Concepção do FCAS

Concepção do FCAS

TOULOUSE – A França e a Alemanha assinaram contratos há muito aguardados para a fase inicial “decisiva” do demonstrador do Sistema Aéreo de Combate Futuro Franco-Alemão-Espanhol (FCAS).

Os contratos, no valor total de 155 milhões de euros (US$ 168 milhões) e igualmente financiados por Paris e Berlim, foram anunciados no final de 12 de fevereiro, enquanto a Airbus se preparava para anunciar seus resultados financeiros em 2019.

O financiamento paga pelos primeiros 18 meses de trabalho – Fase 1A – para desenvolver os demonstradores e amadurecer novas tecnologias, e apoiará o trabalho dos primos Dassault e Airbus, bem como de seus parceiros MTU Aero Engines, MBDA, Safran e Thales.

A adjudicação do contrato para o programa de demonstração era esperada no verão passado no Paris Air Show, mas foi adiado pela necessidade de obter aprovação do Parlamento alemão; também não foi cumprido o prazo de janeiro acordado pelo presidente francês Emmanuel Macron e pela chanceler alemã Angela Merkel em outubro passado. Esse prazo seguiu os avisos da indústria de que o programa precisava progredir ou correr o risco de perder impulso.

O programa espera entregar um demonstrador de tecnologia de caça para testes de voo já em 2026, com a Dassault atuando como principal contratada e a Airbus como principal parceiro. Também entregará aeronaves de transporte remoto – sistemas de aeronaves não tripuladas que operarão ao lado do caça como um ala leal ou fornecerão guerra eletrônica ou capacidade de vigilância. A Airbus liderará o desenvolvimento da transporte remoto, com a MBDA como principal parceiro.

A Airbus também liderará o desenvolvimento da chamada rede de combate em nuvem que conecta o FCAS a outras plataformas, incluindo transportes remotos, outros caças, aviões-tanque e ativos de coleta de informações.

O desenvolvimento de um motor de demonstração, provavelmente baseado no motor Safran M88 da Dassault Rafale, será liderado pela Safran com a MTU como principal parceiro.

A Airbus diz que um ambiente de simulação também será desenvolvido em conjunto pela empresa para “garantir a consistência entre os demonstradores”.

“O lançamento da fase de demonstração enfatiza a confiança política e a determinação das nações parceiras do FCAS e do setor associado de avançar e cooperar de maneira justa e equilibrada”, afirmou a empresa em comunicado.

A Espanha e outros fornecedores do programa FCAS serão introduzidos na Fase 1B após a conclusão da Fase 1A, afirma a Airbus.

FONTE: Aviation Week

Subscribe
Notify of
guest

45 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Rui chapéu

Typhoon e Rafale parte 2.

Marcelo

Não. Isso aconteceu devido às incompatibilidades entre a França e o Reino Unido. Dessa vez já estão começando separados.

Doug385

Então são os alemães que vão ter que engolir os franceses.

Cristiano de Aquino Campos

O problema e que a França queria que EUROFITHER tivessesse uma versão naval, os Ingleses não toparam pois estavam satiafeitos com o Hanrier mesmo ele sendo subsônico. Dai deu ruim .

Kemen

A França nunca iria relegar a Dassault em segundo plano, na ocasião essa informação, não tinha base concreta, foi para justificar na Europa a ausencia da França no projeto do Typhon, pois já se previa desenvolver uma versão naval do Rafale. O ambiente agora com o Brexit, reforçou a posição francesa de desenvolver o FCAS com outros parceiros, é evidente que a Dassault sera a “locomotiva do projeto”, que puxa “dois vagões” até o momento, a participação da Airbus é para inserir parte da industria alemã e espanhola no projeto, assim como inumeras outras empresas de menor porte.

Lucianno

Não foi bem assim. Não está relacionado a versão naval, mas sim à liderança do projeto que tanto França como Inglaterra faziam questão de ter.
Também pesa a resistência da Dassault em se associar a outras empresas para produzir aeronaves, sempre preferiram fazer tudo sozinhos. Lembrando que o Jaguar, o Alpha Jet e o Atlantic eram da Breguet que foi incorporada pela Dassault.

