IAE realiza Operação Santa Maria 1/2021 no Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA)

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A Operação faz parte do desenvolvimento do Projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) e teve como objetivo a integração de um Motor-Foguete S50, carregado e inerte, com massa total de aproximadamente 13 toneladas

O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) realizou a segunda fase da Operação Santa Maria 1/2021. O evento ocorreu de 27 de maio a 18 de junho, no Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), em Alcântara (MA). O IAE e o CLA são subordinadas ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e participam do Programa Espacial Brasileiro (PEB).

A Operação faz parte do desenvolvimento do Projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) e teve como objetivo a integração de um Motor-Foguete S50, carregado e inerte, com massa total de aproximadamente 13 toneladas, na Mesa de Lançamentos da Torre Móvel de Integração (TMI) do CLA. A atividade serviu de preparação para futuros lançamentos dos veículos VS-50 e VLM-1, que são desenvolvidos pelo Projeto VLM-1.

Segundo o Diretor do IAE, Brigadeiro do Ar Cesar Augusto ODonnell Alvan, a realização da Operação demandou meses de planejamento e envolveu diversos setores do IAE. “Foi realizado desde o projeto e desenho de todas as interfaces e sistemas, seguido pela análise estrutural, fabricação, metrologia e ensaios preliminares de integração no IAE, realizados em 2020. Já em Alcântara (MA), a Operação permitiu o primeiro exercício completo de transporte, montagem e integração do Motor S50 Inerte no ambiente operacional”, destacou.

De acordo com o Gerente do Projeto VLM-1, Major Engenheiro Rodrigo César Rocha Lacerda, o Motor S50 inerte utilizado na missão possui as mesmas dimensões e massa de um Motor S50 ativo. “Ele foi carregado com propelente real, de forma que toda a operação de embarque do motor na aeronave C-130 Hércules da FAB, em São José dos Campos (SP), o transporte e o desembarque no CLA, foi tratada como se o Motor S50 estivesse sendo transportado para uma operação de lançamento”, explicou.

Com isso, todos os equipamentos de suporte em solo, Mechanical Ground Support Equipaments (MGSE), desenvolvidos para o Motor S50, puderam ser testados como se fossem um motor ativo, o que foi importante para o treinamento das equipes que, futuramente, irão operar nos lançamentos dos veículos VS-50 e, posteriormente, do VLM-1. Foram testados equipamentos como, por exemplo, o Dispositivo de Transporte, a Carreta Rodoviária, a Carreta Industrial de Integração e o Sistema de Basculamento e de Içamento do Motor.

Para que esta integração fosse possível, o IAE teve de desenvolver novos sistemas e realizar adaptações na Mesa de Lançamentos da TMI como, por exemplo, um sistema pneumático de fixação do veículo, que também foi instalado e testado em conjunto com a montagem final do Motor S50 na Torre.

Outra preocupação da equipe foi instrumentar o Motor S50 inerte durante toda a Operação, com sensores capazes de medir os níveis de vibração aos quais o motor real estará sujeito, nas fases de movimentação, transporte e integração, durante a operação de lançamentos. Ao final da Operação, o Motor S50 inerte foi transportado de volta para o IAE, onde outros testes serão realizados.

Projeto VLM-1

O Projeto VLM-1 é desenvolvido em conjunto pelo IAE e pela Agência Espacial Alemã (DLR). A parte brasileira do projeto é financiada pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e compreende, primeiramente, o desenvolvimento do veículo Suborbital VS-50, para qualificação em voo do Motor S50, das redes elétricas e pirotécnicas e do sistema de Guiamento, Controle e Navegação que, posteriormente, serão empregados no VLM-1, mitigando os riscos técnicos do projeto, de maneira semelhante à estratégia da família de foguetes Sonda empregada com sucesso no passado.

O DCTA, o IAE e a AEB planejam, ainda, mais uma Operação em novembro de 2021, e outra em agosto de 2022. As atividades visam integrar os demais sistemas necessários para o lançamento do VS-50 V01, planejado para ocorrer no final de 2022. Em relação ao projeto, o Veículo Lançador de Microssatélites – 1 (VLM-1) objetiva atingir os objetivos previstos no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) para o segmento de veículos lançadores, dentre eles assegurar por completo o ciclo de acesso ao espaço. O veículo é um lançador de satélites, que terá a capacidade de colocar cargas úteis (30 kg) em Órbita Terrestre Baixa (LEO, na sigla em inglês).

