Nanossatélite brasileiro é lançado com sucesso do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão
NanoSatC-Br2 será o último de 38 satélites a ser liberado em órbita
Após ter o lançamento adiado por 48 horas em decorrência de uma falha técnica, o nanossatélite brasileiro NanoSatC-Br2 foi lançado com sucesso nesta segunda-feira (22), às 3h07, a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. A desacoplagem do foguete Soyuz-2.1A – que leva no total 38 satélites, sendo o maior da Coreia do Sul – deve acontecer por volta de 7h (horário de Brasília).
O lançamento do NanoSatC-Br2 foi transmitido ao vivo pela TV Brasil e pela Agência Brasil.
De dimensões modestas, o NanoSatC-Br2 pesa apenas 1,72 quilograma. Com 22 centímetros (cm) de comprimento, 10 cm de largura e 10 cm de profundidade, o satélite é menor que uma caixa de sapato. A principal missão do equipamento é monitorar a anomalia magnética do Atlântico Sul – fenômeno natural causado pelo desalinhamento do centro magnético da Terra em relação ao centro geográfico, característica que atrapalha a captação de imagens e transmissão de sinais eletromagnéticos numa determinada faixa do céu -, mas ele também servirá de ferramenta de pesquisa para estudantes de diversos campos: engenharia, aeronomia, geofísica e áreas afins.
O projeto é um esforço conjunto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul e da Agência Espacial Brasileira (AEB). O NanoSatC-Br2 ficará situado a cerca de 500 quilômetros de altitude – na camada da atmosfera chamada Ionosfera – e fará uma órbita polar heliossíncrona, ou seja, o NanoSatC-Br2 cruzará a circunferência entre Polo Norte e Polo Sul, mas sempre no mesmo ponto em relação ao Sol, em ciclos constantes.
O custo estimado do NanoSatC-Br2 – entre desenvolvimento, lançamento e operação – é de cerca de R$ 1 milhão, de acordo com Michele Melo, assessora de Inteligência da Agência Espacial Brasileira (AEB).
O nanossatélite permitirá a capacitação de profissionais em diversos campos relacionados à ciência e tecnologia. “Os alunos vão ajudar na operação do nanossatélite. O contato principal é depois de o equipamento lançado. Eles vão obter os dados científicos que estão chegando à Terra. O fato de os alunos terem esse contato na graduação é fantástico porque eles conhecem como funcionam o mercado de satélite e todo o processo que envolve a fabricação e aquisição de equipamentos, lançamento e operação dele no espaço,” afirmou o professor Eduardo Escobar Bürger, da UFSM.
Missão conjunta
O lançamento do NanoSatC-Br2 é fruto da parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a AEB e a Roscosmos – a agência espacial russa. O satélite brasileiro é um dos 38 dispositivos que estão carregados no foguete Soyuz-2.1A que parte hoje do Cazaquistão. A missão envolve Brasil, Rússia e outros 16 países – a maior parceria aeroespacial internacional para lançamentos de satélite registrada até hoje.
FONTE: Agência Brasil
É o Brasil caminhando, a passos largos, para a conquista do cosmos.
Era pra ter sido lançado aqui mesmo, se algum dia tivéssemos levado a sério o programa espacial brasileiro, enterrado na tragédia do VLS em Alcantara, 2003. Mas como cobrar alguma seriedade das autoridades, não é?
Especulando sobre o ocorrido: pra mim o aconteceu pode ter sido sabotagem. Estaríamos num patamar excelente de 2003 ate hj 18 anos depois. Não temos segurança no país contra espionagem e contra sabotadores.
Foi sabotagem mesmo. Interna por parte do governo naquela ocasião, que queria apenas publicidade positiva e cortou o programa.
Apenas esses bobinhos acreditam nessa ladainha de “sabotagem”. A única sabotagem que ocorreu foi a do Governo Federal, que praticamente fechou o programa, como bem disse o Leandro Costa.
