STUTTGART, Alemanha — Aeronaves russas entregues à Líbia no final de maio estão sendo ativamente pilotadas na Líbia. Essas aeronaves russas estão sendo usadas para apoiar empresas militares privadas (PMCs) patrocinadas pelo governo russo.

O Comando da África dos EUA (USAFRICOM) possui evidências fotográficas de uma aeronave russa decolando de al-Jufra, na Líbia. Um MiG-29 também foi fotografado operando nas proximidades da cidade de Sirte, na Líbia.

“O envolvimento sustentado da Rússia na Líbia aumenta a violência e atrasa uma solução política”, disse o Brigadeiro General do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Bradford Gering, diretor de operações da USAFRICOM. “A Rússia continua pressionando por uma posição estratégica no flanco sul da OTAN e isso à custa de vidas inocentes na Líbia”.

No final de maio, a USAFRICOM informou que pelo menos 14 MiG-29 e vários Su-24 foram transportados da Rússia para a Síria, onde suas marcas russas foram pintadas para camuflar sua origem. Essas aeronaves foram então transportadas para a Líbia, violando diretamente o embargo de armas das Nações Unidas.

“Sabemos que esses caças ainda não estavam na Líbia e estavam sendo reparados”, disse o coronel Chris Karns, diretor de assuntos públicos da USAFRICOM. “Claramente, eles vieram da Rússia. Eles não vieram de nenhum outro país.”

A introdução pela Rússia de aeronaves de ataque armadas e tripuladas na Líbia muda a natureza do conflito atual e intensifica o potencial de risco para todos os líbios, especialmente civis inocentes.

“Há uma preocupação de que essas aeronaves russas estejam sendo pilotadas por mercenários inexperientes e não estatais da PMC que não seguirão o direito internacional; a saber, eles não estão sujeitos às leis tradicionais do conflito armado”, afirmou Gering. “Se isso for verdade e ocorrerem bombardeios, vidas inocentes da Líbia estão em risco”.

Como vendedor número um de armas na África, a Rússia continua a lucrar com a violência e a instabilidade em todo o continente. Os PMCs apoiados pelo governo russo, como o Grupo Wagner, atuam em dezesseis países da África. Estima-se que haja cerca de 2.000 funcionários do Grupo Wagner na Líbia.

“A Rússia se manteve implacavelmente em uma narrativa de negações implausíveis na mídia”, disse Karns. “É difícil negar fatos. A interferência russa e o mascaramento de atividades na Líbia são visíveis e atrasam o progresso. Progresso que o povo da Líbia merece.

FONTE: United States Africa Command

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