Comitiva observou o planejamento e a concepção do Exercício, conheceu as células operacionais da Direção e assistiu à demonstração de treinamento de resgate

Ao completar 600 horas de voo, o Exercício Conjunto Tápio 2021, realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), em Campo Grande (MS), recebeu, nessa segunda-feira (30/08), a visita de comitiva composta pelo Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto; acompanhado do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior; do Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida; e de Oficiais-Generais da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.

Durante a visita, foram demonstradas algumas das atividades desenvolvidas no Exercício. O Diretor do EXCON Tápio 2021 e Comandante da Base Aérea de Campo Grande, Brigadeiro do Ar Clauco Fernando Vieira Rossetto, apresentou à comitiva um panorama do treinamento, com informações sobre a concepção, o planejamento e os aspectos operacionais. “As palavras-chave são o adestramento e a interoperabilidade, considerando, basicamente, ações militares a serem cumpridas em uma possível participação das Forças Armadas em missões de paz da Organização das Nações Unidas”, disse o Oficial-General, que ressaltou, ainda, o foco operacional do EXCON em missões de Busca e Salvamento em Combate (CSAR, sigla em inglês para Combat Search and Rescue).

A comitiva passou por uma exposição das principais aeronaves empregadas no Exercício e que, juntas, já realizaram cerca de 250 surtidas. Os caças A-29 Super Tucano e A-1 AMX operam em missões de Apoio Aéreo Aproximado, Escolta CSAR e Controle Aéreo Avançado. Já o helicópero H-60 Black Hawk treina missões de Busca e Salvamento, Evacuação Aeromédica, entre outras.

O grupo pôde conhecer também a atuação do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) e do Batalhão de Operações Especiais dos Fuzileiros Navais (Tonelero) da Marinha do Brasil; do Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro; e do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) da FAB. Os militares trabalham de forma conjunta em missões de Guiamento Aéreo Avançado, Infiltração por meio de salto livre operacional, Exfiltração de ambiente hostil e Ação Direta.

Logo após, foram apresentadas células que compõem a Direção do EXCON Tápio 2021, como a de Cenários, responsável por configurar informações, alvos previstos, atividades inimigas, aeronaves a serem utilizadas, entre outras. Por último, a comitiva esteve no terreno de avaliação prática do curso de Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APHT). No local, foi feita uma demonstração das três etapas do treinamento de resgate de vítimas em áreas de conflito: a primeira, em situações de fogo ativo simulado; a segunda, nos cuidados médicos no Campo Tático; e, por fim, nas práticas de CASEVAC (da sigla, em inglês, para Casualty Evacuation), que consiste na evacuação de uma vítima do local da lesão para uma instalação médica mais próxima.

Interoperabilidade

O Ministro da Defesa disse que o conceito de interoperabilidade entre as Forças tem sido incentivado no âmbito do Ministério e parabenizou a FAB por ter convidado também a Força Aérea Americana (USAF) para participar do EXCON Tápio 2021. “Não existe emprego de forma isolada, temos que trabalhar em conjunto para que todos estejam na mesma frequência”, acrescentou.

O Comandante da Aeronáutica reforçou que o Exercício, em sua quarta edição, representa um dos cenários mais importantes da integração entre as Forças Armadas. “Temos, ao longo desses anos, evoluído na nossa interoperabilidade com as demais Forças. O que nós fazemos aqui é gerar capacidade para o cumprimento da nossa missão fim, que é defender o nosso País”, concluiu o Tenente-Brigadeiro Baptista Junior.

EXCON Tápio 2021

A primeira fase do EXCON Tápio ocorreu de 10 a 13 de agosto, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), em Novo Progresso (PA), na região conhecida como Serra do Cachimbo. Já a segunda fase é realizada na capital sul-mato-grossense. As atividades operacionais ocorrem até o dia 3 de setembro e simulam um cenário de guerra.

A FAB emprega no Exercício cerca de 30 aeronaves das Aviações de Caça, Transporte, Reconhecimento e Asas Rotativas, além de quase 900 militares. São treinadas Ações de Força Aérea em uma possível participação da FAB em missões de paz da Organização das Nações Unidas, contribuindo para a ordem e a paz mundial e compromissos internacionais; garantindo a soberania, integridade territorial e defesa patrimonial; e provendo ajuda humanitária.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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