As gerações das aeronaves de caça a jato: um novo olhar
Por Luiz Reis*
INTRODUÇÃO E “GERAÇÃO 0”
As aeronaves de caças a reação surgiram ainda durante a Segunda Guerra Mundial (devido ao brutal avanço tecnológico impulsionado pela guerra) inicialmente de forma primitiva, com turbojatos axiais ( de câmara de combustão simples) ou os chamados “motojets” (híbridos de motores a pistão e reação), tais motores com pouca potência e dificuldades em controlar a aceleração e frenagem, causando alto risco de incêndio do propulsor.
Os efeitos da alta velocidade e performance dessas aeronaves ainda não eram plenamente conhecidos, assim como a ausência de elementos básicos nas aeronaves de hoje, como assentos ejetáveis ou freios aerodinâmicos, por exemplo. Portanto podemos determinar uma “Geração 0” de aeronaves a reação, uma espécie de “Pré-História” da aviação de caça a jato.
A PRIMEIRA GERAÇÃO
Após o final da II Guerra, com a apreensão dos projetos aeronáuticos alemães pelos Aliados, e o posterior surgimento de novos elementos que determinaram o surgimento de uma nova geração, a verdadeira “Primeira Geração” de aeronaves a reação, principalmente com o aperfeiçoamento dos motores a turbojatos, surgimento das asas enflechadas (que aumentavam a velocidade das aeronaves), surgimento de slats e freios aerodinâmicos e melhoria na segurança dos pilotos (surgimento dos assentos ejetáveis e dos capacetes de voo, por exemplo). É essa geração de aeronaves a reação que basicamente lutam os primeiros conflitos da Guerra Fria, como a Guerra da Coreia (1950-53) que ainda usam as táticas básicas de combate da época da II Guerra, mas com velocidades muito mais elevadas (até mais de 1.000 Km/h!), um “Dogfight a Jato”.
Na década de 1950, com o avanço do desenvolvimento científico e tecnológico e também com os ensinamentos da Coreia, algumas aeronaves com características básicas da Primeira Geração surgem ou são aperfeiçoadas em novas versões, sendo tais aparelhos sendo enquadrados em uma geração intermediária, a qual chamo de “Geração 1,5”.
A SEGUNDA GERAÇÃO
Em meados da década de 1950, começaram a surgir as primeiras aeronaves da Segunda Geração, que seriam os primeiros caças que poderiam atingir velocidades supersônicas em voo nivelado. O desenvolvimento da Segunda Geração foi moldada pelos significativos avanços tecnológicos, as lições aprendidas com batalhas aéreas da Guerra da Coreia.
Avanços na aerodinâmica, propulsão e materiais desenvolvidos para o espaço (principalmente ligas de alumínio) permitiu aos projetistas experimentar com uma maior variedade outras inovações aeronáuticas como novos formatos de asas e de fuselagens.
Algumas aeronaves da Segunda Geração, principalmente as da final da década de 1950 e início da década de 1960 apresentaram avanços significativos, principalmente em termos de sensores e capacidade de Reabastecimento em Voo (REVO) por exemplo, que podemos considerar essas aeronaves uma espécie de transição entre a Segunda e a futura Terceira Geração de aeronaves a reação, então classifico-as como “Geração 2,5”.
A TERCEIRA GERAÇÃO
A Terceira Geração assistiu e continuou maturação das inovações de Segunda Geração, mas é mais marcada pela ênfase renovada na manobrabilidade e na tradicional capacidade terra-ataque. Ao longo da década de 1960, aumentando o poder de combate a com experiência demonstrou que a luta contra mísseis guiados poderá e deveria recair nas lutas aéreas.
Esta fase também ficou marcada pela expansão das capacidades de ataque ao solo, principalmente os mísseis guiados e o testemunho da introdução de radares mais sofisticados.