Veículo Suborbital VS-50: Principais Sistemas

A Operação Santa Maria 1/2021 contou com o apoio de diversas Organizações do DCTA e do COMAER, tais como: o 1º/1ºGT no Transporte de ida/volta do Motor S50, o 5º/8º GAv no Sobreaviso de EVAM (Evacuação Aeromédica), o CTLA (Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica) no apoio para movimentação do Motor S50 em São José dos Campos, o IFI (Instituto de Fomento e Coordenação) e o GAP-SJ (Grupamento de Apoio de São José dos Campos), entre outras Organizações.

Atualmente, o projeto encontra-se em fase de desenvolvimento, com atividades sendo realizadas no IAE, no DLR (Centro Aeroespacial Alemão) e na indústria nacional. A empresa Avibras, por exemplo, é responsável pelo fornecimento de seis motores S50, sendo: um envelope motor S50 inerte, empregado com sucesso em outubro de 2018 no ensaio de ruptura, um motor para ensaios estruturais e carregamento inerte, concluídos em outubro de 2019, dois motores S50 para ensaios de queima em banco de provas e dois motores S50 para ensaios em voo do VS-50, assim como os meios mecânicos de solo para manuseio e movimentação do motor.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Mk48

Esse motor S50 é desenvolvido no Brasil ou na Alemanha ?

Luiz Machado

A concepção é brasileira, mas existem componentes críticos feitos pelos alemães.

Guacamole

Desenvolvido POR Brasil e Alemanha.
Construído no Brasil.

Marcos

Brasil.

Fers

Brasil

Mk48

Srs.
.
Obrigado pelas respostas.

Nilo

IAE é a única responsável pelo desenvolvimento dos motores.  IAE contratou a Avibrás para fabricação dos motores, tendo o prazo de dois anos e dois meses a partir da assinatura do contrato em 2016, ou seja, já deveria ter sido entregue os motores, calendário foi refeito, e mantem-se silencio na dificuldade da Avibras na entrega dos motores, desenvolvimento e qualificação dos outros sistemas ficam sob responsabilidade da Agência Espacial Alemã.

Mk48

Oi Nilo.
.
É de lascar.
.
Obrigado !.
.
Abs

Luiz Antonio

Em termos comerciais esse veículo não é de interesse para lançamentos. Embora seja não competitivo no mercado, está servindo para recompor o corpo técnico do IAE, que foi perdido por completo naquele acidente absurdo do VLS-1 V03 em Alcântara em agosto de 2003. Comparativamente estamos atualmente na mesma fase de desenvolvimento do VSB30 de 2004. Acertem seus relógios pois estamos 18 anos atrasados em relação a nós mesmos. Esse é o resultado do Programa Espacial Brasileiro que consumiu milhões de reais, sem nenhum resultado digno para os profissionais que faleceram em 2003. Isso não é uma crítica e sim revolta,… Read more »

Vladimir Penna

Moro em São José dos Campos e sempre que vou ao Memorial Aeroespacial, visito o monumento em homenagem a estes heróis.

Francisco Vieira

Senhores, me desculpem pela caixa alta, mas assim estava no texto original:   “EUA TENTARAM IMPEDIR PROGRAMA BRASILEIRO DE FOGUETES, REVELA WIKILEAKS José Meirelles Passos – 2011 Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionam parceiros do país nessa área – como a Ucrânia – a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros. A restrição… Read more »

Marcos10

Noticia requentada.
Vai ver que somos realmente um gigante adormecido e por isso os EUA não se importem em transferir tecnologia para qualquer país do Globo, exceto o Brasil.
Falando sério: os EUA não autorizaram a transferência de tecnologia da Ucrânia para o Brasil simplesmente porque a tecnologia que tentavam transferir era deles, não da Ucrânia.
De qualquer modo, após gastarem um bilhão de pixulécos, não lançamos nada.

André Macedo

Sim, o fato dos EUA desejarem manter o mercado de lançamento de satélites restrito e coibir o desenvolvimento de possíveis ICBMs não influencia nada, o problema foi simplesmente a propriedade intelectual, e a ingenuidade reina… Kkkkkk

carcara_br

Engraçado que é uma reportagem informativa, não se trata de opinião.
Conclusão: Quase metade das pessoas não gostam de saber da realidade como ela se apresenta.

Cristaino GR

Embora admire os Estados Unidos, tenho grande suspeita de que a queda da Monarquia no Brasil e a proclamação da república tiveram grande influência americana por baixo dos panos, mas não com boas intenções, e sim, com interesses em tirar uma grande monarquia do poder e que estava funcionando muito bem em um país tão novo e na mesma área de atuação. Objetivando dificultar o desenvolvimento promissor de um concorrente através do apoio a chegada ao poder de uma elite de corruptos fazendeiros, ganaciosos e com pouca cultura, facilmente subornáveis e controláveis, em detrimento de governantes preparados desde a infância… Read more »

Palpiteiro

Tem interagido com quem você votou?

