Em 21 de dezembro de 2020, a Boeing e a Marinha dos EUA divulgaram que o F/A-18E/F Super Hornet é capaz de operar a partir de uma rampa “ski-jump”. Com a demonstração, ambos mostram que o Rhino é adequado para operações de porta-aviões da Índia.

“O primeiro lançamento seguro e bem-sucedido do F/A-18 Super Hornet de um ski-jump dá início ao processo de validação para operar de forma eficaz em porta-aviões da Marinha Indiana”, disse Ankur Kanaglekar, líder de vendas de caças da Boeing na Índia.

“O F/A-18 Block III Super Hornet não só fornecerá capacidade superior de combate à Marinha Indiana, mas também criará oportunidades de cooperação na aviação naval entre os Estados Unidos e a Índia.” A Marinha da Índia tem um porta-aviões operacional (INS Vikramaditya), enquanto outro, o INS Vikrant, está em construção no estaleiro Cochin Shipyard Limited (CSL) e deve entrar em serviço nos próximos anos.

A construção do INS Vikrant (IAC-1) está sendo finalizada

O Indian Naval Air Arm está avaliando suas novas opções de caça. Se selecionar o Super Hornet Block III, o governo indiano poderá se beneficiar de bilhões de dólares investidos em novas tecnologias pela Marinha dos Estados Unidos e outros. Essas tecnologias incluem rede avançada, maior alcance por meio de tanques de combustível conformais, busca e rastreamento infravermelho e um novo sistema avançado de cabine.

O Super Hornet Block III da Boeing e os serviços que os acompanham desempenham um papel importante na prontidão para a missão da Força Aérea e Marinha da Índia. A Boeing está focada em entregar a aeronave a clientes indianos e espera conseguir o contrato. A Índia deve escolher um novo caça em 2021.

O país já convidou em 2017 propostas para 57 aeronaves para seus porta-aviões, enquanto a Força Aérea requer 100 aeronaves. Os concorrentes para o Super Hornet são o próprio Tejas da Índia (uma versão navalizada está sendo testada) e uma versão modificada do padrão Rafale M F3R.

As demonstrações de ski-jump seguem a entrega de duas aeronaves de teste de voo do Block III para o Rio Pax em junho de 2020. A Boeing tem um contrato para entregar o Block III à Marinha dos EUA, a partir de 2021.

O novo Super Hornet fornece o máximo de armas ao alcance no inventário de caças da Marinha dos Estados Unidos, incluindo cinco vezes mais armas ar-solo e duas vezes a capacidade de armas ar-ar.

Subscribe
Notify of
guest

44 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Wellington Góes

Vazio…. É mais fácil…

Johnny

Sera que nao ha restricao de peso (menos armas e combustivel) para a decolagem pela sky jump?

Mayuan

Sim mas o que tem sido informado é que eles estão não confiam no MIG29, o Rafale exigiria mudanças físicas no PA e eles não acreditam que consigam ter aprovação para o F35. Sobrou o SH Block 3 para mobiliar esse e o próximo PA.

Nostra

IN ( nor IAF ) has not shown any interest in F35 till date. LM had previously tempted IAF with F35 provided F16 is selected. IAF didn’t bite. Physical changes to aircraft carrier lifts is not allowed , both Dassault and Boeing are looking to make changes to the aircraft itself to allow it to fit into the lifts. Based on technical performance and suitability only, the aircraft will be selected. Latest news is IN is looking to merge the requirement of 36 aircrafts ( from original 57 ) with IAF requirement of 114 aircrafts to cut costs and simplify… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Nostra
Mayuan

I didn´t say they want to buy F35. I was only mentioning possible candidates. There´s no doubt paid news try to influence choices. Anyway, in the end of the day, Boeing´s plane is possibly not the best technical choice but it´s probably the only viable choice considering all the factors. All in all, I strongly believe IN will be well served with it.

