RUAG inicia produção em série de pilones para o Saab Gripen E/F
Após seis anos de desenvolvimento e industrialização e uma série de protótipos produzidos, a RUAG Aerostructures em Emmen (Suíça) atingiu um marco significativo no final de agosto com a aceitação final do teste de aeronavegabilidade para a primeira suspensão de carga útil (pilone).
Com a conclusão bem-sucedida da Avaliação de Aeronavegabilidade do primeiro pilone de produção do Saab Gripen E/F, a produção em série pode agora começar com um escopo total de mais de 500 pilones. Os pilones são usados em aeronaves da Força Aérea Sueca e Brasileira. O pedido total assinado no final de 2015 tem um volume de mais de CHF 80 milhões.
Suspensões de carga útil são dispositivos projetados para transportar tanques de combustível adicionais, sistemas de reconhecimento ou mísseis guiados. Eles são componentes tecnológicos complexos que contêm sistemas eletrônicos e mecânicos. Eles devem atender aos mais altos requisitos em relação à aerodinâmica e capacidade de carga.
Até dez pilones podem ser fixados no Gripen E/F, dos quais a RUAG fabrica oito. Uma grande parte das peças individuais para os quatro tipos de pilones são fabricadas na própria Emmen, incluindo tratamento de superfície e teste de rachaduras. Depois de uma montagem final exigente e testes funcionais abrangentes, os conjuntos serão entregues ao cliente final na Suécia. O Pilone 1, que está localizado na extremidade de cada asa, é produzido pela própria Saab.
Dirk Prehn, vice-presidente executivo da RUAG Aerostructures, está entusiasmado: “Com a aceitação bem-sucedida do primeiro pilone fabricado em série, alcançamos um marco importante. Também marcou uma parceria longa e bem-sucedida entre duas empresas líderes no setor aeroespacial.”
Hans Häggrot, chefe de desenvolvimento de fuselagem, área de negócios da Saab Aeronautics: “Nos últimos 6 anos, trabalhamos com muito sucesso com a RUAG Aerostructures no desenvolvimento e fabricação de pilones. Os pilones de carga do Gripen E/F são um componente-chave da ampla capacidade operacional da nova aeronave.”
FONTE: RUAG
Gripen NG é um caça fabuloso.
Estou ansioso!
A Ruag é aquela que ia fabricar munição no Brasil né…
É nesse tipo de cadeia que os fornecedores brasileiros tem que se integrar. Fazer valer a força de ser atualmente o principal cliente externo do Gripen E/F, com interesse em lotes posteriores, e se integrar à cadeia global o máximo possível.
A RUAG trabalha em vários segmentos do setor bélico, são eles que fazem a transformação do M109 em KAWEST. Sempre será uma parceira “alternativa” muito interessante.
Pela figura da RUAG cada pilone só levará um míssil, mas quando da concorrência indiana foi divulgado desenhos do Gripen levando mais de um míssil por pilone, essa capacidade de levar mais de um míssil foi só uma arte ou vai sair do papel?
As primeiras informações sobre o Gripen E/F (NG na época) falavam de uma capacidade de carga útil maior, por volta de 7 toneladas,mas no final a nova versão continuou com os mesmos 5.300 kg externos, havendo melhorias na sua autonomia (mais combustível, motor mais potente e supercruzeiro), aviônica e a um aumento no numero de pilones.
Mas se aumentou o número de pilones por consequência deve ter aumentado a capacidade da carga externa!
Não segundo as informações que a gente encontra. Pelo q entendi a carga útil em peso é a mesma, mas a mais pontos para transporta-lá.
Estranho. Sempre achei que o Gripen E poderia levar fuel tanks também nas estações 5R e 5L. Inclusive circularam algumas projeções por aí.
Alguém sabe se o 5C é o único ponto molhado da fuselagem?
Uma curiosidade que eu também tenho. Mas me parece que não, só foi feito essa imagem pra impressionar.
Os cabides nas pontas das asas são capazes de transportar mísseis de médio alcance, igual é carregado o AIM-120 pelo F-16?
Segundo esta imagem aqui não.
Apenas misseis de curto alcance como o IRIS-T e pods AACMI (Autonomous Air Combat Maneuvering Instrumentation) como o EHUD podem ser instalados nas pontas das asas.
Desculpe minha falta de atenção, obviamente mísseis ar/ar de médio alcance são guiados por radar e não por infra-red.
Obrigado pelo esclarecimento.
Fico imaginando como se dá a produção de um pilone desses.
É uma peça relativamente pequena.
Não tem muitas partes.
Passam um mês para produzir?
Produzem um por semana artesanalmente?
Produzem 100 por dia?
O que é SBD, RECCE POD, AACMI é ECM que pode ser carregado no pilone?
SBD = bomba de pequeno diâmetro
RECCE = casulo de reconhecimento
POD = palavra inglesa que pode ser traduzida como casulo
ECM = contra-medidas eletrônicas