DSCA aprova compra de 200 mísseis LSRAM para a RAAF
A solicitação de compra da Austrália para um lote de 200 mísseis anti-navio de longo alcance LRASM (Long Range Anti-Ship Missile) para equipar sua frota de caças Boeing F/A-18F Super Hornet foi aprovada pelos EUA.
Aprovada pela Agência de Cooperação em Segurança e Defesa (DSCA) em 7 de fevereiro, o acordo segue o processo FMS (Foreign Military Sales) e está avaliado em US$ 900 milhões.
Caso a venda se efetive a Austrália se tornará o primeiro cliente de exportação do míssil.
“A Austrália pretende usar os mísseis em suas aeronaves F/A-18 e fornecerá capacidades aprimoradas em defesa de rotas marítimas críticas”, diz o DSCA. “A proposta de venda dos mísseis e apoio aumentará o potencial de parceria marítima da Marinha Real [da Austrália] e alinhará suas capacidades com as linhas de base regionais existentes”.
Além dos mísseis, o acordo inclui recursos e instruções de treinamento, além de equipamentos de teste. Nenhuma compensação foi proposta como parte do acordo.
Os EUA limitam a venda de suas armas de ponta, especialmente seus mísseis furtivos, mas a venda potencial do LRASM ilustra a importância da Austrália para a estratégia do Pentágono em conter a expansão da China no Oceano Pacífico.
A Austrália é membro da aliança de compartilhamento de inteligência Five Eyes – junto com Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e EUA – o que significa que Washington confia no país seus segredos mais próximos.
A aprovação da venda ocorreu depois que o Departamento de Defesa dos EUA disse em setembro de 2019 que queria aumentar sua aquisição de 110 para um possível máximo de 400 mísseis.
O LRASM é baseado nos mísseis de ar-superfície da Lockheed Martin, usados pela Força Aérea dos EUA.
FONTE:Flight Global (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)
Olha o valor… Qual a vida útil de um míssil desse?
Não sei quanto tempo e o valor parecia elevado, mas quando vi no final da matéria o nome da empresa envolvida até achei barato
Em média até 10 anos se mantido dentro da embalagem, depois ele tem que ser remanufaturado, sendo trocado os explosivos e o combustível, além de testados os quipamentos.
Me recordo de ter ouvido os suecos mencionarem que dispararam um RBS-15 com 15 ano de estocagem.
O normal é que uma vez proximos de vencerem, eles sejam usados em treinamentos de live fire.
Mauro,
O LRASM é muito parecido com o Tomahawk. Em sendo, o tempo de vida é de 15 anos até uma nova certificação para mais 15 anos. Total, 30 anos.
Isso que é dissuasão. Ele pode ser integrado aos F-35?
Simplesmente o melhor míssil anti-navio da atualidade.
Do ocidente, mas a Rússia e a China já possuem mísseis anti-navios supersônicos e hipersônicos, até a Índia possui o BrahMos que foi desenvolvido junto com a Rússia.
Furtividade é melhor que velocidade para furar defesas aéreas.
Sem contar que é um míssil de 900 km, é inteligente, não emite sinal e tem capacidade de vadiagem.
Portanto é sim o que há de melhor no MUNDO.
A conferir…
O que seria “capacidade de vadiagem”??
Lucianno, “Vadiagem” é a capacidade de alguns mísseis e drones de ficar “circulando” numa determinada área a procura de alvos de oportunidade que estão temporariamente encobertos mas que há expectativa que se exponham. No caso do LRASM que em tese tem alcance de uns 700 km deve poder reduzir sua velocidade quanto atinge uma zona de busca de alvos de modo a permanecer mais tempo. Eu chuto que deve cair para a metade de um máximo de 900 km/h. Basicamente um míssil antinavio como o Harpoon permite que a zona de busca tenha uma área representada por um círculo de… Read more »
“Furtividade é melhor que velocidade para furar defesas aéreas.”
Vamos supor que o horizonte do radar seje aproximadamente 30-40km, a essa distância o que é mais importante,velocidade ou furtividade?
Com certeza e a velocidade, um caça como o Su35 já detecta um F22 a quase 40km, agora imagine um navio de guerra com um radar dezenas de vezes maior e potente, nessas circunstâncias mais vale apena ser rápido e dar um tempo de resposta menor ao inimigo.
Brummbar,
Se for assim porque você acha que o Ocidente nunca optou por mísseis supersônicos antinavios?
Brummbar, Olha só uma lista de mísseis supersônicos americanos que poderiam ter tido um emprego como míssil antinavio supersônico pelos EUA, desde a década de 50 até os dias de hoje: Hound Dog – motor turbojato – Mach 2 – 1500 km Regulus II – motor turbojato – Mach 2 – 1800 km Talos – motor ramjet líquido – Mach 3 – 250 km Rascal – motor foguete líquido – Mach 3 – 200 km ATACMS – foguete sólido – Mach 4 – 300 km SRAM – foguete sólido – Mach 3 – 200 km BOMARC – motor ramjet –… Read more »
Isso tem a RCS muito menor que um F-22 e ainda fica próximo da água.