Sérgio Luís

F-101 Voodoo

Defensor da liberdade

Se sair vai ser um avião e tanto, ao contrário da banheira americana.

Defensor da liberdade

Esses negativos devem ser de donos de Ford, Chevrolet, etc. Chorem que Typhoon é melhor que F-16, e Jetta é melhor que Cruze credo ?

Tutu

Corolla mandou um abraço.

Defensor da liberdade

Vovorolla só tem nome.

Sergio

SUBARU também…..

Antoniokings

Defensor.

E não é apenas o aspecto técnico da questão, mas um sinal a mais de que a Europa vai aos poucos escolhendo seus caminhos de maneira independente.

Defensor da liberdade

A Europa tem bons cérebros, podem muito bem desenvolver armas até mesmo superiores às americanas, como já fizeram no passado.

Conan

Deve ter sido la por volta da segunda guerra mundial!

Denis

Os europeus desenvolveram o único avião comercial supersônico da História, e beeeem pra cá da WW2. Ok, não era uma arma, mas era uma tecnologia soberba.

Kemen

E o Trump tentando frear a Airbus no mercado norte americano e salvar a Boeing de um possivel atoleiro, sobretaxou a europeia de 10% para 15%.

Kemen

Civic manda lembranças.

MMerlin

O Jetta (novo) realmente é melhor que o Cruze (ambos), assim como a engenharia alemã, assim como a inglesa, se destacam pela complexibilidade e, nas melhores empresas, qualidade. Mas o segmento militar tem outras variáveis. E estas, fazem tanta diferença que hoje, e ainda com uma ampla vantagem, o EUA são a maior potência militar. Os chineses, que vem numa crescente, mesmo já tendo uma Força acima do considerável, ainda estão longe do poderio americano. Nesta disputa entre as duas principais forças militares, a Europa pode apenas observar. O ego dos chefes de estado deste continente não permite o mesmo… Read more »

Adriano RA

Cabe lembrar que a USAF quer mudar completamente a forma como projeta e compra novos caças, com gerenciamento de projetos mais ao “estilo” T-7A Red Hawk. Querem mais projetos sendo desenvolvidos de forma mais rápida e econômica, produções menores também, de forma a acompanharem o rápido desenvolvimento da tecnologia. Nada de grandes projetos ao estilo F-35, buracos negros de recursos.

nonato

Exatamente. Nonato’s Approach.
Easy, fast, down-to-earth, cost effective.

Marquês de São Vicente

Projeto interessante para acompanhar. É o que nos resta.

Almeida

Daonde vieram essas imagens conceito? Estão bem diferentes das divulgadas no último Paris Air Show.

A primeira está bem invocada! Vai ficar bonito assim!

Peter nine nine

A primeira é precisamente a que foi divulgada em maquete. Mas posso estar em erro.
O conceito final ainda não está completamente edificado dado o estado ainda prematuro do programa, mas considerando a presença da dassault, acho seguro presumir que o conceito mais bonito e fod@o seja de facto o mais parecido com o resultado final. Tenhamos como exemplo os belos ângulos do Rafale.

Clésio Luiz

Olhando para trás nas colaborações aeronáuticas europeias, eu levo mais fé nos franceses do que nos britânicos. Concorde e Jaguar foram propostas de empresas francesas nos respectivos consórcios. Já o Tornado e Typhoon me pareceram aeronaves um tanto inadequadas na época dos seus primeiros voos. No caso do Tornado, já era claro que geometria variável não era o caminho a seguir, e sim asas grandes com relação peso-potência superior a 1 e capacidade multifuncional, coisa que o Tornado não era nem de longe, ficando completamente superado por americanos e soviéticos. Já o Typhoon se concentrou tanto em interceptação numa época… Read more »