Bruno,
Não discordo nem concordo com sua opinião.
Nesse mundo de tantos interesses, quem sabe o relatório que veio a publico não foi um feito para tal?
Do mesmo modo realmente pode não ter sido um ato de sabotagem e simplesmente de falta de capacitação e equipamentos adequados para o desenvolvimento?
A conclusão, infelizmente é que não evoluimos desde então nessa área.
Então. Ainda somos anões diplomáticos, imagina em termos de defesa contra espionagem, vide equipamento comprado pela Marinha que é um codificador que transcreve nossos códigos criptografados secretos para outros países. E assim vai… Mas a época do acidente em Alcântara vários acontecimentos ou eventos estranhos na região foram registrados. Inclusive um aparelho que gerava sinal de telemetria, o qual não me recordo o nome agora, de origem japonesa, em águas brasileira na região do Maranhão. Isso intrigou muito aqueles que buscavam explicações para ocorrido no centro de lançamento, que perdeu muita gente especializada e que não se pode substituir tão… Read more »
Vi uma apresentação sobre o programa todo na Universidade da Força Aérea lá na Base Aérea dos Afonsos que abordou essa questão. Mais de um artefato de origem estrangeira (lembro-me especificamente de um de origem Francesa) feitos para captar os sinais de telemetria foram encontrados, mas nada que pudesse interferir com os sinais enviados da estação de solo. O erro, amadorismo, foi inteiramente nosso. Nenhum país poderia simplesmente ordernar colocar a maior parte do pessoal sensível do projeto em um local perigoso durante qualquer tipo de teste que tivesse a menor probabilidade de desastre. Deveriam existir protocolos que impedissem essa… Read more »
Mas que artefato foi esse? Porque estava lá? Quem colocou? O que aconteceu com ele depois do episódio?.
Questões e questões, a inteligência se aprimora assim.
Caio, salvo engano era uma bóia com equipamento eletrônico. Não se sabe com certeza quem colocou, mas certamente é bem curioso. Questão de sempre aprimorar a segurança operacional. Algo muito importante e que muita gente esquece que é necessário.
Importa menos o motivo e mais a atitude depois das mortes. Se os americanos ficassem discutindo sem tomar as medidas de correção, jamais teriam ido à Lua após as mortes da Apolo I.
Sério mesmo?
E você acreditou?
Olha no youtube vídeo relatando embargos e sabotagens americana e alemã (dentre outras) ao programa espacial brasileiro desde seus primórdios.
E hoje, olha com quem o Brasil mais tem “parceria” na área espacial.
Brasileiro nunca aprende nada!
Não sou adepto de teorias da conspiração, mas o “acidente” foi de tal forma avassalador que eu abro essa exceção.
Vc acha que se tivesse realmente acontecido sabotagem por parte dos “poderosos” americanos a FAB teria a capacidade de descobrir? Foi graças ao Snowden que descobrimos algumas coisas em relação ao EUA contra nós!
Tive um professor na faculdade que participou do desenvolvimento do VLS e por sorte sobreviveu a explosão (ele estava no prédio de controle analisando dados de telemetria da simulação), um dia ele contou para um grupo de alunos (eu estava junto) que ele dúvida que foi alguma falha no foguete, pois eles testaram tudo e todos os sistemas tinham redundâncias inclusive depois da explosão foi lançado mais 2 ou 3 VLS a partir da Ucrânia (se não me engano). Outra coisa que este professor falou foi que mesmo que os cientistas/engenheiros tivessem morrido todo o projeto do VLS estava documentado… Read more »
Foi sabotagem sim. Daquele que não quer ver o Brasil soberano. Todos sabemos quem é. Só os passadores de panos que endeusa uma nação que luta contra o nosso desenvolvimento tenta inventar historia.