No final da década de 1970 e ao longo da década de 1980, surgiram versões de aeronaves da Terceira Geração com refinamentos já das aeronaves da Quarta Geração, então podemos classificar esse grupo de aeronaves como uma “Geração 3,5”.
QUARTA GERAÇÃO
Na Quarta Geração, surgida em meados da década de 1970, os projetos criados foram fortemente influenciados pelas lições aprendidas com a geração anterior dos aviões de combate e os conflitos por ela enfrentados.
Representantes dessa geração incluem a série “teen” de caças-americanos (F-14, F-15, F-16 e F/A-18 Hornet) e os soviéticos MiG-29 e Su-27. Os custos crescentes demonstraram o êxito do papel de aeronaves como o McDonnell Douglas F-4 Phantom II, a partir do qual se deu origem à popularidade dos aviões multifuncionais. A ênfase na manobrabilidade e na operação de armamento ar-ar e ar-solo a distâncias maiores também surgiram nessa geração.
O rápido avanço dos microcomputadores nos anos 1980 e 1990 permitiu atualizações rápidas para os aviões desta geração, incorporando ao sistema melhoramentos como sistema de radar AESA, maior processamento de dados e melhores capacidades de sobrevivência em combate.
Devido às tais capacidades melhoradas destes aviões e em novos desenhos surgidos em meados década de 1990 chamou-se de “4,5ª Geração” (ou Geração 4,5) e por vezes utilizado para se referir a estes tipos de aviões, com alguns modelos ainda produzidos até os dias de hoje, até já com elementos da Quinta Geração, como sensores mais avançados e elementos da Tecnologia Stealth, por exemplo.
QUINTA GERAÇÃO
Os caças de quinta geração é a denominação para aeronaves em serviço a partir de 2005 até o presente momento. Estas aeronaves combinam fuselagens de alto desempenho, armamentos avançados em combate para missões ar-ar, ar-solo, Tecnologia Stealth e com redes de sensibilização para ambientação de combate.
As aeronaves dessa geração ainda apresentam avançados sistemas de aviônicos, altamente integrados com diversos sensores a bordo que podem deixar pilotos livres para se concentrarem exclusivamente na sua missão, reduzindo bastante a carga de trabalho.
Como é uma geração ainda em desenvolvimento, as características de um caça de Quinta Geração não são universalmente aceitas e nem todo tipo de aeronave dita de Quinta Geração tem necessariamente todas elas, no entanto, normalmente incluem radar furtivo, radar de baixa probabilidade de interceptação (LPIR), fuselagens ágeis com desempenho de supercruise, aviônicos avançados recursos e sistemas de computador altamente integrados capazes de rede com outros elementos dentro do campo de batalha para consciência da situação e capacidades C³ (comando, controle e comunicações).
CONCLUSÕES: E O FUTURO?
Já estão em estudos uma nova classe conceitual de design de aeronaves mais avançadas do que os caças de Quinta Geração (chamada de “Sexta Geração”) que estão atualmente em serviço nos Estados Unidos e em desenvolvimento em outros países.
A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) e a Marinha dos Estados Unidos (USN) estão planejando lançar seus primeiros caças de Sexta Geração pelo menos até o período entre o final da década de 2020 e meados da próxima década (2030).
A USAF está buscando desenvolver e adquirir um caça de sexta geração conhecido como Next Generation Air Dominance (NGAD) para substituir as plataformas existentes em serviço, como o Lockheed Martin F-22.
A USN está prosseguindo um programa semelhante, igualmente destinado a complementar e/ou substituir os seus aviões existentes, como o Boeing F/A-18E/F Super Hornet.
Na Europa, dois programas de caça de sexta geração estão em desenvolvimento, o Tempest (liderado pelo Reino Unido) e o FCAS (liderado pela França e Alemanha).
