Rússia investirá US$ 52 milhões no desenvolvimento do drone Okhotnik
A Sukhoi Company da Rússia reservou US$ 52 milhões (4 bilhões de rublos) para o desenvolvimento da aeronave não tripulada S-70 Okhotnik até 2025.
As despesas incluem a criação de um centro de controle de solo por aproximadamente US$ 29 milhões (2,250 bilhões de rublos), de acordo com informações publicadas no site de compras públicas.
Dois protótipos do centro de controle de solo serão entregues ao ministério da defesa russo em meados de 2021, seguidos por outro em janeiro de 2022. Os testes preliminares de produtos estão planejados para serem concluídos até o final de 2023 e a produção em massa começará em outubro 2025.
Vários outros contratos superiores a 2 bilhões de rublos foram assinados. Todos os contratos vencem em setembro de 2025.
A Sukhoi buscou um seguro de 1,2 bilhão de rublos (US$ 18 milhões) para seu drone furtivo Okhotnik (Hunter) para cobrir danos durante o período de desenvolvimento e teste, em junho deste ano.
Drone Okhotnik
O Okhotnik (Hunter) é um drone pesado furtivo que possui uma assinatura baixa, um design de asa voadora e um peso de decolagem de 20 toneladas. O drone tem motor a jato e é capaz de desenvolver uma velocidade de cerca de 1.000 km/h.
É feito de materiais compostos e com revestimento absorvente de radar, além de ser dotado de sistemas eletroópticos.
Ele decolou em seu voo inaugural, que durou mais de 20 minutos, no dia 3 de agosto de 2019. “O primeiro voo ocorreu às 12h20, horário de Moscou, e durou mais de 20 minutos. O veículo aéreo pilotado pelo operador fez vários círculos ao redor do campo de aviação a uma altitude de 600 metros e depois pousou com sucesso ”, disse o Ministério da Defesa russo em um comunicado.
No mês seguinte, o Okhotnik realizou um voo junto com um caça Su-57 de quinta geração. O drone manobrou no ar no modo automatizado a uma altitude de cerca de 1.600 metros e seu voo durou mais de 30 minutos.
Muito provavelmente, está aí o futuro da aviação militar.
Já é um presente muito promissor.
Principalmente com as dificuldades para recrutamento, e formação de pilotos com as aptidões que a carreira precisa.
Depende de 2 fatores camarada Antônio, arrisco duas condições, salario atrativo e qualificação alta.
O salário tem que melhorar sim. A qualidade exige profissionais com altíssima capacidade de absorção de informações.
De fato. Agora só falta desenvolverem um sistema de inteligência artificial para controlar os drones, ou seja, um Skynet.
Quanto à falta de pilotos isto se deve ao fato que a maioria dos pilotos formados prefere ir trabalhar na aviação comercial, que paga melhor.
Exatamente.
Essa é a nova ‘fronteira’ no desenvolvimento de armas.
No futuro próximo, teremos o binômio automação – I.A’ nos capos de batalha.
Estava lendo uma reportagem há alguns meses atrás onde dizia que a maior vantagem da aeronave não tripulada, é que ela não fica limitada pelos fatores biológicos do pilotos. Ou seja, ela pode explorar novos limites de velocidade, G force, etc).
Sem dúvida, não só na aviação como Marinha e Exército.
Seguro para cobrir danos? Do que se trata?
Queda eventual.
Obrigado pela resposta. Não sabia que havia seguro para itens militares. Isso é normal?
Existem seguros até para militares de alta capacidade, como pilotos conhecidos por serem “eficientes”.
Todo material or projeto militar pode ter seguro, trata-se de algo com valor econômico atribuído or valor de custo.
Em um projeto que trabalha com tecnologia inicial “embrionária” é natural a empresa querer proteção contra possíveis perdas.
Em alguns países é sim normal. Tanto durante a fase de desenvolvimento quanto posteriormente na operação. Todavia, é um seguro mais caro em razão do risco associado.
Para a seguradora o risco de perda é muito elevado.
Seguro de carro várias pessoas pagam pela probabilidade de alguns poucos serem perdidos por roubo ou acidente.
Num projeto militar não há ninguém para ratear.
E acreditem , para um sistema desses tá até barato.
Barato porque certamente boa parte da tecnologia a bordo é nativa até o parafuso, assim como a liga metálica da aeronave…
Da pra chamar de esmola quando falamos em aviação militar de ponta!
Então quer dizer que uma venda de um S 400 paga projeto de alta tecnologia e ainda sobra “troco”?
O S400 realmente é um absurdo em valores. De certa forma, ajuda a avalizar e vai ao encontro da capacidade que dele se fala. Nenhum país com expertise, como China e Índia, pagariam esse absurdo se realmente o material não fosse um game changer em defesa aérea. Pra nós, que estamos aqui fora tentando montar um quebra-cabeça, tem serventia esse preço.
Sim o sistema é bom tanto que um membro da OTAN comprou.
Onde eu quero chegar é como independência tecnológica gera riqueza.Produzir com moeda própria fica barato,vamos supor que o preço de desenvolvimento fique em 200 milhões de dólares,mesmo assim é lucrativo já que 10 unidade pronta caso exporte,cobre o investimento,apos isso é uma lucratividade absurda.
E e com independência tecnológica o produtor não fica amarrado em clausulas proibitivas,limitando seus clientes que foi o caso da Embraer com A 29 Super Tucano e avioes comerciais.
Os Drones chegaram pra ficar, mais uma doutrina será desenvolvida para o emprego dessa arma.
Estava lendo uma reportagem há alguns meses atrás onde dizia que a maior vantagem da aeronave não tripulada, é que ela não fica limitada pelos fatores biológicos dos pilotos. Ou seja, ela pode explorar novos limites de velocidade, G force, etc).
A aeronave não tripulada veio sim para ficar. A discussão é saber se a geração 7 de caças, ainda terá pilotos embarcados ou não.
Esse é o futuro da guerra moderna. Veículos aéreos não tripulados. Gostaria muito de ver a indústria brasileira avançar e se consolidar no mercado de drones de vigilância e monitoramento. A aplicabilidade é imensa, não somente no âmbito da defesa nacional e segurança pública. O drone tem sido largamente utilizado no agronegócio, por exemplo. No que tange à FAB, gostaria de ver um investimento nesses drones e em versões maiores, que possam receber kits de ataque, a exemplo do Atobá. E, para mim, considerando os poucos recursos disponíveis, prefiro que sejam adquiridos 01 ou 02 lotes adicionais do Gripen. Mas,… Read more »
Uma pena a joint da Elbit e Embraer para a produção de UAV não ter vingado.
Não é bom deixar todos os ovos no mesmo cesto. Apesar de muitos aqui malharem, a grande vantagem da salada indiana é a independência. Se um fornecedor vetar, terá outro. Se estes dois vetarem, ainda terá um terceiro, nacional.
Acho importante melhorar as relações com a Rússia e comprar alguma coisa deles. Mas talvez seja melhor na defesa antiaérea, já que o ideal é darmos prioridade para a indústria aeronáutica nacional.
Acredito que em vez de um caça devíamos, pular e tentar fazer um Drone semi autônomo e furtivo.
Alguém sabe me dizer por qual motivo a Embraer não desenvolve um drone?