uma tradução de um artigo do site War is Boring.
https://warisboring.com/the-libyans-describe-a-different-version-of-their-1981-battle-with-the-u-s-navy/
Basta pedir a fonte que eu posto sem problema nenhum.
Eu sei que posta. O que me deixou um tanto encucado nesse caso é que foi uma tradução sua palavra por palavra. Não havia nada de Matheus no post. Nesses casos a gente cita, diz quem é o autor e diz que concorda com eles. Só achei estranho você ter feito isso.
E eu não estou discordando da fonte em si.
Eu geralmente faço isso, quando não tenho nada a acrescentar.
Por exemplo, olha aqui artigos que usam o mesmo livro como fonte:
https://theaviationgeekclub.com/the-day-gaddafis-su-22s-claimed-to-have-shot-down-a-us-navy-f-14-and-a-libyan-fitter-pilot-became-a-tomcat-killer/
https://theaviationgeekclub.com/vf-41-black-aces-f-14-tomcat-crew-members-who-took-part-in-gulf-of-sidra-incident-recall-the-shooting-down-of-gaddafi-sukhoi-su-22m-fitter-fighter-bombers/
Quando se escreve usando artigos inteiros ou trechos deles, se usa os mesmos entre aspas, para evidenciar que é uma citação à escrita de outra pessoa. Ou se coloca a fonte no final. Quando li seu comentário, pensei que era uma “escrita” sua.
Ao analisarmos as manobras praticamente os líbios deram a calda para os americanos , que bizarro ! ou a historia do míssil disparado e falsa só tem essa explicação quem dispararia um míssil e fugiria da forma que tentaram dando a calda ao inimigo duas opções ou eram completos idiotas ou não atacaram os americanos
E se fosse um F-15 ? E se fosse um F-22 ?
La vem o chororó ! Heheh
Kings… Torcedor do Corinthians iria falar bem do Palmeiras ? Disfarça um pouco a sua torcida russa… Ninguém vai ter levar a serio assim. Kkk
Tem de ter jogo de Primeira Divisão, né?
SDS
Se os nossos f5 com todo o apoio de awacs radares etc etc derrubassem uns su30 da Venezuela desdentado e sem apoio nenhum etc etc, os especialistas aqui diriam que os su30 são lixos etc etc.
Se os su30 da Venezuela ficassem com um score negativo frente aos nossos f5, ficaria demonstrado que são apenas propaganda e na prática seriam lixo mesmo.
Naquelas condições que eu descrevi acima eu apostaria todas as fichas nos nossos f5,mas é difícil de entender né o que eu quis dizer fazer oq.
Eu entendi perfeitamente. Você aposta em um caça de 3 geração armado com um míssil Derby frente ao “poderoso” su30 e seu “magnífico” R-77, achando que o R99 faria toda a diferença.
Aqui na trilogia houve uma simulação desse combate. Você poderia acrescentar um pouco de informação a sua opinião procurando esse artigo…
Você entendeu um pouco mas só um pouquinho kkk
Pelo visto foi proporcional a quantidade de informação que você tem…
Ronilson
Exatamente
É lógico que todo aparato militar dos EUA farão a diferença contra um pequeno País que era e é a Líbia.
Ninguém nunca enfrentou equipamentos Russos-soviéticos de 1 linha. Sempre vendem a 3 ou 4 linha e quando entregam são completamente incapazes de prover treinamento para os operadores.
Agora, na Síria, fizeram ainda pior: venderam o 3 linha s300, entregaram na Síria, mas não deixam os sírios operarem…
Mas temos de lembrar que não havia NADA do nível do F-14 no arsenal Soviético na época da entrada em serviço do F-14A (que tinha graves falhas de motor, aliás). Sendo o seu “inimigo” mais próximo o MiG 25 PD, que era bem capaz de combate BVR contra ele, mas incapaz no Dogfight. Em 1982 o MiG 29 só foi incorporado em serviço em 1983, e em sua versão A tinha pequena autonomia e era muito bom só no combate aproximado com seus revolucionários R-73 (muito superior ao AIM-9L) com sua mira em capacete. PORTANTO . . . o F-14A,… Read more »
Um foi abatido por um Mirage F1 do Iraque na guerra contra o Iran
Negativo. Durante a Desert Storm um único F14 foi abatido por um missel terra-ar. Foi a unica F14 perdido para fogo inimigo na historia. E houveram varios relatos de aeronaves inimigas abatidas por outras aeronaves enquanto fugiam dos Tomcats e vetores duvidaveis dos E-3 oferecendo alvos para outras forças da coalisão enquanto Tomcats estavam mais perto deles.
