Embraer divulga imagem conceitual de turboélice
A fabricante brasileira de aeronaves Embraer apresentou ontem as primeiras ilustrações de como seria sua futura aeronave turboélice, que competiria com as aeronaves ATR e De Havilland Canada.
Citado desde janeiro passado com a Boeing antes do abandono de seu projeto de joint venture em abril, depois relançado em junho com a busca de parcerias inclusive na China e na Índia, o projeto está de volta às notícias.
Desta vez, por meio do VP de marketing de aviação comercial da Embraer, Rodrigo Silva e Souza, que comentou no dia 29 de outubro de 2020 em podcast do AirFinance Journal: nesta fase, a nova aeronave estaria configurada para acomodar entre 80 e 100 passageiros, “em um cabine com conforto idêntico ao dos E-Jets”, e sua entrada em serviço poderia ocorrer em 2027. As ilustrações mostram que o conceito de asas baixas já utilizado pelo EMB-120 Brasília seria retomado, ao contrário de seus dois concorrentes; os motores seriam posicionados acima da asa.
Rodrigo Silva e Souza destacou ainda que a Embraer pretende “atrair parceiros de negócios e não apenas fornecedores” para este novo projeto. Mas acredita que as novas tecnologias de propulsão “que estão por surgir” serão inicialmente utilizadas em aviões “até 50 lugares”, confirmando as declarações do presidente Francisco Gomez Neto que considerou o futuro aparelho como um avião “convencional”.
A Embraer acaba de anunciar resultados financeiros trimestrais decepcionantes e ainda não anunciou oficialmente o lançamento da nova aeronave, mas seu presidente falou em junho de um plano estratégico de cinco anos focado em lucratividade e crescimento, com “China e Índia” como potencial parceiros, mas também outros países não identificados, mas podem incluir a Rússia. Nenhuma negociação estava em andamento com a COMAC ou UAC (que por sua vez está desenvolvendo o Ilyushin IL-114-300).
FONTE: www.air-journal.fr
Tem um bom mercado!
Mais do que diluir custos de desenvolvimento ou agregar tecnologia a parceria com China e/ou Índia pode garantir mercados nos principais mercados desse produto.
Além disso, essa parceria pode garantir escala para futuros projetos.
Pitaco de leigo, mas acho que isso está mais p/ dizer ao mercado: estamos vivos e continuamos pensando e trabalhando visando o futuro. O momento da aviação comercial é muito complicado ainda, então poderia ser também um balão de ensaio p/ sentir como as cias aéreas reagem ao conceito.
Em tempo, as imagens, que são meramente ilustrativas, sugerem uma fuselagem de E-Jet c/ asas e cauda de Brasília ( conceitualmente falando ).
Oi Luciano, tb achei isso, para que inventar a roda ne? Acho que vão utilizar o máximo do design dos E-Jets! O DNA da Embraer sempre foi de desbravar nichos de mercado.
Pelas poucas imagens, esteticamente é um Brasilião! Particularmente, sempre achei o Brasília um avião bonito.
Não é um Brasilião. É uma Variant, rs…
Kkkkkkkkk
Uma variant, só que com essas asas baixas, está parecendo que pegaram uma aeronave velha e colocaram motores novos, ficou estranho com essas asas baixas. Muito grande, aparentemente, para ser turbo hélice e ficar bonito. Mas a imagem pode enganar.
Talvez com asa alta, ficasse mais bonito.
E ja nasce fortissimo candidato aos programas AC-X do EB e P-X de patrulha maritima (que eu acabei de criar!!! ) hahaha
Eu acho que você pode dar adeus a qualquer aplicação militar que não seja relacionada ao GTE, no tocante a esse projeto aí…
Curtir bastante esse conceito
Aos entendidos: quais as vantagens/ desvantagens de se colocar o turboprop acima da asa? E para turbinas ? O Honda Jet me parece ser um bom exemplo.
Tem a ver com o diâmetro das hélices. Quanto mais baixo o motor, mais comprido terá que ser o trem de pouso, acrescentando indesejado peso à aeronave. Quanto mais alto o motor, mais curto o trem pode ser (até certo ponto).