AMX

Comentei algo semelhante aqui na trilogia, em outro assunto: fui execrado, rsrsrs.
Só vai mudar quando acontecer o que vc sugeriu, não tem outro jeito.

Nilo

Assim como impede a Rússia, a China, a Índia, Israel….a opção desses países quando se trata de sobenia nacional é contrariar o xerife.

Marcelo Baptista

Isto não é novidade, nenhuma potencia quer outro possível competidor no cenário internacional, é assim desde que o mundo é mundo.
Isto é até uma obrigação de uma potencia, senão não seria potencia, ehehe.
Este não é o problema, pois é um fato da vida, não muda.
O problema são os Países afetados (nós p.e.) de não se protegerem de forma adequada, de não se preocuparem com o desenvolvimento real de seu povo, sua economia, sua ciência.
No jogo as Potencias fazem seus lançes, nós é que não sabemos jogar.

Rafael

Caro Luiz Antonio, que nunca esqueçamos o próprio relatório da FAB: degradação das condições de trabalho e segurança; estresse, desgaste físico e mental e saída de emergência que não era uma saída. Nas palavras de Jayme Boscov, era uma programa artesanal praticamente.

E os culpados ainda devem estar por aí, formulando políticas públicas, destinando orçamentos, contratando, licitando, etc.

sj1

Compondo CPIs…

José Carlson

Show temos que investir na ciência e desenvolvimento na medida do possível…

Palpiteiro

Sem desenvolvimento tecnológico estamos fora do mundo. Essa medida do possível nos tornará escravos. Enquanto a filosofia aqui é “ou fazer o possível” a cultura lá fora é “vou fazer o meu melhor”.

Hellen

O motor é brasileiro,mais o principal o recheio eletrônico é todo alemão !!! Coleira alemã

Nilo

Correto, como disse anterioremente: …Quando se trata de soberania nacional é contrariar o xerife….
Portanto trago comentários lúcidos de um especialista em assuntos aeeroespaciais:
Um  lançador de satélite é um possível míssil intercontinental.
A Alemanha como participante da OTAN tomou todo cuidado para manter o controle do projeto VLM-1, guardou para si os sensíveis sistemas controles do foguete, nos mantendo assim na dependência e impedindo o desenvolvimento nacional de tecnologia de sistemas  inerciais.
Os alemães continuam sendo os alemães, nestes acordos com o Brasil.

Mgtow

Nessas hora que eu sou fã da China. Não importa as diretrizes do acordo. Copia e faz uma tecnologia reversa e ja era. Ha 50 anos atrás uma nação agricola-pastoril, hoje são super potencia tecnologica.

Foxtrot

Enquanto o Brasil pega “carona” no programa espacial dos outros (projeto Arthemis) e fica fabricando “foguetinho de São João” para Alemão ver, seu verdadeiro programa espacial (PEB), carece de investimentos. E quanto aos programas Sara Orbital/ Sub orbital, PMM, satélites SAR, ópticos, SSR, missão Aster, família de foguetes Orion, CBERS, 14-X, Reatores nucleares para exploração espacial (projeto Terra), motor foguete líquido L-75 que se encontra na Alemanha até hoje passando por “testes”,motor L-15, etc etc etc ??? E o veículo espacial que o IEAV consegui fazer levitar com feixe laser ? Pontes está mesmo fazendo um ótimo trabalho a frente… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Foxtrot
Fers

Não conhecia esse tal Projeto Terra

Foxtrot

Pois é, vivendo e aprendendo.
Te aconselho o site Edges of space Brazil.
Cordial abraço !

MMerlin

É antigo, meados de 2010 e 2011. Se não me engano, foi um estudo feito pelo DCTA e o IEA. Mas não passou disso. Infelizmente, como diz seus próprios funcionários, AEB possui orçamento para bancar apenas o custeio e mais um pouco. Felizmente, o órgão é complementado pelo DCTA e IAE (este subordinado ao primeiro). Mas a FAB tem suas próprias dificuldades orçamentárias. Se as FA reclamam do orçamento é porque desconhecem o distribuído para a AEB. Não a toa, um grande número de Engenheiros concursados, que inclusive já receberam bolsas (pagas pela agência) para estudar na França, EUA, China… Read more »

Reginaldo

Se tudo der certo, em 2058 devemos ver o VLM ser lançado, nas melhores projeções é claro, rs…

Palpiteiro

A Space X já vai estar vendendo aos milhares para o mercado global

Wellington Góes

Esse é um dos exemplos que evidenciam a necessidade de aeronaves cargueiras de transporte estratégico… Agora, com menos KC-390 a serem adquiridos, um pequeno quantitativo de aeronaves como o C-17, Y-20 ou IL-76, seria interessante…
Essa missão mostra que uma única aeronave desse porte, poderia levar bem mais equipamentos para missões estratégicas desse tipo.
Minha opinião.

