A furtividade do caça chinês J-20 Mighty Dragon

Muito se tem especulado sobre o nível de furtividade (stealth) alcançado pelo caça chinês Chengdu J-20 Mighty Dragon.

Mas nos fóruns de discussões da Internet, a maior parte das especulações se baseia em achismos, sem base sólida de conhecimento para análise realista.

Por outro lado, análises mais sérias e fundamentadas já vem sendo feitas sobre o J-20 desde o seu primeiro voo, ocorrido em 2011.

Uma dessa análises foi realizada pelos estudiosos Dr Michael J. Pelosi e Dr Carlo Kopp e publicada no site Air Power Australia em 2011.

A análise de Pelosi e Kopp intitulada A Preliminary Assessment of Specular Radar Cross Section Performance in the Chengdu J-20 Prototype (Uma avaliação preliminar do desempenho da seção reta radar especular no protótipo Chengdu J-20) explorou a seção transversal especular de radar do formato da aeronave protótipo Chengdu J-20.

Foram feitas simulações usando um algoritmo de simulação de Óptica Física para frequências de 150 MHz, 600 MHz, 1,2 GHz, 3,0 GHz, 6,0 GHz, 8,0 GHz, 12,0 GHz, 16,0 GHz e 28 GHz sem revestimento absorvente e para frequências de 1,2 GHz, 3,0 GHz, 6,0 GHz, 8,0 GHz, 12,0 GHz, 16,0 GHz com um revestimento absorvente, cobrindo todos os aspectos angulares da fuselagem.

Além disso, o desempenho de uma série de absorvedores de radar desenvolvidos na China foi modelado, com base em uma pesquisa razoável de publicações de pesquisas chinesas não secretas na área.

A modelagem determinou que, o J-20 de produção poderia, na melhor das hipóteses, fornecer desempenho Very Low Observable (VLO) robusto no setor angular do aspecto frontal e, se apresentasse um design facetado de saída dos motores e aperfeiçoasse a conformação lateral da fuselagem, o projeto apresentaria potencial muito bom para desempenho VLO robusto na banda S e acima, para o nariz e aspecto angular dos setores da cauda.

O estudo concluiu por meio de simulação de Óptica Física em nove bandas de radiofrequência, que nenhum obstáculo fundamental existia no projeto de modelagem do protótipo J-20, que impedisse seu desenvolvimento em um projeto VLO genuíno.

Nas fotos abaixo, um J-20 de produção com refinamentos na fuselagem em relação ao protótipo analisado no estudo.