O protótipo da aeronave reabastecedora não tripulada Boeing MQ-25A T1 reabasteceu um F-35C Lighting II Joint Strike Fighter como parte dos primeiros testes para o programa, anunciou o Naval Air Systems Command no dia 14/9.

O F-35C, atribuído ao “Salty Dogs” do Air Test and Evaluation Squadron (VX) 23, e o MQ-25 voaram do Aeroporto MidAmerica em Mascoutah, Illinois, perto das instalações da Boeing em St. Louis para os voos de teste.

O caça e o protótipo de drone tanque Stingray “realizaram avaliações de formação, verificação de esteira, rastreamento de drogue e conexão com o MQ-25 a 225 nós de velocidade do ar calibrada (KCAS) e altitude de 10.000 pés. A partir da estação de controle de solo, um operador de veículo aéreo iniciou então a transferência de combustível do depósito de reabastecimento aéreo do T1 para o F-35C ”, de acordo com um release da NAVAIR.

O reabastecimento segue os testes de um F/A-18F Super Hornet em junho e um E-2D Advanced Hawkeye no mês passado.

“Após este voo, o T1 entrará em um período de modificação para integrar o sistema de manuseio do convés em preparação para uma demonstração a bordo neste inverno. Até o momento, o T1 conduziu 36 voos, fornecendo ao programa informações valiosas sobre aerodinâmica, propulsão, orientação e controle antes das entregas de aeronaves de desenvolvimento de engenharia e fabricação MQ-25”, disse a NAVAIR.
“À medida que a capacidade de aviões-tanques não tripulados aumenta, a necessidade de reabastecedores tripulados diminui, promovendo vida útil adicional e capacidade disponível para missões de combate tripulado.”

Os Stingrays entregarão até 15.000 libras de combustível a 500 milhas náuticas do porta-aviões e aliviarão a carga da frota Super Hornet existente, informou o USNI News.

Uma demonstração de manuseio de convés de Norfolk, Virgínia, em um porta-aviões atracado será o último conjunto de testes para o protótipo Boeing construído em 2014 como a oferta da empresa para o programa cancelado Unmanned Carrier Launched Airborne Surveillance and Strike (UCLASS). A empresa reaproveitou a estrutura da aeronave para a missão de reabastecimento aéreo e ganhou um contrato de US$ 805 milhões em 2018 para construir os primeiros quatro Stingrays em uma competição que também incluiu a General Atomics e a Lockheed Martin. No ano passado, a Marinha fechou um contrato de US$ 84,7 milhões para comprar mais três, com uma meta de uma frota de 76 por US$ 1,3 bilhão.

Os modelos EMD, que devem entrar na frota no próximo ano, serão totalmente capazes de operar no mar – ao contrário do protótipo.

A aeronave será integrada às comunidades das aeronaves E-2D e COD – Carrier Onboard Delivery. O esquadrão de substituição de frota, o Unmanned Carrier-Launched Multi-Role Squadron (VUQ) 10, vai começar a operar ainda este ano e será seguido pelos VUQ-11 e 12 desdobrados em porta-aviões.

FONTE: USNI News

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Matheus S

A empresa reaproveitou a estrutura da aeronave para a missão de reabastecimento aéreo e ganhou um contrato de US$ 805 milhões em 2018 para construir os primeiros quatro Stingrays em uma competição que também incluiu a General Atomics e a Lockheed Martin. No ano passado, a Marinha fechou um contrato de US$ 84,7 milhões para comprar mais três, com uma meta de uma frota de 72 por US$ 13 bilhões.

Matheus S

“A aeronave será integrada às comunidades das aeronaves E-2D e COD – Carrier Onboard Delivery. O esquadrão de substituição de frota, o Unmanned Carrier-Launched Multi-Role Squadron (VUQ) 10, será criado ainda este ano e será seguido pelos VUQ-11 e 12 desdobrados em porta-aviões.”

O VUQ-10 já foi criado desde o ano passado, é uma unidade de treinamento, portanto, não substituirá a frota embarcada, apenas as duas unidades a seguir até o momento, VUQ-11 e VUQ-12 que serão embarcadas no NAe.

Alexandre Galante

Valeu, corrigimos.

Hcosta

Não pode ser.
Vão aumentar o alcance operacional do F35. Assim não vale.
Como ficam aqueles que criticam o alcance do F-35?

Antoniokings

Imagine uma operação que deve ser ‘sigilosa’ com uso de aviões hipoteticamente furtivos ter de ser interrompida para reabastecer o avião.
Serão apenas dois alvos ao mesmo tempo.