Palpiteiro

Com a frequencia que este transporte ocorre, poderia ser terceirizado.

Wellington Góes

Esse transporte é só uma das missões, não seriam as únicas para esse tipo de aeronave.

Jadson Cabral

Claro… vamos deixar de comprar aeronave nacional justamente por falta de verba para comprar aeronave russa ou resto americano muito mais caro…. Olha, eu sempre respeito os comentários e os nobres amigos aqui, mas essa foi de f*der, meu senhor. Ninguém com o mínimo de neurônios jamais iria propor ou sequer aventar tal possibilidade, com todo respeito, é claro.

Wellington Góes

Ah claro, é, realmente, rsrsrsrs
Então, se tivesse realmente noção, ou “neurônios”, para entender sobre necessidades estratégicas e operacionalização, não viria a pagar de “enteligente”. rsrsrs
Isso não é questão de deixar de comprar uma aeronave nacional, para comprar uma aeronave estrangeira. Só por isso já o desqualifica parar querer bancar o que não é. Fica a dica.

Jadson Cabral

Então me explique, senhr sarcasmo. Me convença do porquê devemos comprar aeronaves russas da mesma categoria do C-390, sendo que já diminuímos a encomenda justamente por falta de verba. Por favor? Dívida comigo a vossa lógica.

Wellington Góes

Já começa mostrando que não sabes patavinas e ainda quer bancar o “enteligente”…
Quer dizer, então, que o IL-76 seria da mesma categoria do KC-390?! Tá de brincadeira, não é não?! Rsrsrsrs.
Esquece, seria perda de tempo para explicar, já que esbarraria na tua limitada capacidade de entender sobre categorias das aeronaves. Putz e ainda quer bancar o sabichão com o papo de ter “neurônios”… Tá de sacanagem… Rsrsrsrs

Foxtrot

Vai comprar os MTTR para abastecimento e “transporte estratégico” não sabia kkkkkkk?
As coisas neste país vão de mal a pior, cada coisa viu.
Ps: Me esqueci dos Shepars do EB e C-1 da MB kkkkkkk

Wellington Góes

Uma coisa não tem nada a ver com outra… A necessidade de aeronaves de reabastecimento estratégico, como os MRTTs, não desqualifica a necessidade para outras aeronaves de transporte estratégico dedicado, como as que eu citei. Vocês estão tão melindrosos com a notícia da FAB diminuir as encomendas do KC-390, que sequer param para raciocinar sobre outras necessidades operacionais, não só para atender às demandas da FAB, mas do país como um todo, assim como a de outras forças. Se falta verba para isso, a culpa está em outros gastos e penduricalhos, quando não em investimentos e projetos duvidosos e que… Read more »

Foxtrot

Caro Wellington, você interpretou mal meu post amigo. Se ler com cuidado verá que concordo com o que escreveu e fui extremamente sarcástico. Estou querendo dizer que ao invés de gastarem fortunas com MTTR,s desnecessários, já que não precisamos mandar grande número de tropas com urgência para lugar nenhum do planeta (e mesmo se precisar podemos alugar aviões da aviação civil como fizeram os americanos na Guerra do Golfo), e para reabastecimento tínhamos 28 unidades do KC-390 (que os “gênios” da FAB resolveram diminuir para comprar MTTR,s ). Para ser mais irônico com a “confusão mental” de nossos militares, citei… Read more »

Canarinho

E a pergunta que toca no assunto confidencial, mas que nao quer calar – conseguiram resolver o problema do grao propelente? E a instalacao de lorena ja ta fabricando o insumo para o combustivel solido?

sub urbano

O fato de ser combustivel sólido já é o problema rs

Alex

Sou jovem, e nao sou da área, mas sou um entusiasta, sempre gostei da área espacial, ainda acredito no potencial Brasileiro. Espero que a minha geração mude esse cenario (tenho 25 anos). E a vocês cientistas que estão hoje batalhando por esses projetos, meus sinceros agradecimentos. Acho que deviam divulgar mais na internet o trabalho, os jovens amam essa importante vertente tecnológica.

Palpiteiro

Parabéns pelo entusiasmo. É isso aí. Precisamos disto vivo.