LISTA DAS AERONAVES DE CAÇA A JATO DISTRIBUÍDAS POR GERAÇÃO
* “GERAÇÃO 0”: Heinkel He 178, Heinkel He 280, Messerschmitt Me 262 Schwalbe, Heinkel He 162 Salamander, Gloster E.28/39, Gloster Meteor, De Havilland DH 112 Venom, Bell P-59 Airacomet, P/F-80 Shooting Star, Caproni Campini N.1, Nakajima J9Y “Kikka”.
* 1ª GERAÇÃO: Avro CF-100 Canuck, McDonnell F2H Banshee, McDonnell F3H Demon, North American F-86 Sabre, North American FJ-1 Fury, Douglas F3D Skyknight, Douglas F4D Skyray, Vought F7U Cutlass, Grumman F9F Panther, North American FJ-2/3/4 Fury, Republic F-84 Thunderjet, Supermarine Attacker, Dassault MD450 Ouragan, Dassault Mystère, Mikoyan-Guerevich MiG-9 “Fargo”, Mikoyan-Guerevich MiG-15 “Fagot”, Lavochkin La-15 “Fantail”, Yakovlev Yak-15/17 “Feather”, Yakovlev Yak-23 “Flora”, Yakovlev Yak-25 “Flashlight”, Shenyang J-5, SAAB 21R.
– 1,5 Geração: North American F-86D Sabre, Grumman F-9 Cougar, Republic F-84F Thunderstreak, Northrop F-89 Scorpion, Lockheed F-94 Starfire, Dassault Mystère IV, De Havilland Sea Venom, Gloster Javelin, Hawker Hunter, Supermarine Scmitar, Supermarine Swift, Mikoyan-Guerevich MiG-17 “Fresco”, SAAB J 29 Tunnan, SAAB J 32 Lancer,
* 2ª GERAÇÃO: Chance-Vought F-8 Crusader, Grumman F-11 Tiger, North American F-100 Super Sabre, McDonnell F-101 Voodoo, Convair F-102 Delta Dagger, Lockheed F-104 Starfighter, Convair F-106 Delta Dart, Northrop F-5A/B Freedom Fighter, De Havilland Sea Vixen, Electric Lightning, Mikoyan-Guerevich MiG-19 “Farmer”, Mikoyan-Guerevich MiG-21 “Fishbed” (Primeiras Versões), Sukhoi Su-7 “Fitter”, Sukhoi Su-9/11 “Fishpot”, Dassault Étendard IV, Dassault Super Mystère, Dassault Mirage III, Chengdu J-6 “Farmer”, SAAB J 35 Draken, FIAT G.91, HAL HF-24 Marut.
– 2,5 Geração: McDonnell Douglas F-4A/B Phantom II, Northrop F-5C “Skoshi Tiger”, Dassault Mirage V, Mikoyan-Guerevich MiG-21 “Fishbed” (Últimas Versões), Chengdu J-7 “Fishbed”, IAI Nesher.
* 3ª GERAÇÃO: McDonnell Douglas F-4C/D/E/J/K (F-110 Spectre), Northrop F-5E/F Tiger II, Dassault Mirage F1, Dassault Super Étendard, Mikoyan-Guerevich MiG-23 “Flogger”, Mikoyan-Guerevich MiG-25 “Foxbat”, Sukhoi Su-15 “Flagon”, Tupolev Tu-128 “Fiddler”, Shenyang J-8A “Finback” , SAAB J 37 Viggen, IAI Kfir, Mitsubishi F-1, Atlas Cheetah, ENAER Pantera.
– 3,5 Geração: Mikoyan-Gurevich MiG-27 “Flogger”, Sukhoi Su-15F “Flagon”, Shenyang J-8H/F “Finback”, SAAB AJS 37 Viggen.
* 4ª GERAÇÃO: Grumman F-14 Tomcat, McDonnell Douglas F-15 Eagle, General Dynamics F-16 Fighting Falcon, McDonnell Douglas F/A-18 Hornet, Mikoyan MiG-29 “Fulcrum”, Mikoyan MiG-31 “Foxhound”, Sukhoi Su-27 “Flanker”, Shenyang J-11A “Flanker”, Dassault Mirage 2000, Dassault Mirage 2000-5, Panavia Tornado ADV, AIDC F-CK-1 Ching-kuo, Mitsubishi F-2, SAAB JAS 39 A/B Gripen.