Aprenda a interpretar, e a ler até o final: “Mirage F1 do Iraque na guerra contra o Iran” (1980-1988) Não foi somente os EUA que tiveram F-14. Ademais, o quê seria um “missel” ??
Mirage F-1 é francês. Não é russo ou soviético.
vá plantar batata !
Acusou o golpe…
Sua resposta anterior foi ao Jagdverband#44, onde este dizia que o F-14 nunca perdeu para equipamwnto de origem russa. Você respondeu a ele dizendo que um Mirage F-1 havia abatido um F-14. Logo, eu disse que o F-1 não é russo e, portanto, o Jagdverband#44 estava correto. O que você não entendeu disso tudo para dar chilique desse jeito??
Mirage F1 é/foi soviético?
Pensei que as tropas de Stalin haviam parado em Berlin.
2 abatidos por mig21 e um por mig23 na guerra Irã x Iraque. Mas fizeram mais de 120 abates nessa guerra, sem nenhum suporte do fabricante.
Os russos-sovieticos estavam equilibrados com o ocidente, até a 3gen. De 4geb em diante, correram atrás…
Perdeu sim, na Guerra Ira-Iraque ha relatos de F-14 nao apenas abatidos por Mig-25, como Mig-23 e ate mesmo……por Mirage F1!
A forma como esse combate se desenrolou lembra muito o combate de 1° de maio de 1982 nas Falklands, com os Mirage IIIEA argentinos rumando para o combate com a mesma formação fechada, e sofrendo as mesmas consequências.
Os argentinos usaram a mesma formação que os líbios. Os pilotos ingleses nem acreditaram, quando viram.
E usar Su-22 para combate aéreo também não foi uma decisão feliz.
Usar o Su-22 não era uma questão de escolha, mas sim de necessidade. A LAAF não teve escolha a não ser embarcar dois Su-22Ms da base aérea mais próxima, Ghurdabiyah e era uma das poucas aeronaves que estavam em condições de prontidão, após daquela incursão de 70 aeronaves da LAAF que estavam tentando encontrar os PAs americanos.
Na Guerra Irã Iraque os F-14 mudaram o curso do conflito a favor do Irã. Foram um presente dos americanos ao Xá, o monarca fantoche americanófilo que governava o Irã e foi deposto pelos Aiatolás na “Revolução Islâmica”. Os “Persian Cats” destruíram 50 caças iraquianos nos primeiros 6 meses da guerra. Os franceses tiveram que vender Mirages à crédito pro Saddam no meio da guerra devido a devastação causada pelos F-14 na força aérea iraquiana.
Nessa guerra os persas utilizaram os F-4 Phantoms para atacar um reator nuclear iraquiano. Os israelenses copiaram a ideia posteriormente contra o mesmo reator no Iraque e outro na Síria.
Prezado sub urbano
Muito desses combates aéreos depende da habilidade dos pilotos, além da qualidade do equipamento.
O texto diz que os líbios atiraram primeiro e erraram.
Será se fosse um Sukhoi mais moderno pilotado por russos o F-14 teria chance se alvejado primeiro?
Nunca saberemos.
Abates x abatidos !
F-14 Tomcat: 135-4
F-15 Eagle: 104-0
F-16 Falcon: 76-1
Fonte: MIGflug
OBS: Pode botar a margem de erro que quiser… A superioridade ainda será enorme.
São diversas as variáveis ao analisar um conflito, no geral esses abates sempre foram em combates em desiguais condições tanto a nível de equipamento quanto em treinamento.
