Líderes suecos da defesa pressionam oferta do Gripen da Saab para a Finlândia
COLOGNE, Alemanha – Altos funcionários da defesa sueca deram seu peso na oferta da Saab pela competição multibilionária de caças HX na Finlândia, argumentando que a aeronave Gripen permitiria uma cooperação sem precedentes entre os dois países para impedir um hipotético ataque da Rússia.
A corrida finlandesa é uma das duas competições de aeronaves de alto custo na Europa – a Suíça sendo a outra – onde os principais fornecedores de ambos os lados do Atlântico estão disputando uma posição. A Finlândia solicitou ofertas finais até o final de abril da Airbus para o Eurofighter; Dassault para o Rafale; Boeing para o Super Hornet; Lockheed Martin para o F-35; e Saab para o Gripen E/F.
Helsinque orçou cerca de US$ 12 bilhões para o programa.
O ministro da Defesa sueco, Peter Hultqvist, disse que a competição de aeronaves acontece durante uma “deterioração da situação de segurança” ao redor do Mar Báltico, que ele atribuiu à flexibilização militar russa. Ele estruturou uma maior cooperação de defesa entre os países escandinavos como um pré-requisito para enfrentar os “movimentos agressivos” de Moscou.
“A defesa aérea é uma parte vital disso”, disse Hultqvist durante uma coletiva de imprensa online em 16 de fevereiro.
O brigadeiro general Anders Persson, vice-chefe sueco da Força Aérea, apontou a Suécia e a Finlândia como pontos potenciais de incursão para as forças russas. Aviões adversários poderiam entrar em seu espaço aéreo em grande número, se beneficiando da longa orientação nordeste dos países, disse ele.
Nesse caso, a frota aérea finlandesa mais exposta poderia recuar para o oeste em bases na vizinha Suécia, um feito que seria mais facilmente realizado se os dois países tivessem o Gripen, argumentou Persson.
“Seremos como uma força aérea com dois comandantes”, disse ele.
O CEO da Saab, Micael Johansson, acenou com a perspectiva de uma cooperação industrial aprimorada com empresas finlandesas, especialmente porque o cliente teria uma função no desenvolvimento de novos recursos no Gripen.
“Essa aeronave tem uma arquitetura que a torna atualizável em muito pouco tempo”, disse ele.
Johansson também elogiou as capacidades de outra aeronave: o avião de alerta antecipado e espião GlobalEye, que a Saab está oferecendo à Finlândia para o programa de modernização militar do país. Os sensores da aeronave anulariam essencialmente as características furtivas de aeronaves de ataque, afirmou ele.
Os fabricantes de aviões de combate têm feito de tudo para anunciar suas aeronaves nas competições finlandesa e suíça, geralmente com a ajuda de seus respectivos governos. A oferta do Gripen da Saab foi eliminada da corrida suíça em 2019 porque a versão “E” do avião não estava totalmente pronta para o regime de demonstração de voo do governo suíço na época.
No entanto, a Saab ainda aposta na expansão internacional liderada pela venda do Gripen para o Brasil, disse Johansson.
A Noruega, o vizinho mais a oeste da península escandinava, está atualizando sua Força Aérea com F-35s.
FONTE: Defense News
Lembro que, naépoca do FX-2, todos diziam que o Rafale era “invendável”.
Hoje, o Rafale tem mais clientes e mais unidades vendidas que o Gripen. Desde o FX-2, a SAAB não emplacou venda de mais nenhum Gripen até agora.
Tomara que eles finalmente consigam com os finlandeses.
Compara o peso politico e estratégico de França e Suécia, não é só a qualidade do avião que conta. Fosse o F-35 um avião não americano, não teria tantos operadores.
Fora que o GRIPEN E é bem mais novo.
Gripen NG foi anunciado em 2007, com Gripen Demo desde 2008.
Não é novo, não.
Foi prometido em concorrências (Dinamarca, Noruega, Holanda, etc) que teria versão operacional em 2012, por aí.
Gripen NG está uns 8-9 anos atrasado em relação às promessas da Saab de 2007, 2008, 2009.
Tudo isso registrado em PDF’s de ofertas da Saab aos possíveis clientes na época.
E o papo que a Índia assinou com a Rússia um contrato de compra de 110 caça MIG 35 .
Se for verídico a estatal MIG se salvou da falência e a Rússia fez uma ótima venda.
Alguém aí sabe mais sobre o assunto ?
Ilação sua.
Sucesso da Suécia na venda para a Filância, traria reflexo positivo para o Brasil. O fato de ser monomotor não torna seus sistemas tecnologicamante defasado, o que lhe falta para ser um quinta geração é um design furtivo. Vejo a flexibilidade de sua arquitetura do Gripen E/F, como uma grande oportunidade para um salto (direto) para sexta geração. Brasil tem capacidade de acompanhar?
O problema é que o Gripen parece um avião do século passado, é muito convencional, o fato de ser monomotor pesa, mas o F-35 também é, só que o F-35 parece uma avião do futuro, o Gripen não.
Me parecem os argumentos errados pra fazer a venda. Então se a Noruega pedir abrigo, não será atendida porque voa avião americano?
Auxílio de interpretação de texto: ele disse que se ambas as forças aéreas estiverem operando o mesmo avião o apoio operacional e logístico fica extremamente simplificado. Agora, isso aí que você falou, sobre negar apoio à Noruega, ele não disse não, mesmo porque é um total absurdo e não faz o menor sentido
Também achei.
Num suposto ataque Russo, a frota aérea finlandesa deve avançar e não recuar, se for para recuar, para que ter uma força aérea?