Bosco

Operações militares são potencialmente catastróficas. Não se preocupe não. Os militares americanos são voluntários. E apesar da sua insistência na tese que apenas chineses e russos é que são inteligentes , imagino que o risco é calculado e eles devem operar com um mínimo de margem de segurança que possa garantir o sucesso da operação de transferência de combustível, mesmo porque enquanto um caça é abastecido (2 minutos em média por caça) há vários outros fazendo a escolta. Sem falar que o nível de furtividade do MQ-25 é adequado para a distância em que ele opera a 500 mn dos… Read more »

Pedro Bó

Curioso que um dos calcanhares de Aquiles da PLAAF e da VVS é exatamente a capacidade REVO.

Henrique

Gripen E/F tb sofre desse negocio ai de alcance também kkkk
.
Parece que para uns o REVO é uma tecnologia perdida ou proibida ou o sujeito acha que avião é igual a viagem espacial que precisa levar todo o combustível na missão (por enquanto é assim….)

MestreD'Avis

Hcosta,
Há pouco tempo disseram aqui no blog que os EUA não possuem tecnologia para drones pesados portanto isso não pode ser verdade. É tudo feito em Hollywood!
Quanto ao alcance do F-35, comparando com caças bimotores pesados com muito mais capacidade interna ou caças médios com 2 tanques externos é realmente pouco. É o custo da furtividade que aparentemente apenas afecta o F-35 e o F-22

Bosco

Mestre, Diferente de bombardeiros que têm copa , toalete pra fazer caquinha e até colchonete no corredor , um caça tem por limite a resistencia humana. Em geral as missões de caças típicas são de 3 horas e eventualmente 4 horas. Missões de 6 horas já cobram um esforço hercúleo do piloto. Basicamente todo caça tem em mente uma operação de pelo menos 3 horas , ou algo em torno de 2000 km de alcance. Qualquer coisa acima disso demanda tanques extras ou/e REVO. Os futuros caças não tripulados irão revolucionar a aviação de caça com missões de patrulha longuíssima… Read more »

Bosco

Acabei de ler que missões de caças podem durar até 8 horas. Algumas de translado podem durar até mais. As missões mais demoradas, que exigem vários reabastecimentos aéreos, são as de CAP (patrulha aérea de combate) e as de CAS (apoio aéreo aproximado). No caso da CAS os caças podem ficar armados em espera , circulando esperando a hora de atacar. Também as missões de escolta de meios de alto valor, como AWACS e o próprio avião tanque podem ser demoradas e exigirem vários reabastecimentos. Nesses casos os pilotos teriam que se “esvaziar” em bolsas apropriadas. Cocô não tem como.… Read more »

Jose Dasilva

É, não da para concorrer com eles não. Construindo 2 porta aviões ao mesmo tempo, desenvolvendo o substituto do B2 Spirit, etc, etc ou seja outras coisas mais que nem imaginamos. E um certo comandante diz que estão quebrados. Mas tem know how.

sj1

Ele dá uma exagerada nessa de que estão quebrados, mas acerta quando cita a China.

Jose Dasilva

Verdede, concordo. E como exagera. Senti até uma ponta de decepção quando comentou a construção do 2 porta-aviões.

Foxtrot

Temos muitos bons projetos para Drones, Falcão, Atobá, Caçador, FT200-TH, Tupã-300 etc etc etc.
Mas como no Brasil a “agilidade ” impera, não veremos (ou se veremos) esses projetos prontos e adquiridos algum dia.
O mundo caminha a passos largos para as aeronaves robóticas (Drones) em todas as áreas de operação,, e no Brasil ainda engatinhando nas aeronaves convencionais (em algumas áreas).
Parabéns Estados Unidos !

Carlos

Curiosa essa saída de ar dele. Seria por algum motivo especial?

Se alguém poder explicar, agradeço.

Bosco

O escape retangular ajuda a diluir a alta temperatura dos gases da turbina com o ar frio da atmosfera, reduzindo a assinatura térmica.

Last edited 3 anos atrás by Bosco
Carlos

Obrigado, Bosco.