Comparação sem fundamento. Comparando coisas incomparáveis. Nessa época aí, o Mig-29 era apenas uma versão inicial começando as suas entregas, o mesmo acontecendo com o Su-27. Quando versões bem equipadas e com capacidade real de combate dos caças soviéticos citados entraram em serviço, o F-14 já estava em seu curso final, a caminho da desativação. Entretanto, talvez os caças russo/soviéticos citados, em suas versões completas, tivessem vantagem em dogfight contra o F-14 (feito para interceptar bombardeiros soviéticos durante a guerra fria). Entretanto, em combate BVR o caça dos EUA teria uma vantagem gigantesca na forma do AIM-54 Phoenix.
Vc pode ter razão
Mas também devemos considerar que o Su-22, à época, já era ultrapassado.
Ainda mais se considerarmos todo o aparato bélico americano (satélites, AWACs e etc.) contra um pequeno País.
Em tempo.
A colocação seria uma equivalência entre um confronto entre um antiquado Su-22 e um então atual F-14 (como ocorreu) com um hipotético embate, no futuro, entre um Su-35 que seria atual com um já defasado F-14.
Para essa tua hipótese ter algum ponto de realidade, mantendo as diferenças entre Su-22 e F-14, você deveria colocar um hipotético embate entre Su-57 em sua versão completa e operacional contra o F-14.
É uma comparação bem esdrúxula. O F-14 foi aposentado no USN em 2006 e o Su-35 foi introduzido ao serviço na Força Aérea Russa em 2009 em números limitadíssimos. O Su-35 é eletrônicamente muito mais capaz do que o F-14, mas ainda assim um F-14D teria chances em um cenário BVR se o piloto Russo fosse mal treinado, por exemplo. O RCS de ambos é astronômico e a distância divulgada dos radares de ambos é relativamente parecida. Então dependendo do suporte em volta a coisa pode ficar complicada para qualquer um deles, mesmo que o Su-35 tenha a vantagem. No… Read more »
Parei de ler no “astronômico”. Consequentemente, perdi o “a distância divulgada dos radares de ambos é relativamente parecida”.
Todas as fontes líbias disponíveis enfatizam um fato repetidas vezes. Todos os pilotos líbios lutaram para interceptar os caças da Marinha dos EUA que operavam ao longo e sobre o Golfo de Sidra em 18 e 19 de agosto de 1981, receberam ordens claras e específicas para abrir fogo contra qualquer um dos intrusos. Da mesma forma, não há dúvida de que al-Zintani não se enganou nem atirou acidentalmente ao lançar seu R-13M. Ele abriu fogo no F-14 que viu se aproximando dele(aeronave de Kleeman), sem esperar que seu míssil R-13M obtenha um lock-on necessário para rastrear seu alvo. Mesmo se o míssil obtivesse um… Read more »
Pois é e eu geralmente acredito nas fontes do Tom Cooper. Mas há de se perguntar por que ele disparou quando simplesmente não havia qualquer chance de acerto? O mesmo artigo que traduziu diz o seguinte: “In fact, several of the Libyan formations scrambled with clear orders to shoot down the intruders. They just never came into a position to open fire. The Americans jammed their radios and out-maneuvered them in the air.” Ter um ‘good tone’ não significa nem de longe que o míssil está dentro do envelope de lançamento. Se TODOS os outros aviões enviados para interceptar os… Read more »
Pois é. Como responder à essa indagação? Não temos como afirmar qualquer coisa com relação ao posicionamento do piloto, já que o mesmo não deu descrições de porque agiu do modo como agiu. Sendo assim, afirmar que o piloto líbio lançou o míssil acidentalmente ou que não era treinado adequadamente é uma afirmação precipitada. Embora eu me inclino a concordar de que o treinamento da LAAF não era adequado, mas isso em si não é uma prova de sua afirmação. Existem muitos motivos para tal reação. Uma delas é de que a visão do TO por parte dos líbios era… Read more »
Como já te respondi mais abaixo, nesse caso em discussão, o combate em si não demandou parafernália e aparato nenhum, além das 4 aeronaves, duas de cada lado, em um enfrentento de curta distância. Para esse tipo de combate, não se precisa de satélite, AWACS, etc. É só avião x avião, míssil x míssil e piloto x piloto.
Abate…Não há como comparar Su-22 com F-14 como caças.
Pareceu mais caça ao peru.
Ou suicídio (do ponto de vista dos pilotos líbios).