MMerlin

Tenho quase o dobro de sua idade. Tinha este entusiasmo quando esperava cada lançamento (mal sucedido do VLS). Mas ocorre que nem um veículo de lançamento temos mais e o PEB sofre com situações orçamentárias. Infelizmente, a classe política não percebe que o sucesso deste projeto agradaria gregos e troianos, esquerda e direita, políticos, militares e imprensa. E, principalmente, estimularia o patriotismo e demonstraria, de modo definitivo, que vale apenas investir em P&D no Brasil. Literalmente, quebraria barreiras. Mas não querendo acabar ou alimentar suas esperanças, acredito sim que sua geração verá o lançamento, no próprio CLA, do primeiro veículo… Read more »

André Macedo

Curiosidade: Esse separador em formato de grade entre os estágios é visto muito em foguetes russos, o combustível do foguete deve ficar “pra baixo” e próximo ao motor por razões óbvias, mas na hora da separação, quando o motor anterior para, a inércia pode levar o combustível pra “cima” e complicar a ativação, os americanos inventaram um sistema complexo de bombas para impedir isso, os russos (e brasileiros) usam essa solução mais simples: A grade serve pras chamas escaparem, pois o segundo estágio é ativado pouco antes da separação, evitando assim que o combustível fique em cima.

Zorann

Vou falar a real. Ao meu ver, tirando a parte de se pesquisar novas tecnologias, desenvolver um lançador de satélites é um desperdício de dinheiro.

O mercado já está cheio de empresas especializadas em lançamentos orbitais e suborbitais. Não há a menor possibilidade de um veiculo lançador brasileiro ter condições de competir no mercado. Até para nossas cargas é muito mais barato lançar contratando outras empresas. Perdemos este bonde faz tempo.

Entendo a necessidade de se pesquisar. Mas esta deveria estar focada no desenvolvimento de misseis e não em lançadores.

Ten Murphy

Então o Elon está errado.

Zorann

O Elon é um, entre muitas, razões pelas quais o Brasil não conseguirá competir neste mercado

Wellington Góes

A tua interpretação de mercado, não é condizente com a realidade dos fatos… Ou seja, esse mercado tem um componente estatal muito forte.

Ted

Mercado! Rsrsrs. Os militares querem ter um foguetão capas de ir bem longe

Mk48

Prezado Zorann, bom dia.
.
“Entendo a necessidade de se pesquisar. Mas esta deveria estar focada no desenvolvimento de misseis e não em lançadores.”
.
Não é minha área de conhecimento, mas penso que uma coisa puxa a outra. São tecnologias duais, especialmente na guiagem, materiais e combustível
.
Abs

Nilo

?

Zorann

Temos aí Mansup, Missil de cruzeiro, MAR-1.. dos que eu consegui lembar que estão aí atrasados por alegada falta de verbas. E estão gastando dinheiro com lançador de satélites que não vai lançar nada comercialmente. Não tem dinheiro para tudo, então vamos terminar o que já começamos, o que realmente seja prioridade. Criar lançador de satélites, num foguete não reutilizável, seguramente utilizando tecnologias ultrapassadas, resultasndo em custos de lançamento mais caros do que toda a concorrência, gastando verbas que poderiam ser úteis na conclusão de projetos em andamento, não é inteligente. Pesquisar é uma coisa, criar um produto sem mercado,… Read more »

Mk48

Mas para quem não tem nada, qualquer adição é lucro.

Palpiteiro

Depende. Podem estar chocando granadas.

Palpiteiro

Projetos sem objetivo, capacidade de industrialização ou sem cliente futuro, não são necessários, e devem ser encerrados antes tarde do que mais tarde. Sobre os projetos apresentados, os quais eu desconheço seu plano de negócios, estes devem ser analisados ante sua perspectiva de mercado.

Palpiteiro

Acredito que se não for focado no atendimento de um mercado existente ou futuro, não sai nada e uma coisa enterra a outra.

sj1

Mas o sonho secreto da Aeronáutica é usar isso para mísseis mesmo, e ela está certa(ela sim, pois o Estado brasileiro não possui projeto de nação). Eles não falam do assunto, mas é fato.

Allan Lemos

O mercado já está cheio de empresas especializadas em lançamentos orbitais e suborbitais. Não há a menor possibilidade de um veiculo lançador brasileiro ter condições de competir no mercado

Esse é um pensamento míope. Quanto mais dominarmos todas as tecnologias relacionadas ao lançamento de cargas ao espaço, mas perto estaremos de um possível ICBM, já que trata-se de uma tecnologia de uso dual.

Não devemos pensar em benefícios comerciais e econômicos, mas sim nos benefícios estratégicos. Pouquíssimos países dominam essa tecnologia.

Palpiteiro

Pera aí. Acho que você inverteu as bolas. O objetivo estratégico é deve ser comercial e econômico, caso contrario não sobreviveremos. Sem o comercial e econômico não existe imposto para pagar nada no futuro.

Zorann

ICBM? E eu sou míope?