Augusto L

Sua lógica é furada, o Concorde foi um fracasso comercial assim como Mercure, o pior fracasso da aviação civil. O Tornado não era tão inadequado, vale lembrar que o F-15SE so entrou em operação em 90, 10 anos depois. Quanto ao Typhoon ele foi feito primeiro como caça de superioridade aérea depois como caça tático, ele já tinha grandes pedidos iniciais e não precisaria vender muito pra fora e alias o problema do pod ja foi resolvido e o atraso na evolução da suite eletrônica e da consciência situacional se deve aos governos da Alemanha, Itália e Espanha que pararam… Read more »

rui mendes

Actualizate, pois Alemanha, Itália e Espanha, são no futuro próximo quem vai comprar e fazer a evolução dos ´´novos typhoon. Informem-se pois irá evoluir e muito.

Peter nine nine

Augusto, não me leve a mal mas a sua lógica não foi de todo mais precisa.

Lucianno

A versão interceptadora ADV do Tornado foi um tremendo fracasso, sendo precocemente aposentado na RAF.

Adriano Madureira

Seja oque Deus quiser?‼️

Antoniokings

Excepcional notícia!

Luís Henrique

Na minha humilde opinião o melhor projeto de caça de nova geração que o Brasil deveria conversar e ver se consegue participar como parceiro estratégico é o AMCA indiano. Os indianos despontarão como o 3o maior orçamento militar e a 3a maior economia. E no longo prazo poderão até chegar a rivalizar com os EUA, assim como a China já faz hoje. Como eles não são totalmente desenvolvidos em tecnologias militares como os americanos, russos e europeus, acredito que eles aceitariam um compartilhamento maior conosco, uma parceria entre iguais e não do tipo Mestre e Vassalo. Claro que para isso,… Read more »

ADRIANO MADUREIRA

Lindaço !

comment image

ADRIANO MADUREIRA

Essas novas aeronaves que o futuro reserva tem seu design muito bonito,de todos oque espero estar vivo para ver é o F/A-XX,sucessor do SH…

comment image

ADRIANO MADUREIRA

comment image

nonato

Essas imagens estão lindas.

MMerlin

E em pensar que, se não fossem as limitações tecnológicas e materiais compostos da época, teríamos o A-12 Avenger já em meados dos anos 90.
comment image

Lucianno

Como sempre o parlamento alemão atrasando e atrapalhando. Os ingleses devem estar comemorando por terem se librado dos germânicos.

nonato

Gostaria de sugerir um desafio aos colegas. Que tal nos colocarmos no lugar da Dassault e demais participantes? Será que o governo francês ou alemão definiu os requerimentos? Ou apenas sugeriu que deveria ser um caça de 6@ geração? Quais deveriam ser as características desse novo caça? O que deve fazer diferente do Rafale ou Typhoon? Por onde começar? E vão usar o motor do Rafale? Isto faz sentido? Um motor usado há uns 15 anos… Não deveria ser algo mais inovador? Por onde começar? Como esse pessoal se reúne ou discute? Quem coordena? Fazem brainstorm? Será que já têm… Read more »

Lucianno

No lugar da Dassault eu pediria (tenho certeza absoluta que eles pediram) para fazer o caça sozinho, sem ter o governo alemão atrapalhando.

Marcelo

sera um motor novo e nao o do Rafale. A Safran e a MTU receberam contratos para o desenvolvimento. Essa noticia trata do demonstrador, esse sim podera usar motores existentes, assim como o Rafale A usava motores GE.

Kemen

Jornais espanhóis informaram que a Espanha consolidara sua entrada no FCAS em março.

Sergio

Será que “eles” não gostam das belas curvas !!!!!!!!! :O

Wellington Rossi Kramer

Aqueles carros franceses que os argentinos vinham para o sul do Brasil que o digam. Coisinha feia sô!

Ariel, Ucla, vaaamos !!!

US$ 168 milhões é o valor do contrato para desenvolver o caça do futuro e garantir a soberania dos países participantes. E por aqui o ParTido enfia R$ 1,7 bilhões de reais em um estádio de futebol. É para chorar…