Departamento de Estado dos EUA aprova possível venda de caças F-16 e mísseis para as Filipinas
WASHINGTON, 24 de junho – O Departamento de Estado dos EUA aprovou a potencial venda de caças F-16, bem como de mísseis Sidewinder e Harpoon, para as Filipinas em três negócios separados com um valor combinado de mais de US$ 2,5 bilhões, informou o Pentágono em 24/6.
As Filipinas estão em busca de um novo jato de combate multifuncional e estão avaliando o F-16 e o Gripen da Saab.
O anúncio ocorre no momento em que os Estados Unidos buscam renovar um acordo com as Filipinas que rege a presença de tropas americanas no país, o que é fundamental para a estratégia de Washington de conter a atividade chinesa em constante expansão na Ásia.
Na semana passada, as Filipinas suspenderam novamente por mais seis meses uma mudança para cancelar o Acordo de Forças Visitantes (VFA) de duas décadas que expirava em agosto.
O Pentágono disse que as Filipinas solicitaram a compra de 10 aeronaves F-16C Block 70/72 e duas aeronaves F-16D Block 70/72 da Lockheed Martin Co. Esse pacote, que inclui sobressalentes e treinamento, está avaliado em até US$ 2,43 bilhões.
Apesar da aprovação do Departamento de Estado, a notificação não indica que um contrato foi assinado ou que as negociações foram concluídas. Freqüentemente, durante uma concorrência, o departamento aprova as exportações antes que um vencedor seja nomeado.
Eric Sayers, um pesquisador visitante do conservador American Enterprise Institute, disse que parecia ser “um esforço pró-ativo de Washington para garantir que os Estados Unidos continuem sendo o parceiro de segurança de escolha para Manila”.
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que frequentemente condenou a política externa dos EUA enquanto explorava laços mais estreitos com a China, disse a Washington no ano passado que estava cancelando a VFA em meio à indignação com o fato de um senador e aliado ter negado um visto para os EUA. Mas ele suspendeu repetidamente a data de validade.
Gregory Poling, especialista em segurança marítima do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, disse que uma das reclamações de Duterte é sua percepção de que os Estados Unidos não fornecem equipamentos de alta qualidade para as Filipinas.
“Espero que o governo dos Estados Unidos busque oportunidades nos próximos seis meses para combater essa percepção”, disse ele.
O Pentágono também notificou o Congresso da possível venda de dois pacotes de mísseis para as Filipinas.
Um deles foi para 12 mísseis Harpoon Air Launched Block II, dois mísseis de treinamento, peças sobressalentes e equipamentos feitos pela Boeing e avaliados em até US$ 120 milhões.
Outro foi para 24 mísseis táticos AIM-9X Sidewinder Block II, 24 mísseis de treinamento e peças sobressalentes feitas pela Raytheon Technologies e avaliados em até US$ 42,4 milhões.
As Filipinas são um aliado de tratado dos EUA e vários acordos militares dependem do VFA, que rege a rotação de milhares de soldados americanos dentro e fora das Filipinas.
Ter a capacidade de rotacionar as tropas é importante não apenas para a defesa das Filipinas, mas também estrategicamente para os Estados Unidos, quando se trata de conter o comportamento cada vez mais assertivo da China na região.
“O pacote é um passo sério que certamente chamará a atenção de Pequim”, disse Sayers.
A Lockheed Martin disse que o F-16 terá um papel significativo no fortalecimento da parceria estratégica de Manila com Washington e aliados, ao mesmo tempo que permite às Filipinas se juntar a outros operadores F-16 do sudeste asiático.
FONTE: Reuters
Ola Colegas. Fazendo a conta de padaria, seriam US$ 200 milhões por avião (incluindo treinamento, sobressalentes e armamentos). Os F39 da FAB custaram cerca de US$120 milhões cada, na mesma conta de padaria.
mais a transferência de tecnologia so suecos, o F16 é uma lenda porem eu não pagaria um valor tão alto assim. Nessas horas que vc percebe a real importancia de investir em uma industria militar no seu pais.
Eu so queria entender o amor que o povo aqui tem no gripem , ninca concordo em comprar material de defesa visando preço , tem que visar o poder belico e mais nada
Acho que a melhor forma de encarar isso é sempre na relação custo x benefício. E nela, o Gripen vence.