E outra, dizem na internet, que o Su-35 detecta o F-22 a quase 40 km.
Mesmo é assim é difícil dizer qual método é melhor, só chega para nós informações superficiais. Talvez velocidade seja mais útil, mas é importante lembrar que as aeronaves AWACs e até caças também podem achar esses mísseis bem além do horizonte. Alguns helicópteros também podem.
Fabio, A Rússia não possui mísseis hipersônicos antinavio. Não ainda. Talvez em 5 anos. O problema dos mísseis supersônicos (e hipersônicos) antinavios é que precisam de designação precisa dos alvos. Essa designação deve ser feita por meios externos, tais como aeronaves. Para se fazer isso as aeronaves designadoras (que pode ou não ser a mesma que o lança) devem se aproximar a cerca de 400 km dos alvos, o que as colocam dentro do perímetro de segurança de um porta-aviões. Contra navios isolados , não cobertos por um porta-aviões, aí sim os mísseis supersônicos são mais efetivos em penetrar as… Read more »
Com os drones furtivos isso aí não é mais limitador.
Defensor,
A combinação de mísseis supersônicos e hipersônicos com drones furtivos (como o RQ-170 ou RQ-180) ou caças furtivos (F-35) tem grande potencial. Mas ainda não está em curso.
*Os chineses parecem mais a frente nesse quesito que os russos.
Que equipamento incrível, ele é praticamente um drone kamikaze alé de míssil.
Este missil deve ser bom mesmo sem duvida, no entanto sua capacidade de interferir nos radares dos sistemas de defesa de ponto usando ECM ativa não deve ser muito potente, pois não existe sensor pequeno a ponto de caber na cabeça de busca e ao mesmo tempo emitir um sinal forte.
Munhoz ele não tem radar, a cabeça de busca dele é um sensor infravermelho.
Mas o míssil tem sensores passíveis ja que tem capacidade de detectar emissões eletromagnéticas, não há nenhuma especificação de EW no LRASM mas como há sensores EM provavelmente no futuro ele poderá ter um EW por DRFM já que não exige muita energia.
Augusto,
Na verdade tal informação ainda não foi divulgada. O que se sabe é que o LRASM usará o imageador para classificar e identificar o alvo mas isso não impede que tenha um radar para o trancamento , o que seria muito útil no caso de tempo ruim ou do alvo implementar IRCMs.
*Há muitas referências à existência de um radar no LRASM e ele operaria de modo ativo (como um radar ) e passivo, combinando a mesma “antena”.
https://foxtrotalpha.jalopnik.com/the-navys-smart-new-stealth-anti-ship-missile-can-plan-1666079462
Munhoz,
O míssil por ter um reduzido RCS exige pouca potência para se proteger eletronicamente. E mesmo de pouca potência, seu uso é de curto alcance . Dentro de um perímetro de no máximo uns 10 ou 15 km, o que compensa a potência reduzida.
Vale salientar que há outros dispositivos de ECM que são miniaturizados e nem por isso são inferiores: Nulka, BriteCloud, MALD-J.
*Em se confirmando o LRASM tendo um radar pode ser AESA e ser capaz dele mesmo ser o transmissor ativo de ECM.
Ele eh subsonico, logo eh facilmente interceptado por qualquer sistema de misseis AA ou de defesa de ponto. Mesmo ele sendo furtivo, ele nao é invisivel e por ser lento o mesmo dá tempo para um navio moderno rapidamente responder a essa ameaça e abate-lo. Novamente, ele nao eh completamente invisivel ao radar e permite que ele possa se aproximar de um navio ou frota sem ser detectado, mas certamente ao chegar proximo do mesmo ele sera detectado por seu eco ser maior (sem falar na questao infravermelha). A melhor maneira de destruir um navio eh algo que ele nao… Read more »
Pedro, Mísseis antinavios supersônicos existem desde a década de 60. Você acha que já não há defesas desenvolvidas após tanto tempo? Se estamos na era em que russos e americanos alardeiam serem capazes de interceptar ogivas de mísseis balísticos hipersônicas porque os mísseis antinavios seriam diferentes. O que você disse a respeito dos mísseis furtivos “apostar na furtividade pode valer a pena ate o momento em que a marinha que esteja sendo atacada por essa arma descubra uma forma de detectar ou rastrear o missel e tirar dele sua furtividade” já aconteceu em relação aos mísseis supersônicos há muito tempo.… Read more »
Para o defensor o míssil se aproxima de frente e aí faz pouca diferença sua velocidade radial. A velocidade angular medida num plano pode ser igual ou até menor para o míssil supersônico e é essa que importa para o defensor.