Os caras aqui não conseguem fazer um míssil acertar um alvo a 40km e acha que vamos acertar um em outro continente?

Acorda cara. Querer o bem do Brasil é uma coisa. Acreditar em tudo que dizem que vão fazer, é outra.

Bem vindo ao mundo dos cegos, meu querido astigmático.

MMerlin

O VLM-1, comercialmente, não é viável. Seu objetivo, na visão interna de quem o desenvolve, é outro. Mas existem estudos (bem avançados) no próprio AEB onde é possível “montar” um veículo para lançamento com carga útil de até 200 Kg em órbita baixa, que comercialmente seja bem atrativo. Tudo depende da homologação do S-50. Agora tem gente aqui falando da SpaceX e que inviabilizará o PEB. Se fosse assim, inviabilizaria qualquer programa espacial, incluindo CNSA, Roscosmos e ESA. O custo para levar cada Kg do Falcon-9 é imbatível e, se o veículo permanece estático (sem evoluções), continuará pelos próximos 10… Read more »

Last edited 3 anos atrás by MMerlin
Allan Lemos

Tenho minhas críticas as nossas forças armadas, assim como todos, mas também é preciso ter consciência que todos têm que começar de algum lugar, existe uma curva de aprendizado. Todos as grandes potências também tiveram erros em seus projetos, que foram consertados com o tempo, conosco não será diferente. Quanto ao que estávamos discutindo,repito, se você acha que deveríamos nos preocupar apenas com fatores comerciais, então não tem nenhuma noção de estratégia. Mas enfim, qual a sua proposta? Desistir do projeto porque não tem viabilidade comercial – assim como aconteceu com o VLS – para que toda vez que precisarmos… Read more »

Marcelo Baptista

Zorann, nenhuma pesquisa é dinheiro jogado fora. Mesmo as que dão em nada fornecem informações valiosas para os pesquisadores seguintes.
Este tipo de empreitada devemos parabenizar, e descer o sarrafo em vale terno, Jantar com lagosta, ou nos impostos absurdos.

Zorann

Você leu meu comentário? Não disse que peqsuisa é jogar dinheiro fora.

Palpiteiro

Entendo que existem as pesquisas que atingem seu objetivo e as que não atingem seu objetivo e ambas são muito importantes. Porém pesquisa mal feita e sem objetivo de aplicação é dinheiro jogado fora.

AK-130

A intenção obviamente é para fins militares, mas isso deve ser feito “com purpurina” e uma placa bem grande para estrangeiro ver “olhe! isso é um lançador de satélites viu?”. O desenvolvimento de foguetes é algo fortemente controlado no mundo por causa do possível uso militar deles para, digamos, usar com armas nucleares e coisas do tipo. Não dá pra simplesmente começar um projeto desses dizendo que será para uso militar, a começar pela crítica da população brasileira que já torce o nariz para coisas básicas que as forças armadas fazem. Infelizmente, não dá pra ser direto no desenvolvimento dessas… Read more »

Palpiteiro

Pesquisar sem objetivo não é necessidade nenhuma. É jogar dinheiro fora. É necessário planejamento sério nas atividades de pesquisa.

Wellington Góes

Desculpa, mas não é uma questão meramente financeira… Isso não pode ser, sequer, definido em mercado comum, por exemplo é a OMC não poder ditar regras sobre.

Ted

Tecnologia de uso dual. Por isso que os yanks são contra o Brasil ter lançador próprio

jairo

Isso é um projeto estatal e estratégico. Não um produto para o mercado.
Deveriam parar de achar q qlq projeto so vale a pena se dele sair uma Lockheed, SpaceX…
Temos que ter capacidade estratégica. Mesmo que não gere lucro pros farialimers da vida.

Palpiteiro

A geração de lucro futuro não é muito importante, é fundamental, indispensável sim, pois é ele que faz a roda girar. Sem lucro não existe imposto. Sem imposto não haverá desenvolvimento algum. Assim, o lucro dos “farialimers” (como citado) é que paga o imposto, que paga o salário desse pessoal genial que desenvolvem essas coisas fantásticas. Mais lucro, mais foguetes indo para o espaço. No bucks, no buckrogers Esses projetos são muito importantes e são frutos do esforço de muita gente boa. Eles necessitam de objetivos estratégicos claros e factíveis, de maneira que seus resultados sejam alavancadores, dado o limitado… Read more »

jairo

Boa noite palpiteiro! Concordo com tudo o que o Sr. disse exceto com relação aos impostos dado nossa legislação tributária nada progressiva. Não sou avesso ao planejamento e possível exploração comerciais dos projetos e produtos desenvolvidos. O que quis dizer é que em se tratando de tecnologias estratégicas de defesa não devem ser fundamentais. O exemplo da relação com a Avibras e esse projeto deixa claro que no setor privado nacional dificilmente encontraremos uma companhia com capacidade para absorver e desenvolver comercialmente esses projetos. Exceto a EDS, talvez. O acesso independente ao campo espacial é um dos fatores mais importantes… Read more »

