Mais antiga que a própria Força Aérea Brasileira (FAB), a Aviação de Transporte se destaca pela versatilidade de atuação

A Aviação de Transporte e o Correio Aéreo Nacional celebram, no dia 12 de junho, 90 anos de existência. Mais antigo que a própria Força Aérea Brasileira (FAB) – criada há 80 anos -, a Aviação de Transporte se destaca pela capacidade multimissão. Dentre as Ações de Força Aérea mais recorrentes estão Transporte de Tropa, Transporte Aéreo Logístico, Assalto Aeroterrestre, Reabastecimento em Voo e Combate a Incêndio em Voo.

Desde 1931, quando o Correio Aéreo Nacional (CAN) realizava o serviço postal militar brasileiro, a Aviação de Transporte já vislumbrava a importância que teria, por integrar o País e permitir a ação em comunidades de difícil acesso, possuindo relevante papel social.

Nesses 90 anos, a FAB ampliou sua capacidade de apoiar as atividades operacionais e administrativas das Forças Armadas e da sociedade brasileira como um todo. A aeronave multimissão KC-390 Millennium, por exemplo, responsável por garantir o fluxo de pessoal, equipamentos e suprimentos, demandado pelos mais diversos setores do País.

Mulheres no Transporte

Em mais um marco histórico, a Aviação de Transporte se destaca por ter a primeira mulher na função de Oficial de Operações de um Esquadrão Aéreo. A Major Aviadora Joyce de Souza Conceição, integrante da primeira turma de mulheres da Academia da Força Aérea (AFA), iniciou a carreira em 2003. No Esquadrão Rumba (1º/5º GAV) realizou especialização operacional, em 2007.Posteriormente, em 2008, atuou no Esquadrão Cobra (7º ETA). O ingresso na primeira linha da Aviação de Transporte ocorreu, em 2012, no Esquadrão Gordo (1º/1º GT), onde permanece até hoje. Desde janeiro deste ano, a Oficial desempenha a função de Operações.

O cargo exige grande capacidade de planejamento e organização, de maneira a manter o preparo operacional do Esquadrão, a fim de prover o emprego com eficiência dos meios em prol da Força Aérea.

Esta é a primeira vez que uma militar mulher assume tal função em toda a FAB. “A bordo dessa icônica aeronave, o C-130 Hércules, que ainda hoje é um vetor de grande importância, tive a oportunidade de realizar missões de interesse nacional, no Brasil e no exterior, em apoio à Marinha do Brasil e ao Exército Brasileiro, além de outros órgãos governamentais. Cumpri toda a trajetória operacional prevista na Unidade, como o lançamento de cargas, lançamento de paraquedistas, reabastecimento em voo, busca e salvamento, combate a incêndio em voo e missão na Antártica. Hoje carrego, com orgulho esta responsabilidade”, observou.

Aeronaves da Aviação de Transporte

Ao todo, são 13 Unidades Aéreas da Aviação de Transporte na FAB, equipadas com os modelos KC-390 Millennium, C-130 Hércules, C-105 Amazonas, C-99, C-97 Brasília, C-98 Caravan, C-95 Bandeirante e U-100 Phenom. As Unidades estão sediadas em Manaus (AM), Belém (PA), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ), Canoas (RS), Campo Grande (MS), Anápolis (GO) e Brasília (DF).

No Museu Aeroespacial, no Rio de Janeiro (RJ), é possível conhecer o CurtissFledgling, aeronave que iniciou o Correio Aéreo Militar, em 1931, e o WACO CPF-5, avião que serviu às Aviações Militar e Naval, a partir de 1935, cumprindo as funções de treinamento militar e do Correio Aéreo Militar. Além dessas, o Museu Aeroespacial possui em seu acervo várias das aeronaves utilizadas nas operações de transporte, como o C-115 Buffalo, o CA-10 Catalina e o C-47.

Nascimento da Aviação de Transporte e do CAN

  • 1931: Os Tenentes Nelson Freire Lavenère Wanderley e Casimiro Montenegro Filho levaram, a bordo de um avião CurtissFledgling, pela primeira vez, correspondências por meio aéreo. Mais do que levar duas cartas do Rio de Janeiro para São Paulo, os dois pilotos abriram caminho para a integração do País. Era a concretização do sonho de um grupo de militares liderados pelo então Major Eduardo Gomes. Nascia, em 12 de junho de 1931, o Correio Aéreo Nacional (CAN), que neste ano completa 90 anos
  • 1935: O CAN passou a operar, além das áreas do Rio e de São Paulo, nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná, Bahia e Amazonas;
  • 1941: com a criação do Ministério da Aeronáutica, o CAN, antes operado pela Aviação Militar do Exército juntamente com a da Aviação Naval, passou a ficar sob responsabilidade desse novo órgão;
  • 1946: O CAN já totalizava 49.400 quilômetros percorridos, mais que uma volta ao mundo pela linha do Equador, e 14.100 pessoas transportadas.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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