Saab iniciará a fase de entrega do Gripen E
Em novembro, a Saab dará início a fase de entrega de aeronaves operacionais, com quatro aeronaves Gripen E para o Brasil e outras para a Suécia. Formas inteligentes de trabalho, tecnologias de produção inovadoras e uma estreita cooperação com os clientes foram fundamentais alcançar este importante marco do programa, que segue o cronograma acordado com os clientes brasileiros e suecos.
No ano passado, a empresa iniciou as entregas para o programa conjunto de testes e verificação do Gripen E. Uma aeronave monoposto está na base da Força Aérea de Malmen, em Linköping, na Suécia, e outra no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), localizado na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Somados as instalações da Saab em Linköping, existem no total três locais de teste em dois países.
“No total, nove Gripen E estão prontos e voando, com outros chegando no final deste ano. A parte crítica de ensaios em voo do programa está quase completa. Agora, nos concentramos na verificação e declaração para alcançar o Certificado de Tipo Militar, no desenvolvimento tático contínuo e atividades para permitir a entrega completa do sistema de armas”, disse Mikael Olsson, head de Teste e Verificação de Voo na Saab Aeronautics.
Taxa de produção plena
A velocidade aumenta nos ensaios em voo do Gripen E e também nas instalações de produção, que alcançará a taxa de produção plena em Linköping durante o próximo ano. Cerca de 30 Gripen E estão na linha de montagem, o que significa que a Saab fabrica perto de um terço dos caças da sua atual carteira de pedidos.
“Percorremos um longo caminho e estabelecemos um processo de produção maduro em um período muito curto. Todas as nossas experiências anteriores, o uso de tecnologia de produção inovadora, os processos e métodos simplificados, incluindo o nosso pessoal, nos ajudam a chegar na taxa de produção completa no próximo ano”, contou Matti Olsson, head de Produção na Saab.
Nas instalações de produção em Linköping, brasileiros e suecos trabalham lado a lado. A montagem estrutural e final, instalação e outras atividades relacionadas à fabricação de aeronaves empregam atualmente mais de 1.000 funcionários. Antes das etapas mencionadas, há também um envolvimento substancial de fornecedores externos e oficinas internas para fabricação de detalhes relacionados à produção de peças e montagem estrutural.
Durante o desenvolvimento e fabricação do Gripen E, tecnologias e técnicas de produção líderes mundiais são utilizadas para economizar tempo e custos, tais como fabricação de aditivos (AM), usinagem de 5 eixos de alta velocidade, novo método de moldagem de metal e peças sob água com explosivos e Definição Baseada em Modelos (MBD).
Sem mais diagramas
Graças ao MBD e às novas tecnologias, o tempo de aprovisionamento e os custos de desenvolvimento e fabricação são reduzidos em 50%. Com o MBD, um modelo 3D de um produto contém todas as informações necessárias, tais como dimensões, tolerâncias, métodos de fabricação e montagem, materiais, entre outros. Com isso, a Saab concentra todos os dados em um só lugar – apresentadas em uma tela de computador, o que tem um grande impacto em toda a cadeia de desenvolvimento e produção.
“Com o MBD, todos os diagramas tradicionais são reunidos em um único modelo 3D. O resultado é uma construção mais rápida e uma qualidade muito maior do produto final. Todas as peças se encaixam sem qualquer retificação ou correção. Podemos verificar a solidez, função e disponibilidade antes de entrar na linha de produção. Todas as questões, desafios e problemas tradicionais podem ser avaliados e problemas potenciais inesperados podem ser evitados”, explicou Olsson.
Transferência extensiva de tecnologia
No Brasil, o desenvolvimento, os ensaios em voo e a produção estão ocorrendo como parte do amplo pacote de transferência de tecnologia para o país. Até o momento, mais de 260 engenheiros e técnicos, de um total de mais de 350 profissionais brasileiros, já foram treinados na Suécia.
O Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN), localizado na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), é o hub de transferência de tecnologia e desenvolvimento do caças Gripen no Brasil desde 2016. No local, brasileiros e suecos trabalham em aéreas como sistemas veiculares, engenharia aeronáutica, projeto de estruturas de aeronaves, integração de sistemas, aviônica, interface homem-máquina e comunicações.
