Caça F-16 recebe atualização de software em voo durante teste recente
BASE DE FORÇA AÉREA NELLIS, Nev. – Pela primeira vez, um Sistema de Guerra Eletrônica do F-16 Fighting Falcon recebeu uma atualização de software em voo como parte de uma demonstração do Sistema de Gerenciamento de Batalha Avançado (ABMS) durante uma recente surtida de teste na Base Aérea de Nellis.
Um F-16 atualizou seu Arquivo de Dados de Missão com informações transmitidas de centenas de quilômetros de distância usando um sistema de comunicação por satélite “Beyond Line of Sight” do F-16. O F-16 Block 50C em voo foi capaz de receber uma atualização de MDF do Hill Software Integration Lab, processá-la usando o software Center Display Unit desenvolvido sob medida e carregar os novos dados no processador de sinal de contramedidas ALQ-213.
Essa tecnologia foi possível usando os especialistas em assuntos orgânicos do F-16 System Program Office, o 309th Software Engineering Group, a 53rd Test Wing e agências associadas. Esse teste de prova de conceito demonstrou a capacidade de um piloto correlacionar adequadamente uma ameaça eletrônica até então desconhecida quase em tempo real.
“A engenhosidade e as habilidades das equipes de teste e programa de voo permitiram que um Viper pousasse com melhores capacidades do que decolou”, disse o coronel Tim Bailey, gerente de programa do sistema F-16, falando sobre o teste bem-sucedido. “Esta maravilha tecnológica foi feita com os sistemas existentes em grande parte da frota do Viper, sem modificação de hardware. Este é um primeiro passo significativo!”
“Acreditamos que esta seja a primeira vez que uma aeronave de caça recebe uma atualização de software e ganha nova capacidade durante o voo”, acrescentou o tenente-coronel Zachary Probst, piloto de testes de voo e comandante do 84th Test and Evaluation Squadron. “Este é um grande negócio. Há uma necessidade tática de ser capaz de atualizar rapidamente o software, especialmente os arquivos de dados da missão, porque é isso que se vincula à nossa capacidade de identificar, encontrar e nos defender contra os sistemas de ameaça do inimigo.”
O que começou como uma ideia de guardanapo de bar – atualizações de software em tempo real para os F-16s – está se transformando em um programa que um dia poderá ser aplicado em toda a frota de F-16. A próxima etapa é integrar internet de alta velocidade no F-16, permitindo que os pilotos do F-16 acessem os dados de uma nuvem secreta.
Em última análise, o objetivo do programa é a integração total do ABMS com o F-16, o que aumentará a relevância a longo prazo da aeronave e aumentará significativamente as capacidades do combatente. Além disso, conectará e integrará as capacidades do Departamento de Defesa e da Força Aérea e Espacial dos EUA.
“Estamos focados no desenvolvimento de capacidades e em provar coisas”, disse Probst. “Estamos trabalhando na construção da ‘rodovia’. Uma vez que construída a ‘rodovia’, a possibilidade de lugares para ir é infinita.”
FONTE: USAF
Não é difícil imaginar que, pelo mesmo método, também deve ter surgido a ideia de interferir por satélite no software de caça inimigo enquanto este cumpre missão. E seria ainda mais fácil se esse inimigo fizer uso de F-16.
Pela lógica, a Gripen vai apresentar uma vantagem nesse sentido. Menos esforços do adversário em estudar suas vulnerabilidades, tendo em vista a baixa quantidade de caças empregados.
Pensei o mesmo. . O procedimento é semelhante. Quem tiver a chave da porta, pode desabilitar muitas coisas. . É possível que tal procedimento já exista na área de controle de armas. . O texto fala sobre atualização de contramedidas. . O trecho abaixo aponta o método que foi realizado sobre as contramedidas e por quem: “Essa tecnologia foi possível usando os especialistas em assuntos orgânicos do F-16 System Program Office, o 309th Software Engineering Group, a 53rd Test Wing e agências associadas. Esse teste de prova de conceito demonstrou a capacidade de um piloto correlacionar adequadamente uma ameaça eletrônica… Read more »
Eu não vejo muito dessa forma. Até porque para interferir com o funcionamento só em aeronave que já esteja capacitada para isso para fazer a conexão via satélite e aceitar receber o pacote. Backdoor? Possível, mas ainda assim a aeronave precisa estar fisicamente adaptada para isso, então por exemplo, mas versões anteriores ou não retrofitadas dos F-16 isso não poderia acontecer. Nem os benefícios (atualização de software remotamente) nem os malefícios (interferência e downgrade de sistemas). Provavelmente existem limites para o que pode ser mudado devido à antiga arquitetura de software, o que provavelmente poderia ser resolvido com um baita… Read more »
Para aceitar o pacote de atualização o piloto tem que estar de acordo. Sem a autorização dele, o pacote não entra no sistema do caça.
Será que ele recebeu um aparelho garmin pendurado no painel? Kkkk
Esta tecnologia é antiga.
O F-35 que caiu estava fazendo uma atualização em voo, deu um ‘bug’ e caiu.
Cê tá maluco, mano!
Cara… Sou suspeito de falar dessa caça… Acho ele fantástico! Se o Primeiro do Primeiro Grupo de Caça, Senta a Pua, tivesse esse caça nas mãos não ia ter para ninguém!!!
O F35 é aquele prato que você pede em restaurante “chique”: vem umas ervilhas, um pedacinho de carne com alguma coisa que parece um desenho do Picasso em cima, custa uma fortuna e dizem pra você que é incrivel. O F16 é aquela marmitona de pedreiro que sustenta o trabalho pesado.
Só a baciada monstra de comida.
Receber dados em voo já existe há muito tempo e o risco de serem intercetados. Que diferença faz anunciar esta capacidade? É mais o conceito de que outra coisa.
Mas isto já não é feito com o F35? Apenas acrescentaram ao F16.
Acho que neste exemplo o que fazem é partilha de dados. O F16 funciona como recetor, transmite os dados, é feita a sua análise e contra resposta e transmite de novo para o F16.
Acho que é algo básico nos caças 5G, a guerra em rede, a novidade é ser no F16.
Sim, mais uma vez é conceito de uma rede de dados. O F16 não tem o hardware para contrapor a ameaça, envia os dados para outro sistema mais poderoso e este envia a resposta a essa ameaça e para outras aeronaves. Atualização de software é a coisa mais básica, a questão é conseguir contra atacar sem necessidade de mais hardware com computação em rede, sendo a resposta muito mais rápida e abrangente. Faz também parte do conceito de fusão de dados do F35 e que também inclui os dados de outros sistemas. Neste caso basta instalar o sistema mencionado para… Read more »
Legal. atualização de software em vôo, daqui a pouco teremos teremos aviões atualizando aviões sem a necessidade de um engenheiro. O futuro aponta para cada vez mais o distanciamento humano, talvez um dia nanos robôs atuem como mecânicos, engenheiros e até escrevam softwares.
O software precisa estar absolutamente testado pra não atualizar e dar um bug em pleno voo…