Palpiteiro

Legal o comentário. Já o meu ponto de vista é que as tecnologias (incluindo as estratégicas de defesa) estão ficando obsoleta muito rapidamente, seja a tecnologia em si, sua infraestrutura de fabricação e o próprio RH que perde o conhecimento ou muda de emprego. Assim, se estas não forem transferidas rapidamente para a indústria, será um desperdício, como vemos em muitos casos. A indústria terá muito mais capacidade de garantir sua capacidade de fabricação, atualização e gestão do conhecimento. Essas coisas estão se tornando arco e flechas muito rapidamente. Hoje não se faz mais sentido desenvolver tecnologia para estoque. Vale… Read more »

Wellington Góes

Uma coisa não elimina a necessidade da outra. Muito pelo contrário, são até complementares.

sergio

Eu tenho uma duvida, tendo em vista esse desenvolvimento e os anteriores da família sonda, o que falta para desenvolvermos um míssil balístico ?
tome o sonda IV por exemplo, tem um apogeu de 750 km , com 150kg de carga, em uma trajetória balística ele teria a grosso modo +ou- 1500 km de alcance.
então o que falta ?

sj1

Falta projeto de nação, faltam patriotas, sobra a democracia que resultou no fracasso que somos hoje.

Allan Lemos

Os dois únicos políticos que tivemos que eram patriotas e que realmente tinham um projeto de nação, Dr Éneas e Dom Pedro II, foram ambos achincalhados pela população, o primeiro era feito de chacota e o segundo foi expulso daqui a pontapés. Os políticos que o povo brasileiro merece são esses que estão ai mesmo.

Rodrigo Maçolla

Pois é , não faltaria nada… talvez seja até um programa secreto por que não com esse objetivo só que disfarçado. Mais o que mesmo falta ? vontade politica ? necessidade ? dinheiro ? Varias poderiam ser a resposta, Mais para que teríamos este míssil , Atacar e ou dissuadir a Venezuela ?? deixa isso pros “americanu”

sergio

Postei errado, o valor da carga útil do sonda IV, são 500kg de carga útil a um apogeu de 750 km, leva mais carga útil e teria o mesmo alcance do Condor III, míssil balístico que estava sendo desenvolvido pelos argentinos

sub urbano

Não deve ser isso tudo de apogeu, 750km já deve ser orbita polar. Se o VLM é 50kg em orbita baixa 120km…

sergio

Não sub, ta certo e isso mesmo o apogeu dele se da aos 750 km de altitude, e 500 kg de massa, praticamente um míssil balístico de curto/médio alcance.

Fabio

Desculpem o OFF TOPIC
Os motores a jato de projeto brasileiro existe ?

MMerlin

O S-50 é um motor desenvolvido pelo Brasil. Sim, com parceria Alemã e, por ser desenvolvimento conjunto, ambas as partes são detentoras de todos o projeto. Serve também como base para o desenvolvimento de uma plataforma de veículos lançadores de satélites. O VLM-1 é, na visão de muitos técnicos da IAE, AEB e do setor privado, uma plataforma avaliadores de tecnologias. Ou seja, não será a versão final de um veículo lançador de microssatélites. Independe das críticas que faço em relação ao modo como a AVIBRÁS gerencia este projeto, o S-50 é sim um projeto dos mais estratégicos. Possivelmente será… Read more »

Last edited 3 anos atrás by MMerlin
Nilo

Concondordando com você, o desenvolvimento do motor S-50, por parte da FAB, é do interesse do Brasil, a  Avibras fabrica motores e combustíveis dos foguetes S-50. O S-50 é a terceira e última versão desta linha de motor. Lembrando que Avibrás é produtora do Sistema Astra2020 (foguetes-sinergia). É possível a continuidade da parceria com a Agencia Espacial Alemã no desenvolvimento do motor L75 a base de LOX-Etanol, combustível líquido, importante para desenvolvimento de sondas e veículos lançadores, há sinergia de interesses de colocar no mercado um produto altamente competitivo, tanto que a Alemanha é consumidora dos foguetes S-30, e abre mercado europeu. Até junho/2020 os alemães tinham adquiridos… Read more »

Julio Marcos

Todo mundo diz que tem componentes americanos, mas ate hoje ninguém disse quais são e porque não são subsistidos.