– 4,5 Geração: Eurofighter Typhoon, Dassault Mirage 2000-5 Mk.2, Dassault Rafale, McDonnell Douglas/Boeing F-15E Strike Eagle, F/A-18 Super Hornet, Lockheed Martin F-16 Block 50/52, Mikoyan MiG-33/35 “Fulcrum”, Sukhoi Su-30/33 “Flanker”, Chengdu J-10A/B “Firebird”, Shenyang J-11B, HAL Tejas Mk.1, SAAB JAS 39C/D Gripen, PAC JF-17 Thunder (CAC FC-1 Xiaolong).
– 4,5+ Geração¹: Boeing F-15EX, Lockheed Martin F-16E/F/V, HAL Tejas Mk.2, SAAB JAS 39E/F (F-39E/F) Gripen, Sukhoi Su-35 “Flanker”, Chengdu J-10C “Firebird”, KAI KF-21 Boramae³.
* 5ª GERAÇÃO: Lockheed Martin F-22A Raptor, Lockheed Martin F-35A/B/C Lightning II, Sukhoi Su-57 “Felon”², Sukhoi Su-75 “Checkmate”³, Mikoyan PAK-DP (MiG-41)³, Chengdu J-20 Mighty Dragon, Shenyang J-31/J-35 (FC-31) Gryfalcon³, TAI TF-X³.
¹ Alguns autores consideram uma “Geração 4,5++”, como os modelos mais avançados das aeronaves listadas, mas optamos por não usar essa definição no texto.
² Segundo alguns especialistas, o Su-57 não seria um “Legítimo Caça de 5ª Geração”, devido a ausência de alguns elementos característicos da mesma, mas vamos deixá-la como aeronave de Quinta Geração nesse texto.
³ Aeronaves propostas, em desenvolvimento ou protótipos em estágios iniciais.
Com informações da Wikipedia, diversos sites e livros sobre Aviação Militar.
NOTA DA REDAÇÃO: Esse texto tem como objetivo estimular o debate sobre uma nova classificação das aeronaves de caça a reação desde o final da Segunda Guerra Mundial, portanto é um texto de opinião, mas embasado em fatos concretos sobre o assunto. A crítica sobre ele é válida e salutar.
*Luiz Reis é professor de História da Rede Oficial de Ensino do Estado do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza, Historiador Militar, entusiasta da Aviação Civil e Militar, fotógrafo amador. Brasiliense com alma paulista, reside em Fortaleza-CE. Atualmente é o Editor-Chefe do Canal Militarizando. Luiz também colaborou com o Canal Arte da Guerra e no Blog Velho General e atua esporadicamente nos blogs da Trilogia Forças de Defesa, também fazendo parte da equipe de articulistas e do conselho editorial do blog GBN Defense. Presta consultoria sobre Aviação Civil e Militar. Contato: luiz.reis@prof.ce.gov.br ou @canalmilitarizando no Facebook.
Considero o mais bonito deles o F-4 Phantom.
Ainda aguardo quais são as tecnologias que serão disruptivas o suficiente para dizer que o caça será ou não de 6a geração.
Provavelmente são confidenciais, assim como era a furtividade nos anos 1980.
Anos 80 eram, além de um contexto de guerra fria, muito mais mais fácil manter certos desenvolvimentos e testes em secreto. Portanto, não descartando a possibilidade, acho MUITO difícil. Só acho.
Poder ser tanto tripulado como operado em forma de drone é uma delas.