Wellington Góes

Sobrou foi?! Rsrsrsrs
Se for preciso mudanças para o Rafale, que é menor, mais leve e tem uma relação peso-potência melhor, imagina então para o SH… Desculpa, sua afirmação carece de embasamento…
Se tem algum caça que tenha alguma vantagem, este é o Rafale M, não o Super Honet…
Até mais e um bom 2021!!!

Mayuan

Carecem? Então me conta quais são as modificações que o SH precisa pra operar no Vikramaditya? Que o Rafale precisa ser modificado para dobrar as asas eu já sei.

Fabio Araujo

Mas se precisar de uma carga maior de armamento decola com o mínimo de combustível para reabastecer no ar!

Nostra

For CAP/AI missions 2 BVR and 2 WVR and a central drop tank and for anti shipping missions 2 AShMs and 3 drop tanks will be more than enough without need of refuelling IMO within the 400 km zone of the carrier .

Last edited 3 anos atrás by Nostra
Fernando Turatti

Pra quem reabastecê-lo? Outro Super Hornet?
Isso até é possível, mas é ineficiente a um nível que eu sinceramente duvido em absoluto da utilidade em combate.
Ski-Jump é coisa pra quem faz avião pensando nisso, senão fica sempre meia boca igual aos russos, chineses e indianos.

Mayuan

Outro SH ou um MQ-25 Stingray talvez. Se é tecnicamente/comercialmente/politicamente viável/interessante….

Fernando Turatti

E vai decolar ele de qual catapulta?

Mayuan

Que ele é projetado para uso STOBAR é fato mas por ser asa voadora e por eu desconhecer os parâmetros dele é do PA indiano é que coloquei a ressalva do tecnicamente viável.

Johnny

Fábio, não parece muito prático a decolagem de, digamos três elementos (6 caças), todos com muita bomba e pouco combustível, para todos eles serem reabastecidos no ar, imediatamente após a decolagem. Os harrier, monomotores e bem mais leves, parecem ter sido feitos sob medida para uso da sky jump. Com o F-18 parece um improviso. Mas valeu pela postagem.

Nilo Rodarte

Apenas um exercício de imaginação, num cenário de fim de mundo mesmo, considerando apenas a decolagem, com pouso em uma base terrestre, usando esse sistema de sky jump eles poderiam decolar dos Classe América? Dos Izumo? Ou até mesmo do Atlântico, ou algo do mesmo porte? (Apenas decolar: leva até perto do TO, decola, cumpre a missão e pousa em uma base terrestre, talvez até capturada – Super Trunfo mesmo!)

Claudio

Chineses tem varias concepções desse tipo, type 076

Last edited 3 anos atrás by Claudio
Nostra

Simplistically speaking will depend on the runway length available on the platforms and the thrust/weight ratio of the aircraft. Other factors are also there like speed of the ship itself etc

Nostra

STOBAR (short take-off but arrested recovery) is handicapped to an extent by lower payload capacity ( weapon/fuel ) compared to CATOBAR ( catapult assisted take-off but arrested recovery )

Matheus S

Em tese pode decolar sem grandes restrições, mas isso depende de muitas variáveis. Mas caso não dependa das condições impostas, pode fazer o que o Fabio muito bem disse, decolar com um mínimo de combustível necessário apenas para decolar e se posicionar para reabastecer no ar.

Last edited 3 anos atrás by Matheus S
carvalho2008

Para superioridade aerea nem de abastecimento precisa….pois este tipo de missão é muito….muito….muitisimo mais leve…eventuais comprometimentos de performance somente surgem nas missões de ataque e bombardeio, em geral muito mais distantes e peso de decolagem muitissimo mais alto.

Claudio

Poderiam operar no Queen Elizabeth class de os mesmos tivessem cabos de parada

Last edited 3 anos atrás by Claudio
carvalho2008

Se tivessem cabos de parada sim.

