KF-X

Caça KF-X

Dados fornecidos por um político sul-coreano revelaram que a Indonésia não pagou US$ 584 milhões em parcelas de desenvolvimento no projeto do caça KF-X.

Jacarta só pagou totalmente no primeiro ano do programa com US$ 45 milhões. No segundo ano do programa, era preciso pagar US$ 167 milhões no total, mas a Coreia do Sul recebeu apenas US$ 40 milhões.

A Indonésia não fez pagamentos em 2018 e neste ano. A maior contribuição foi em 2019, quando pagou US$ 160 milhões dos US$ 172 milhões que foi obrigada a pagar.

Protótipo do caça KF-X em produção
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Wagner

Ca-lo-tei-ros

Matheus S

O FightGlobal relatou em 2019 que a Indonésia estava explorando o pagamento em armamentos produzidos pelo país em vez de pagar em dinheiro. Em minha opinião, se o país não estiver sob sanções, essa é uma situação de um país quebrado.

Last edited 3 anos atrás by Matheus S
Junior

Com os coreanos, porque com a gente eles pagaram direitinho, seja a Embraer pela compra dos super tucanos, seja a avibras pela compra do sistema astros e o comandante do exército deles disse em uma entrevista recente que só estava esperando o AV-TM 300 ficar pronto para comprar

Carlos Campos

Se eles fizerem uma compra generosa, deveríamos até ajudar eles a fazer os foguetes mais básicos do ASTROS.

Junior

Sim, eu diria que as empresas de defesa brasileira deveriam olhar com mais carinho para essa região além do Oriente Médio, Indonésia e Filipinas são dois países essenciais, deveríamos ter parcerias estratégica com ambos, A Indonésia comprou super tucano, o sistema Astros, esta muito interessada e parece que vai comprar o Matador, perguntou sobre as especificações do KC-390 e esta conversando sobre o Riachuelo, já as Filipinas compraram o super tucano e querem comprar mais 6, estão para fechar a compra de fuzis da Taurus e estão conversando com a Naval Group sobre uma possível compra de dos scorpenes baseados… Read more »

Biro Biro

A neutralidade política e isolamento geográfico do Brasil são trunfos no mercado bélico. Estamos longe de todos os hotsposts do mundo. Se o Brasil tivesse conseguido a produção de armas atômicas (garantindo certa independência militar em relação a OTAN) e continuasse com a neutralidade política o país seria fácil o fornecedor de armas mais estável e confiável do planeta. Mais que a Suécia, por exemplo, que tem a Rússia no cangote.

Bosco

Biro,
Se o Brasil tivesse desenvolvido um arsenal nuclear a América do Sul se converteria em um hotspots.

Patricio Bravo

Bom Dia
Fiquei curioso em saber quais são os “muitos” que você se refere, e que estariam perdendo a oportunidade do investimento.

Mayuan

Seus comentários são interessantes e fazem sentido mas cabe pensar quais são os interesses e planos da Embraer. Em que pese ela estar envolvida no projeto do F-39, pode ser que ela esteja repetindo duas outras decisões que já teve e se provaram acertadas: 1 – Participar de um projeto militar que agrega novos conhecimentos que podem, posteriormente, render frutos para outros produtos, não necessariamente relacionados. Em outras palavras, a participação no AMX que rendeu conhecimentos úteis para os desenvolvimentos comerciais de sucesso. 2 – Focar em nichos menos disputados de mercado mas bastante lucrativos como fez ao evitar bater… Read more »

Patricio Bravo

Boa Noite Devo discordar Bastaria você dizer que acha que houve pouco interesse internacional nesse projeto mesmo com a alta qualidade e baixo valor inicial de investimento apresentados, já afirmar que existem “muitos” desinteressados é um erro. Não existem “muitos”, você não acha que antes de sair em uma empreitada dessas os coreanos não buscaram no mercado internacional outras poucas nações que estariam interessadas em partilhar o investimento e conhecimento? Sim pois como deve saber que por agregar muita tecnologia americana os Estados Unidos enxutam muito essa lista de possíveis nações. Basta uma rápida pesquisa e irá perceber que existem… Read more »

Matheus S

O valor do orçamento em US$7 bi(8,6 trilhões de wons) é apenas o custo de desenvolvimento do caça, excluindo os custos de compra, na qual é um valor separado. Assim que começar a produção de 120 unidades do novo caça, que está programado para começar em 2026, serão necessários mais 10 trilhões de won(US$9 bi na cotação atual), colocando a conta de todo o projeto em cerca de 18,6 trilhões de won(US$16,9 bi). A construção de uma única unidade do caça atualmente custe cerca de 80 bilhões de won(US$72 mi), a produção de um volume maior pode significar que esses… Read more »

João Adaime

Caro Matheus S
Quanto à Indonésia não ter condições de produzir localmente, transcrevo aqui parte do penúltimo parágrafo de um link que o Júnior postou mais lá embaixo:

“O quinto protótipo deveria ser produzido na fabricante de aeronaves estatal PT Dirgantara Indonésia em Bandung.”

