Primeiras unidades do F-39 Gripen vão chegar no ano que vem à Ala 2
Por Claudius Brito
O comandante da Ala 2 (Base Aérea), coronel aviador Gustavo Pestana Garcez, confirmou o calendário de chegada dos primeiros caças F-39 Gripen, fabricados pela SAAB, da Suécia, para a Força Aérea Brasileira.
A previsão é que as quatro primeiras unidades, de um total de 36 aeronaves adquiridas pelo governo brasileiro, cheguem na unidade militar entre os meses de setembro e outubro de 2021.
Um pouco antes, no mês de abril, a Ala 2 também receberá modernos simuladores de voos. Após a chegada desse primeiro lote caças, virão mais oito no ano seguinte e, a partir daí, mais seis a cada ano até completar a frota.
Para este ano, está prevista a chegada de mais duas aeronaves KC-390 Millenium, fabricados pela Embraer, somando-se às três já incorporadas, de um total de 28 aeronaves que foram adquiridas pela Força Aérea Brasileira.
As informações foram repassadas pelo comandante da Ala 2 na noite da última quarta-feira, 11/03, durante a reunião da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA).
Na ocasião, o coronel aviador Pestana falou também sobre os preparativos que estão sendo feitos para a unidade abrigar as novas aeronaves e os seus respectivos esquadrões.
Segundo ele, são mais de 10 obras físicas, entre construção e ampliação de hangares e hangaretes; construção de prédio para o 1º Grupo de Defesa Aérea (grupamento do F-39 Gripen); iluminação do pátio e ampliação da capacidade energética que, nos próximos anos, deverá ser quintuplicada.
O comandante da Ala 2 informou que a unidade já recebeu investimentos da ordem de R$ 70 milhões para obras realizadas e em andamento e, ainda, há previsão de mais R$ 60 milhões, totalizando R$ 130 milhões. O efetivo atual, que é de aproximadamente 1,8 mil, entre militares, civis e contratados, deverá saltar para mais de 3 mil.
Para o coronel aviador Pestana, o impacto das transformações na Ala não se restringe apenas aos investimentos e aumento das instalações físicas e quantitativo de pessoal, mas um ponto significativo, afirmou, é o ganho qualitativo, tendo em vista que a unidade está recebendo duas aeronaves – o KC-390 Millenium e o F-39 Gripen – com tecnologia embarcada de ponta, demandando, portanto, uma estrutura operacional e de pessoal também qualificada. Em razão disso, destacou, é importante a parceria que está sendo entabulada com o ITA (Instituto de Tecnologia Aeronáutica) e com outras instituições, como já acontece em Anápolis, por exemplo, com a UniEVANGÉLICA.
“A Ala 2 tem uma relação com Anápolis que perdura ao longo da história e esteve sempre na vanguarda da defesa aérea do País. Criou-se uma cultura organizacional onde a Base Aérea e Anápolis crescem juntos”, assinalou o comandante.
Histórico
Anápolis foi escolhida para sediar a unidade militar responsável em zelar pela soberania aérea do Planalto Central em 1969. Em 1970, o governo da época escolheu o Mirage III. Em 1972, foi instalada a 1ª Ala de Defesa Aérea (Alada), transformada em 1º Grupo de Defesa Aérea (GDA) no ano de 1979.
No ano 2000 foi criado o 2º/6º Grupo de Aviação (GAV), e, dois anos após, a Base Aérea recebeu as modernas aeronaves R-99, da Embraer, então, para integrar o projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). Em 2013, os caças Mirage 2000, foram “aposentados”. A partir daí, o governo brasileiro deu início ao projeto FX, para a renovação da frota de caça, que resultou na compra dos 38 Gripen fabricados pela SAAB, da Suécia. A partir de 2017, com a restruturação da Aeronáutica, a Base Aérea de Anápolis, assim como as demais bases aéreas da FAB mudaram de denominação, passando a se chamar Ala. Anápolis é a Ala 2 e Brasília sedia a Ala 1.
ITA
Ainda durante a reunião de quarta-feira na ACIA, houve a participação do pró-reitor de graduação do ITA, Pedro Teixeira Lacava e do coordenador executivo do curso de mestrado profissional em segurança de aviação e aeronavegabilidade continuada, que deverá ser trazido para Anápolis, a partir de um trabalho feito pela ACIA e pelo COMDEFESA, cujas tratativas vêm se desenvolvendo desde o ano passado.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Anastácios Apostolos Dagios, também presidente do COMDEFESA, destaca que a implantação desse mestrado do ITA casa com as demandas da Ala 2 para o acolhimento das novas aeronaves, bem como ao projeto do Centro de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia de Anápolis (Ceitec), que deverá ser implantado em parte do complexo do antigo Clube Ipiranga. A iniciativa, desenvolvida pela Prefeitura, visa criar um espaço para abrigar startups, incubadoras de empresas, coworking, dentre outras estruturas para fomentar inovação e tecnologia para o setor produtivo local. E, neste contexto, o curso do ITA seria uma espécie de âncora para o projeto.