O primeiro caça Gripen E chegou ao Brasil em setembro de 2020 e, desde então, participa de ensaios em voo no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), que faz parte do GDDN. O GFTC está totalmente integrado ao programa de testes em execução na Saab, em Linköping, desde 2017. Ele coleta, em tempo real, as informações de telemetria dos voos, de forma criptografada, que são posteriormente analisadas pelos pilotos, técnicos e engenheiros envolvidos na campanha de testes realizada no Brasil e na Suécia.
A fábrica de aeroestruturas da Saab em São Bernardo do Campo (SP) já produz quatro segmentos de aeroestruturas: o cone de cauda, os freios aerodinâmicos, o caixão das asas e a fuselagem dianteira do Gripen E. Paralelamente, os investimentos em infraestrutura e preparação da linha de produção da Embraer, em Gavião Peixoto, estão avançando. Técnicos de produção da Embraer estão na Suécia fazendo seu treinamento on-the-job e trabalhando diretamente na produção das quatro primeiras aeronaves Gripen brasileiras que estão em fase final de produção.
Benefícios mútuos
O Brasil não é o único cliente que recebe essa oportunidade. A Saab oferece a todos os clientes Gripen programas substanciais de Transferência de Tecnologia, que traz benefícios mútuos. A Finlândia tomará uma decisão até o final do ano em relação a novos aviões de combate e, para atender suas necessidades, a Saab oferece uma extensa parceria para além do Gripen e do GlobalEye.
“Para construir a Segurança de Fornecimento, manutenção, reparo e capacidade de revisão na Finlândia, estamos propondo a produção local e a montagem de aeronaves Gripen no país. A Saab vê isto como benéfico para a estratégia global de produção e, naturalmente, também prevê que a Finlândia seja integrada na nossa capacidade de montagem, produção e capacidade MRO (Manutenção, Reparo e Operações)”, disse Magnus Skogberg, diretor da Campanha Gripen para a Finlândia na Saab.
“Também oferecemos à Finlândia o estabelecimento de um centro de sistema local para o Gripen e o GlobalEye, que formará um hub para a sustentação do país e outras capacidades de desenvolvimento”, finalizou Skogberg.
Sobre a Saab
A Saab atende o mercado global com produtos, serviços e soluções de ponta nas áreas de defesa militar e segurança civil. A Saab possui operações e funcionários em todos os continentes. Graças a suas ideias inovadoras, colaborativas e pragmáticas, a Saab desenvolve, adota e aprimora novas tecnologias para atender às necessidades, em constante mudança, de seus clientes.
DIVULGAÇÃO: Saab / Publicis Consultants
Excelente!
Que confirme toda expectativa criada, alçando a FAB a operar o melhor caça da América Latina.
Pergunta, como está o desenvolvimento do F?
Finalmente está chegando a hora da merecida aposentadoria dos F-5.
Ainda não chegou a minha hora não…
Hauhauhauhauhau, the Forever’s fiv5!!!
se os b52 vão voar 100 anos o f-5 por aqui terá uma longa vida ainda
E falando em entrega, quando é que a Embraer irá começar a produzir o Biplace?
Eu acho que já começou, lembro de uma noticia daqui da Embraer já recebendo algumas partes.
“Relógio sueco”. Acho que aqui vale a confusão de nomes entre Suíça e Suécia. Rsrs
Que notícia fantástica. Gripen E vai ser um caça excelente. Finalmente nossos caçadores estarão numa aeronave a altura. Que venham mais unidades! Pelas minhas contas 96 F-39 estariam excelente pra FAB.
Amigo eu já me contentaria com a entrega de 36 unidades , dentro do prazo kkkkk , dificilmente acho que vão comprar mais unidades .
Um segundo lote, ao meu ver, é inevitável. Agora, quando ele virá, não sabemos.
“Compramos o primeiro lote, mas a nossa expectativa é que seja algo em torno de 60 a 70 aeronaves. Em breve, estará na hora de começarmos a falar de um segundo lote”, afirmou o Brigadeiro Carlos Baptista Júnior.
Valor Econômico – Junho 2021
é sensato esperar a entrega dos primeiros pra falar de um segundo lote…
Se falando de Brasil, tem que ter sensatez e comedimento antes de falar em um segundo lote e pensar que pode estar garantido…
Obrigado por ratificar o que o comandante da FAB declarou e eu reproduzi. O primeiro já foi entregue, outros serão nos próximos meses. Em breve se falará sobre segundo lote.