Perdemos muito conhecimento aeroespacial com o pessoal que faleceu naquela tragédia.
muito bom , mas espero ainda ver um satelite brasileiro lancado por um foguete brasileiro…
Esquece, amigo, aqui os cientistas só estão preocupados com plano de cargos e salários, incorporar gratificações, juntar mais triênio, anuênio, 13 sal., 14 sal. , aposentadoria extra-teto, bonificações e etc. Aqui cientista é “funça”, aquele coçador de barriga que fica olhando pro relógio doido pra ir embora, não tem jeito, olha a ABIN, o que esses caras fazem o dia todo? Não existe contra-inteligência, o governo está completamente perdido e não consegue atuar contra os militantes dentro do próprio governo, é uma piada.
Os cientistas que conheço são bastante diferentes disso aí hehehehe. Conheci um que fazia projetos e protótipos de drones para vigilância de fronteira e que lutava por orçamento para conseguir fazer suas ideias decolarem. Descolou alguma grana e um laboratório da Petrobrás lá no Fundão para poder fazer um veículo subaquático para inspeção de operações de perfuração. Todos os outros projetos, inclusive o drone para vigilância de fronteiras, num quartinho amontoado nos fundos de sua casa no Méier. Outros tantos trabalham muito e tentam dar aulas porque não há grana para mantê-los trabalhando 100% do tempo em diversos projetos que… Read more »
Um amigo que trabalhou no INPE ha mais de 40 anos atras e faleceu ha mais ou menos 30 anos atras, num acidente proximo a S. Jose dos Campos envolvendo seu automovel, esteve por alguns anos estudando na Alemanha e nao se enquadrava em nenhum desses conceitos negativos apontados ai acima por outro leitor, sujeito dedicado, capaz – foi professor de matematica em varios cursos pre vestibulares em Juiz de Fora, pos a vida conjugal em 2o plano, apos a esposa nao se habituar a vida na Alemanha e este ter permanecido por la… A epoca a Russia tinha interesse… Read more »
Não sei de interesse russo algum. Sei do acordo que fizemos com a Ucrânia. Péssimo acordo que foi desfeito até relativamente pouco tempo atrás porque simplesmente não teria como ir adiante. E tecnicamente foi o mesmo acordo que faríamos com os americanos.
Foi acidente mesmo. Teorias da conspiração não se sustentam nesse caso (ou na maioria dos casos, de qualquer maneira).
Quem sabe! A expectativa média de vida dos brasileiros atualmente é de 76,6 anos, aumentando.
O INPE é mais preocupado com o desmatamento na amazônia do que no espaço e satélites
Porque é essa a função deles. Ou pelo menos deveria
Uma das.
É uma vergonha o Brasil precisar contratar uma nação estrangeira para lançar um satélite de menos de 2kg. Espero que pelo menos o veículo lançador de microssatélites vá para a frente. Nos dará autonomia para lançar cargas de até 150kg ao espaço, se eu não estou enganado.
Não vai rolar. Já tem startups se instalando aqui, como a VAYA Space, que está desenvolvendo um lançador híbrido que pode colocar até 1000kg em órbita baixa e 60kg em órbita alta. Com um lançador desses o VLM fica totalmente obsoleto e inviável.
Como sempre, o projeto demorou tanto que acabou ficando obsoleto antes mesmo do primeiro voo.
Temos que parabenizar e valorizar nossos pesquisadores, porque com todos os desafios conseguem fazer milagres. Imagina o país investindo sério em P&D. Em uns 30-40 anos poderíamos estar na vanguarda de muitas tecnologias.
Quanto será que custou o frete dessa entrega aí?
Na ocasião, no mesmo foguete, também subiu o primeiro satélite da Tunísia, 100% construído pelos amigos tunisianos.
E teve de outros países também: https://twitter.com/gk_launch/status/1373823736919556098?s=20
Não ficou claro: “Após ter o lançamento adiado por 48 horas em decorrência de uma falha técnica, o nanossatélite brasileiro NanoSatC-Br2..” A falha foi do nosso satélite ou dos aparatos de lençamento?
O problema técnico foi no foguete.