Em aviões de asa alta, a hélice já está livre do solo, não existe vantagem em colocar o motor acima da asa, dificultando os trabalhos de manutenção. Em aviões de asa baixa, a hélice se aproxima do solo. Aí de duas uma: ou se cria um trem de pouso alto o suficiente para livrar a hélice do solo, ou se coloca o motor acima da asa, criando a distância necessária sem aumento do comprimento do trem. Pelo menos essa é a minha teoria. O caso do An-32 parece ser relacionado com o grande diâmetro das hélices e a operação em… Read more »
Acrescentando que com os motores e hélices mais elevados em relação as asas, com o trem de pouso mais baixo, facilita muito os serviços de rampa, embarque e desembarque em aeroportos menores, além do carregamento e descarregamento de bagagens e cargas e, ainda, abastecimento e manutenção!
É um mix de vantagens x desvantagens, ou como uma analogia mais simples ainda, é um lençol curto para cobrir toda a cama. Por exemplo, optando por asas altas, necessita de reforço na junção das asas junto à fuselagem, e dependendo do peso extra, incorreria na necessidade de uma asa maior ou motores mais potentes. Com motores mais potentes, há um consumo maior de combustível e pode ser que limite a capacidade de carga ou alcance da aeronave, reduzindo seu apelo comercial. Essa disputa de custo x beneficio feita centenas de milhares de vezes faz parte do processo de criação… Read more »
Outro dia assisti um vídeo em que um piloto disse que essa configuração ajuda no aproveitamento do efeito coanda. O que ajuda no pouso em pistas curtas.
Asa baixa aproveita mais o efeito solo, facilita a configuração do trem de pouco,, oferece mais segurança em pousos forçados, seja em terra ou na água.
Uma questão chave é definir se o avião terá uma motorização tradicional, híbrida ou elétrica. As duas últimas inserem riscos técnicos que podem atrasar o produto. Por outro lado podem colocar a empresa em um outro patamar tecnológico e garantir mercado assim como uma vida maior ao produto. A Embraer não costuma se arriscar em definir tecnologia com baixa maturidade para novos programas. As respostas deve ser dadas pela Pratt Whitney.
Essa discussão não existe. Será um turboelice de nova geração e bem potente.
EMB-120 Brasília do século 21!
Muito oportuno.
Presumo que a Embraer vá empregar tecnologias inovadoras, pois não vai ser fácil bater o ATR, que é uma aeronave muuuito robusta. Não conheço o De Havilland concorrente.
Está uma categoria acima em termos de capacidade, velocidade e conforto.
Caramba… a primeira imagem me lembrou muito um Douglas DC-3 kkkk
fiquei com essa impressão também
Posso te recomendar um bom oculista.
Recomende para você mesmo porque eu escrevi Lé e você leu Cré.
Qual a vantagem dessa configuração de motores/asa baixa em relação á asa alta? PS: Parece o SAAB 2000. Será que a joit venture que virá dará Embraer +SAAB? Eles saíram do mercado civil e pode ser um grande atrativo pra eles.
Posso citar duas:
– Comunalidade com a familia E2, parecendo ser a mesma seção de fuselagem,
– Segurança e facilidade de certificação pela maior possibilidade a absorção de energia no caso de pouso forçado (bagageiro no porão e ausência de asa alta)..
Entrevista com o presidente da Embraer:
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,presidente-da-embraer-pede-paciencia-a-investidores-e-nao-descarta-novas-demissoes,70003495173
Pitaco de leigo(2): se a imagem divulgada for próxima da real e o que o Rodrigo Silva e Souza falou, quais seriam os avanços desse projeto em relação a concorrência ( a Embraer sempre lança seus produtos c/ características diferenciais )? O primeiro ponto seria a provável utilização da fuselagem dos E-Jets, o conforto e o desenho limpo incluindo asas mais avançadas permitiriam uma velocidade maior que os atuais turboélices fazendo c/ que os passageiros não sentissem tanta diferença de voar nele em comparação c/ os jatos. Os avanços na aviônica incluindo FBW ( que a própria Embraer já é… Read more »
A Embraer sempre teve desejo de construir um novo turboélice. Lembrando da primeira versão do KC-390 que era de asa baixa, só não lembro se era reator ou a hélice. Abraços
Não, a primeira versão do KC390 tinha EMPENAGEM traseira baixa e asas altas derivadas diretamente do E190.
