Agência espacial liderada por México e Argentina quer lançar satélites até 2022

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México e Argentina decidiram criar a Agência Latino-Americana e Caribenha do Espaço (Alce). À frente do projeto está o governo mexicano, que tenta relançar seu sonho espacial com uma agência regional nos moldes da Agência Espacial Europeia (ESA), à qual já aderiram Argentina, Bolívia, Equador, El Salvador e Paraguai – Colômbia e Peru entraram como membros observadores.

“Os países latino-americanos e caribenhos não são a ponta de lança em matéria de espaço. Mas, se unirmos forças, será mais fácil para as agências com tecnologia de ponta nos procurarem”, diz Efraín Guadarrama, diretor do setor de organismo e mecanismos regionais da chancelaria do México.

Um pequeno embrião da Alce será lançado no ano que vem com a construção de um nanossatélite – que entrará em órbita em 2022 – para monitorar oceanos e plantações agrícolas. “Existe a possibilidade de termos vários nanossatélites, que podem ser instalados ao longo dos anos”, afirma Guadarrama.

O grande desafio da Alce é o orçamento. Em seu relatório para o período 2020-2024, a Agência Espacial Mexicana teve de se virar com apenas US$ 3 milhões (por volta de R$ 16 milhões), anos-luz atrás dos US$ 18,5 bilhões da Nasa (R$ 98,7 bilhões) e dos US$ 5,6 bilhões (R$ 29,8 bilhões) da russa Roscosmos ou dos US$ 5,5 bilhões (R$ 29,3 bilhões) da ESA. Guadarrama pede calma, já que a agência regional pode economizar recursos com o compartilhamento de tecnologias entre os países. “Não precisamos de grandes orçamentos. O que é necessário é vontade política.”

FONTE: Estadão/Efe

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