O presidente da ACIA, Álvaro Otávio Dantas Maia ressaltou que a reunião com o comando da Ala 2 e a representação do ITA foi muito produtiva, apontando boas perspectivas de desenvolvimento para o Município e, em especial, para o setor produtivo, que deve ser alavancado.
FONTE: portalcontexto
Noticia de vanguarda e espero que cheguem para o 7 de Setembro de 2021 aqui na Esplanada dos Ministérios!
Há anos que vou ao Domingo Aéreo aqui em São Paulo e os equipamentos exibidos lá são sempre os mesmos. Isso mostra como estamos atrasados em tecnologia e Defesa. Aguardo ansioso para ver os novos brinquedinhos nos próximos eventos.
Pelo que foi divulgado pelo comandante da força área finlandesa, o Gripen E ainda não está pronto.
Quando ficará realmente pronto? Sistemas, radar e armamentos ?
Pergunte isso ao comandante da Força Aérea Finlandesa. Ele deve estar melhor informado que a SAAB e a FAB.
Interessante a capacidade infinita de algumas pessoas fazerem de tudo para parecerem menos inteligentes do que realmente são.
Dezenas de reportagens retratam como foi/está sendo/será a evolução na fabricação e testes do Gripen E, bem como o cronograma de entregas e os futuros aperfeiçoamentos e implementação de capacidades.
Mas tem pessoas que fazem força para serem desprovidas de capacidade lógica de raciocínio.
Ou é simplesmente “má fé”.
Olá Gabriel. A dúvida do Antunes procede. Há alguns dias foi postado aqui no Aéreo um comentário sobre a avaliação finlandesa do F39E sobre a ausência de alguns sistemas no avião. Tenho a mesma dúvida.
Camargoer, pelo que eu pude entender, e era uma dúvida que eu tinha quando foi anunciado que o Gripen E estaria sendo enviado para os testes na Finlândia, os sistemas dele não estão prontos. Mas me parece uma resposta um tanto genérica. Mas se olharmos para trás em relação à filosofia de engenharia de software da SAAB em relação àos sistemas do Gripen, e cruzarmos com os dados disponíveis em relação à testes que estão sendo feito, podemos chegar em uma suposição mais informada. Pelo que eu entendi, há uma camada básica de software, algo como um nível 0 que… Read more »
Olá Leandro. Obrigado. De fato, a afirmação da Saab que os primeiros F39 estarei em Anapolis a partir de 2021 também pode ser entendida que o processo de desenvolvimento do software será continuo ao longo da vida útil. Nunca vai ficar pronto. Isso acho uma excelente idéia.
Leandro, parabéns pelo comentário… ?
Perfeita a colocação!
Você não apenas comentou, mas escreveu uma matéria. Obrigado!
Excelente Leandro, parabéns pelas considerações!
Pessoal, obrigado, mas foram apenas as minhas impressões. Posso estar redondamente enganado, mas para mim faz sentido. Camargoer, sim, esse contínuo desenvolvimento é extraordinário. Significa que a plataforma Gripen estará sempre em evolução, e o mais interessante disso, para nós, pelo menos, é que a FAB está nesse ciclo. Sempre que quisermos integrar uma nova funcionalidade aos nossos aviões, vamos ter autonomia para fazer isso. Poderemos (e vamos) incluir código específico para a FAB, mas também poderemos incluir modificações para toda a frota de Gripens E/F em atividade, e acredito que isso carrega bom valor agregado, ainda mais dependendo do… Read more »
O Gripen estará pronto antes de ser entregue. E as entregas para a FAB começam no segundo semestre de 2021. Se já estivesse pronto já estaria operacional. Mas só estará operacional em 2021. Será que é tão difícil de entender?
Olá J. Acho que todos sabemos que o processo de desenvolvimento do software vão continuar muito tempo depois do avião começar a operar. Como disse o Leandro, será um processo continuo. A dúvida séria sobre “quais” capacidades dos modelos de 2021 estarão prontas ou operacionais. Talvez será um exagero achar que existem cegas “fazendo olho gordo” contra o F39. Tirando um ou outro, todos entendem que foi a melhor escolha da FAB.
