O mês de agosto de 2020 marca a história da Aviação de Patrulha na Força Aérea Brasileira (FAB): o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV) – Esquadrão Orungan, com sede na Ala 12, incorporou o Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) – Heron I. As modernas ARP’s, fabricadas pela Israel Aerospace Industries – IAI, denominadas na Força Aérea Brasileira como RQ-1150, são usadas por cerca de 20 países ao redor do mundo para dinamizar as operações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento.

A Polícia Federal do Brasil e o Comando da Aeronáutica (COMAER) firmaram um acordo de operação compartilhada de duas unidades do Heron I, proporcionando o aumento da capacidade operacional mútua. Para isso, foi publicada, em agosto de 2018, a DCA 11-114 – Diretriz de planejamento para a operação conjunta do Sistema ARP Heron, em proveito da Força Aérea Brasileira e da Polícia Federal.

Ainda nesse sentido, o Comando de Preparo (COMPREP) publicou, em 17 de outubro de 2018, a Portaria Nº 169/SCAD-30 criando o Grupo de Trabalho Sierra – GT Sierra, designando os militares responsáveis pela implantação e desenvolvimento da doutrina de operação desse vetor na Ala 12. Em novembro de 2019, ocorreu o primeiro voo da aeronave envergando a matricula da Força Aérea Brasileira – FAB 7820. A decolagem foi realizada a partir do aeródromo de Santa Cruz (SBSC), totalizando 40 minutos de voo.

Incorporação pelo Esquadrão Orungan

Em agosto de 2020, o GT-Sierra foi extinto e os seus meios materiais e recursos humanos foram incorporados ao Esquadrão Orungan. Com essa incorporação, foi ativada a Esquadrilha IVR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento), no 1º/7º GAV. A função da Esquadrilha será disseminar conhecimentos e doutrinas relacionados ao emprego dos sensores imageadores aeroembarcados nas aeronave P-3AM e RQ-1150 Heron I.

De acordo com o Comandante do 1º/7º GAV, Tenente-Coronel Aviador Marcelo de Carvalho Trope, o compartilhamento doutrinário entre os militares oriundos do GT-Sierra e do Esquadrão Orungan representa excelente oportunidade de desenvolvimento das atividades de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento. “Também possibilita uma melhoria no resultado das missões e nos Produtos de Inteligência fornecidos pela Unidade Aérea”, explica.

Atualmente, o Esquadrão Orungan realiza diversas missões IVR com a aeronave P-3AM. Porém, a formação básica de seus tripulantes advém da Aviação de Patrulha. A criação de uma Esquadrilha IVR no 1º/7º GAV trará desenvolvimento do Esquadrão nessa vertente do emprego. O compartilhamento de expertises com os Oficiais e Graduados oriundos da Aviação de Reconhecimento poderá representar, inclusive, uma melhor utilização dos sensores aeroembarcados na aeronave P-3 Orion, incrementando a capacidade do Esquadrão na obtenção e interpretação de imagens, bem como auxiliando a confecção dos relatórios oriundos das missões realizadas pela Unidade.

Por outro lado, os militares que atuavam no Grupo de Trabalho Sierra passam a contar com toda a estrutura administrativa e operacional de uma Unidade Aérea. Além disso, os atuais operadores de equipamentos especiais do 1º/7º GAV também poderão ser utilizados no Quadro de Tripulantes do SARP Heron, compartilhando com os novos integrantes os conhecimentos adquiridos durante os 9 anos de operação da aeronave P-3AM no Brasil.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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