A nota trata da renegociação da dívida.
Abraço

Matheus S

Não sabia que iriam produzir um na Indonésia. Mas para a Indonésia produzir localmente o caça, a Coreia do Sul precisaria transferir mais tecnologia aos indonésios e isso depende da aprovação dos EUA, estou falando em requisitos críticos, até mesmo a Coreia teve problemas na aceitação com o AESA por parte dos americanos e esses não aceitaram transferir a tecnologia sensível, imagina a Indonésia.

Um protótipo pode ser produzido localmente pela Indonésia, mas sem a transferência de tecnologia sensível, e isso consequentemente não torna um país capaz de produzir localmente um caça. Vamos aguardar.

Matheus S

Entendi.

Clésio Luiz

Devendo desse jeito e ainda querem comprar Typhoon usados da Áustria.

É por essas e outras que eu admiro a sensatez da FAB. Compra e opera o que dá para operar, não fica dando calote para depois desfilar com jatinho da moda pro vizinhos verem.

Matheus S.

Li em uma matéria que ainda nesse mês, no início de Dezembro, a França confirmou que os indonésios estavam interessados no Rafale.

Pedro Bó

O KF-X tem potencial para ocupar o nicho que em em alguns anos ficará aberto em países que usam jatos como F-5 e F-16 de modelos mais antigos.

Em tese, esse nicho deveria ficar com a SAAB e o Gripen.

Junior
Matheus S

Os indonésios querem ao mesmo tempo, reduzir sua participação em 15% pagando a participação vendendo armamentos e não pagando em dinheiro e também quer que os coreanos transfiram mais tecnologia para o desenvolvimento de caças para a Indonésia.

A razão da redução da participação do projeto?

Deterioração da economia.

Os suecos em comparação com essa situação dos coreanos/indonésios não podem dizer uma opinião negativa sequer sobre o Brasil.

Joanderson

Como assim os indonesios querem pagar a participação vendendo armamentos
A indonésia tem industria bélica nacional tão boa assim a ponto de serem exportadores ?

Matheus S.

Eles queriam pagar dando como parte do pagamento as aeronaves que eles produzem, o CN-235.

Marcelo Bardo

Será que teria sido interessante o Brasil ter participado?

Camargoer

Caro Marcelo. Não. A FAB tem interesse em unificar a frota. Ela teria que escolher entre o F39 (que está praticamente pronto e começando a ser entregue) e o caça coreano que ainda está em desenvolvimento. O F39 saiu mais barato que programa coreano.

nonato

O gripen foi escolhido em 2013.
Qual é a sua ideia?
Cancelar o gripen?
Ter entrado nesse projeto em 2013?
Não seria melhor comprar agora F 35 por 80 milhões agora?

Camargoer

Caro Nonato. A FAB tinha como requerimento o acesso ao código fonte do caça escolhido no FX2. Os EUA não dão acesso ao código-fonte do F35. Isso sem falar em outros pontos que são favoráveis ao F39 e desfavoráveis ao F35 no contexto da FAB.

Camargoer

Caro Paulo. O F39 fazia parte dos modelos oferecidos no programa FX2. O projeto coreano NÃO foi oferecido para a FAB, portanto nunca foi uma opção para a FAB. O GripenNG, por outro lado, foi oferecido junto com o Rafale e F18 na short list. A opção teria sido cancelar o FX2, mas isso atrasaria ainda mais a entrega do novos caças para a FAB. A FAB tem o objetivo de unificar sua frota, portanto o F39 e o caça coreano são excludentes. Outro ponto é que no caso do F39, houve o financiamento externo oferecido por um banco sueco.… Read more »

Pgusmao

Infelizmente, quando recebermos o Gripen já estaremos 2 gerações atrasadas, os aviões são excelentes diante de nossa realidade atual, mas já devíamos estar pensando mais pra frente, estar em programas de desenvolvimento em consórcio com outros países. Como sempre o planejamento nosso é curto, uma pena .

Santos 2020

A título de informação, nas reuniões entre Sarney e Alfonsin para a criação do Mercosul, houve um acordo para evitarem uma corrida armamentista na América do Sul. Também foi costurado o acordo de salvaguardas no campo nuclear, com participação do governo americano. Aí está um dos motivos da Gap tecnológico das nossas forças armadas.