Eu so queria entender o amor que o povo aqui tem no Super Trunfo rsrsrsr
É o que o pessoal entende por ‘poder bélico’ heheheh
Caro Osmar. Pelo contrário. O “poder bélico” é apenas um dos fatores que determinam a escolha de um material militar. É preciso considerar o custo de aquisição, o custo de manutenção, o acesso aos sobressalentes e munição, o contexto regional, os cenários prováveis de emprego, a estratégia de defesa de cada país, a integração deste material com o material já existente, a participação da indústria nacional, a padronização do material, a disponibilidade de pessoal para operar o material, o custo de treinamento deste pessoal, infraestrutura de armazenamento, geopolítica, financiamento, potencial de tecnologia de uso dual… e uma dezena de outros… Read more »
Prezado Camargoer
É como se faz a maioria das vendas atuais americanas.
Compra o produto em troca de proteção.
Apesar de a concorrência ter produtos melhores e mais baratos.
Olá AntonioK. Cabe a cada país avaliar a conveniência de cada proposta. Hoje, eu tenho muita dúvida sobre a necessidade dos países pequenos adquirirem caças modernos tão caros para um uso bastante limitado. Um único esquadrão de caças não farão diferença contra agressores de maior poder militar e também são inadequados para combater pequenas aeronaves. Talvez seja o momento dos países pequenos pensarem com seriedade sobre a extinção de suas forças armadas.
E olha que pagamos o desenvolvimento do Gripen E/F e pelo direito de fabricá-los aqui!
12 caças pelo custo de mais dos 200 milhões de dólares cada, mesmo com treinamento, manutenção, e armamento de estoque, tá salgado pra caramba. Vale a pena? Por mais que a tecnologia militar americana seja um primor, a do f16 não é das mais novas.
O ganho maior é deve ser político.
Segundo site especializado filipino a escolha com dados obtidos da PAF, o DND apresentaria a proposta para adquirir a aeronave de caça Saab JAS-39 C/D MS20 Gripen, em vez do Lockheed Martin F-16C / D Block 70 Viper, mas as capacidades da aeronave excederam as do JAS-39 C/D Gripen,, a insistência da SAAB em ofertar o C/D, que perdeu a concorrência na Croácia, é que o governo filipino sinaliza que o custo de aquisição será levado em muito em consideração. Essa compra faz parte do programa Multi-Role Fighter, da Força Aérea das Filipinas, incluiu a compra de seis A-29B Super Tucano. De… Read more »
Me pemita da uma outra versão:
Os EUA “corre o risco de perder” um aliado no disputa com a China no jogo estratégico no mar da China.
As Filipinas, com o Duterte como presidente, não é um aliado dos EUA, muito pelo contrário. Ela inclusive cancelou o acordo (Acordo de Forças Visitantes ) que permitia a presença de tropas dos EUA por lá. Mas aí a China mandou uma frota de navios invadir o Whitsun Reef…
Dizem que os gastos milionários atuais do atual governo militar do Egito, tem financiamento da Arábia Saudita.
Notícia de jun/2017: Egito aprovou a transferência de duas ilhas no mar Vermelho à Arábia Saudita.
Interessante Roberto, uma variante hoje presente para escolha ou não dos biplaces são os simuladores cada vez mais próximos do real.
Outro, os caças modernos são multificionais, com pacacidades em que os biplaces se apresentam como melhores opções, gostaria, se puder de uma análise sua.
Sem mísseis BVR?
Este é um vetor que a Argentina jamais poderá ter devido aos embargos de equipamentos.
Not. Eles não podem ter simplesmente porque não tem dinheiro mesmo…
Fato. Se bem que se aparecer uma banheira aqui em casa V8 com o interior cafona, agarro na hora kkkkkk
Vale lembrar que algumas forças compraram bipostos em quantidades bem maiores. Acho que a AdA e a USN compraram 50% ou mais de bipostos do Rafale e SH, respectivamente.
Fora alguns modelos foram comprados exclusivamente como bipostos, como os SH australianos, os F-16I israelenses e as versões mais recentes do Flanker e Eagle.
Ate parece que esses avioes vao colocar medo nos chineses !!!
O secretário de defesa da Filipinas esta reclamando do preço dos F-16, só lembrando a disputa é com o Gripen E que usa motor semelhante ao motor do FA-50 que os filipinos usam o que pode facilitar a manutenção. https://globalnation.inquirer.net/197309/lorenzana-pricey-f-16s-prompted-look-at-fighter-jet-options