Só não foi nas Marianas.
Sem contar toda a parafernália de apoio que os americanos tinham e que certamente os líbios não possuíam.
O combate em si não precisou de parafernália nenhuma. Foi um dogfight.
O FON desse dia estava coberto por dois E-2Cs, 6 F-14s, S-3s e KA-6D.
O KA-6D encheu o tanque dos 2 Tomcats que atuaram na linha de frente mais ao sul, esses que participaram do dogfight. O S-3 ao contrário do que se diga, estava tentando encontrar submarinos soviéticos e estava tentando realizar uma vigilância dos navios da Líbia, e não fazendo provocações. Os E-2Cs estavam completamente dando cobertura visual da estação de patrulha dos 2 Tomcats mais ao sul, e um deles, conseguiu rastrear o movimento dos 2 Su-22Ms e orientou os 2 Tomcats na direção do contato.
Eu sei de tudo isso!!! Até chegar ao encontro dos caças, 2 Su-22 de um lado e 2 F-14 de outro, os caças da US Navy podem ter sido reabastecidos pelo KA-6D, vetorados pelos E-2C, ter sido lavados e polidos, passado pretinho nos pneus, tirado uma soneca no colinho da mamãe, etc. O que você e outros não entenderam é que, à partir do momento em que os 4 ficaram frente a frente, todo o resto não interessa, pois foi um dogfight, onde o que importa é só avião x avião, armamento x armamento e piloto x piloto.
Ao contrário do que se afirma, existia sim uma “parafernália de apoio” nesse combate, e isso inclui até os líbios que tiveram o apoio dos radares em terra.
O que ele quis dizer é que depois do Tally-Ho e do merge, essa parafernália eletrônica toda foi praticamente inútil e que todo o combate se desenrolou no campo visual.
O próprio apoio dos radares em terra dos Líbios já faz com que a versão Líbia dos acontecimentos (a emboscada por seis Tomcats que levou ao abate dos Su-22) seja invalidada.
Eu entendi o que ele quis dizer. Só afirmei que a tal “parafernália” existia e deu apoio aos caças de ambos os lados e isso pode determinar a condição de um combate aéreo, seja para o lado perdedor quanto para o vencedor.
A emboscada de 6 F14s e o questionável abate de um é algo que os líbios certamente tentaram argumentar diante de sua inferioridade e tentaram utilizar como massa de propaganda para o regime interno. Como já disse, isso é algo para se ignorar por parte das afirmações dos líbios.
Não, tu não entendeu o que eu quis dizer. O Leandro entendeu. Depois do encontro “cara a cara”, não adianta parafernália nenhuma que esteja de fora daquele “pequeno” espaço de céu. São poucos segundos em que nada mais importa além de abater ou ser abatido.
É lógico que todo o apoio de AWACS, REVO, guerra eletrônica, etc influenciam para levar ao combate ou fugir dele, mas na hora da faca nos dentes, o que importa é avião/míssil/piloto.
Eu entendi, da qual discordo vagamente. Simples assim.
E eu discordo do teu ponto de vista. Simples assim.
Aleluia, Leandro!!!! Tu entendeu! Obrigado!!!
Bom
Anos depois 2 F-14 do VF-32 derrubaram 2 MiG-23 em situação semelhante.
Se…. Conjunção Atrapalhativa Futurológica.
Se o F-14 chegasse nos tempos do Su-27, ele seria o mesmo ou seria atualizado? Motor, radar, ECM, Armamento, Fly by Wire… e aí…. Fica o se.
Agnelo, já o abate dos MiG-23 em 1989 que mesmo que com resultado semelhante (usaram um míssil à mais) ele não foi… digamos… estritamente autorizado hehehehehe. As regras de engajamento haviam mudado. O áudio do cockpit de um dos F-14 está disponível para ser escutado na internet e é interessante que é um dos RIOs de um dos F-14 que considera os MiG-23 uma ameaça efetivamente dispara um Sparrow sem avisar ao seu piloto, que assustado com o ‘Fox 1!’ e o Sparrow saindo do F14 exclama “Oh Jesus Christ!.” Foi um abate menos publicizado justamente porque as regras de… Read more »
Vi esse vídeo.
