Conceito do novo turboélice da Embraer

A Embraer está avançando com seus planos para um novo avião turboélice e está buscando o lançamento de um programa no próximo ano.

Arjan Meijer, presidente-executivo da Embraer Commercial Aviation, diz que o fabricante tem sido “cada vez mais eloquente” nos últimos meses sobre suas intenções para o mercado.

“A Embraer ainda está muito focada no segmento. Ainda estamos trabalhando em um turboélice e esperamos lançar o programa em 2022”, disse ele em um webinar hoje para comemorar a primeira entrega de um E195-E2 para a Helvetic Airways.

No ano passado, a Embraer mostrou renderizações atualizadas de seu design, que agora compartilham a mesma seção transversal da fuselagem de sua atual família de E-Jet.

Isso, diz Meijer, permitirá “trazer um apelo muito melhor aos passageiros para o segmento de turboélices”.

A entrada no serviço é provável no período de 2027-2028, diz ele. “Ele realmente se destacará dos produtos que existem hoje.”

Meijer diz que a Embraer também “escolheu o turboélice como a plataforma do futuro”, o que lhe permite adicionar “soluções mais sustentáveis” às iterações posteriores.

Isso não significa que o fabricante está se afastando dos jatos, mas que vê o turboélice como um ajuste ideal para novas tecnologias de energia ou propulsão.

As discussões com vários parceiros potenciais sobre o projeto estão “progredindo bem”, acrescenta Meijer.

FONTE: FlightGlobal

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JOSE CARLOS MESSIAS

EMBRAER, sempre de olho em nichos específicos do mercado. Se está dispendendo energia no desenvolvimento de um novo aparelho no segmento turboélice é por que tem mercado! SUCESSO!

Johan

Me parece que a Embraer vê um futuro híbrido ao mencionar: “escolheu o turboélice como a plataforma do futuro”, o que lhe permite adicionar “soluções mais sustentáveis”.


Alexandre Cardoso

Pareceu-me, o mesmo.

Carlos Campos

mas é, pelo que eu já vi eles pensam em fazer um avião híbrido, assim reduzindo os custos da operação, coisa que a Embraer se destaca, pois os E já são mais econômicos de sua categoria.

fabio_bsb

Pergunta aos especialistas.
Híbrido significa que a mesma fuselagem suportaria as duas formas de motorização?
Seria possível mesmo após a entrega da aeronave com um tipo de motorização que seja efetuada a sua substituição (da motorização)?
Obrigado.

Last edited 3 anos atrás by fabio_bsb
Henrique

Se ele é hibrido ele suporta o elétrico como o motor a combustão ao mesmo tempo. Mas esse modelo ai da Embraer vai ser a combustão. De hibrido por enquanto só o STOUT. No STOUT eu suponho que seja possível retirar o motor elétrico pq provavelmente a Embraer não vai fazer um avião que precise de 4 motores pra voar em um modelo que ta servindo para teste de conceito. O contrario não é possível ($$$$$$$$$$$) pq envolve o redenho, readequação e certificação do avião pra suportar as necessidades de um voo com motor elétrico ou combustão. Teria que fazer… Read more »

Nilo

“escolheu o turboélice como a plataforma do futuro”, a plataforma em um primeiro momento será turboélice, com tecnologia inovadora o suficente para atender o mercado, antecipando-se aos concorrentes.
Um avião que permitirá adicionar em futuro “soluções mais sustentáveis” ou seja, os sistema elétrico+BATÉRIAS, e ganhando tempo nos ganhos de desenvovimento das baterias. Um avião turboélice com soluções possivel em futuro de tornar-se hibrído.

Last edited 3 anos atrás by Nilo
Johan

Saiu na Aeroin mais detalhes do projeto o qual a Embraer informou que usará motor híbrido, depois somente elétrico e talvez até de hidrogênio.

Mayuan

É o mesmo que outros fabricantes estão vendo com o hype que tem sido a propulsão elétrica ou a baseada em hidrogênio ou ainda os biocombustíveis. É consenso que a aviação precisa abandonar o carbono e a Embraer sabe que tem que acompanhar esse movimento do mercado.

Welington S.

Esse conceito de aeronave tem muita cara de aeronave patrulha…

Joli Le Chat

Será que utilizarão motores de projeto novo?

Tallguiese

Como diz o Felipe Sales… É um brasilhão!!!! Se for esse o desenho mesmo.

Palpiteiro

Pelo texto eles vão utilizar boa parte da fuselagem dos E-jets, o que ajuda muito nos custos do projeto e fabricação e de suporte (inclusive de sua cabine e interior). Pelo visto esta mais para um E-175/190 híbrido à hélice. Seria uma cabine muito confortável se comparado com o ATR e uma ótima capacidade de bagageiro.

Bueno

KC390 FAB2855Retornando dos EUA Via Panama

https://www.flightradar24.com/BRS54/282b80f2

JuggerBR

Tirando a empena, é igual a um DC-3

Luiz Antonio

Creio tanto quanto à propulsão, o aperfeiçoamento na concepção e desenvolvimento de novas asas farão a grande diferença em mais um salto tecnológico. Esses comentários de Brasilião e DC-3 são medíocres, crítica sem fundamento e infantil

Adriano Madureira

Só espero que a aposta da Embraer seja boa…

“Pandemia força suspensão da produção do turbo-hélice regional Dash 8”.
[De Havilland Canada anunciou que retomada da linha de montagem dependerá do reaquecimento do mercado].
comment image

Last edited 3 anos atrás by Adriano Madureira
Filipe Prestes

O fato do Dash-8 ter a produção parada não decorre somente da pandemia mas da idade do projeto em geral. Não há muito o que evoluir, de maneira bem similar aos ATR. O que a Embraer lançará será algo totalmente novo nesse nicho de mercado que não se vê por pelo menos 30 anos.

Thiago Pires

Embraer sempre na vanguarda tecnológica, colocando no mercado o produto certo na hora certa. Orgulho dessa empresa que investe somas vultuosas em P&D, de um time de engenharia de primeira linha.
Isso só prova que a empresa não precisa nem precisava de ser entregue para Boeing.
Sucesso Embraer e vamos para cima!

João Adaime

Este comentário é somente para o pessoal da velha guarda. O desenho que ilustra a matéria lembra o Convair 240 e o Samurai YS11.

Alex Galeno

Acredito que quando se refere à híbridos, se refere à combustível fóssil e elétrico. Não esqueçam que a Embraer já desenvolve e comercializa o Ipanema, que é para usado na aviação agrícola, mas o conhecimento e a bagagem adquiridos podem sim vir para uma linha de aviões maiores.

Rinaldo Nery

Estiveram esta semana no 1°/9° GAV, em Manaus, pra saber mais sobre a operação nas pistas dos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF).

Marcelo M

Solução mais sustentável e que a Embraer domina é a propulsão com Etanol. Colocar as pesadas baterias para um motor eletrico num avião já concebido para motor a combustável parece ser algo mais difícil, não?

Marcelo Lopes

Uma coisa que eu gostaria de compreender é, se os ERJ 145 fizeram tanto sucesso e ainda hoje existe nicho para este segmento, porque a Embraer não retoma a produção dessa aeronave? O Japão não está de olho nesse mercado?