Bosco

Basicamente um F-35C leva 9 t de combustível interno, o que lhe garante um alcance de 2600 km (1300 km de raio de ataque com 5000 lb de armas internas numa configuração stealth full). Numa conta de padaria básica e chegamos à conclusão que se 9 t de combustível leva o caça a 2600 km de distância cada 900 kg o leva a 260 km. Como a ideia é reabastecer o F-35C a 500 mn (915 km) de distância do PA infere-se que ele já tenha gasto 3 t de combustível (6600 lb). Se o tanque for cheio novamente o… Read more »

sj1

Em tese conseguiriam atingir Brasília com o PA a 400 Km da nossa costa sem reabastecimento, uns 18 com 2 MK-82 cada (36). Qual a distancia segura para um PA fazer um ataque desse nível a um país com defesa mediana como o Brasil ?

Bosco

Depende de cada país SJ. Em geral ele tem que se manter OTH para não se expor a baterias costeiras.
No caso do Brasil esse 400 km estaria de bom tamanho já que qualque ameaça potencial estaria sob controle.

sj1

Mas está facilmente ao alcance da aviação de caça.

Bosco

Mas dentro da bolha de defesa da aviação de caça do PA.
Diferente dos mísseis balísticos chineses e hipersonicos russos que são tidos como “indefensáveis”. Rssss

Bosco

Paulatinamente a USN vem resolvendo seus ‘problemas” advindos da perna curta de seus caças e mísseis antinavios: Algumas das soluções: Já implantadas: Introdução do míssil Tomahawk Block V com capacidade antinavio e 1800 km de alcance; Introdução do míssil SM-6 com capacidade antinavio e 400 km de alcance Introdução do míssil LRASM lançado do F-18 com 500/700 km de alcance Introdução do míssil JASSM-ER a partir do F-18 e do F-35, com 1000 km de alcance Introdução do míssil MALD-N com 1000 km de alcance Curto prazo: Introdução do míssil ar-ar AIM-260A com 300 km de alcance Introdução do drone… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Bosco
Bosco

Agora tô no celular e não consigo digitar dele mas quando chegar em casa vou fazer uma simulação da REVO do Super Hornet com 3 tanques externos de 480 galões

JBS

Mestre Bosco

Boa Noite

Por favor, não “some” não – vc é o motivo de muitos, como eu, estarmos aqui – sei que o Toinho da Lua, atormenta demais – mas, com vc aprendemos demais.

Abs

JBS

Bosco

Valeu JBS.
Um abraço.

Sensato

Se fosse só ele e os pseudônimos dele ainda estava bom mas de um tempo pra cá tá parecendo um gremlin, cada hora tem mais.

Bosco

Alguns números interessantes a respeito de combustível e alcance de caças. 1 galão americano corresponde a 3,8 litros 1 litro de querosene de aviação pesa cerca de 800 g. 1 libra pesa 450 g. 1 milha náutica tem 1,83 km – Sobre o Super Hornet: Combustível interno: 6,7 t Pode levar até 5 tanques de 480 galões (1500 kg cada) , somando cerca de 14,2 t. Claro que essa configuração só seria possível num voo de translado. A configuração de reabastecedor é composta por 4 tanques de 480 galões e mais um tanque central com 330 galões, somando ao combustível… Read more »

Bosco

Simplificando dá pra dizer que 1 t de combustível equivale a 300 km de alcance (150 km de raio) num caça monomotor e a 250 km num caça bimotor. Em relação aos caças bombardeiros e aviões de ataque americanos e a capacidade de combustível interno/alcance: F-15: : 6,3 t – 1550 km de alcance F-15E: 6,2 t – 1550 km de alcance F-16: 3,2 t – 1000 km de alcance F-18A: 5 t – 1250 km de alcance F-18E: 6,7 t – 1700 km de alcance F-22: 8,2 t – 2050 km de alcance F-35A: 8,2 t – 2460 km… Read more »

Bosco

Su-27/Su-30: 9,4 t – alcance: 2350 km
Su-33: 8,5 t – alcance de 2100 km
Su-34: 12,1 t – alcance de 3000 km
Su-35: 11,5 t – alcance de 2900 km
Su-57: 10,3 t – 2600 km
MiG-29: 3,5 t – 900 km
MiG-29K: 3,5 t – 900 km
MiG-31: 14,2 t – 3600 km
MiG-35: 4,8 t – 1200 km

Bosco

Pra completar, a quantidade de combustível dos caças americanos somados o interno com os CFTs:
F-15: 10,7 t – 2600 km de alcance
F-16: 6 t – 1800 km de alcance
F-18E: 9,9 t (o CFT foi cancelado) : 2500 km de alcance

André Bueno

A admissão de ar do motor na parte superior e no meio da fuselagem deve criar alguma restrição para altos ângulos de ataque (AOA), não?