Da pra “sentir” o sanhaço deles….
O fim da Guerra Fria trouxe mudanças pra todos.
O q mais vejo é a falta de possibilidade de compras de oportunidade viáveis.
Os meios são “sugados” até o fim.
Hummm…olhando o mapa dá até a impressão que o Kadafi tinha certa razão…aquilo lá é muito grande?
Não existe caça mais icônico que o F-14 Tomcat. Seu design agressivo com sua carga plena de misseis ar-ar (4 AIM-54C Phoenix, 2 AIM-7 Sparrow, 2 AIM 9 Sidewinder) + Drop Tanks + pós combustores ligados faziam o imaginário do fan da aviação de combate voar. E ainda com o plus das asas de geometria variável que inspiraram inclusive a variação de asas do X-Wing de Star Wars e foi fonte de inspiração para design no modo võo de alguns Gundans(animes japoneses). Um ícone!!
Só não servia muito pra dogfight…
Claro que servia!
Eu vi na televisão o Maverick pentear o cabelo nos MIG-28.
Aquele filme mostrou uma realidade: Os F-4 sofreram muito no Vietnam contra os Mig-21. Os americanos viram que mesmo tem um caça superior com mísseis e tudo, as circunstâncias do combate poderiam levar para o curto alcance. O F-14 não foi feito para isso, mas como visto nesse episódio na Líbia, o adestramento estava em dia. No mais, será que o F-5 agressor não seria de fato o Mig-28? Afinal os russos foram diretos para o Mig-29! 😀
Mig-28 seria improvável, visto que a fabricante russa sempre utilizou denominações com números ímpares….Mig-15, 17, 19, 21, 23, 25, 27, 29,etc.
Simples. Não servia porque nao foi feito para dogdight. Mas, como visto, mesmo assim se saiu bem.
Foi sim. É um equivoco achar que o projeto do F-14 não teve como prioridade agilidade em combate, só porque herdou o AWG9, Phoenix e TF30 do F-111B.
Mesmo o modelo A com os malditos motores TF30, superavam em dogfight qualquer caça não americano que tenha entrado em operação até a década de 1970.
Tem palestra com um dos projetistas no YT (em inglês, obviamente), falando como eles levaram a sério combate aproximado no projeto da aeronave.
Os iraquianos, vendo seus migs sendo abatidos como brinquedos pelos iranianos, discordam.
Os Migs iraquianos foram sim “abatidos como brinquedos pelos iranianos”, porém foi principalmente pela capacidade BVR do conjunto F-14 + AIM-7, e não em Dogfights
Acabou de ser noticiado que mais um F35 da FT do Queen Elizabeth caiu no mar, desta vez ns costa da Líbia ! HAHAHAHAHAHA
Tem a certeza?
Melhor eles renovarem o seguro contra acidentes do Porta Aviões e dos aviões….
Como que o Queen Elizabeth perdeu um F-35 na costa da Líbia enquanto está em Portsmouth? As duas localizações são um pouco distantes uma da outra.
Na sequencia do combate, retornando ao porta-aviões e confirmando o enfrentamento, Kleeman pensava ter pego um MiG-23, seu ala o corrigiu.
Interessante. Faz tempo que não vejo alguém falando desse incidente. O desenho daquele F-14 disparando um Sidewinder em um dos Su-22 eu tenho em um antigo livro da editora Abril ‘Máquinas de Guerra Vol.2’. Já sobre o incidente… ganhei de presente esse livro em 1989:
Vou dar uma de Carvalho hehehehe
Como é um livro focado para modelistas, diversos detalhes são abordados, como as kill markings e outras pequenas diferenças na pintura desses F-14A específicos.
Logo abaixo da ‘espada’ no leme.
Os nomes das tripulações foram aplicadas apenas após o incidente. O livro conta também com o relato de um dos pilotos.
É um livro muito bom, com diversos detalhes. O incidente com os Sukhoi é apenas uma pequena parte do livro em si.
Essa foto dos tripulantes também aparece na mesma matéria publicada no Aviões de Guerra que eu citei.