Camargoer

Olá Santos. Eu sempre menciono a ABACC como exemplo de instituição que merece o prêmio Nobel da paz. O governo americano nada tem a ver com a a Agência Brasil-Argentina de controle de material nuclear. Nem os EUA nem a ONU.

nonato

Mal recebemos os gripen. Nem começamos a pagar.
Sem dúvidas há muitos programas interessantes.
Mas quem disse que programa A ou B será o “ideal” daqui a 10, 20 anos?
Esse projeto coreano talvez nem seja tão stealth nem seja essa maravilha toda daqui a 10 anos.
Até o F 35 depois de uns 20 anos ainda deixa a desejar em vários aspectos, especialmente performance por não ter muita velocidade final e manobrabilidade.

Nilton L Junior

Bem bem, parece ser um pequeno atraso.

Luiz Floriano Alves

O Gripen foi escolhido em 20113. Esqueceram que será entregue em 2023. Até lá será totalmente obsoleto. Estaremos com caças de quinta geração no mercado. Esse projeto Cireano está alinhado com a realidade atual. Com os vizinhos que tem, a Coréia não pode se basear em equipamento obsoleto.

Camargoer

Caro Luiz. A França emprega o Rafale, mais antigo que o Gripe E/F e ainda assim um caça formidável. Por que o F39 estará obsoleto em 2023 e o Rafale não?

Mrs Falcon.

Se comparar o Rafale com os caças de quinta geração ele também está obsoleto.

Camargoer

Caro Falcon. Os caças 5G estão entrando em operação agora. Todos os modelos oferecidos no FX2 eram de 4G e o único 5G não atendia o requerimento fundamental da FAB que era acesso ao código-fonte. O contexto programa FX2 explica a escolha da FAB. Seria um erro tentar avaliar a decisão 7 anos atrás no contexto atual. Todo equipamento militar passa por um ciclo de envelhecimento e obsolescência tecnológica.

Mrs Falcon.

O F-22 entrou em operação a mais de 10 anos atrás. O projeto do F-35 começou na década passada, inclusive militares brasileiros falaram que era muita areia pro caminhãozinho brasileiro. O Gripen chega atrasado.!

Last edited 3 anos atrás by Mrs Falcon.
Chris

Diferente do Brasil… A indonésia tinha toda essa grana citada na materia pra pagar, praticamente a vista e antes do receber o caça !

Camargoer

Caro Terapode. O programa FX ficou em cerca de US$ 5 bilhões, ou US$ 130 milhões por unidade, incluindo o treinamento dos pilotos, do pessoal de manutenção e do desenvolvimento do F39F, etc. Se fosse uma compra de prateleira, teria sido uma fração deste valor. Aliás, tenho comentando em outras matérias que o preço unitários dos caças de um segundo lote devem ficar pelo menos 1/3 menor do que o custo dos aparelhos do primeiro lote.

Camargoer

Olá Terapode. Caso a FAB tivesse escolhido qualquer outro modelo, ainda assim o primeiro lote seria bastante caro porque demanda custos de treinamento de pessoal, instalação de infraestrutura de manutenção, etc. O fato da FAB ter escolhido o Gripen E/F reduziu bastante o custo de aquisição. O pacote do Rafale ou do F18 eram ainda mais caros. O segundo lote de F39 é uma necessidade estratégia, com a vantagem de ser mais barato que o primeiro lote. A aquisição de prateleira teria sido um péssimo negócio para a FAB.

Marcelo M

O custo não é formado apenas pelo valor combinado. É formado também pelo risco de não dar certo. Não entregar o que for prometido, atrasar, acabar custando mais caro. Coisas que comumente acontecem e que devem ser levadas sempre em consideração.

Wellington Góes

Juro que não entendo essa lógica de se investir os tubos de dinheiro, num caça quê, de 5ª geração, só o design se parece e os custos de desenvolvimento… Não tem a eficiência de caça de 5ª geração (mesmo tendo design, ainda assim leva os armamentos em cabides externos, como caças das gerações anteriores), nem os custos menores de caças de 4ª geração… Apesar no ganho das capacidades stealth, devido ao desenho facetado das superfícies, quando se coloca armamentos e pods externos, tudo isso se perde… Aí se torna um caça de 4ª geração (seja +, ++, +/-…. Rsrsrsrs) como… Read more »

Flavio

Excelente texto, me agradou muito. Quase tudo aqui é ensaio tecnológico caro, é verdade. Em uma segunda etapa do Gripen, tendo os códigos-fonte, pode-se pensar em chegar mais perto de uma furtividade maior, a exemplo do que acontece com o caça chinês J-10B. Colocar umas carenagens não parece ser tão difícil pra um país que acordou com o bafo de coronga nas cercanias e fez até mansup e Riachuelo. Feliz 2021.