Uma coisa é certa a Embraer não cria produto pra dar errado.
a necessidade atual é economia. a Embraer visa esse espaço. entre buscar economia em combustível, mantendo conforto. Existe Inda mais o preço que deverá ser acessível a países que não possuem condições para ir com motores a jatos devido aumento de peças, manutenção mais cara et. A Embraer é uma empresa que dá orgulho..
A necessidade atual é economia. A Embraer, entre buscar economia em combustível e conforto. Existe ainda o preço que deverá ser mais acessível a países que não possuem condições para fazer a manutenção de motores a jatos pois inclui aumento no valor de peças de reposição, etc… A Embraer é uma empresa que dá orgulho. Fiz uma revisão, desculpem.
Pelo menos bonito ele é como toda aeronave da Embraer. Agora é saber se vai haver mercado para tal já dominado pela Airbus e Havilland Canada…
Linda imagem conceitual!
Legal o conceito, o Brasil devia investir em Turbinas de Avião, Turbina de Avião é caro e um produto de alto valor agregado, ainda tentar fazer acordos comerciais com a índia e Rússia para vender lá, esse avião, com ajuda de parceiros locais, o Irã seriam potencial cliente também, acredito que trocando o Recheio por algo Russo e Brasileiro não haveria problemas.
Eu prefiro asa alta. Parece mais robusto, parece precisar de menos pista, muito embora na maioria dos paises isso talvez não seja um problema. Acho que a Embraer deveria desenvolver 3 versões. Uma para 40 – 60 pax. Outra 70 – 95. E outra 100 – 120. Daria mais flexibilidade às empresas aéreas. De repente uma empresa gosta do avião mas precisa de apenas 50 lugares e não de 100. Seria o mesmo projeto encurtando ou esticando e com diferentes motores. Acho também que seria uma boa ter aviões na faixa de 15, 30 e 45 pax. Na Amazônia, por… Read more »
Quem precisar de um aviao de asa alta, para entre 50 e 70 passageiros já tem o ATR, uma aeronave muito boa. Com os atuais custos de desenvolvimento e certificação não teremos tanta variedade assim. Vamos pensar antes de escrever qq coisa.
Mas esse avião é para concorrer com o ATR mesmo.
100 – 120 lugares pode encalhar o aviao.
Rogo pelo sucesso do projeto, apesar de achar que deveriam meter a cara no mercado de 150 a 200 pax… É um mercado enorme e tem espaço para mais de dois ou três projetos… O projeto E2 foi um erro, feito por “estrategistas” focados apenas em vender a empresa, e não uma análise do mercado em si…
O problema nada tem a ver com o projeto do E2. O problema foi concorrer com empresas que tiveram subsidios bilionários na Canadá, Rússia, China, Japão e UE. Destruíram o mercado livre no caminho. Bombardier saiu do mercado, Mitsubishi parece que desistirá depois de gastar 9,6 Bi USD, Sukhoi não conseguiu penetração no ocidente…
Acho que seria a hora de apostar na automatização de algumas tarefas como auto estacionamento com motor elétrico nas rodas, auto taxiamento com comunicação por IA com a torre. Auto partida e auto desligamento. E Controle por dispositivo a distancia. Iria chocar a indústria.
O que você propõe não traz ganho algum, além de aumentar muito o custo de desenvolvimento e de venda.
O produto tem que ser diferenciar no que os clientes querem (empresas e passageiros), e não no que é legal e tecnológico.
Por isso não entendi sua proposta. Não faz sentido algum.
Missão Impossível …. em 5 segundos sua mensagem se auto destruirá ….. puf ….