Mas para alguns caro Camargoer,o Gripen-E chegará e chegará desatualizado…
Ele virá no padrão MS-21,mas os últimos Gripen-E brasileiros já poderão vir no padrão MS-22…
Boa Pergunta.
A tempos não via noticias tão boas de estruturação de meios da FAB. Os primeiros passos foram dados, espero que não pare.
Como algumas pessoas tem dificuldades de aceitar opiniões diferentes daquelas que acham serem a certa, e ai partem para a ofensa moral e pessoal, deve ser algum trauma de infância não resolvido, ou falta de amadurecimento para lidar com opiniões diferente da sua, como crianças minadas.
só uma pergunta: Tu ta fumado?
Eita, boa notícia.
Quero uma de brinquedo para EU.
Achava que aquela unidade em testes da Suécia seria entregue esse ano já pra começar os testes pra IOC.
Mas ótima noticia de qualquer forma.
Os teste devem ser feitos em SP, no CTA. Em Anapolis é pra operar.
Olá Colegas. Entendo a importância do ITA e de outras instituições de ensino superior. Contudo, tenho a impressão que a UFG em Anápolis tem mais condições de apoiar a FAB que a Unievangelica. Alguém sabe explicar o destaque dado a esse centro universitário?
Não Existe UFG em Anápolis.
A Juvenal. Obrigado pela correção. O stupidphone trocou UEG por UFG. Estive em Anápolis há alguns anos em um evento na UEG (estadual). Eles tem excelentes pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação muitos bons. Ainda bem que você percebeu o erro de digitação.
Olá Camargoer, sou de Anápolis e estudei na Uni. Porque essa impressão?
Sabemos das limitações, dos recursos escassos, das dificuldades em administrar a força aérea, enfim ….todos os percausos!
Mas cá para nós….tudo que envolve as FAAs é muito….mas muito demorado.
Neste caso dos Gripem…escolha acertada, dentro das nossas possibilidades, um tiro certo….receberemos o último em 2026…6 anos de Gap do primeiro ao último, em falando-se de um lote pequeno eu avalio. Deduzimos então que os outros lotes, que quero acreditar serão pelo menos mais 2 de igual envergadura, terão 18 anos de Gap entre o primeiro e o último….
Desculpem….mas é surreal!!
De acordo, amigo. Eu também acho que foi a melhor escolha para a FAB, mas realmente o período de entrega é longo demais. Também estou torcendo para que o número final chegue ao menos 120 unidades, mas com as últimas despencadas gigantescas da economia brasileira esses dias, não sei se será possível.
$$$ falta
Mas vão enfiar 3000 militares em Anápolis né. Quantos esquadrões tem mesmo na Ala 2? Quantas aeronaves?
4 Esquadrões, 1 Grupo de AAAe, 1 DTCEA, 1 GAP, 1 Prefeitura de Aeronáutica, 1 Esquadrão de Segurança e Defesa, 1 GLOG. Quer mais? Já foi lá? Sabe como funciona uma Ala? Marreta do cacete!
Esta mais perto do que longe, vamos finalmente entrar no século XXI!
Porque as escolhas no Brasil é + cara+ demorada? Transferência de tecnologia, para talvez produzir + um lote de 36 daqui 10 ou 15 anos, não seria uma maneira de desviar recursos para amigo do meu pai?
Porque não compramos de “prateleira”.
A galera de Santa Cruz ficou magoada
Boa noite!
Essa previsão de chegada do Caça Gripen SAAB, é uma excelente notícia para o nosso País, principalmente para nossas Forças Armadas.
Parabéns, a Força Aérea Brasileira, por operar em breve na Ala 2, novos meios no estado da arte, que com certeza, projetarão o nome do Brasil.
Obs: Observei um erro de digitação no segundo parágrafo do Histórico:
“compra dos 38 Gripen fabricados pela SAAB”, fala em 38 Gripen e não 36!
Abraços
Uma coisa que não entendo:a FAB receberá 28 aeronaves KC-390 da Embraer,recebeu duas e receberá mais duas para complementar.
O KC-390 é produzido em Gavião Peixoto,que tem capacidade instalada para produzir até 18 aviões por ano.
Por quê não aumentar o lote?
Acredito que seja porque 28 unidades seja o suficiente para atender as necessidades da FAB!
Quando falei aumentar o lote anual Fábio,não quis dizer mais um novo lote de 28 aeronaves,e sim aumentar as unidades a serem entregues anualmente…
se eles dizem poder construir 18 por ano,por que não entregar logo 5-6-8 aeronaves?
$$$
Por restrições orçamentárias e para manter a linha de produção funcionando enquanto a Embraer procura mais compradores para o avião. Se entrega tudo rápido, depois tem de fechar a fábrica.
