Advanced Fighter Jet Trainer da Airbus na FEINDEF
A subsidiária espanhola da empresa aeroespacial Airbus apresentou seu conceito Advanced Fighter Jet Trainer na semana passada durante a conferência bienal FEINDEF em Madrid, Espanha.
Se selecionado, o AFJT substituirá as aeronaves Northrop F-5M e CASA C-101 Aviojet da Força Aérea Espanhola, que preparam os aviadores para voar EF-18A Hornets e Eurofighter Typhoons.
No final desta década, a Força Aérea Espanhola substituirá seus treinadores de caça de meio século por aeronaves centradas em dados para treinar seus pilotos para voar em jatos de quinta e sexta gerações. E embora um contrato ainda não esteja no horizonte, a Airbus está pronta para começar a construir.
O AFJT é um projeto em folha em branco baseado nos requisitos operacionais da Força Aérea Espanhola, Abel Nin, líder do programa da empresa, disse ao Defense News durante a FEINDEF no dia 5 de novembro.
Atualmente, a aeronave é projetada para medir cerca de 14 metros do nariz à cauda, com uma envergadura de quase 10 metros. A fuselagem de metal será tolerante a danos, resistente à corrosão e fácil de reparar, segundo a Airbus.
Nin espera que um protótipo possa voar quatro anos após o lançamento formal do programa. Enquanto a Força Aérea planeja comprar pelo menos 20 Eurofighter Typhoons para substituir seus EF-18As mais antigos, ela pode optar por comprar mais Typhoons ou F-35 Joint Strike Fighter da Lockheed Martin para substituir sua frota de Hornet completa.
O AFJT será capaz de treinar pilotos para voar EF-18As, Typhoons, F-35s e o jato de combate de sexta geração do Future Combat Air System, disse Nin.
O sistema de treinamento integrado proposto contará com tecnologia construtiva virtual ao vivo, e a Indra está fazendo parceria com a Airbus para desenvolver simuladores, disse Nin.
Embora Madrid seja o principal cliente potencial da Airbus, a AFJT poderia servir a outros países. Representantes da Força Aérea Mexicana participaram do painel de discussão na sexta-feira na FEINDEF, e funcionários da empresa destacaram a França e a Finlândia como possíveis clientes.
“O principal objetivo aqui é iniciar o projeto”, disse Nin.
A Força Aérea Espanhola apresentou o documento de requisitos operacionais para um novo treinador de jato em 2020, disse o tenente-coronel Jesus Gutierrez Gallego, que trabalha com a divisão de planejamento do programa da Força. O serviço não recomenda um fornecedor específico, e agora cabe ao Ministério da Defesa deliberar e decidir se a Airbus receberá o contrato, disse ele ao Defense News.
“Precisamos disso antes que o sistema atual comece a deixar o serviço”, disse ele.
Oficiais da Força Aérea disseram que o F-5M deve começar a se aposentar do serviço entre 2027 e 2030.
Funcionários do ministério na conferência não puderam dizer quando uma decisão sobre o contrato do jato de treinamento pode ser tomada, nem se outras empresas enviaram propostas para a substituição do F-5M.
Interesssante como os projetistas aeronáuticos estão sujeitos a modismos (que os desinformados insistem em chamar de copiar). Até o meio da década de 1970, a configuração padrão de um treinador a jato era ter as asas baixas, com o trem de pouso fixado nesta retraindo para dentro. As excessões eram praticamente o Saab 105 e o Alphajet, com asas altas (nos “ombros”) e trem de pouso na fuselagem. Na decada de 1990 surge o Yak-130 e adiciona um LERX na frente das asas montadas no meio da fuselagem, a-lá F-16/18. E daí para frente, foi um festival de monomotores coma… Read more »
Não vejo nem como cópia nem como moda. Se eu fosse um engenheiro, pegaria os requisitos, pesquisaria tudo que melhor existe no mundo pra servir de base, elaboraria alguns conceitos base para depois decidir pelo mais vantajoso e começar a detalhar o projeto. Chamaria de pragmatismo mesmo.
Espanha com F-5M??????