A velocidade do míssil tem a ver com o tempo de resposta e esse, com a automação, pode ser extramente curto e o fato de ser supersônico ou subsônico não fará diferença.
Depende, mesmo o F-14 dos anos 70 já possuía certa capacidade de abater mísseis supersônicos.
Mão tenho condições de dizer o que é melhor ou pior, talvez a velocidade até seja mais importante, agora achar que é fácil abater um míssil desses principalmente quando ele vem em grupos é meio complicado. Observe as defesas anti aéreas pelo mundo e veja que elas geralmente não são invencíveis.
JPC3,
Os F-14 eram capazes de abater mísseis AS-4 e AS-6 com velocidade de Mach 4. Hoje essa capacidade foi transferida para o Amraam.
Essa tecnologia é cara e não é vendida para qualquer um, temos que partir para desenvolver a nossa tecnologia sozinhos ou embarcar em algum projeto como os indianos fizeram com os russos.
vdd esse míssil é uma arma que infelizmente duvido que os EUA venderiam para o Brasil, é o melhor míssil anti-navio no mundo, se os russos fizerem o que prometem daqui a um tempo superam, mas não muda o fato de ser uma arma incrível.
Muito top esse míssil.
Nós temos que partir para uma versão do AVMT com + de 1.500 km de alcance em conjunto com uma versão do MANSUP com cerca de 300 km de alcance.
O MANAUP nós instalamos nos lançadores de Exocet.
E oferecemos para exportação.
Já o AVMT utilizamos em um lançador diferente e não exportamos.
O MANSUP é um míssil que já nasceu morto…
MANSUP pode evoluir muito ainda, ué pq não venderíamos o MATADOR? seria perder dinheiro
LSRAM não, o certo é LRASM…
Long Range Anti-Ship Missile
existem duas versões
muito legal, incrível o design furtivo dele, até a preocupação com o bocal da turbina do míssil para ser menos visivel pelos sensores de calor, o design, a animação também me pareceu mostrar que o design joga o ar mais frio para mascara os gases quentes que saem do motor, a inteligência artificial do míssil é bem bacana, top demais.
Vale ressaltar que a combinação F-35/LRASM é sem sombra de dúvidas o sistema antinavio mais letal que existe na atualidade.
Embora plenamente capaz de operar de modo autônomo, os mísseis LRASM lançados a partir dos F-18, dos B-1B e futuramente dos P-8 e B-21 e a partir de unidades navais de superfície e submarinas , quando combinados com o caça F-35 para a designação de alvo e seguimento em tempo real, é simplesmente devastador para as unidades navais inimigas.
Falavam o mesmo do AIM-9X e bastou um velho SU-22 Sirio com um piloto novato ou mediano para mostrar que a realidade do panfleto é diferente da vida real! O mesmo vale a esse missel ai, pois basta pegar uma marinha mais forte que tenha meios de vigilancia mais modernos para detectar o missel em sua fase final e facilmente abate-lo. Se tudo o que os panfletos dos departamentos de mkt das fabricantes de armas fossem realidade (a qual vc adora reproduzir) nao teriamos mais guerra no Afeganistao, a Siria teria sido devastada pelos ataques americanos do passado, o Ira… Read more »
Pedro, Você me criticou mas não acrescentou nada. Seus argumentos servem para os dois lados. Os mísseis supersônicos russos até hoje não afundaram nem uma banheira velha. O sistema russo S400 melhor que há na galáxia nunca derrubou nenhum urubu. Você acredite nos seus panfleta e eu nos meus . Eu não defendo os panfletos e sim os conceitos. O conceito americano/ocidental/OTAN pra mim é mais adequado do que o conceito russo/chinês de lidar com o o problema “navio de guerra inimigo”. Se você tiver argumentos válidos a respeito de “conceitos” você se dirija a mim, se for só mimimi,… Read more »
Sem querer ser chato, mas o primeiro navio afundando por um míssil foi se não me engano o Eliat por um SSN 2.
O SS-N-2 Stix era subsônico.
Quanto do Galante postar sobre os mísseis russos e chineses você discorra o que sabe sobre eles. Nesse o Galante fala sobre o LRASM.
Os americanos nunca tentaram devastar a Síria, foram apenas alguns ataques punitivos para mostrar que estavam fazendo alguma coisa. Dos quais a síria e a Rússia só mostraram os destroços de menos de uma dúzia de mísseis.
Isso que você escreveu também vale para os equipamentos russos.
Somente um adendo, por este missil ser stealth, mesmo se transportado nos pods externos do F 35 ele não deve comprometer muito o RCS .
Já vi um projeto de casulos stealth para acondicionar armas e sensores, evitando o comprometimento do RCS .
Munhoz,
A distância de lançamento não faria diferença se carregado internamente ou externamente. Internamente as armas antinavios principais do F-35 deverá ser a bomba planadora JSOW-C1 que são lançadas a queima roupa (100 km).