Há 3 gerações que são fáceis de verificar. A primeira foi a que introduziu o motor a jato e duplicou a velocidade em relação aos caças com motores a hélice. A segundo é relativo aos caças supersônicos. A quinta representa os caças stealth, nível VLO. Todas as 3 tiveram introduziram tecnologias disruptivas evidentes. A grande confusão é relativa aos caças de terceira e quarta geração onde fica menos evidente a diferenciação já que a rigor não houve tecnologia disruptiva envolvida mas tão somente evolutiva. Basicamente se formos citar apenas uma tecnologia que defina a geração os de terceira geração introduziram… Read more »
A sexta geração que vem por aí terá uma série de novas tecnologias mas 2 parecem ter quase 100% de possibilidade de serem introduzidas, a tecnologia de furtividade nível “banda larga” e a possibilidade de ser opcionalmente não tripulado.
*Na 6ª será introduzida um tipo de motor revolucionário denominado de “motor de ciclo variável” que expandirá em muito o desempenho mas ele poderá ser instalado também em versões de 5ª G, como por exemplo, no F-35.
Cara… Nego vem com essas coisas de loyal wingman, canhões de concentração térmica, radares quanticos… Tecnologias que, de boa, não são aplicáveis direito nem em protótipos. Quanto mais embutidas num objeto que voa…
Ainda não me conveci que essa tal 6a geração sairá tão cedo. Mais provável uma 5+.
As de 6ª G devem levar mais uns 10 anos.
Bosco, creio que na 4 g foi implementado os displays eletrônicos não???
lock = look
Pode ser só viagem minha.
Mas vejo o salto tecnológico de cada geração tem de ser grande o suficiente para impactar as doutrinas de operação.
Claro que ações de força permanecem as mesmas… Supremacia, interdição, CAS, SEAD etc. etc. Mas as tecnologias impactam nas formas de operação de cada uma dessas atividades.
Entendo também que foi disruptivo os mísseis de precisão no lugar dos canhões. Também o datalink e as medidas auto-protetivas como rwr, flair, maws…
Outra coisa… A questão do BVR também permitiu as operações noturnas e em qualquer tempo, não?
GFC,
Na verdade a capacidade noturna veio antes da BVR com o advento do radar, só que ele não tinha capacidade look down.
Só complementando o Bosco, “permitiu as operações noturnas e em qualquer tempo” para caças “comuns”, que antes eram restritas à caças especializados.
Triste foi para os britânicos que perderam todo o impulso inicial, e ficaram a comprar material USA. Eram juntos com os franceses os lideres em importação e criação de aeronaves.
Esse sistema de classificação é o que é aceito no ocidente, mas sempre abre margens a interpretações. Por exemplo, o F-100, sem radar embarcado, estar na mesma geração de um F-106, sempre me deixou inquieto. Outra é o lugar do F-4, se na segunda ou terceira, embora eu ache que o modelo “E” com canhão interno poderia estar firmemente plantado na última opção. Já alguns acharem que o Su-57 não é de quinta geração, é o caso onde o lado técnico fica de lado e o que vale é a opinião politizada. Como diz o pessoal das ciências exatas: “engenharia… Read more »
O texto cita “alguns especialistas”, porém deve ser bem difícil classificar os caças de 5° geração, sem os devidos dados, a impressão que eu tenho é que são muitas propagandas dos três países fabricantes, e pouca experiência em combate, graças a Deus há muito tempo a humanidade não tem um combate de aviação de caças, pois no combate é onde se referencia a real capacidade de um país.
Abs.
Tanto que, se for pelo fato da suposta menor furtividade, agora com noticias dizendo que o F-35 nao é tao furtivo assim ou que os novos meios de detecção já o tornaram menos furtivo, caberia a esse tambem nao ser mais de 5a geração. Mas como bem disse, é a questao politica que direciona esse tipo de opiniao.
A 4ª geração está diretamente relacionada com o desenvolvimento do FBW.
Só complementando, a 3ªG está relacionado à capacidade multirole, a capacidade de combate BVR (Sparrow) , a capacidade look down/shoot down e à introdução das armas ar-sup guiadas (Maverick , Pave Way, GBU-8, Walleye, Shrike, etc.) . Exemplo clássico é o F-4.