Jadson Cabral

Primeiro eu acho quase impossível, já que já existem 4 empresas que vão operar em Alcanta e uma delas já fez dois lançamentos orbitais, sendo que outra já está testando seus motores. Isso sem falar na VAYA Space, que até fábrica aqui vai abrir e está desenvolvendo um foguete de 35m

MMerlin

O AST, compromisso firmado entre o Brasil e EUA para proteger tecnologias e patentes de ambas as partes. Não tem ligação direta com as empresas ou com algum acordo firmado com elas, mas possibilita o lançamento de foguetes que possuem tecnologia americana no CLA. Como comentado, a grande maioria possui componentes daquele país. Sem o AST, o uso comercial de Alcântara possivelmente não se realizaria.  Importante: AST entre países é de entendimento comum e amplamente disseminado nas operações do setor espacial. Se tivesse sido firmando anteriormente o compromisso com os EUA, possivelmente o Cyclone-4 teria sido lançado de solo brasileiro.… Read more »

Nilo

Pelo que saiba, o S-50 é um motor exclusivvammente desenvolvido pelo Brasil, quando se fala do Foguete S-50 então é parceria brasileira e alemã.

Last edited 3 anos atrás by Nilo
MMerlin

Sim, mas teve participação alemã.
Na assinatura do contrato do VS-50, que é o veículo, as responsabilidades do Brasil definidas foram os sistemas propulsivos S50 e S44, o sistema de navegação reserva, a infraestrutura de lançamento e segurança de voo.

Last edited 3 anos atrás by MMerlin
Nilo

?

FERNANDO

Deus queira que seja um sucesso.
Dai, é o VLS, tenho fé que vai.

Allan Lemos

O veículo é um lançador de satélites, que terá a capacidade de colocar cargas úteis (30 kg) em Órbita Terrestre Baixa

Isso está correto? Me parece um veículo grande demais para lançar uma carga tão leve ao espaço e outros artigos falam que a capacidade dele seria de 150kg ou 200kg.

Carlos Campos

também achei estranho isso.

Zorann

São 30kg mesmo.

SmokingSnake ?

Depende da altura, órbita terrestre baixa vai até 2mil km de altura. As informações que falam em 200kg é para uma altura de 300 km o que é meio baixo, nessa altitude ainda tem um arrasto da atmosfera que faz o satélite perder velocidade e cair mais rápido.

Carlos Campos

Tem um certo país que quer lançar satélites, fica entre Europa e Asia, deveríamos nos unir à eles, ele também tem projetos de satélites, além de que China ainda pode ser um parceiro importante para nós no quesito satélite.

sub urbano

Pra se ter ideia de como o Brasil é atrasado, em 1942 a V-2 tinha mais capacidade que esse foguete. Von Braun projetou a V-2 em um laboratorio sendo bombardeado pelos britanicos diuturnamente, ela era propelida com alcool de batata, oxigenio liquido e montada em uma linha de produção subterranea por escravos judeus. Von Braun foi recrutado por Hitler para executar seu plano perverso: uma arma que voaria mais rapido q a velocidade do som e seria capaz de cruzar o oceano atlantico. Von Braun teria sido influenciado pela obra de Tsiolkovsky que propôs em 1903 (!) a possibilidade de… Read more »

Rodrigo Maçolla

Putz tudo isso ai é verdade mesmo, esse cara ai o Tsiolkovsky, é considerado um dos pais da teoria dos foguetes …. E que o Brasil esta atrasado também é verdade, pois no Brasil 16% não tem agua tratada e 47% não tem acesso a rede de esgoto, fato esse que muitas vezes é usado para justificar o não investimento por exemplo em um veículo lançador de satélite, Só que o problema é que também não se resolve de uma vez por todas o problema da água e esgoto. Então nem uma coisa nem outra, dito isso acho até que… Read more »

MMerlin

A Rússia tem base para tal. Foram os criadores do primeiro motor a jato, quando ainda nem existia avião. Teleshov criou o motor pulso jato (que acredite, seu conceito é utilizado até hoje por amadores) em meados de 1860.

Last edited 3 anos atrás by MMerlin
Francisco Pereira Pereira

Não Utilizaram o Kacê para o transporte do motor? O hércules é pau para todo serviço. 😉

Cristiano de Aquino Campos

Uma dúvida: O VLM vai lançar satélites de 30 ou 150kg em órbita baixa?
Pergunto pois sempre li que era 150kg e no testo diz 30kg.

MMerlin

Na teoria, o VLM-1 pode transportar até 200 Kg de carta útil até uma altura de 300 Km, que localiza-se na órbita baixa. Mas já vi em outros artigos, inclusive oficiais, o valor de 30 Kg. Possivelmente seja referente a altura de 2 mil Km, que é o limite da LEO.