F-5M é a designação dada pela Força Aérea Espanhola para seus F-5B modernizados.
Valeu! Não sabia disso.
??
O C-101 eu sempre achei legal, ele lembra um caça de verdade, mas é apenas um treinador…rsrsrs.
Eu acho que estes cacinhas treinadores ficam bonitos mas sempre anemico em algum pre requisito….e assim, exceto quem tem dinheiro para esbanjar deixa de comprar… Treinador precisa ter algum superlativo para que assim seja util em emprego dual de combate… ou alcance; ou autonomia tempo de voo; ou custo de manutenção; ou carga de armas… mesmo em se perseguindo equilibrios, precisa ter algum item de destaque entre os demais… O A-29 para posicionar ao mercado, apesar de projetado as necessidades brasileiras, atingiu o quesito Tempo de voo e economia de manutenção absurdamente baixos para uma carga paga de 1500 kg… Read more »
Acho que mesmo simples, e a exemplo do Skorpion da Textron, poderiam desenhar uma MAKO de Baias internas e motores dorsais para liberar espaço de combustivel (quase triplica) na caverna central da fuselagem onde antes iria o motor.
A esquerda um MAKO EADS com baias internas e asas aumentadas….praticamente o tamanho deste caça da materia e a direita o desenho original
Um Pampa tambem ganharia muita autonomia e tempo de voo com motores dorsais. O impacto aerodinamico é minimizado para o exato envelope de voo destes treinadores
Este tipo de configuração já foi até pensada para uma versão trainer de dupla função a época do Goshawk…
Repare que a carga externa fica toda livre para armas….
Carvalho, interessantíssima proposição. Faz até elucubrar se seria possível adaptação semelhante no A29…
Bom, eu ja desenhei um super Tucano bimotor, mas na configuração Push Pull igual ao DO 335….
Pra que? Pra levar mais carga? Não esquece que ele vai ter que levar mais combustível, também. O ganho em alcance e capacidade de armamento são proporcional ao aumento de peso e consumo? De cara, um dos grandes atrativos do A-29, que é o baixo custo de operação, já seria alterado, para pior.
Chegou-se a pensar no Alphajet assim…ainda nos primeiros conceitos de prancheta…
Se isto era um dos primeiros projetos do Alphajet, não deve ter dado nada certo, pois a configuração final ficou totalmente diferente.
Não parece, mas isto é o KIT de conversão de um T-33 para o projeto Boeing Skyfox….era sensacional…
Carvalho é uma enciclopédia quando se trata de adaptações em meios militares. Show!!!
rzrzrz…eu sou fã do Skyfox…..foi um piloto veterano e um construtor que alavancaram a ideia para não apenas remanufaturar mais de 6 mil celulas de T-33 nos anos 80, como tambem voltar a construir do Zero. A retirada do motor antigo central abriu espaço para quadruplicar o combustivel interno. Os dois motores novos eram 40% mais leves que o unico antigo. A potencial aumentou 60% e o avião poderia voar 7 horas com 2400kg de armas ( carga totalmente liquida sem perdas em ter de carregar tanques extras). Portugal encomendou mas cancelou pois poucos compradores surgiram e o projeto apos… Read more »
acredita que pensaram num MB342……?mas este sim ficaria feio…
Um design bem simples,e bonito…
Estão ressuscitando o programa MAKO?
Foi isso que pensei, igual ao MAKO.
Estes motores externos pagam preço elevado na área friontal de resistencia ao avança.. Válido par um A10 não parece l[ogico para um treinador. O T38 faz mekhor figura.
sempre paga, mas jamais o mesmo que um subalar, pois o “buraco” da turbina suga o ar a frente….lembre que embora não comum, o B58 Hustler tinha motores externos e era inclusive supersonico….
Estes pequenos treinadores ficam sempre na casa maxima dos 800 a 1100 km/hora….o impacto é menor neste envelope….
Mach 2….
Se vc externaliza os motores, apesar de degradar alguma coisa em velocidade, voce ganha toda a fuselagem para tanques de combustivel e até baias internas de armas…isto seria interessante num pequeno LIFT Trainer….vira uma kombisinha….com grande alcance…tem valor…