A 4ª G está relacionado a tecnologia FBW digital (em que pese o F-14 e F-15 não o terem), sistema HOTAS, HUD holográfico, telas multifuncionais, novos materiais (compostos e Ti), estabilidade relaxada (não no F-15 e F-14), etc. Exemplo clássico é o F-16.
Na minha opinião, F-14 e F-15 nasceram como interceptadores de 3,5 gen. O F-15E pode ser considerado um caça de 4ª geração.
O primeiro caça estadunidense de 4ª geração foi o F-16.
Rdx, Se formos muito severos a rigor só teve até agora 4 gerações: a primeira, a segunda, a terceira e a quinta. A terceira e a quanto foi muito relativo ao recheio que poderia ter sido instalado numa ou noutra. Por exemplo, poderiam ter colocado fly-by-wire ou HOTAS no F-4. Como dito acima pelo GFC o que defini as gerações tinha que ser uma tecnologia disruptiva que não pudesse migrar para uma de geração inferior, mas um só fator geralmente não basta para classificar. O F-14 e F-15 não tinham FBW mas tinham HOTAS, HUD holográfico, etc. Igual acontece na… Read more »
Qual “fato” sustenta isso? Abates de Migs por parte de Israelences as quais os ultimos tinham notoriamente um treinamento superior, nao traz um fato que corrobore com algum “gap” por parte do material advindo da URSS, pelo contrario. Nao a toa que nos embates entre israelences e sovieticos no inicio dos anos 70, os ultimos lograram maiores exitos, mesmo operando um jato de uma geração anterior (mig-21) ao equipamento israelence (F-4). Nos outros conflitos mundo afora, geralmente o material soviético levava vantagem, mesmo sendo de gerações anteriores, como no caso dos Mig-17 e Mig-21 no Vietnã, logrando êxito contra o… Read more »
Quem é Bosco? Que autoridade ele tem para o assunto? As mesmas que eu e vc! Pedi o fato que corrobora sua tese e vc só trouxe asneiras. Estranho que quando um lado é abatido, é “dificuldades operacionais ou quantidade”, agora quando é do outro, aí já vira “gap tecnologico ou inferioridade”.
So para lhe lembrar, no VIetna mesmo com as mudanças de taticas e tecnicas efetuadas pos 1967, o resultado foi o mesmo!
Bem, sem querer entrar em polémicas mas os numeros dos dois lados mostram que a USAF abateu bem mais aviões da VPAF do que perdeu, uma proporção de 2:1. Portanto os caças da USAF e pilotos da USAF era superiores ou mais competentes que os Norte Vietnamitas. Da lista que vc postou, o MIG-21 apenas perdia em inovação para as versões mais evoluidas do F-4 e acho que um combate entre um MIG-17 e um interceptor gigantesco como o F-105 em dogfight não parece que seja uma boa comparação Isto não apaga o facto das gigantescas perdas que a USAF… Read more »
Esse super sabre é lindo ! Que design…
Bela aeronave e que não está na lista(por não passar da fase de protótipos) era o Avro Canada CF-105,muito show e seria uma aeronave promissora,mas a politicagem e pressões externas o derrubaram dos céus antes de entrar em linha.
Sua linha de montagem, ferramentas, planos e estruturas e motores existentes foram simplesmente destruídos e os protótipos sucateados.
E os americanos enfiaram goela abaixo dos canadenses o McDonnell F-101 Voodoo,
O artigo está excelente! No futuro, poderia ter uma tabela das gerações, com as características de cada avião (carga alar, velocidade máxima, altitude máxima, taxa de rolamento, T/W, máximo fator de carga, etc) para podermos acompanhar as mudanças mais relevantes em função da geração.
Agora o Sukhoi Su-75 “Checkmate”. Só existe o modelo pré-mock-up. Não se sabe se existirá como avião. Mas já está na lista?