VÍDEO EXCLUSIVO: A história do caça F-5 – parte 2
“Está no ar”, no canal das Forças de Defesa no Youtube, a segunda parte do documentário sobre o programa F-5. (link ao final do texto). Se você ainda não se inscreveu no canal aproveite a oportunidade e não perca nenhum episódio desde e de outros documentários que virão. Apoie o canal. Ele é feito para você!
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Do projeto do caça leve ao treinador avançado
Depois do projeto N-102 Fang a Northrop persistiu na ideia de projetar e desenvolver um caça leve e de baixo custo de operação. Uma proposta foi encaminhada à Força Aérea, mas ela não tinha interesse. Porém, uma versão do caça para treinamento avançado era desejado.
A USAF acabou selecionando o projeto N-156T da Northrop em 1956. Inicialmente foi autorizada a construção de três protótipos (um deles somente para testes estáticos) sob a designação YT-38, sendo o nome “Talon” escolhido para o treinador.
O primeiro protótipo foi apresentado no dia 15 de agosto de 1958, mas ainda sem os seus motores. O desenvolvimento do motor J85 apresentava problemas e o cronograma era apertado.
Com um par de motores sem pós-combustor o primeiro YT-38 decolou pela primeira vez do dia 10 de abril de 1959. Cinco dias depois a aeronave atingiria a velocidade do som em mergulho. Nesta época o segundo protótipo já se encontrava em Edwards também e seu primeiro voo ocorreu em 12 de junho.
O programa ocorreu sem maiores problemas e o T-38 não precisou de modificações aerodinâmicas, uma marca sem precedentes para o desenvolvimento de um jato supersônico. Foi durante a campanha de ensaios que o T-38 construiu sua reputação de jato de boa pilotagem e manutenção simples e de baixo custo. A prática provou tudo aquilo que seus criadores esperavam dele.
O programa de ensaios do T-38 foi concluído em fevereiro de 1961 após duas mil horas de voo. Ao seu final a USAF anunciou que aquele havia sido o mais exitoso programa de ensaios da história da Base Aérea de Edwards. Boa parte do sucesso era atribuída aos cuidados tomados pela Northrop durante a fase de projeto, sendo que o T-38 foi submetido a mais testes de túnel de vento do que qualquer aeronave anterior.
Muito bem, mas sem mimimi, não passa de um projeto de treinador, que foi adotado como caça de 1a linha por países do 3o Mundo.
Não foi bem isso o que ele demonstrou no Vietnã. Mas calma que a gente chega lá. Faltam mais uns três vídeos.
Se vc comparar o T-38 com o F-5M, muito poucas coisas tem em comum….pouquíssimas….
Não concordo. Se você prestou atenção no vídeo, o projeto sempre foi de caça de baixo custo. Apenas aconteceu que o primeiro cliente o adquiriu como treinador.
E como treinador era caro demais, facilmente visto pelo número reduzido de clientes de exportação. Nem a USN quis, optando como a maioria das outras forças, um treinador subsônico na forma do T-2. Outro exemplo de que caça de baixo custo não combina com treinador, foi o Folland Gnat.
Fala mal do Gnat.,.os indianos idolatram o mosquitinho destruidor de F-86….
Topper Harley mostrou que o Gnat pode enfrentar qualquer coisa. Qualquer coisa!! 😉
Sim, um caça de baixo custo para ser disponibilizado para os aliados dos EUA, assim como a USSR estava fazendo com seus MiGS.
No entanto isso não muda o fato de que a ideia inicial tenha sido baseado no T38, um treinador.
Veja bem, o F5 é um bom avião , mas o que eu critico é sua utilização como caça de primeira linha. Perna curtíssima, pouca capacidade de carga de armamento, etc.
Mas foi exatamente o contrário. O treinador surgiu a partir do projeto de um caça. A USAF se interessou pelo treinador, e não pelo caça.
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E países que tinham muita “bala na agulha” pra gastar dinheiro como queriam acabaram optando pelo F-5. Canadá, Noruega e Suíça estão nessa lista.
Poggio,
Vc é o professor. Sou aluno . Aceito sua correção. Obrigado, mas com todas as vênias, nada explica como adotar o F5 como caça de 1a linha, ainda mais por mais de 40 anos !
Tudo na verdade depende de diversos fatores. Se o seu entorno estratégico contempla ameaças que um F-5 consegue enfrentar, por que partir para uma solução bem mais cara se, ao mesmo tempo, você precisa tomar muito cuidado com o orçamento?
A aeronave, qualquer que seja, é escolhida de acordo com as necessidades enxergadas por qualquer cliente. O caso da longevidade pode ser explicada por fatores políticos, econômicos e operacionais dos operadores, claro.
O que sempre pesou a favor do F-5 foi seu baixo custo, o que vem a calhar em países com pouca verba disponível ou países em que as forçar armadas prefiram torrar dinheiro com pensões, soldos e regalias de marajás de seus oficiais (como o Brasil).
Excelente vídeo! Estou acompanhando e divulgando aos amigos entusiastas da aviação!
Fala pro Nunão nos proximos na narração, falar US Air Force, pois USAF fica muito esquesito…kkkk
bom dia marcos:melhor não,vão dizer que o nunão é pró capitalismo…kkk
Mas, ele tem que chamar pelo nome….que é USAF mesmo….assim como FAB é FAB…..
Sempre falo ‘USAF’ quando converso com não-leigos e ‘Força Aérea Americana’ com qualquer outra pessoa hehehehe