O CVE QE antes de sua maturação e termino, teve entreveros serios com os americanos com relação a segredos do F35….britanicos chegaram a pensar em usar Rafale e até Suecos chegaram a estar na parada, mas a coisa se resolveu e ficaram com o F35….

Tiger 777

Pela lógica, alguns decolam com configuração ar-ar, pra proteger o ataque dos demais em configurações ar- solo ou ar-mar.
Acredito que outros podem esclarecer mais sobre o assunto…

Luiz Trindade

Eu creio que deva ter a mesma capacidade que o SU-27/33 naval… Mesmo assim é muito legal ver o F-18 Super Hornet Block III decolando dessa maneira. Eu pessoalmente acho ele um caça incrível.

Yuri Dogkove

Eu também!

Yuri Dogkove

Esse caça é tão bom que pode decolar até de um terraço… Brincadeiras à parte, gostaria de vê-lo em uma das FA do Brasil!

Satyricon

A MB observa…

João Fernando

Observar não significa operar

Cleber

So observa . kkkkk

Andre

Nada de Mig29/35 ou Su33?

carvalho2008

O Su-33 é o mais antigo de todos e de fato, pesadão e grande demais o que já ouvi falar é que o MIG29K ficou bom e podia realizar quase todas as missões que o SU-33 em pé de igualdade, em termos de carga e alcance, resultado de sua melhor aerodinamica para decolagem. Mas mesmo o MIG-29K já tem data de vencimento, complicado investir num vetor para os proximos 30-40 anos….O F-18SH tambem tem este problema, mas tem suas vantagens tambem….é já antigo, mas contará com uma longa manutenção americana por bom tempo, não será o fino da coisa, mas… Read more »

carvalho2008

Hehehe…já tinha antecipado e cantado esta…..ski jump não é um bicho de sete cabeças….mas seria realmente interessante saber os parametros de decolagem….

E outra….escreveram mais uma profecia do Carvalho2008…

Voces verão Ski Jump somada a uma catapulta simplificada e auxiliar antes d rampa….nada de vapor….nada de caldeira…nada de emals complexas e carissimas…

Uma catapulta apenas para dar uns 20% de compensação a ski jump….feito isto, encerra-se esta discussão de depreciação de carga stobar…Nae pequenos simples e em qtde…..pois o modelo tradicional é inviável de se fazer presente em todos os locais necessários bem como de alto risco d=se danificados…

Matheus S

A coisa mais próxima de um sistema de decolagem híbrido com catapulta e salto de esqui é o que os franceses fizeram com seus NAe da classe Clemanceau, montando mini rampas de salto de esqui.

Quanto a viabilidade da carga STOBAR, vou dispensar. Apenas um adendo:

Ele pode decolar com a carga total? 

É teoricamente possível em uma situação ideal. 

Na vida real, seria operacionalmente arriscado. 

Mas consegue?

Consegue.

carvalho2008

Rampa improviad de1,5 graus para teste do Rafale no Fochcomment image

carvalho2008

comment image

carvalho2008

comment image

carvalho2008

comment image

carvalho2008

comment image

carvalho2008

comment image

carvalho2008

Esta rampa aparenta ter 9o…..e não 12o. de inclinação…..

Matheus S

A Boeing também havia realizado testes de salto de esqui com um F-18 no final da Guerra Fria. Esse teste mostrou que, com apenas nove graus de inclinação, o rolamento total necessário para a decolagem do Hornet poderia ser reduzido pela metade, embora não esteja claro qual seria o peso bruto da aeronave para atingir esse desempenho.

carvalho2008

Mas cita que o peso e combate seria na configuração de defesa aerea….

Diego

Excelentes opção para a MB. Porta aviões com desenho derivado dos russos, amplamente testado, construído no Brasil, com apoio indiano, utilizando máquinas e geradores ocidentais, operando um caça F-18 E/F, que e confiável com farta disponibilidade de sobressalentes pelas próximas décadas. Por mim pode encomendar 1 ou 2 PA e 36 caças