O caça-bombardeiro BAC TSR-2
O TSR-2 é um daqueles aviões que pareciam ter um futuro promissor, mas que acabou cancelado pelos elevados custos de desenvolvimento e disputa política.
Segundo alguns, se tivesse entrado em serviço, o TSR-2 daria à Grã-Bretanha o mais avançado avião de combate do mundo, em missões de ataque supersônico a alvos de alto valor em altas e baixas altitudes.
Desenvolvido pela British Aircraft Corporation (BAC) para a Royal Air Force (RAF) no final dos anos 50 e início dos anos 60, o TSR-2 foi projetado para penetrar áreas bem defendidas com armas nucleares ou convencionais.
Outra missão pretendida era fornecer imagens fotográficas e inteligência de sinais e reconhecimento aéreo em alta altitude e alta velocidade empregando um radar de busca lateral.
Somente uma aeronave voou e realizou voos de teste, mas seu peso aumentou durante o projeto e as especificações planejadas tiveram que ser reduzidas.
Com a decisão controversa em 1965 de cancelar o programa, decidiu-se encomendar uma versão adaptada do General Dynamics F-111, mas essa decisão foi posteriormente revogada à medida que os custos e o tempo de desenvolvimento aumentaram.
Os substitutos incluíram o Blackburn Buccaneer e o McDonnell Douglas F-4 Phantom II, mas finalmente foi adotado o Panavia Tornado, de asa de geometria variável, desenvolvido por um consórcio europeu para atender a requisitos semelhantes ao TSR-2.
Alta performance
O protótipo do TSR-2 fez seu primeiro voo em 27 de setembro de 1964. A aeronave demostrou grande potencial e foi elogiada pelos seus pilotos.
Ele podia alcançar uma razão de subida de 15.000 pés por minuto e alcançar alvos a 1.300 km de distância sem reabastecimento.
O avião podia levar uma carga de armas de 2.700 kg em sua baia interna mais 1.800 kg de armas externamente.
Seria equipado com um radar “terrain-following” e sensores infravermelhos, para ataques de precisão em qualquer tempo, além de um computador central e um Head Up Display (HUD).
Das 49 aeronaves planejadas para a primeira etapa do programa, somente 3 foram construídas.
O único TSR-2 a voar registrou 13 horas e 9 minutos no ar antes do cancelamento do programa.
Acredita-se que o TSR-2 poderia ter uma performance de combate superior à do General Dynamics F-111.
Características gerais
- Tripulação: 2
- Comprimento: 27 m
- Envergadura: 11,3 m
- Altura: 7.2 m
- Área da asa: 65,30 m2
- Peso vazio: 24.834 kg
- Peso bruto: 36.094 kg
- Peso máximo de decolagem: 46.947 kg
- Propulsão: 2 × motores turbojato Bristol Siddeley B.Ol.22R Olympus Mk.320 de 22.000 lbf (98 kN) de empuxo seco e 30.610 lbf (136,2 kN) com pós-combustor
- Velocidade máxima: Mach 2.35 (M1.1 ao nível do mar)
- Alcance máximo: 4.600 km (2.500 mn)
- Alcance de combate: 1.360 km
- Teto de serviço: 40.000 pés (12.000 m)
- Taxa de subida: 15.000 pés/min (76 m/s)
- Razão empuxo/peso: 0,59
Que fim teve o protótipo?
Três Aeronaves sobreviveram uma foi utilizada para alvo para testar seus materiais.
Essas são as localizações delas:
XR220 (X-02) está em exposição no Museu Cosford da RAF.
XR222 (X-04) está em exposição no Museu Imperial da Guerra Duxford.
A Seção do cockpit está em exposição no Museu Brooklands.
Dois motores Bristol Siddeley Olympus 22R-320 em exposição no museu gatwick.
Várias fotos da matéria foram feitas em museu.
Na realidade eles escolheram o Tornado, a versão adaptada do f 111 foi considerado caro demais.
Que fotos sensacionais!!!!!!!! Esse avião tem uma feiúra de doer que até chega a ser bonito, realmente os britânicos erraram a mão, parece um Mirage estendido e desproporcional, mas o Tornado é extraordinário, enfim, no final das contas acertaram.
Coisinha feia mesmo. Isso jamais voaria de tão feio, segundo o 1ª Lei Kelly Jonhson.
As fotos em que o TSR-2 é acompanhado por outros modelos servem como prova da maestria britânica em desenhar aviões feios.
e vao continuar a tradicao com orgulho com o Tempest ! 🙂 Acho que o ultimo caca bonito que fizeram foi o Spitfire !
Isso deveria voar tão bem quanto um charuto.
Verdade, deve ser por isso qua escolheram outros modelos!!
Não tinha canopi.
Não destacado da fuselagem.
A parte superior da fuselagem vinha reta, o cockpit era abaixo.
Interessante que tinha baia interna para 2.700 kg.
“Stealth “.
A visão frontal dos motores impõe muito respeito.
nessa epoca o armazenamento interno era para diminuir o arrasto.
Horroroso.
Impressionante o Domínio Americano!, mais de vários que eles cancelaram em prol das suas aeronaves. Lobby fortissimo.
Sim, eles tem esse estranho poder de fazer o dinheiro sumir dos cofres britânicos, deixando o tesouro sem capacidade de suprir as vaidades da RAF…
E essas asas pequenas? parece um passarinho que teve as assas podadas.
A USN e a RN aprenderam uma lição muito antes da USAF e da RAF. A lição é que você não precisa de capacidade supersônica nos seus bombardeiros. A USN retirou seu A-5 da missão de ataque em detrimento ao A-6 Intruder. A RN nem isso fez, apostando desde o começo no excelente Buccaneer. A RAF passou décadas tentando imitar o poderio da USAF, mas sem dinheiro para isso. Por muito tempo eu não percebi, por causa de relatos feitos por entusiastas, mas o “white paper” do ministro Sandys foi resultado da megalomania da RAF em projetos aeronáuticos.… Read more »
Acho que o maior erro da RAF e também da RNAVY foi ter cancelado o P-1154, esse sim seria uma grande sucesso, inclusive nas exportações…
Excelente Matéria!!! O avião era sensacional e a historia é valiosa para que todos fiquem conscientes de como é difícil manter Uma industria bélica própria e nacional numa disputa de politicagens, propinas, financiamentos obscuros de campanhas , etc Apesar de excelente projeto, foi abatido por interesses diversos e obscuros em prol da industria e po li ti ca americana de auto proteção a sua própria produção O TRS-2 Britanico assim junta-se ao Arrow Canadense, ao Osorio Brasileiro, ao proprio F-20, ao LAv israelense, etc…. numa epoca em que da-lhe F-104 Starfighter comprovadamente subor nando diversas autoridades de países para enterrarem… Read more »
Certa vez li que o TSR-2 teria um ótimo desempenho a grande altitude. Porém adaptá-lo para operar a baixa atitude seria inviável, que o programa deveria “começar de novo”.