Torço por um segundo lote, mas somente se o avião entregar tudo o que foi prometido, principalmente quanto ao baixo custo da hora voada e alta disponibilidade, não queremos uma rainha do hangar.
Show de bola!
Essa parceria vai nos dar muitos frutos.
A FAB com esse Olho de Tandera, vem demonstrando capacidade, competências e habilidades de planejamento a longo prazo, que
pode colar uma criança no comando que tudo da certo rsrsrs.
em relação as demais forças a fab é a mais moderna,bem admnistrada e que está mais no estado da arte.
Esses fotógrafos do Aéreo são bons,peguei o fotão do gripen de frente pra pro na área de trabalho do meu pc
cara… foi a melhor escolha… 70… 90 é pedir muito?
Pela situação atual é. Com cortes no KC-390 a FAB vai usar todo seu esforço para manter os 36 Gripens do lote inicial, a FAB deixa claro que deseja mais um lote totalizando 72 unidades, porém especialistas alertam que mesmo esse número não é metade do necessário para real capacidade de defesa do país, o F-5M apesar de modernos não estão ao nível exigido pelo combate moderno, os países que utilizam usam para missões secundárias deixando aeronaves mais modernas para missões primárias e os A-1 mesmo com o processo de modernização e ser uma aeronave de grande precisão é vulnerável… Read more »
Que especialistas? A FAB tem esquadrão de F-5 em Anápolis, Canoas, Rio de Janeiro e Manaus. Se pelo menos cada esquadrão tiver 12 aviões cada o Brasil estará muito bem protegido. Os Gripens baseados no Rio tem capacidade de fazer a defesa da região Nordeste, Canoas de toda região Sul e parte do Sudeste, Anápolis centro oeste e parte da região norte. Por fim, aqueles baseados em Manaus de toda região norte.
O Gripen possui um alcance muito bom. O que a FAB precisa agora é de uns oito MRTT pra prestar suporte de REVO em qualquer parte do país e transporte estratégico.
Matheus, pelo que lembro o KC faz REVO.
Sim, mas acima de tudo é um avião de carga. A FAB precisa de um vetor maior. MRTT seria o ideal.
Entendo Matheus, mas acho que um MRTT exclusivo não vai rolar, vão usar os KC´s para REVO, carga, transporte de tropa, paraquedista, etc, etc, etc.
Minha opinião.
MRTT vem de Multi Role Tanker Transport, logo, ele não é exclusivo e faz também transporte de pessoas e cargas. A diferença principal é o alcance e a tonelagem transportada. No meu entendimento não são concorrentes mas, complementares. As capacidades trazidas por ele seriam bastante benéficas pra FAB.
O MRTT seria sim ideal como cargueiro e reabastecedor de longo alcance, com possibilidade de transporte de tropas e também avião presidencial intercontinental. Problema é que como tudo, as coisas no Brasil ficam enroladas e não andam. Chegaram a anunciar a escolha e compra de dois MRTT’s e até agora nada. Dois deles em conjunto com os tantos KC-390 possibilitariam os Gripen um fator de dissuasão e tanto!
Inclusive possibilitando a venda daquele ACJ do qual nunca gostei.
A imagem mostra que mesmo com três bases, teríamos alguns buracos em cobertura, principalmente na região nordeste, o que se faz necessário uma base por lá também. Por isso acredito que seria importante a aquisição de pelo menos um lote a mais (totalizando 72 F-39), distribuindo os F-39 em 5 cidades, assim tendo 6 bases com esquadrão de 12 unidades cada (Anápolis ficaria com uma operacional e uma de treinamento). Outras cidades/bases seriam em Natal/RN e Santa Cruz/RJ… Ademais, Campo Grande/MT, Santa Maria/RS, Belém/PA, Rio Branco/AC poderiam ficar com bases secundárias, com os Gripen podendo ser desdobrados rapidamente em tais… Read more »
Não tem buraco nenhum. Os caças dos Rio cobrem toda região nordeste. Manaus toda região Norte. É só vice pegar aquele range sobre a Guiana e Suriname e considerar ele sobre o Brasil.
Um caça pode partir de Anápolis para uma missão no nordeste e pousar em fortaleza. Qualquer aeroporto com pista de mais de 1000 ou 1500 m pode, com folga, ser usada como base (vantagem sobre o F-5). Vale a pena investir em um apoio de solo aerotransportável (KC-390) como forma de multiplicar a operacionalidade destes caças. Mas, certamente, a FAB levou isso em consideração quando decidiu pelo F-39.
