FMV realiza testes de reabastecimento aéreo do Airbus A400M com caças JAS 39 C/D Gripen

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Neste momento, a FMV – Administração de Material de Defesa da Suécia, junto com a Força Aérea Alemã, está conduzindo um teste de reabastecimento aéreo do avião-tanque Airbus A400M com caças JAS39 C/D Gripen. O objetivo é validar a função de reabastecimento aéreo por meio da realização de um teste de voo com conexões e reabastecimento no ar.

– Até agora, a campanha tem funcionado muito bem e, acima de tudo, a cooperação com a Força Aérea Alemã tem se caracterizado por uma grande abertura e espírito positivo, afirma Joakim Hamilton da FMV.

Os testes de reabastecimento aéreo são realizados no esquadrão F21 em Luleå e são realizados em nome das Forças Armadas.

– O Airbus A400M é o novo avião da Alemanha, pode transportar cargas e reabastecer outras aeronaves, o que o torna muito versátil. Há muito tempo temos uma capacidade limitada de reabastecimento aéreo na Europa, portanto, neste caso, os alemães gostariam de mostrar que contribuem para reduzir a necessidade de aviões americanos de reabastecimento. A aeronave A-400M já existe na França e no Reino Unido, o que cria um padrão e aumenta a acessibilidade na Europa, então desse ponto de vista é uma aeronave interessante, diz Joakim Hamilton.

Durante o período de teste, o avião-tanque alemão é baseado no F21, junto com quatro JAS 39 C/D da FMV Test and Evaluation.

– O que é engraçado é que os alemães têm feito seus contatos conosco e gostariam de fazer esses testes. Eles não querem que sua frota pareça inútil. Ambos consideramos isso importante e encontramos boas formas de cooperação.

Em testes anteriores de reabastecimento em voo com outras aeronaves-tanque, a FMV pagou por toda a certificação.

– Mas agora concordamos que cada país arcará com seus próprios custos.

Aumenta a disponibilidade

Ser capaz de reabastecer no ar dá grandes ganhos em quanto e por quanto tempo a aeronave pode ser usada para várias missões.

– Aumenta a acessibilidade, pois as tarefas podem ser realizadas com menos aviões do que seria necessário se os aviões fossem forçados a pousar em um aeroporto e pousar para reabastecer.

Mas os testes demoram, custam dinheiro e devem ser concluídos antes que seja necessário.

– A necessidade fica mais clara se for um recurso de uso diário. Mas queremos estar na vanguarda e estar preparados, para que possamos reabastecer, se necessário, em atribuições futuras, diz Joakim Hamilton.

Os testes de reabastecimento aéreo requerem preparação. Primeiro no papel, onde se avalia se os equipamentos se encaixam e se o avião pode voar na mesma altitude e na mesma velocidade. Em seguida, conecta-se o equipamento no solo.

– Quando está pronto, são realizados testes de voo para verificar se os sistemas funcionam em conjunto ou se há deficiências que precisam ser corrigidas.

Durante as duas semanas de testes no F21 em Luleå, um total de sete voos serão realizados.

– O reabastecimento no ar é uma tarefa relativamente difícil que requer treinamento regular. Desta vez, também tentaremos reabastecer à noite, o que não temos feito com tanta frequência. Se é difícil reabastecer durante o dia, é ainda mais difícil reabastecer no escuro, o que requer experiência e concentração.

Clientes de exportação

Quando os testes estão prontos, segue-se a parte legal, onde ambos assinam um acordo de compra de serviços um do outro, e acertam coisas como falar no rádio e qual o nível de instrução que deve ter aquele que faz o reabastecimento.

Como o Airbus A400M está disponível em países europeus da OTAN, a validação também é de interesse para mais países que usam o JAS 39C/D.

– Em nossa aprovação, também contamos com nossos clientes de exportação, Hungria e República Tcheca. Eles estão envolvidos e financiam tudo por meio de nossos acordos de suporte. Colocar todos em um conselho economiza muito tempo e dinheiro, diz Joakim Hamilton.

FONTE: FMV

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Robsonmkt

É um jogo ganha-ganha para a Airbus e Saab ampliando o leque de atuação das duas aeronaves e, por consequência, o potencial de exportação de ambas. Os testes foram feitos com o Gripen C/D, não com o E/F. Como são aeronaves diferentes em tudo, exceto o design, creio que o E/F precisaria de uma certificação própria.
Por outro lado, provavelmente caberá à FAB certifica-lo para reabastecimento em voo com o KC-390.
Resta saber para que lado a Força Aérea Sueca irá pender para substituir seus velhos C-130: para o A400M ou para o KC-390. Ou mesmo para o C-130J

GFC_RJ

O que eu acho é que a Alemanha deve estar doidinha para repassar parte do compromisso de compras de 80 aeronaves que ela tem dentro deste programa.

Grozelha Vitaminada Milani

Quem deveria estar nessa validação é a FAB/Embraer com o KC-390.

Bela parceria karaku.

E ainda ajudava na divulgação e vendas do KC-390.

Parceria com a Saab p@#$% nenhuma. Venda mesmo. Mão única e não uma mão dupla.

Bueno
Douglas Rodrigues

Tudo ao seu tempo…
Logo os nossos Gripen NG farão revo com o KC-390.
Os A-400 entraram em operação muito antes dos KC-390 e estão abastecendo Gripen C/D.

Henrique

Já deve haver uma centena de A400M produzidos, sendo produzidos ou em vias de sê-lo; o KC-390 está há pouco tempo em serviço, então faz todo sentido ir primeiro com o europeu, até porquê o A400M já está na Europa e o nosso não. A SAAB é uma empresa global, não tem só o Brasil no radar dela.

Fernando EMB

Crítica sem pé nem cabeça… Amadureça!!!

Nilo

Julgar de forma depreciativa o acordo Brasil/Suécia porque os suecos fizeram testes de reabastecimento aéreo com uma nação amiga, não faz sentido.

Last edited 3 anos atrás by Nilo
angelo

Belo trio no ar….