Já que acabaram com nosso programa espacial, entregaram nossa base por um monte de “pedrinhas coloridas” e sepultaram de vez nosso programa de foguetes e satélites, vamos lançando “caixinhas de sapato” no espaço.
Enquanto que nosso mistério da ciência e tecnologia continua como sempre foi.
Inerte e inexpressivo!
Triste.
Todas as nações com um mínimo de consciência de desenvolvimento estão migrando suas atenções para exploração espacial, P&D e ciência e tecnologia.
Enquanto que nós estamos arraigados e velhos hábitos ruis e más praticas.
O Pontes está fazendo um bom trabalho no Ministério. Até pessoas que não gostam do Bolsonaro o elogiam.
Em contrapartida quem afundou o programa espacial mesmo?
Sério mesmo?
Fala sério amigo!
Converse com profissionais do INPE e AEB para ver o “bom trabalho” de Pontes.
Me ajuda aí.
Então, Foxtrot, eu tenho contato com gente do inpe sim, e as coisas andam bem lentas no quesito aeroespacial. As prioridades são outras e o ministério está praticamente todo mobilizado para o problema da covid desde o início da pandemia, procurando vacinas e formas mais amplas de se vacinar a população. Então sim, dentro do espectro de atuação do ministério, o Pontes está sendo muito elogiado e recebe muito pouca luz dos holofotes. Até porque para a imprensa em geral algum ministério desse governo atuando como deve não cai bem na narrativa que querem passar, né?
Então caro Leandro, já que tem contato com funcionários do INPE e AEB (se é que é verdade, pois escrever qualquer coisa aqui não há como comprovar), me responda. Porquê até hoje não lançamos o 14X, Sara sub orbital, foguetes da família cruzeiro do sul, missão Áster, satélite SAR baseado na plataforma multi missão, etc etc etc ? Quanto ao INPE está envolvido ao combate ao Covid-19, nunca li tanta baboseira num lugar só. Primeiro porque o INPE não tem nada há contribuir na luta contra o Covid, segundo porque não é atribuição do mesmo. Por fim, vocês precisam para… Read more »
Bom, mas esta é minha opinião e cada um tem a sua.
Espero realmente que este governo seja um dos melhores que este país já teve.
Que leve este país a condição de nação autônoma e verdadeiramente soberana, justa e igualitária para todos os brasileiros.
Com crescimentos de IDH e científicos sem iguais no planeta.
Vamos dar tempo ao tempo e no final faremos as comparações!
Preste mais atenção. Eu nunca disse que o INPE está envolvido no combate à Covid. Eu disse que o Ministério está e os recursos estão voltados para isso. Para o resto simplesmente não há recursos. Não tem como, não tem grana para isso tudo. Simplesmente não tem de onde tirar mais. Lá vem outro auxílio emergencial aí e isso já está sufocando o que sobra da economia, ainda mais com lockdowns. E não sou contra essas medidas porque elas são necessárias. Eu gosto e quero um estado mínimo sim. Mas mínimo NECESSÁRIO. Em situações de emergência nacional, o Estado precisa… Read more »
Acho que foi no governo do lula e continuou parado no governo Dilma . Bolsonaro está tentando governar eu apoio este governo. Mas o que dificulta…. todos sabem e se fazem de cínicos
Kkkkkkk aí ai !
Cara, você passa o dia inteiro pensando nas bobagens que você fala aqui, é?
Não vou nem te dar o prazer de uma conversa coerente porquê nota-se que coerência não é seu forte.
Porque o brazil só produz nano satelite, nano fragata (corveta), nano blindado, nano foguete??
Talvez porque das verbas reservadas para o desenvolvimento de qualquer coisa neste país, só uma nano parte chega onde deveria chegar.
O que tem no satélite NanoSatC-BR2?
Aqui está a resposta detalhada:
http://www.inpe.br/crs/nanosat/missao/nanosatc_br2.php
Instalações do INPE no campus da UFSM, aqui em Santa Maria.