Parceria Brasil-Alemanha na contratação de veículos suborbitais da família S30
Parceria entre o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e a Agência Aeroespacial Alemã permitiu 31 lançamentos desde 1969
A parceria do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) com a Agência Aeroespacial Alemã (DLR – Deutsches Zentrum für Luft-und Raumfahrt) é um exemplo de sucesso binacional desde 1969. Dentre os frutos desta relação, destaca-se o veículo suborbital VSB-30, que realizou 31 lançamentos que cumpriram a missão, sendo quatro no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA); 24 no Centro de Lançamento de Esrange, em Kiruna, na Suécia; um no Centro de Lançamento de Andoya, na Noruega; e dois no Centro de Lançamento de Woomera, na Austrália.
De Projeto a Produto, o VSB-30 vem se mostrando um exemplo de sucesso. Por conta disso, o interesse do DLR permanece ativo quanto à aquisição de foguetes VSB-30, dado que eles se destacam em termos de desempenho e qualidade de voo quando comparado aos concorrentes similares existentes mundo a fora. Por causa disso, o DLR oficializou, recentemente, a extensão de sua necessidade em adquirir mais seis VSB-30 e um VS-30.
A provisão de recursos ao IAE para atender a demanda será via Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE). Tais recursos serão destinados ao convênio “001/IAE/2016 – Foguetes Suborbitais de Pesquisa e Plataformas de Reentrada & Experimentos Científicos e Tecnológicos”, cujo objeto é a captação de recursos financeiros para aquisições de itens e serviços.
O Diretor do IAE, Brigadeiro Engenheiro César Demétrio Santos, ressalta a importância das aquisições pela Alemanha. “A parceria com a DLR permite ao Brasil participar do Programa Suborbital Europeu, além de manter a capacitação técnica na área de desenvolvimento de veículos suborbitais, bem como o transbordamento de conhecimento para realização e suporte das missões espaciais brasileiras”, finaliza.
FONTE: Força Aérea Brasileira
Acho muito bom que temos essa parceria com a Alemanha, traz recursos alem de credibilidade ao nosso programa e ansioso pela continuacao da parceria com o VS-50 e nosso primeiro veiculo lancador, o VLM, que o DLR ira usar para um experimento de reentrada na atmosfera.
Dentro daquilo que é possível esse pessoal tira leite de pedra. A tragédia de Alcântara foi o ápice do descaso que representou de forma muito triste o descaso com a educação, com a formação de técnicos e com as pesquisas de ponta no Brasil. O resultado não poderia ser outro.
Meus cumprimentos ao pessoal do IAE, pois se não fosse pela abnegação não estaríamos lançando nem rojão de vareta. A destruição do setor aeroespacial continua.
Quantos foguetes as Agências Espacias dos países perderam antes de vir o sucesso? É muito difícil acertar logo de primeira e, o fracasso não pode ser usado como desculpa para se abandonar algo.
Vinicius O fracasso do Brasil no programa aeroespacial, não é causado por deficiências de conhecimento. Temos pessoal capacitado para desenvolver qualquer coisa que voe ou que seja lançada. Nosso fracasso é moral, pois ninguém apoia esse pessoal, os recursos dirigidos ao programa espacial são pífios e tudo é realizado na base do amadorismo (aqui a palavra amadorismo é no sentido de fazer pelo amor ao que faz e não por incompetência, que fique bem claro). Entre os 21 técnicos de alto nível que morreram em Alcântara eu tinha um amigo e, acredite se quiser, em certa ocasião, tiveram que fazer… Read more »
Compactuo do seu pensamento, enquanto isso demandamos milhões de reais para universidades formarem filósofos e sociólogos, nada contra, mas são carreiras que não agregam valor, tecnologia, matemática, física e química isso produz valor, isso deve receber investimento.
Meu ponto de vista.
Quanto à AEB, são muito bons em palaestras e seminários para justificar seus cargos. De prático: ZERO.
Realmente a AEB do passado era isso mesmo, priorizou o CBERS, ou seja deu dinheiro para China, isto acabou agora, mas o IAE não está fazendo seu trabalho.
Já vão ser produzidos pela Avibras?
Eu acho que o governo deveria encerrar as atividades da AEB. Parece que trabalham pouquíssimos funcionários já por lá e tem um blogueiro muito famoso que encerrou seu blog por ter chegado a conclusão que tudo aquilo era apenas um sonho que de fato nunca seria concretizado. Meus amigos, sei que muitos de vocês ainda acreditam em projetos brasileiros mas se olharem bem, com calma, nada é finalizado. Seja por questões técnicas ou financeiras, não sei, só sei que nunca nada vira realidade. Como está a produção em série do respirador da USP? cadê nossa vacina em estágio avançado? O… Read more »
Foi firmada uma parceria com a Avibras, para que a Avibras assumisse a produção desse linha de foguetes, assim a AEB se concentraria em pesquisa.
Prezado Diogo
Concordo em gênero, numero e gráu. Fomos destruindo o sistema educacional e de pesquisas aplicadas ao longo do tempo e com mais evidências nos últimos 40 anos.Tudo começa em Educação e nosso último ministro, fugiu do país. Não tem como algo dar certo.
Não mesmo.
Simplesmente é a conclusão de que não conseguimos nenhum resultado prático, tanto no projeto espacial quanto nos demais existentes, em anos de investimento quanto o país ainda tinha alguma gordura.
Está época acabou. A partir de 2021, acredite, o governo precisará contar as moedas.
Se até hoje não trouxe resultado prático, apenas para o bolso dos comissionados, o programa deve ser privatizado.
Chega de investir dinheiro público em órgãos com niveis baixos de eficiência.
O programa S-50 como anda seu desenvolvimento?
Diego
Até onde acompanhei, o ensaios estão paralisados devido a problemas estruturais no motor e na estrutura do propelente. Falta dinheiro como sempre. Isto posto, o VLM-1 que já esta atrasado “trocentos” anos, agora é uma tremenda interrogação. Detalhe; O VLM-1 é um veículo lançador simplificado, derivado do VLS (que foi para o lixo).
Temos apenas o VSB-30 para brincar, aliás o mesmo que faziamos com os “Nick-Apache” norte-americanos na década de 60.
É muita esculhambação.
Bem alguma coisa tem que ser ficar deitado em berço esplêndido com travesseiro da nasa não ajuda muito o programa espacial Brasileiro
É um projeto conjunto com a Alemanha. Dinheiro tem para finalizar o lançador e segue os ensaios e o propulsor tem diâmetro de 1,45 mt. Não tem nada de VLS.
Não entendo o porquê nosso motor L-75 se encontra até hoje passando por “testes” na Alemanha se aqui temos possibilidades de o fazer.
Estamos é perdendo tempo com essa parceria com a Alemanha que até hoje só gerou um foguete de sondagem e mais nada concreto.
Precisamos de parcerias mais produtivas como China no Cbers, Rússia com propulsão líquida (que gerou o L-15 e o próprio L-75), Suécia com seu Hifiv etc…
Acho este pessoal bem complicado, a AEB não funcionou por 25 anos, até porque o pessoal era do INPE e não queriam que funcionasse, como oBrasil não se corrigi tantos anos de barbeiragem de uma hora para outra.
Porque depois de 40 anos ainda estamos no vôo suborbital e com micro-satélite?