Esse brigadeiro deve estar fumando algo meio mofado…rsrsrs.
Ah, é claro, eles vão avançar e operar em bases na Russia. Esse brigadeiro não entende nada mesmo. Espero que ele esteja lendo seus comentários para aprender como defender o país dele
JT8D, avançar que eu digo é combater a força aérea russa, ou você vai deixar uma força aérea invadir e atacar o seu país impunemente?
Essa idéia desse brigadeiro é uma idéia de um derrotado, se é para ter um brigadeiro assim, melhor nem ter uma força aérea, e se esse for realmente o pensamento desse brigadeiro, quem tem que aprender como defender um país é ele, e não eu.
Realista.
Sendo realistas assim e trocando terreno por tempo os finlandeses sentaram uma sova na finada USSR na guerra de inverno.
Não dá pra ser simplista em uma atividade tão complexa
Mauricio, eu imagino que em caso de invasão, o primeiro alvo dos ataques russos serão as bases aéreas finlandesas. Então o que o brigadeiro está dizendo não é abandonar bases intactas, é usar bases alternativas na Suécia caso as bases finlandesas tenham sido destruidas
Se as bases forem destruídas ou o caças foram destruídos juntos ou não poderão decolar… Faz mais sentido se, havendo iminência de guerra, fugir mesmo para se proteger, como os russos fizeram na segunda guerra para se proteger dos alemães… Recuar muita coisa, o que não significa que os aviões em bases mais afastadas não pudessem continuar na luta. Apenas em bases mais distantes. Se bem que numa guerra moderna, distância não é mais problema. Não é como na segunda guerra, que a Alemanha não tinha como atacar os Estados Unidos e o Japão atacaram, de forma tímida… Atualmente, mísseis… Read more »
Até este momento. EUA é único que adotou de forma efetiva na sua Defesa um caça com a premissa em design furtivo. Para alguns críticos, o Su-57 é menos furtivo que os caças F-35 e F-22, projeto do Su-57. O mesmo pode ser dito do projeto (até aqui) do Projeto Coreano e Japones, focado em outras tecnologias que possibilite furtividade. O Falon foi focado na supermanobrabilidade e nos radares, poucas unidades fabricas e defesa dependende do convencional. A França, Rafale, convencional. Alemanha, Eurofighter Typhoon, convencional. Estou falando de construtores. Inglaterra, Alemanha, França, projetam um salto direto para sexta geração, Suécia,… Read more »
Discordo de vc só na parte de chama o caça chinês de xing ling,acho o J20 mais capaz até que o su 57 já que o primeiro parece ser maior furtivo e melhor acabado.
Congratulações, entendo, mais o que é realmente o J-20????? Se não uma cópia, quando próprio criador do original já esta tão apressado em soltar para sexta geração.
O Gripen é o competidor mais fraco do programa finlandês. Com a Rússia logo ali ao lado o ideal seria um avião com mais “musculatura”.
Além da Suécia, o Gripen é uma aeronave que atende especificações apenas de paísecos irrelevantes como África do Sul, Hungria e Brasil.
E a Suécia não tem a Rússia logo ali ao lado??? São um país fora da OTAN igual a Finlândia também, e com um território maior. Será que a Suécia é um ”paíseco” que confiaria ao ‘fraco’ Gripen como sua primeira linha de defesa??? Argumento apenas para ser vira-lata… Próximo
A Suécia é um pequeno pais, que tem a coragem de não manter e criar uma depencia da OTAN perante um pais vizinho com fronteira contínua, que tem um colossal sistema militar. Focado, buscar o caminho mas díficil, que das facilidades froxas. E ai?, o Brasil vai aproveitar a oportundade, foca em pesquisa, dar um salto para sexta geração, tirar proveito da parceria ou vai dar um cavalo de pau daqui a 45 anos e ouviremos História de “super trunfo” e projeto caro em nome de aquisição de nova tecnologia. COPAC neles FAB.
Bem isso. Sem nexo.
Eu acho que a Saab tem boas chances nesta concorrência… projeto adaptável…preço competitivo…alta compatibilidade com armamentos da OTAN…custo beneficio…influência politica sueca.
Tomara que a Finlândia não sofra nenhuma invasão russa , pois se depender dessa geração floco de neve eles estão acabados.
Parte da premissa que as bases mais próximas da fronteira Russa ficarão sobre constante ataque para se tentar imobilizar parte, ou a totalidade da Força Aérea Sueca, tanto aéreo quanto terrestre. De fato, existe um comprometimento quase que sem precedentes dos Suecos em sugerirem a utilização irrestrita de seu território para a Defesa de um vizinho contra um ator internacional de peso, o que implicaria que os destinos de ambos estariam irrevocavelmente unidos. Ao mesmo tempo, exige um outro grau de comprometimento por parte dos Finlandeses, ou melhor, de confiança de que suas aeronaves e a independência de seu comando… Read more »
“A Finlândia solicitou ofertas finais até o final de abril da Airbus para o Eurofighter; Dassault para o Rafale; Boeing para o Super Hornet; Lockheed Martin para o F-35; e Saab para o Gripen E/F.”
Lembro de ter lido aqui que bancamos o desenvolvimento da versão F.
Isso posto, teríamos alguma participação na venda da versão?
Me corrijam se eu estiver errado por favor.
Se não me engano teremos sim, sendo co-autores da versão F e produtora de partes para as aeronaves. Mesmo que uma outra linha de montagem de peças seja feita na Finlândia, acho que o Brasil não apenas entra com parte do suprimento global de peças e partes da aeronave, bem como royalties na produção e venda de versões JAS-39F.
Mas é achismo meu.