Obrigado Eduardo,faz sentido mesmo…
Em 2019, o presidente da SAAB informou que até o final daquele ano haveria entre 6 a 8 unidades do gripen ng entregues à força aérea sueca. Não rolou.
O cronograma de entregas foi alterado por falta de $$$ para pagar os caças.
E vamo que vamo!!! Doido pra ver estas máquinas voando no portões abertos aqui em MG no Pama LS.
Sei da necessidade de defender o DF e do menor custo de manter todas as aeronaves em uma única base, mas, caso houvesse verba, o mais lógico não seria unidades distribuídas em Cuiabá, Palmas, BH, Salvador e Curitiba, formando um perímetro ao redor do DF e ainda sendo capaz de defender outras cidades e instalações importantes do país?
Exatamente. A infraestrutura, centros industriais e usinas de energia são mais importantes do que locais “políticos”.
As aeronaves podem ser deslocadas e desdobradas rapidamente em outros locais. A sede dos esquadrões não precisa necessariamente estar em outro lugar.
A Vantagem do avião é que ele voa, então se precisar estar em cuiabá a aeronave pode estar em Cuiabá.
Pensei ter lido em algum lugar a um tempo atras que as primeiras unidades seriam entregues ainda este ano. Enfim, não deixa de ser uma boa notícia, pois entendo que os testes estão ocorrendo dentro do planejado, bem como a infra-estrutura e formação de pessoal para te-los operacionais já em 2021, mas a ansiedade para ter esses novos aviões por aqui fala mais alto. Me preocupa o estado de nossa defesa aérea atualmente bem como o cenário atual de instabilidade mundial, e ate em nossa vizinhança.
Nem falei nada de 38 Caças , porque achei por ser tão Bons mesmo Novinhos , já estavam dando Crias kkkkkkkkkkkkk .
Desculpa a Brincadeira não Resisti kkkkkkk
Finalmente vai chegar o matador de Sukhoi.
Matador de Sukhoi !
Kkkkk cada coisa viu.
Para ser matador de alguma coisa, ele precisa ter entrado em combate ou mesmo estar operacional .
E nenhuma das duas coisas o Gripe, já fez .
Que maravilha ,ano que vem já teremos o “avião de papel” para desfile de 7 de setembro !
Kkkkkkkkkk.
Deus do Céu…. É cada uma que leio aqui.
Eu quem o diga, Cmte! Até que os comentários desta notícia estão mais razoáveis, pensei que iria ter um monte “especialista e Engenheiros” afirmando: Quanta demora para produzir um avião? Como se fosse uma geladeira!!
Não me culpe pelo erro de seus companheiros de farda caro Nery.
Comprar um caça 4,5g que quando estiver operacional na FAB já será obsoleto frente aos 5 e futuros 6 G,s.
Seria melhor então ter contratado os 4 g,s que eram oferecidos de pronta entrega (Rafael, SU-35, SH-18 etc).
Ou mesmo ter evoluído a plataforma do AMX, garanto que os ganhos tecnológicos seriam muito melhores.
Nesta noticia no ano passado a Saab informa que um grupo de pilotos brasileiros faria treinamento para o Gripen E a partir de Janeiro 2020.
Ja esta acontecendo?
https://www.defensenews.com/global/europe/2019/05/24/gripen-e-testing-ahead-of-schedule-vendor-claims/
O Poder Aereo pode obter maiores informaçoões?
Com o covid-19 no ar, sinceramente não faço ideia, mas não ficaria surpreso se não estivesse acontecendo.
Eu gosto dessa pintura padrão pixel do Gripen.
É um belo caçador também, sem dúvidas.
Será que todos irão para Anápolis ou outra base vão receber eles ??
Irão para Anápolis. Onde guarnecerão a ALADA e os renascidos Adelphi.
ALADA? Tá atrasado, hein?
O Brasil vai ficar somente nessas 36 unidades? Vai se associar a algum projeto de quinta ou sexta geração?
Ainda bem que não tem ninguém ansioso na FAB
As 36 unidades ficarão em Anápolis?
Acho que à princípio sim, mas não devem ficar apenas lá. Anápolis provavelmente será o central do Gripen no Brasil. Deve ser aonde os primeiros simuladores serão implantados, onde será o hub de treinamento tanto para pilotos quanto para mantenedores. Mas acho que antes de todos os Gripen serem recebidos, algumas unidades devem ir para o Pampa ou para o 1o GAvCa. Suposições minhas, claro.
Obrigado Leandro