Eu nunca tive a ‘Aviões de Guerra.’ Mas cheguei à ter todas as capas hehehehe. Quando se terminava de colecionar os fascículos, as capas eram retiradas para que fossem encapadas, como a coleção ‘TOP GUN’ posteriormente fez (essa eu tive). No processo, todas as capas são arrancadas e um jornaleiro com o qual fiz amizade me arranjou todas elas. Acabei colando todas na parede do meu quarto com durex. Cobriu TUDO. Era muita raça de capa. Mas a bronca dos pais na época, foi forte. Conforme os durexes não foram resistindo ao tempo, as capas foram caindo, deixando a parede… Read more »
Hehehehe…guri é assim mesmo. Eu tb tinha muitos pôsteres de caças, carros e motos nas paredes.
A Aviões de Guerra vendia, sim, as capas duras para encadernar os fasciculos. Eu tenho mais de 100 fascículos, mas não tenho a coleção completa. Também não encadernado os fascículos.
Essa ilustração eu lembro de também ter sido publicada nos fascículos Aviões de Guerra, da segunda metade dos anos 80.
Eu adoro essa ilustração. Vi alguma coisa na internet a alguns anos atrás que um cara simplesmente pintou essa ilustração em uma parede inteira no quarto que seria de seu filho que estava para nascer. Sinceramente cogito fazer exatamente a mesma coisa.
É fantástica, mesmo.
Libios não batiam bem tentando abater F14 com 2 corcel1 voadores.
Hoje é fácil falar que o SU-22 era menos caça do que o F-14, mas na época ninguém sabia.
O AA-2 Atoll era um míssil no máximo de segunda geração, sem a capacidade “all aspect”, ou seja, ele só podia engajar um alvo pelo hemisfério traseiro, onde “veria” perfeitamente os bocais dos motores. O piloto líbio que tentou usá-lo em um engajamento frontal devia estar muito louco das ideias.
Foi uma covardia isso sim!
Por que?
Tantos debates intermináveis aqui neste fórum com predominância de sentimentos de torcida e abordagem ideologizada. O fato é que os F-14 estabeleceram uma doutrina revolucionária de combate BVR /boresight e um radar de varredura de longo alcance. Era um interceptador de longo alcance formidável e com incrível manobralidade para o seu propósito maior e relação de peso/empuxo. A VVS soviética tinha como equivalente único o SU-15 Flagon, jamais exportado. Muito se superestimou na Guerra Fria o MIG-25 , porém este era voltado a interceptação /negação de espaço aéreo de bombardeiros de alta altitude/longo alcance, não tão adequado a dogfights. Quanto… Read more »
Dúvida: por que o Golfo de Sidra abaixo de 32° 30′N não é território da Líbia?
Este problema acontece com todos os países que tem golfos similares ao Golfo de Sidra?
É a distancia da costa que conta, pelo menos naquela altura.
Agora com a questão da plataforma continental é, ou será, diferente .
Faz parte da ZEE da Líbia, não de águas territoriais. O que vale são 12MN da costa.
Uma coisa é certa serviu de aprendizado para os EUA que demonstraram ter um excelente caça e comprovação de doutrina aprimorada e os Líbio aprenderam que eles não tinham nada.
Gente, realmente não entendi essa parte do texto “abaixo de 32° 30′ N como suas águas territoriais” quer dizer que os EUA não aceitavam que a Líbia reivindicasse como águas territoriais o golfo que é próximo a sua costa? o certo seria acima de 32º 30’N, ou seja, se “encaminhando” para a Europa não? Já que os paralelos acrescem em direção aos polos.
agradeço a resposta.
Segue texto da RFA 131, agosto de 2021, que relata esse combate: No início de 1973, Kadafi determina que as águas do Golfo de Sidra (ou Sirte) deveria integrar o mar territorial líbio e traça um paralelo na posição 32º30’ entre a cidade de Benghazi a leste e o golfo de Misrata a oeste. O Golfo em si possui 440 km de extensão em sua entrada, com 177 km de profundidade na sua extremidade sul e ocupando uma área de 57.000 km2. O objetivo não era apenas estratégico e territorial, mas econômico, pois o Golfo abrigava a principal área de… Read more »
Não concordo e acredito que os líbios estavam no direito deles mas entendi a explicação.
Obrigado pela pronta resposta.