O Diretor de Projetos D. Seshagiri do Electronics and Radar Development Establishment (LRDE) disse que o radar AESA desenvolvido é 95% autóctone, com apenas um subsistema importado

No final de dezembro, a Força Aérea Indiana (IAF) demonstrará o uso de um radar de varredura eletrônica ativa (AESA) autóctone, tornando a Índia um dos poucos países a ter um multiplicador de força que encontra-se no coração da guerra eletrônica dos mísseis de longo alcance e munição guiada por precisão de longa distância.

O Diretor de Projetos D. Seshagiri do LRDE confirmou isso e disse que o radar AESA desenvolvido é 95% autóctone, com apenas um subsistema importado. O radar tem a capacidade de rastrear 50 alvos no céu com um alcance máximo de 100 km e pode engajar quatro alvos simultaneamente.

Nos próximos cinco anos, todos os 83 caças Tejas Mk IA da IAF terão esse radar, assim como o futuro caça AMCA bimotor desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento Aeronáutico (ADA).

O radar AESA será montado no cone do nariz de aeronaves Su-30 MKI, bem como nos caças MIG-29K baseados em porta-aviões indianos, segundo Seshagiri. “Agora, o LRDE assinou um MoU com a Hindustan Aeronautics Ltd para ser o principal integrador do radar no Tejas MK I com quatro fornecedores identificados, incluindo a BEL, fornecedora dos principais subsistemas.”

As 16 primeiras aeronaves Tejas MK 1A serão equipadas com radares israelenses AESA ELM 2052 e as restantes serão equipadas com o radar indiano Uttam AESA. “O radar já foi testado no Tejas biposto, bem como no jato executivo Hawker Siddeley 800 por mais de 250 horas. O radar será finalmente demonstrado em um voo este mês com o multiplicador de força pronto para a produção. Apenas os EUA, a UE, Israel e a China têm capacidade de produzir o radar AESA”, disse Seshagiri.

O Centro Nacional de Testes de Voo, que é tripulado pela IAF, já aprovou o radar após testes de desempenho bem-sucedidos. Inicialmente, a Índia estava usando radares primários em seus caças, bem como nas aeronaves de alerta e controle aéreo indianos. A retaliação da Força Aérea do Paquistão ao ataque de Balakot em fevereiro de 2019 teria se tornado cara para Islamabad se os caças indianos tivessem radares AESA montados nos caças interceptadores.

O Radar AESA também é a chave para o míssil ar-ar Astra, que tem um alcance superior a 120 km, permitindo lançar munições guiadas a longas distâncias. Este radar anulará a superioridade aérea que a China ganhou com seus caças multifuncionais J-20, pois o radar AESA indiano desenvolvido se compara bem com o desenvolvido por Pequim.

FONTE: The Hindustan Times

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Jodreski

Será??? Acho que não… fica aqui a palavra de quem não é especialista, nem técnico e muito menos piloto da área: sou muito mais Gripen do que Tejas!

Rodrigo

Tejas é para interceptação e o Gripen é multifuncional, não tem como comparar os dois que possuem diferentes funções

Luis

Fala besteira não…

Leandro Costa

Ok, eu ri hehehehehe. Boa Roberto. Pegou muita gente 😛

Leonardo Bastos

WTF…??! kkkkk

Antoniokings

A difusão de conhecimento em todas as áreas é cada vez mais acelerada.
Dentro em breve, estarão fazendo aviões de 5ª geração e, quem sabe, seus próprios motores.
Parabéns aos indianos.

Tomcat4,3

Não diria “Algoz” mas que podem vir a concorrer no futuro isso é um fato, ainda mais que, guardadas as devidas proporções/especificações/capacidades etc etc etc, ambos são da mesma categoria(no caso do Tejas a versão que utilizará este radar a qual deverá ser a mais nova e capaz, esta sim poderá competir de alguma forma com o Gripen).

marcus

A Suécia já está no programa Tempest, junto com a Italia e o Reino Unido. Alguém acha que a SAAB está preocupada com Tejas?
Light Combat Aircraft (LCA), que começou na década de 1980 para substituir os envelhecidos caças MIG-21 indianos. 20 anos de desenvolvimento e que foi liberado para voo em 2011.
https://www.raf.mod.uk/news/articles/uk-and-sweden-partner-on-future-combat-air/

Nostra

Afaik there are 3 variants of Uttam AESA radar

1. Uttam mk1 (GaAs) for LCA MK1A
2. Uttam mk2 (GaN) for LCA MK2/MIG29/29K/Su30mki (with repositioner)
3. Uttam mk3 for AMCA (no info)

Pic Uttam mk2 from tender

Last edited 3 anos atrás by Nostra
Nostra

Snap shot of tender doc for Uttam mk2 repositioner with +- 90° azimuth rotation ?

Nostra

Off topic

Pics from day before yesterday test fire of DRDO VLSRSAM

Nostra

It is meant for naval ships for intercepting supersonic AShMs

Nostra

Also air launched brahmos was test fired clearing the way for serial production

Leonardo Bastos

Será que algum dia o Brasil será capaz de um feito como este…???? Fica a dúvida…

Leonidas

Capacidade tem, o que não tem é lider para isso…

EduardoSP

Sei não. A engenharia brasileira não está lá essas coisas. A qualidade dos produtos brasileiros é, no geral, de média para baixa.

fewoz

Com eternas resrições orçamentárias? Impossível. Além da falta de comprometimento com programas a longo prazo, tanto por parte dos próprios militares quando dos sucessivos governos.

Theo Gatos

Tudo bem que há o mérito no desenvolvimento local, mas os caras colocam um radar de 100km de alcance e vc decreta uma coisa dessas? Affe…
.
Sds

Leonidas

Ué a Rússia não tem esta tecnologia?
`Pois o Indiano não citou ela…

Foxtrot

Se a FAB tivesse evoluído o SPC-01, hoje teríamos algo nos mesmos moldes, mas !
Ainda tem gente que vem dizer que a FAB é a força que mais investe em tecnologias nacionais.
Parabéns Índia !

fewoz

Isso sim é soberania. Parabéns, Índia.

Wellington Góes

A Índia, mesmo com a enorme desorganização que é, sabe muito bem a diferença que é ter solução de continuidade nos projetos de aquisição e obtenção de tecnologia militar… O Brasil adora reinventar a roda, sempre com o papo para justificar a contínua política de importação de meios (os oficiais da reserva contratados pelas empresas estrangeiras agradecem as gordas comissões que ganham por isso), na qual todas elas dizem querer ToT, mas não aplicam continuidade nos projetos e aí o círculo vicioso se repete… Parabéns aos indianos, apesar das críticas que eu mesmo os faço, mas quando o assunto é… Read more »