Conceito de ‘avião modular’ com colaboração da Embraer recebe prêmio internacional de design
Évora, Portugal – 6 de abril de 2021 – O FLEXCRAFT, um conceito de aeronave modular e pilotada remotamente, que permite reconfiguração rápida de cabine para múltiplas missões, venceu o International Design Awards (IDA), na categoria de Design de Transportes.
Com capacidade de pouso e decolagem em pistas curtas e uso de fontes alternativas de energia, o conceito busca fomentar ideias de transformação do futuro da mobilidade aérea, combinando as perspectivas humana, tecnológica, social e econômica de forma sustentável. O IDA destacou a experiência dos passageiros por meio da flexibilidade de design das fuselagens e novas tecnologias.
Entre as possibilidades estudadas para utilização estão o transporte de passageiros e carga, apoio a atividades de proteção civil, vigilância, evacuação aeromédica, agricultura, entre outros.
O projeto futurista foi resultado do trabalho de um consórcio português liderado pela Sociedade de Engenharia e Transformação, S.A.(SET.SA) que reuniu a Embraer Portugal, Instituto Superior Técnico (IST), Almadesign, Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) e apoio da Embraer SA (Brasil).
A iniciativa contou com financiamento do programa Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
“Essa premiação é um reconhecimento aos esforços, inovação e pesquisa científica da Embraer e de todos os parceiros desse projeto conceitual, que aponta oportunidades e caminhos para a transformação da mobilidade aérea futura”, disse Maurílio Albanese Novaes Júnior, Head de Desenvolvimento Tecnológico da Embraer. “Agradecemos também a iniciativa do Governo de Portugal que, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT) do Programa Portugal 2020, fomenta a pesquisa científica e confia na Embraer como um catalisador da cadeia local e do desenvolvimento da indústria aeronáutica portuguesa.”
A pesquisa científica teve o objetivo de elevar de forma integrada as tecnologias críticas deste conceito, tais como configuração, soluções de flexibilidade e processos de produção e materiais.
Por meio do projeto FLEXCRAFT foi possível avaliar, entre outros, o desenvolvimento de novos processos de produção, tecnologias ecoeficientes e integração de novos materiais, entre outras frentes de pesquisas.
DIVULGAÇÃO: Embraer
Hoje a Embraer está produzindo e comercializando o que ela projetou ontem. O que vai vender amanhã, está estudando hoje.
No mundos dos negócios não basta caminhar. Tem que correr.
É isso, só acrescentava que não basta caminhar, tem que saber onde quer chegar e depois tem que correr.
A Embraer cada vez mais participativa no parque indústrial aeronáutico de Portugal.
Os portugueses exitosos com o resultado.
MUITO LEGAL MAS BEM FUTURISTA
MAS VALE A PENA ESTUDAR !!!!
EU APOIO !!!
A ideia é muito promissora, meus parabéns aos envolvidos. Mas, considero mais interessante um conceito de veiculo de pouso e decolagem vertical com rotores basculantes, algo na linha do Bell V 280 ou Boeing Osprey. Desta forma o veiculo final seria mais flexível no uso.
Eu também acho mais viável, mas a Embraer é pragmática. Essa tecnologia de motores basculantes deu muuuito trabalho pra Bell e pra Boeing e é tem uma operação muito cara. Até pouco tempo atrás o Osprey tinha problemas. Arriscar em algo assim num projeto totalmente futurista e sem qualquer apoio governamental é um passo pra falência.
Agora, se o governo brasileiro resolvesse financiar algo do tipo, como fez os EUA, seria outra história. Mas ainda estamos muito longe disso.
Por mim o governo, se fosse competente, pragmático e realmente preocupado com a defesa e a industria nacional, deveria criar um cluster aeronáutico que reuniria empresas como a Turbomachine, WEG, SIATT, Embraer e outras para desenvolver projetos disruptivos. Dessa parceria poderia surgir motores aeronáuticos de grande porte, motores híbridos, aviões elétricos, sistemas autônomos e etc… nós sairíamos na frente em várias tendências que estamos vendo surgir hoje. Nós temos as empresas, só falta interesse e organização. Aliás, isso serve para a área espacial também. O setor privado tem plenas condições de desenvolver lançadores e satélites. É até uma vergonha para… Read more »
Portugal parece o parceiro ideal para a Embraer. O governo brasileiro deveria dar mais atenção a isso, porque Portugal tem interesse em desenvolver sua industria, já mostrou que cumpre promessas e é membro da OTAN. Essa parceria pode render muitos frutos. Embraer sempre enxergando longe.
Lógico que não é a mesma coisa, mas me lembrei do Fairchild XC-120 Packplane:
https://www.youtube.com/watch?v=07PDAzxwA2M
Esta idéia é bem interessante e engenhosa, mas é antiga, o Fairchild XC-120 Packplane, o Fieseler Fi 333, o Miles M.68 e o Savoia-Marchetti SM.105 usavam este conceito entre os anos 40/50. Nenhum foi para a frente, provavelmente porque o custo de se manter vários módulos para um mesmo avião deve ser muito alto. Mas em helicópteros como o Sikorsky CH-54 Tarhe parece que deu certo.
Espero que, com a evolução dos materiais compósitos e do voo autônomo, a ideia agora seja mais bem sucedida.