Os governos da Argentina e da China concordaram na quarta-feira (1/12) em fortalecer os laços bilaterais, particularmente em ciência e desenvolvimento tecnológico.

Depois de um encontro entre o embaixador da Argentina em Pequim, Sabino Vaca, com o vice-ministro da Indústria e Tecnologia da Informação da China, Zhang Kejian, que também é a autoridade máxima da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), os dois países concordaram em promover as negociações do “Plano de Cooperação Espacial 2021-2025”, que engloba diferentes áreas de colaboração, como ciências espaciais, exploração do espaço profundo e observação da Terra, entre outras.

Zhang também ofereceu “bolsas de estudos nas áreas espacial, nuclear e de defesa” para estudantes argentinos, disseram fontes chinesas. A cooperação espacial entre Argentina e China remonta à presidência de Cristina Fernández de Kirchner, quando uma base chinesa se instalou na província argentina de Neuquén.

Depois do encontro, o vice-ministro chinês esteve “aberto” para aprofundar a colaboração no campo da energia nuclear, por meio do desenvolvimento de reatores de pesquisa polivalentes e da construção da “usina nuclear Hualong 1” na Argentina.

Em relação à indústria de defesa, Vaca destacou a importância de que todos os projetos produtivos “tenham a transferência de tecnologia e capacidades para empresas de defesa” na Argentina.

Enquanto isso, em Buenos Aires, o chanceler Santiago Cafiero e o ministro da Ciência Daniel Filmus realizaram encontro de trabalho para promover o “Programa de Internacionalização de produtos e serviços com base no conhecimento”, que buscou gerar recursos da ordem de US$ 6 bilhões.

Os ministros concordaram com “um roteiro para desenvolver um trabalho articulado para promover as exportações não tradicionais em atividades intensivas em conhecimento”, disse o ministro em um comunicado.

Filmus disse que “nosso objetivo é inserir empresas argentinas de base tecnológica nos mercados internacionais para que possam demonstrar sua capacidade competitiva”.

O Programa terá várias linhas de ação, entre elas a promoção da exportação de produtos e serviços, priorizando um conjunto de áreas do conhecimento onde existam capacidades competitivas internacionais, como por exemplo saúde, biotecnologia agrícola, satélite e nanotecnologia.

FONTE: MercoPress

NOTA DA REDAÇÃO: Na foto, a base espacial chinesa em Neuquén na Argentina.

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