Se conseguirmos ao menos os ,aparentemente 2 MRTT’s, que quase vieram já estará bom demais por o kc-390 já segura a onda aqui dentro do Brasil tranquilo.
creio q o gov ja havia liberado até a verba, deu ruim ?
Nesse caso, nem precisa ser especialista. Qualquer um sabe que o F5 está no limite da vida útil possível para a aeronave.
Se puder existir um rodízio de 4 elementos de F39 em em alerta em Natal, vindos dos esquadrões de Manaus, Brasilia ou Canoas, o BR estará sempre bem protegido.
.
Esse rodízio tb faria com que as esquadrilhas tivessem sempre um treinamento de 3 em 3 meses de suas equipes em ação de alerta em outra base, uma rotina interessante de treinamento de prontidão para além da rotina da base de orrigem.
Tomara que compre mais um lote ou encaminhem ao menos 2 pares dos Gripens até Natal. Vejo pelo mapa do raio de ação que o extremo nordeste (Inclui meu Piauí rs) ficará descoberta do “cabeça de águia”. Ou então REVO mesmo até lá
Há uma presença permanente da FAB na região, Solskhaer. Salvo engano, A-29ś do Joker operam à partir de Natal para treinamento de caça. Enfim… o caso é que ali não tem lá muito por que ter uma aeronave de alta performance como o Gripen. Mas no momento em que for necessário, eles podem se deslocar rapidamente para lá como os F-5/A-1 fazem durante as Cruzex, por exemplo.
O A-1, após a modernização, continua a ser uma excelente aeronave para a sua missão, ataque. Possui grande alcance e carga bélica. E, quanto às defesas antiaéreas modernas, pode empregar o pod Skyshield, jammer eletrônico, que possuímos em nosso acervo, dando a ele considerável capacidade de sobrevivência. O erro foi não ter modernizado as células restantes. O único problema é o motor, que não possui mais spare parts.
Ou seja…vai ter que rebolar. Lembro que a uns tempos um amigo da FAB me contou que andaram catando o que foi possível da Itália de Spare parts do AMX
Compramos tudo o que tinha na AVIO para o R&R Spey.
Perfeito
Alguém tem algum vídeo ou material jogando uma luz ao que venha a ser esse método de modelagem soba água com explosivos?
Ednardo veja o link. “www.manutencaoesuprimentos.com.br/maquinas-de-moldagem” “Hidroconformação é uma técnica específica de moldagem de metal, que utiliza a pressão da água para forçar o metal em uma matriz ou molde. O metal, que é aquecido a uma temperatura para ficar flexível, mas não derretido, é inserido no molde e selado. Uma pequena abertura permite que a água seja bombeada em uma alta pressão hidráulica. A força da pressão da água no molde força o metal fazendo-o preencher a geometria do molde. A água é então drenada e a peça ejetada. Uma variante da hidroconformação envolve o uso de explosivos. Neste método,… Read more »
Excelente Noticia … e alguem sabe dizer sobre o armamento que estará sendo usado no F39… alguma planejamento de efetiva compra e recebimento ??
Alguma foto ou ilustração com o padrão definitivo de pintura? Acredito que um padrão retrô, o cinza utilizado por último no Mirage III, ficaria muito bem no Gripen.
O padrão definitivo é o de dois tons de cinza do Gripen da foto na abertura da matéria. Nesta aqui, o Gripen C ao lado do Mirage IIIE, visitando Anápolis no ano 2000.
Eu estava lá por ocasião dessa foto.
O padrão é o da foto. Batido o martelo.
Tu fala desse azul queimado do sol aqui:
Nas palavras do sr Charles Montgomery Burns, EXCELEEEEEENTE !!!
Minha opinião não vale nada. Mas o que precisa, e vale para as 3 forças, são compras pequenas constantes. Mantém a linha aberta, mantém um número de itens novos, e não deixa ocorrer um hiato de tecnologia.
Eu gostaria de saber se com base nos testes da aeronave aqui no Brasil, se houve a necessidade de fazer alguma modificação para as aeronaves de serie!
-Algum Gripen E será produzido ou montado no Brasil pela Embraer???
Vários.